INSS CND DE OBRA

PROCEDIMENTOS Martelene Carvalhaes Pereira e Souza

REGULARIZAO DE OBRAS
A regularizao da obra o ato pelo qual o seu responsvel providencia junto s reparties pblicas competentes o Auto de Concluso ou Habite-se e a CND da obra para a averbao no Registro de Imveis, ou em cumprimento s outras disposies legais.

Pessoas Jurdicas
Art. 33, pargrafo 1 da Lei 8.212/91: prerrogativa do Instituto Nacional do Seguro Social INSS e do Departamento da Receita Federal DRF o exame da contabilidade da empresa, no prevalecendo para esse efeito o disposto nos arts. 17 e 18 do Cdigo Comercial, ficando obrigados a empresa e o segurado a prestar todos os esclarecimentos e informaes solicitados.

Aferio Indireta
As pessoas jurdicas sem contabilidade regular e as pessoas fsicas sujeitam-se metodologia da aferio indireta da remunerao dos trabalhadores da obra e o recolhimento da importncia apurada segunda esta metodologia. (art. 431 da IN SRF no. 03/2005 alterada pela IN RFB no. 910 de 20 de janeiro de 2009).

CND
A CND o documento comprobatrio da regularidade do contribuinte na Previdncia Social. A CPD EN a Certido Positiva de Dbito com Efeitos de Negativa, que ser expedida quando:
a empresa tiver dbito com exigibilidade suspensa por determinao judicial, houver parcelamento e o contribuinte estiver adimplente com as parcelas e houver dbitos em curso de cobrana executiva para os quais tenha sido efetivada a penhora regular e suficiente sua cobertura, ou garantido por depsito integral no valor do dbito atualizado.

A CPD EN tem os mesmos efeitos da CND, nos termos do art. 206 do Cdigo Tributrio Nacional.

1. Finalidade da CND
A CND de obra tem como finalidade a averbao da construo, ou quaisquer outras finalidades nos demais casos em que houver emisso de CEI - Cadastro Especfico do INSS. As diversas finalidades da CND esto discriminadas na legislao, que dever ser identificado no requerimento no campo prprio. Ser indeferido o pedido de CND com erro de finalidade

1. Finalidade da CND
Averbao de obra de construo civil Registro na Junta Comercial reduo de capital transferncia de controle ciso parcial transformao. Registro na Junta Comercial baixa de empresa ciso total (somente CND). Quaisquer outras finalidades

3. Exigibilidade da CND
A CND ser exigida pela autoridade responsvel pelo poder pblico, por rgo de registro pblico, ou por instituio financeira em geral, nas seguintes hipteses.(Lei no.8.212 de 1991).

2. Exigibilidade da CND
Na Licitao Na averbao de obras No registro da incorporao imobiliria Na contratao de operao de crdito Na liberao de parcelas de financiamentos No caso de obra financiada, a CND poder ser exigida da construtora.

2. Exigibilidade da CND
A apresentao da CND no elide a responsabilidade do contratante, nem tampouco determina a inexistncia de dbito, sendo intil a exigncia da CND quando desobrigada pela legislao

3. Dispensa da CND
Na lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua retificao, ratificao ou efetivao de outro anterior para o qual j foi feita a prova. Na averbao de obra de construo civil, relativa ao imvel cuja construo tenha sido concluda antes de 22 de novembro de 1966. Na transao imobiliria que envolva empresa que explore exclusivamente atividade de compra e venda de imveis, locao, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporao imobiliria ou construo de imveis destinados venda, desde que o imvel objeto da transao esteja contabilizado no ativo circulante e no conste, nem tenha constado, de ativo permanente da empresa, fato que ser relatado no registro da respectiva transao no cartrio de Registro de Imveis.

