Hipnose
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SAÚDE-NORTE,
PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM PSICOLOGIA DA DOR,
SOB ORIENTAÇÃO DO PROFESSOR DOUTOR ANTÓNIO CAPAFONS DA
UNIVERSITAT DE VALÈNCIA E COM A CO-ORIENTAÇÃO DA PROFESSORA
DOUTORA MARIA EMÍLIA AREIAS DO ISCS-N.
Investigar as crenças e atitudes de uma população clínica comparativamente
com uma população estudantil, através da versão revista da EVCAH – C;
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Apesar dos benefícios empíricos evidentes da utilização da hipnose na
intervenção psicológica, muitos profissionais de saúde e os próprios pacientes
apresentam-se apreensivos em relação ao seu uso para tratamento.
Isto acontece, muito por causa dos mitos e das crenças criados em redor da
hipnose (Capafons, 1998; Capafons, Morales, Espejo & Cabañas, 2006; Jupp,
1985-86; McConkey & Vingoe, 1982; Yu, 2004).
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Chaves em 2004, modificou a escala “Attitudes Towards Hypnosis Scale” desenvolvida
por Spanos (1987), e adaptou uma versão para clientes, outra para estudantes de
medicina dentária, e uma terceira para estagiários universitários.
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Em 2006, Capafons, Morales, Espejo e Cabañas adaptaram a escala na versão
de cliente para o uso com terapeutas (EVCAH – T). Para isso modificaram e
alargaram-na, passando a existir uma versão nova com 37 itens.
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Esta estrutura factorial foi confirmada através de uma análise factorial
confirmatória (Capafons, Espejo & Mendoza, 2008), a qual apresentou
uma consistência interna dos coeficientes boa e uma razoável correlação
teste-reteste para os oito factores.
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Esta investigação parte das seguintes hipóteses:
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O nosso estudo inclui:
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ESTUDANTES
Sim (%) Não (%) Sim (%) Não (%)
Hipnotizado(a) 1,9 98,1 Hipnotizado(a) 1,6 98,4
Informação 24,8 75,2 Informação 31,8 68,2
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Os sujeitos do nosso estudo foram:
- seleccionados aleatoriamente;
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Todos os sujeitos foram informados:
- objectivos do estudo;
- carácter voluntário do seu preenchimento;
- garantia e confidencialidade das suas respostas, que se destinavam
apenas para fins de investigação.
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Realizou-se uma análise factorial exploratória (SPSS 18.0), recorrendo à
técnica de extracção dos eixos principais através do método de rotação
oblíqua (normalização oblimin com Keiser, com um Delta de 0.2).
Foram ainda realizadas análises descritivas e análise dos factores para relatar
as crenças e atitudes face à hipnose, da amostra total (pacientes mais
estudantes).
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RESULTADOS
Teste t
Pacientes Estudantes
Factor M e DP M e DP gl t p
Ajuda/ 3.90 ± .87 3.44 ± .88 695 7.011 .000
Memória
Medo 3.55 ± 1.05 3.30 ± 1.08 695 3.011 .003
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Por outro lado, a presença em segundo lugar do factor Medo no presente estudo,
permite-nos confirmar a ideia de Capafons, 1998; Capafons, Morales, Espejo
& Cabañas, 2006; Jupp, 1985-86; McConkey & Vingoe, 1982; Yu, 2004; de que
apesar dos benefícios empíricos evidentes da utilização da hipnose na
intervenção psicológica, muitos profissionais de saúde e os próprios pacientes
apresentam-se apreensivos no seu uso e nos seus tratamentos.
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Assim consideramos, que o nosso estudo, realizado na zona Norte de
Portugal, com uma população de pacientes e estudantes, permitiu
confirmar dados anteriores da estrutura factorial da EVCAH – C e sua
utilidade, bem como a diferença entre uma população clínica e uma
população normal (estudantes), sendo que os pacientes apresentam de
uma forma mais intensa e significativa crenças e atitudes face à
hipnose, do que os estudantes.
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