Doenças Ocupacionais e Epidemiologia - Aula 1

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Doenças Ocupacionais e

Epidemiologia
Fisiopatologia das doenças relacionadas ao trabalho

Marabá-PA
2020
Doenças ocupacionais
 O que são?

 São as complicações desencadeadas pelos exercícios do trabalhador em uma

determinada função que esteja diretamente ligada à profissão. 

 Dorsalgia: Uma das doenças ocupacionais que mais afasta trabalhadores no

Brasil. 

 Em 2016, 116.371 pessoas tiveram que se ausentar do trabalho por, no mínimo, 15

dias por essa razão.

 Atualmente, um profissional que desenvolve uma doença ocupacional possui,

legalmente, os mesmos direitos que o envolvido em acidente de trabalho.

 Trabalhadores e empregadores precisam ficar alertas em relação às principais

causas de doenças ocupacionais e a como evitá-las, buscando o constante

aprimoramento das condições de saúde e segurança do ambiente de trabalho. 


Doenças ocupacionais
Principais causas?
Principais doenças:
LER;
DORT;
PAIRO;
Dorsalgias;
Transtornos mentais;
Transtornos das articulações;
Varizes;
Transtornos auditivos
Antracose Pulmonar;
Dermatose ocupacional; 
Asma Ocupacional.
Doenças ocupacionais
Dorsalgias:
 Hérnias de Disco
 Principais causas:

- movimentos repetitivos e força com uso do tronco


- levantamento e transportes de pesos posturas inadequadas
- Obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente
ocupacionais, porém muito significativos)
 Prevenção:

– adequação do mobiliário e equipamentos, fracionamento das


cargas e do número de repetições (redução da velocidade de
execução das tarefas).
– pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.
– programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular
de atividades físicas.
Doenças ocupacionais
 Transtornos Mentais:
(depressão/ansiedade/stress Prevenção:
pós-traumático) – definição de metas adequadas;
 Principais causas: boas relações interpessoais; melhora da
– alta demanda, imprecisão comunicação, reconhecimento do
quanto às expectativas valor do trabalho realizado.
– programas de prevenção da
– metas inalcançáveis
violência nas atividades com risco
– trabalho extremamente elevado de assaltos/envolvimento ou
monótono repressão de atos violentos.
– percepção de trabalho “sem – programa de apoio e
importância” acompanhamento de profissionais
– violência no trabalho vítimas de violência no trabalho ou
– situações momentâneas e submetidos a situações de estresse agudo
súbitas de alto nível de estresse de alta intensidade.
– testemunha constante de – e de profissionais que lidam
sofrimento humano de terceiros constantemente com o sofrimento
(profissionais de saúde, assistentes humano de terceiros.
sociais)
Doenças ocupacionais
Transtornos das Articulações
 Principais causas:

– posturas inadequadas
– movimentos repetitivos associados a cargas (membros inferiores)
– obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente
ocupacionais, porém muito significativos)
 Prevenção:

– adequação do mobiliário, redução da necessidade de uso da


força e do número de repetições; pausas e exercícios preparatórios
e compensatórios.
– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais,
clareza sobre o que é esperado de cada um.
– programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e
ingestão frequente de líquidos.
Doenças ocupacionais
Varizes nos membros inferiores:
Principais causas:
– trabalho em pé ou sentado com pouca movimentação
– obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente
ocupacionais, porém muito significativos)
Prevenção:
– análise ergonômica das tarefas para adequação do mobiliário
e equipamentos, permitindo a alternância de posturas e
mobilidade no posto de trabalho; exercícios preparatórios e
compensatórios.
– programas de incentivo à educação alimentar e à prática
regular de atividades físicas de intensidade moderada.
Doenças ocupacionais
Transtornos Auditivos
 Principais causas:

– exposição a ruídos
– trabalho com produtos químicos, principalmente solventes (tinner, tolueno,
xileno e similares)
 Prevenção:
– proteção coletiva com isolamento das fontes de ruído (medida mais
importante).
– uso de protetor auditivo (medida complementar – não deve ser a única
proteção).
– ventilação exaustora e/ou isolamento dos processos com uso de solventes.
– uso de máscaras de proteção: protetores respiratórios específicos para
produtos químicos (medida complementar: não deve ser a única proteção).
Doenças ocupacionais
Antracose Pulmonar:
Incidente em trabalhadores das carvoarias, submetidos à
inalação contínua de agentes causadores de lesões
pulmonares.
 Mais comum nesse segmento profissional, ela não é exclusiva
dessa categoria de trabalhadores, podendo ocorrer em
qualquer pessoa moradora de grandes centros urbanos.
 O tratamento exige o afastamento do trabalhador do