3. Dispensa da CND
No arquivamento na Junta Comercial, de ato constitutivo, inclusive de suas alteraes, de microempresa ou empresa de pequeno porte, salvo no caso de extino de firma individual ou de empresrio individual, assim considerado pelo art. 931 da Lei no. 10.406 (cdigo civil) ou de sociedade. Na averbao no Registro de Imveis de obra de construo civil residencial que seja, cumulativamente, unifamiliar, destinada a uso prprio, do tipo econmico, executada sem mo de obra remunerada e de rea total no superior a 70 metros quadrados cujo proprietrio ou dono da obra seja pessoa fsica.

3. Dispensa da CND
Nos atos relativos transferncia de bens envolvendo a arrematao, a desapropriao de bens imveis e mveis de qualquer valor, bem como nas aes de usucapio de bens mveis ou imveis. Na recuperao judicial a partir da vigncia da Lei no. 11.101 de 2005, no perodo compreendido entre o deferimento do processamento desta e a aprovao do plano de recuperao judicial, para que o devedor exera suas atividades, exceto para a contratao com o Poder Pblico ou para recebimento de benefcios ou incentivos fiscais ou creditcio

4. Validade da CND
Prazo de 90 dias (podendo ser modificado) CND ou CPD-EN de obra para averbao, pode ser renovada sem os procedimentos exigidos para a emisso.

5. Cancelamento da CND
CND obtida por medida judicial e cassada ou reformada. CND liberada indevidamente do sistema. (dolo, coao, simulao ou fraude). CND liberada por erro do sistema ou erro involuntrio ou erro de cadastro. CND de baixa de empresa que no encerrou suas atividades.

PROCEDIMENTOS CND de Obra

Para a emisso da CND no poder haver nenhuma restrio no CEI da obra. Havendo restries ser emitido pelo INSS o relatrio de restries identificando as irregularidades para que seja providenciada a sua regularizao. As restries no CEI da obra impedem a CND da empresa responsvel pela matrcula, mas as restries no CNPJ da empresa responsvel no impedem a emisso da CND da obra.

Relatrio de Restries
1. No houve a entrega da GFIP - Gfip ausncia de fato gerador sem mo de obra prpria - Houve GPS e no houve GFIP - GFIP ausncia de fato gerador no 1 e ltimo ms da obra.

Relatrio de Restries
2. Divergncia de valor entre GFIP e GPS -Cdigos de GFIP e GPS - Informao quanto reteno e compensao.

Relatrio de Restries
3. H dbitos que impeam a emisso da CND ou da CPD-EN - Cdigos incompatveis - GPS no CNPJ/CEI e GFIP CEI/CNPJ

Relatrio de Restries
4 Erro de finalidade ou de dados cadastrais. -correo de finalidade ou - alterao dos dados cadastrais

Requerimento da CND
Responsvel pela matrcula Repartio do estabelecimento centralizador do responsvel. Documentos (art. 475 da IN SRP no. 03/2005).

DOCUMENTOS
DISO Declarao e Informao sobre Obras. Planilha com Relao de Prestadores de Servios (Anexo da DISO). Alvar de Construo. Contrato e a ordem de servio ou autorizao para o incio de execuo da obra. Auto de Concluso. Termo de Recebimento da Obra. Documentao referente Mo de Obra Prpria Documentao da Mo de Obra Terceirizada. Documentos do Responsvel pela Matrcula Comprovao de escriturao contbil regular.

1. DISO
A DISO o requerimento da CND, conforme modelo previsto no Anexo XI da IN SRP no. 03/05 dever ser preenchida e assinada pelo responsvel pela obra ou representante legal da empresa, em duas vias.

1. DISO
Pargrafo 3 do art. 475 da IN SRP no 03/05: As informaes prestadas na DISO so de inteira responsabilidade do proprietrio do imvel, incorporador ou dono da obra, que responder civil e penalmente pelas declaraes que fornecer.

2. Relao dos Prestadores de Servios

O formulrio pode ser obtido no site da Receita Federal e ser preenchido com base na documentao comprobatria dos recolhimentos efetuados previdncia: Notas Fiscais, GFIPs, GPS da reteno.

