02 Exame de Urina

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EXAME DE URINA

REVISÃO ANATÔMICA DO RIM


RESUMO DA FISIOLOGIA RENAL
 Funções básicas dos néfrons e ductos
coletores:
– Filtração glomerular
– Reabsorção tubular
– Secreção tubular
Filtração Glomerular
 Membrana de filtração:
– Água, glicose, vitaminas, aminoácidos,
proteínas plasmáticas muito pequenas,
amônia, uréia, íons
– Albumina:
 Proteína plasmática mais abundante do
sangue
 Possui tamanho grande menos de 1%
atravessa a membrana
Reabsorção e Secreção Tubulares
 Cerca de 99% do filtrado glomerular
retorna ao sangue por reabsorção nos
túbulos do néfron e no tubo coletor
 Reabsorção de: Glicose, aminoácidos,
uréia e íons (Na+, K+, Ca2+, Cl-, HCO3-
(bicarbonato) e HPO42- (fosfato))
 Secreção de: H+ (regula o pH do sangue),
K+, amônia, creatinina, medicamentos
COMPOSIÇÃO DA URINA
 95% DE ÁGUA
 5% DE SOLUTO:
– Eletrólitos
– Uréia (decomposição de proteínas)
– Creatinina (decomposição do fosfato de creatina
 fibras musculares)
– Ácido úrico (decomposição de ácidos nucléicos)
– Urobilinogênio (decomposição de hemoglobina)
– Ác. graxos
– Pigmentos
– Enzimas
– Hormônios, etc
TIPOS DE ANÁLISE
 FÍSICA

 QUÍMICA

 MICROSCÓPICA
EXAME FÍSICO
 VOLUME

 COR

 ASPECTO

 DENSIDADE
VOLUME URINÁRIO
 Ingestão hídrica
 Perda de fluidos por fontes não renais

 Variação na excreção do hormônio anti-


diurético
 Necessidade de excretar grandes
quantidades de soluto

 Valores de referência: 600 a 2000ml em


24 horas
 Alterações do volume urinário:
– Poliúria: aumento do volume urinário
 Diabetes,cafeína ou álcool (reduzem a
secreção do hormônio anti-diurético),
esclerose renal, glomerulonefrite.

– Oligúria: diminuição do volume urinário


 Desidratação,
vômito, diarréia, transpiração,
queimaduras graves, edemas.

– Anúria: volume inferior a 50ml em 24h


 Lesãorenal grave, obstrução das vias
excretoras, insuficiência renal aguda
COLORAÇÃO
 Urocromo
 Grau de hidratação

 Grau de concentração de solutos

 Coloração normal:
– Amarelo-claro
– Amarelo-citrino
– Amarelo-escuro
– Âmbar
 Variações na coloração da urina:
– Amarelo-escuro ou âmbar
 Presença anormal de bilirrubina

– Amarelo-esverdeado:
 Doenças do fígado

– Rosa ao vermelho:
 Urina com hemácias

– Branco:
 Hipúria ou quilúria

– Alterações por medicamentos


ALCAPTONÚRIA (Ocronose)
 Deficiênciano metabolismo da
fenilananina e tirosina
 Diagnóstico:

– Presença de ác. homogentísico na urina


– Comprometimento cutâneo, ocular,
articular e cardiovascular (alterações
radiográficas)
 SINTOMAS
– Urina de coloração azulada enegrecida em
contato com oxigênio.
– Artrite aguda na coluna vertebral.
– Acometimento das grandes articulações.
– Rigidez lombar.
– Enfraquecimento e ruptura espontânea dos
tendões.
– Ouvido externo (surgimento de manchas
azuladas), podem gerar surdez, cerume
enegrecido.
– Comprometimento da função respiratória
gerada pela rigidez da cartilagem hialina.
ASPECTO
 Transparência da amostra da urina
 Aspectos da urina:

– Limpo
– Ligeiramente turvo
– Turvo
– Acentuadamente turvo
 Fatores que provocam turvação da
urina:
– Cristais
– Leucócitos
– Hemácias
– Bactérias
– Sêmen
– Linfa
– Lipídios
– Células epiteliais
– Muco
– Contaminantes externos
DENSIDADE
 Avalia a capacidade de reabsorção
renal
 Avalia o estado de hidratação do
corpo
 Depende da proporção de solutos
urinários presentes e do volume de
água

 Valor normal: 1015 a 1030


 Baixa densidade:
– Administração excessiva de líquidos via intra-
venosa;
– Reabsorção de edemas;
– Insuficiência renal crônica;
– Uso de drogas

 Alta densidade:
– Desidratação
– Diarréia
– Vômito
– Febre
– Proteinúria
EXAME QUÍMICO DA URINA
 pH  Ác. úrico
 Proteína  Sangue

 Glicose  Urobilinogênio

 Cetonas  Nitrito

 Creatinina  Leucócitos

 Bilirrubina
REAÇÃO DE pH
 Ajuda a detectar distúrbios
eletrolíticos sistêmicos (metabólicos
ou respiratórios)
 Incapacidade renal de produzir ou
reabsorver ácidos ou bases
 Tem influência direta da alimentação

 Valores: 4,5 a 8
 Urinas ácidas:
– Dieta rica em proteína
– Acidose metabólica ou respiratória
– Alguns medicamentos

 Urinas alcalinas:
– Dieta rica em frutas e verduras
– Após vômitos repetidos
– Alcalose metabólica ou respiratória
– Medicamentos com caráter alcalino
CRESCIMENTO
BACTERIANO

pH ALCALINO

URÉIA CONVERTIDA
EM AMÔNIO
PROTEÍNA
 Proteínas séricas de baixo peso
molecular (albumina)
 Proteínas produzidas no trato uro-
genital (Tamm-Hosfall)

 Resultado:

– Negativo
– Traços (+1, +2, +3)
 Proteinúria:

– Lesão da membrana glomerular


– Distúrbios que afetam a reabsorção
tubular das proteínas filtradas
– Fase aguda de várias doenças
– Em gestantes  pré-eclampsia
CETONÚRIA
 Engloba três produtos intermediários do
metabolismo das gorduras:
– Acetona, ácido cetoacético, ácido beta-
hidroxibutírico
 Deficiência no tratamento com insulina no
diabete melito:
– Regular a dosagem de insulina
– Desequilíbrio eletrolítico
– Desidratação
– Acidose  coma
 Resultado:

– Negativo
– Positivo (+1, +2, +3)

 Cetonúria:

– Diabete melito
– Perda de carbohidrato por vômito
– Carência alimentar
– Redução de peso
CREATININA
 É o principal metabólito da creatina
 Proporcional à massa muscular total

 É retirada do plasma por filtração


glomerular  urina

A creatinina não é reciclada no


corpo
Taxa de depuração alta e constante

INDICADOR EFICIENTE DA FUNÇÃO RENAL


BILIRRUBINA
 Produto de decomposição da
hemoglobina
 Urina escura com espuma amarela

 Bilirrubinúria:

– Obstrução do ducto biliar


– Lesão hepática (hepatite e cirrose)
– Doenças da vesícula biliar
GLICOSE
A urina contém quantidades mínimas
de glicose: 160 a 180mg/dl

 Glicosúria:

– Hiperglicemia  diabete melito


UROBILINOGÊNIO
 Pigmento biliar resultante da
degradação da hemoglobina
 Excreção normal: 0,5 a 2,5mg ou
unidades/24h
 Resultado: Normal / Positivo

 Urobilinogênio na urina:

– Hepatopatias, distúrbios hemolíticos


NITRITO
 Detecção na infecção inicial da bexiga
 Avaliar o sucesso na antibioticoterapia
 Acompanhar pacientes com infecções
recorrentes, diabéticos e grávidas 
alto risco para infecção urinária)
 Resultado:
– Positivo / Negativo
 Presença de nitrito:
– Cistite, pielonefrite, avaliação da terapia
c/ antibióticos
SANGUE
 Hemácias íntegras (hematúria) ou
hemoglobina livre (hemoglobinúria)
 Resultado:

– Negativo
– Postivo (+1, +2, +3)
– Positivo para hemoglobina
 Hematúria:

– Cálculos renais, glomerulonefrite,


tumores, traumatismos, pielonefrite,
exposição à drogas

 Hemoglobinúria:

– Lise das hemácias no trato urinário,


hemólise intra-vascular (transfusões,
anemia hemolítica, queimaduras graves,
infecções)
LEUCÓCITOS
 Indica possível infecção no trato urinário
 Resultado:

– Negativo
– Positivo (+1, +2, +3)

 Piúria:

– Todas as doenças renais e do trato urinário


– Podem aumentar em estados febris e
exercícios severos
EXAME MICROSCÓPICO DA
URINA
Exame do sedimento urinário (qualitativo e
quantitativo)
Detecta e identifica os elementos insolúveis na urina

 Hemácias  Parasitas
 Células epiteliais  Filamentos de
 Cilindros muco
 Bactéria  Cristais

 Leveduras  Artefatos
HEMÁCIAS
 Discos incolores
 Discos crenados: urina concentrada
 “Células fantasmas”: urina alcalina

 Significado clínico:
– Lesões na membrana glomerular ou nos
vasos do sistema urogenital
– Glomerulonefrite, cálculos renais,
infecções agudas, exercício físico.
CÉLULAS EPITELIAIS
 Células escamosas:
– Revestimento interno da vagina
– Porções inferiores da uretra masculina e
feminina.

 Células transicionais ou caudadas


– Revestimento da pelve renal, bexiga e porção
superior da uretra
– Em grande quantidade: suspeita de carcinoma
renal
 Células dos túbulos renais
– Doenças que causam lesão tubular:
 Pielonefrite,reações tóxicas, infecções
virais, rejeição à transplantes
LEUCÓCITOS
 Leucócitos: características
morfológicas intactas
 Piócitos: elementos degenerados
abundantes em infecções purulentas

 Piúria:infecções bacterianas
(pielonefrite, cistite, prostatite e
uretrite), litíase, glomerulonefrite,
tumores
CILINDROS
 Quantidade aumentada de cilindros:
doença renal disseminada e
indivíduos normais após exercício
físico severo
BACTÉRIAS
 Analisar o método de coleta e tempo
transcorrido entre a coleta e a
realização do exame
 Mais frequentes: microorganismos
entéricos
 Infecção: bactérias + leucócitos

 Confirmar o resultado por


bacterioscopia
LEVEDURAS
 Pacientes com diabetes melitos e
candidíase vaginal
 Resultado:

– 1 a 2 por campo (+)


– 3 a 5 por campo (++)
– >5 por campo (+++)
PARASITAS
 Contaminação fecal ou vaginal
 Trichomonas vaginalis é o mais
comum
– 1 a 2 por campo (+)
– 3 a 5 por campo (++)
– >5 por campo (+++)
FILAMENTOS DE MUCO
 Material protéico produzido por
glândulas e células epiteliais do trato
urogenital
 Presença excessiva: processos
inflamatórios do trato urinário
inferior ou do trato genital
CRISTAIS
 Achado comum
 Cistina: cálculos urinários

 Tirosina e leucina: necrose e


degeneração tecidual importante
 Cristais
comuns: ácido úrico e
oxalato de cálcio
 Cristais Patológicos:
 Cristais Patológicos:
 Cristais devido ao uso de drogas
 Cristais devido ao uso de drogas
 Cristais devido ao uso de drogas
ARTEFATOS
 Agentes contaminantes
 Amostras colhidas em recipientes
sujos ou em condições impróprias

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