agente patógeno.
Doenças ocupacionais
Dermatose Ocupacional:
 Se caracteriza por alterações na pele e na mucosa do
trabalhador, em razão da sua exposição a determinados
agentes nocivos durante o desempenho de suas atividades
laborais.
 Graxa ou óleo mecânico
 O termo engloba : dermatite de contato, ulcerações,
infecções e cânceres.
A sua prevenção depende da utilização contínua de EPI
— Equipamento de Proteção Individual — e o tratamento
reclama o afastamento do trabalhador de suas funções
habituais e do contato com os agentes nocivos.
Doenças ocupacionais
Asma Ocupacional:
 Causada pela inalação de agentes tóxicos que causam alergia -
obstrução das vias respiratórias do trabalhador-
 Poeiras de substâncias como algodão, borracha, linho,
madeira, etc.
 É a doença respiratória mais comum relacionada ao trabalho.
A sua prevenção depende, em grande medida, da utilização
de adequados equipamentos de proteção individual.
MASCARA!!
 A eficácia do tratamento, quando a patologia já está
instalada, depende do afastamento do trabalhador dos
agentes causadores da obstrução de suas vias áreas.
Doenças ocupacionais
LER:  Lesão por Esforço Repetitivo
DORT:  Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao
Trabalho
 LER e o DORT são danos decorrentes da utilização excessiva do
sistema que movimenta o esqueleto humano e da falta de tempo
para recuperação.   
 Não se tratam de uma doença, mas sim, de uma síndrome com um
conjunto de doenças.
Caracterizam-se pela ocorrência de vários sintomas, de
aparecimento quase sempre em estágio avançado, que
ocorrem geralmente nos membros superiores, tais como dor,
sensação de peso e fadiga. 
Algumas das principais patologias que acometem os
trabalhadores são as lesões no ombro e as inflamações em
articulações e nos tecidos que cobrem os tendões.
Doenças ocupacionais
Principais patologias:
 Síndrome do Túnel do Carpo
 Neuropatia resultante da compressão do nervo mediano no canal do carpo,

estrutura anatômica que se localiza entre a mão e o antebraço. 


 Através desse túnel rígido, além do nervo mediano, passam os tendões flexores que

são revestidos pelo tecido sinovial. Qualquer situação que aumente a pressão
dentro do canal provoca compressão do nervo mediano e a síndrome do túnel do
carpo.
Em geral, a síndrome ocorre pelo espessamento do ligamento anular do
carpo, o que fará o estreitamento do túnel e aumentará sua pressão.
Sintomas:
 Parestesia: sensação de formigamento, dormência; se manifesta mais a
noite e ocorre fundamentalmente na área de enervação do nervo
mediano.
 A evolução da síndrome dificulta a manipulação de estruturas pequenas