3. Alvar de Construo
Projeto Aprovado Projeto constante da licitao Observar:
Data do incio da obra (campo da DISO)

4. Contrato
Responsvel pela matrcula
Empreitada Total Construtora Empreitada Parcial O contratante Faturamento direto de subempreiteiros O contratante Contrato por administrao O contratante.

4. Contrato
ORDEM DE SERVIO OU AUTORIZAO PARA O INCIO DE EXECUO DE OBRA (rgo Pblico)

5. Auto de Concluso
Data do Trmino da Obra

6. Termo de Recebimento de Obra

(administrao pblica) Quando a construtora for contratada para executar parte da obra, dever constar no documento o percentual da rea total construda para cada construtora, neste caso a CND ser de Obra Inacabada.

7. Documentao da Mo de Obra Prpria

a) - GPS recolhida no CEI da obra no cdigo 2208. b) - GFIP identificada com o CEI da obra no cdigo 155. c) - GFIP declaratria de ausncia de fato gerador no cdigo 115, relativa ao ms da emisso do CEI, quando no houver mo de obra prpria. Quando o responsvel pela obra for Pessoa Fsica e as GPS recolhidas na matrcula CEI da obra no ser exigido a comprovao de apresentao de GFIP.

8. Mo de Obra Terceirizada
Nota Fiscal GPS da reteno quitada GFIP do ms da execuo dos servios

9. Documentos do Responsvel pela Matrcula

Contrato social, Estatuto ou Ata de Eleio dos diretores Procurao Cpia autenticada do RG e CPF

10. Comprovao de Escriturao Contbil Regular

a)- Cpia autenticada do ltimo balano b)- Declarao, sob as penas da lei, firmado pelo representante legal e o contador, de que a empresa possui escriturao contbil regular do perodo da obra. c)- Cpia autenticada dos termos de abertura e encerramento do (s) livro (s) Dirio.

LIBERAO DA CND DE OBRA

De acordo com o artigo 477 da IN SRP no. 03/05 alterado recentemente pela IN RFB no. 910 de 29 de janeiro de 2009. A CND ou a CPD-EM de obra de construo civil, sob responsabilidade de pessoa jurdica, ser liberada, desde que a empresa apresente os documentos acima relacionados e no possua restries no sistema da previdncia.

LIBERAO DA CND DE OBRA

No havendo nenhum impedimento, a CND dever sempre ser expedida no prazo mximo de 10 de dias, por disposio do art. 205 do CTN Cdigo Tributrio Nacional. Art. 205, pargrafo nico do CTN: A certido negativa ser sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e ser fornecida dentro de dez dias da data da entrada do requerimento na repartio. (grifo nosso).

LIBERAO DA CND DE OBRA

Quando a empresa no apresentar escriturao contbil no momento da regularizao, a CND ser liberada mediante o recolhimento integral das contribuies sociais, apuradas pela metodologia da aferio indireta.

Aferio Indireta da Remunerao

De acordo com o artigo 431 da IN SRP no. 03/2005 alterado pela IN RFB no. 910 de 29 de janeiro de 2009, as pessoas jurdicas sem contabilidade regular e a as pessoas fsicas somente podero obter a CND da obra aps o pagamento ou parcelamento do valor apurado pela aferio indireta deduzindo os valores comprovadamente recolhidos referentes aos servios e profissionais que compe o CUB.

Independente da expedio da CND fica ressalvado RFB o direito de cobrar qualquer importncia que venha a ser considerada devida em futura Auditoria Fiscal. O que poder ocorrer no prazo de 5(cinco) anos.

Aferio Indireta da Remunerao

A empresa estiver desobrigada da apresentao da escriturao contbil ou no a possuir de forma regular; A empresa no apresentar os Livros Contbeis na forma estabelecida ou quando a Contabilidade no espelhar a realidade econmico-financeira da empresa por omisso de qualquer lanamento contbil, ou por no registrar o movimento real da remunerao dos segurados a seu servio, do faturamento ou do lucro;

Aferio Indireta da Remunerao

Quando houver sonegao ou recusa pelo responsvel, de apresentao de qualquer documento ou informao de interesse do INSS. Quando os documentos ou informaes de interesse do INSS forem apresentados de forma deficiente.