ou tarefas simples.
 Dor no local da inflamação que pode se estender para as mãos.
Doenças ocupacionais
Tendinites dos extensores dos dedos
 Inflamações nos tendões extensores dos dedos
 A tendinite pode ocorrer em qualquer articulação, mas é mais comum nos
punhos, nos joelhos, ombros e cotovelos.
Da mesma forma que para a síndrome do túnel do carpo, o uso
excessivo e repetitivo de certa articulação irá provocar o inchaço das
estruturas presentes nas costas das mãos, provocando dor ao
movimento dos dedos e punhos.
Da mesma forma que com a Síndrome do
Túnel do Carpo, essa patologia dificulta a
manipulação de objetos e a realização de
movimentos simples que exigem a
extensão dos dedos.
Doenças ocupacionais
Tenossinovite dos Flexores dos Dedos
Primeiramente:
 Os tendões flexores dos dedos estão presentes na parte da palma
das mãos e estão recobertos por uma bainha chamada sinovial,
que faz com que a contração do músculo fique mais "macia".
 Quando ocorre a inflamação da bainha sinovial, usa-se o termo
tenossinovite, no caso dos tendões que fazem a flexão dos dedos.
Em razão à inflamação da bainha, quando houver contração do
músculo para movimentar os dedos, aparecerá o sintoma de dor
local, e o movimento das mãos não será bem realizado.
 O paciente irá se queixar de dor e inflamação na parte interna da
mão, principalmente quando fizer o movimento de flexão dos
dedos (quando a pessoa fecha as mãos, por exemplo).
Doenças ocupacionais
Tenossinovite Estenosante (Dedo Em
Gatilho)
 Essa doença envolve os tendões flexores dos
dedos das mãos, que passam por túneis dentro
dos dedos. 
 Se houver a formação de um nódulo sobre o
tendão ou ocorrer um inchaço na bainha
(sinovial) que o cobre, ele então se tornará mais O dedo em gatilho pode
largo, ficando comprimido nos túneis por onde iniciar-se como um ligeiro
ele passa.  desconforto sentido na base
 Conforme a pessoa mexe os dedos, ela irá sentir do dedo. Um espessamento
um estalo ou escutar um barulho na articulação pode ser sentido nesta zona.
envolvida, principalmente no meio dos dedos.  Quando o dedo começa a
 Pode ocorrer por traumatismo da palma da mão, que ficar bloqueado e a provocar
pode provocar irritação dos tendões flexores, algumas o ressalto ou gatilho, o
doenças como a artrite reumatóide, a gota e a diabetes problema poderá parecer na
estão associadas com o aparecimento de dedo em articulação interfalângica
gatilho, assim como movimentos repetitivos. proximal do dedo.
Doenças ocupacionais
Síndrome de De Quervain ou Enfermidade de De
Quervain
 Inflamação que afeta os tendões do punho que se
dirigem para o polegar, nomeadamente os tendões do
abdutor longo e extensor curto do polegar, na zona
onde atravessam uma bainha fibrosa espessa, que
constitui o primeiro compartimento extensor do
punho.
 Ocorre após o uso repetitivo do pulso, especialmente
quando há torção. Ela se desenvolve com frequência
em mães recentes, provavelmente devido ao fato de
elas pegarem seus bebês com os braços estendidos,
utilizando apenas os pulsos, repetidamente. Ela
também pode se desenvolver com a artrite
reumatoide.
 O principal sintoma da síndrome de Quervain é dor
latejante no pulso do lado do polegar que se estende
até sua base e que piora com o movimento. A área na
base do polegar próxima ao pulso também fica
sensível.
Doenças ocupacionais
Prevenção:
Especialistas, como fisioterapeutas, explicam que não só o
diagnóstico é importante, mas principalmente reconhecer os
fatores que causaram a lesão ou patologia.
 “A tendinite, bursite, outras lesões ou distúrbios são consequência de alguma
outra disfunção, seja um movimento excessivo, seja um trauma repetitivo. Por
isso é importante não só tratar a consequência do que aconteceu, é preciso olhar
um pouco antes e verificar os fatores de risco, prevenindo a recorrência da lesão
de essa lesão ocorrer novamente”, ressalta. Ritmos excessivos, postura rígida ou
tensa, ausência de pausas, são contribuições para o surgimento das LER/DORT.
Doenças ocupacionais
Para prevenir, recomenda-se:
Adequação ergonômica do ambiente de trabalho e atividades do dia a
dia.
Intercalar atividades.
Fazer alongamento ou aquecimento prévio da região afetada.
Fazer pausas durante as atividades para descansar e aliviar tensão e
sobrecarga.
Cuidar sempre da postura.
Praticar exercícios físicos e fortalecimento prévio.
Doenças ocupacionais
PAIRO: Perda Auditiva Induzida pelo Ruído
Ocupacional.
Perda da audição, por conta de barulhos muito altos no
ambiente de trabalho – degeneração do canal
auditivo
Se desenvolve de forma gradual, com o indivíduo
perdendo a audição aos poucos
Existem dois tipos de PAIRO: a unilateral (atinge apenas
um dos ouvidos) e a bilateral (atinge os dois ouvidos).
Doenças ocupacionais
Causas do PAIRO:
 Ruído
 Os ruídos são a principal causa da PAIRO. Sempre que um barulho atingir mais

de 85 dB e um indivíduo for exposto de forma contínua, ou seja, por uma grande


quantidade de horas por dia, pode desenvolver a doença.
 Isso é bastante comum nas indústrias dos mais diversos tipos, bem como na

construção civil, uma vez que os equipamentos e máquinas utilizados pelos


trabalhadores podem ser muito barulhentos.
 Vibração
 Além do ruído, a vibração também pode contribuir para o desenvolvimento da
Pairo. É o caso, por exemplo, de trabalhadores da construção civil que utilizam
britadeiras, que fazem o chão vibrar.
 Substâncias químicas
 Também existem algumas substâncias químicas utilizadas na indústria que são

prejudiciais para a audição. É o caso do mercúrio, do manganês, do tolueno, do


arsênio, do monóxido de carbono, entre outras.
Doenças ocupacionais
Prevenção:
Medidas educativas
 É importante que os responsáveis pela saúde ocupacional, junto com o setor de
comunicação interna, promovam palestras, materiais de divulgação e outras ações
para educar os funcionários sobre a importância de se prevenir contra a ação dos
ruídos.
Controle de ruído
 Também cabe à organização buscar alternativas para que se tenha um maior
controle sobre o ruído em suas operações. Isolar máquinas e adequar a acústica dos
ambientes são exemplos de boas medidas.
Redução da jornada de trabalho
 Se não é possível reduzir os ruídos, é uma boa alternativa reduzir a jornada de
trabalho dos funcionários ou, ainda, fazer rodízio de funções. Assim, eles não ficarão
tanto tempo expostos ao barulho.
Protetor auricular
 É obrigação da empresa oferecer protetores auriculares, em forma de plug ou
concha, para que todos os colaboradores das linhas de produção o utilizem. Dessa
forma, se evita que a exposição a ruídos cause a Pairo.
Obrigada.

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