As pessoas jurdicas com escriturao contbil regular, mesmo com a emisso da CND da obra, podem ser objeto de fiscalizao no prazo de 5 (cinco) anos. Em caso de fiscalizao, o procedimento especial da aferio indireta ser utilizada, se

Aferio Indireta
1. No exame da escriturao contbil ou de qualquer outro documento do sujeito passivo, a fiscalizao constatar que a contabilidade no registra o movimento real da remunerao dos segurados a seu ser servio, da receita ou do faturamento e do lucro; 2. A empresa recusar-se a apresentar qualquer documento ou sonegar informao, ou apresenta-los deficientemente. Considera-se deficiente o documento apresentado ou a informao prestada que no preencha as formalidades legais.

Aferio Indireta
3. Faltar prova regular e formalizada do montante dos salrios pagos pela execuo de obra de construo civil. Considera-se forma regular e formalizada a escriturao contbil em livro Dirio e Razo, conforme previsto no pargrafo 13 do art. 225 do RPS e no inciso IV do art. 60 da IN SRP no. 03/2005.

Aferio Indireta
4. As informaes prestadas ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo no merecerem f em face de outras informaes, ou outros documentos de que disponha a fiscalizao, como por exemplo; Omisso de receita ou de faturamento, Dados coletados na Justia do Trabalho,

Constatao da impossibilidade de execuo do servio contratado, tendo em vista o nmero de segurados constantes em GFIP ou folha de pagamento especfica, mediante confronto desses documentos com as respectivas notas fiscais, faturas, recibos ou contratos.

CND de OBRA
Construo Parcial CND parcial Obra Inacabada CND de obra inacabada Obra em que houve resciso de contrato Obra executada em perodo decadencial (total ou parcial). Regularizao de obra de ofcio pelo
INSS

CONTRATOS DE EXECUO DE OBRAS

O contrato o primeiro documento a ser analisado pela fiscalizao junto com o projeto, e pelo contrato que se deve planejar toda carga tributria da obra, no s em relao ao INSS, mas tambm quanto aos tributos federais.

Clusulas Essenciais
a) - Ttulo do Contrato
Contrato de Empreitada Art. 219 do Decreto 3048/99: A empresa contratante de servios executados mediante cesso de mo de obra ou empreitada dever reter, onze por cento do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestao de servios e recolher a importncia retida em nome da empresa contratada, observado o disposto no pargrafo 5. Do art. 216. (grifo nosso).

Clusulas Essenciais
b) - Objeto do Contrato
O objeto do contrato a execuo de uma obra, parte de uma obra ou um servio especializado na rea da construo civil.

Clusulas Essenciais
c) - Previso contratual de fornecimento de materiais ou utilizao de equipamentos
Pargrafo 7 do art. 219 do Dec. 3048/99 Na contratao de servios em que a contatada se obriga a fornecer material ou dispor de equipamentos, fica facultada ao contratado a discriminao, na nota fiscal, fatura ou recibo, do valor correspondente ao material ou equipamentos, que ser excludo da reteno, desde que contratualmente previsto e devidamente comprovado. (grifo nosso).

Clusulas Essenciais
d) - Previso contratual do VALOR dos materiais ou de equipamentos
Pargrafo 8 do art. 219 do Dec. 3048/99 Cabe ao Instituto Nacional da Previdncia Social, normatizar a forma de apurao e o limite mnimo do valor do servio contido no total da nota fiscal, fatura ou recibo, quando, na hiptese de pargrafo anterior, no houver previso contratual dos valores correspondentes a material ou a equipamentos.

Clusulas Essenciais
e) Execuo de obras ou servios em condies especiais
A partir de 1 de abril de 2003, a reteno de 11% para a previdncia social poder ser acrescida em 2%, 3% e 4% conforme o caso.

Clusulas Essenciais
f) Obrigaes da Contratada
1 - Notas Fiscais (descrio dos servios e vinculao inequvoca obra) 2. Destaque da reteno de 11% 3. GFIP do ms da execuo dos servios

GFIP
A GFIP um conjunto de informaes, e o documento onde so prestados as informaes, dados cadastrais, fatos geradores e outras informaes de interesse do INSS e do FGTS. - GRF Guia de recolhimento do FGTS - RE : Relao dos Trabalhadores - RET : Relao de Tomadores/Obra - REC : Relao de Estabelecimentos Centralizados

GFIP
155 GFIP do responsvel pela matrcula GPS 2208 (no CEI) 150 GFIP dos empreiteiros e subempreiteiros no responsveis pela matrcula GPS 2100 (no CNPJ) 115 Ausncia de Fato Gerador

MATRCULA CEI DA OBRA

O cadastro na obra no CEI (Cadastro especfico do INSS) tem por finalidade a administrao dos recolhimentos do INSS especficos por obra, definir o responsvel pela matrcula e pelas contribuies previdencirias. O CEI da obra ficar vinculado ao CNPJ do responsvel por ela.

MATRCULA CEI DA OBRA

MATRCULA POR PROJETO Edificaes Fracionamento do Projeto Urbanizao Matrcula por contrato

Dispensa de Matrcula
a)- Servios de Construo Civil, aqueles relacionados no anexo I da IN SPR no. 03 de 2005 ( IN MF/RFB no. 829 de 18.03.2008). b)- Construo sem mo de obra remunerada c)- Reforma de pequeno valor

Responsvel pela Matrcula

Empreitada Total: A construtora Empreitadas Parciais: O contratante Empresa no construtora: O contratante Construo em Condomnio: Um dos condminos e outros.

Responsvel pela Matrcula

Construo em nome coletivo: um dos proprietrios e outros Incorporao Imobiliria: O Incorporador Contrato por Administrao: O contratante. CONSRCIO: Todas as Consorciadas. Nome da Empresa Lder e outros /Consrcio.

RETENO PARA A PREVIDNCIA SOCIAL

A reteno para a previdncia social prevista no art. 31 da Lei 8.212 de 1991 obrigatria nos contratos de cesso de mo de obra e empreitada, exceto na empreitada total de acordo com o pargrafo 1 do art. 220 do Decreto 3.048 de 1999, situao em que se aplica o instituto da solidariedade.

RETENO PARA A PREVIDNCIA SOCIAL

EMPREITADA TOTAL Para elidir a responsabilidade solidria facultado ao Tomador dos Servios efetuar a reteno de 11% sobre as notas fiscais ou faturas de servios. Esta faculdade somente dos responsveis solidrios.

RETENO PARA A PREVIDNCIA SOCIAL

A IN SRP no. 20 de 11 de janeiro de 2007 introduziu alterao no artigo 178 da IN SRP no. 03 de 2005, incluindo o inciso IV no pargrafo 2. Excluem-se da responsabilidade solidria: IV a partir de 21 de novembro de 1986, as contribuies sociais previdencirias decorrentes da contratao, qualquer que seja a forma, de execuo de obra de construo civil, reforma ou acrscimo, efetuadas por rgo pblico da administrao direta, autarquias e fundaes do direito pblico.

MINISTRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUO DE CONSULTA N 14 de 16 de Dezembro de 2008 ASSUNTO: Contribuies Sociais Previdencirias EMENTA: ADMINISTRAO PBLICA. RESPONSABILIDADE SOLIDRIA NA CONSTRUO CIVIL. EMPREITADA TOTAL. INEXISTNCIA. ELISO. RETENO DE 11%. INAPLICABILIDADE. O rgo pblico da administrao direta, a autarquia e a fundao de direito pblico no responde solidariamente com o construtor pelas contribuies previdencirias devidas em razo da execuo de obra de construo civil por empreitada total, descabendo a reteno de 11% como forma de elidir-se da responsabilidade tributria. A obrigatoriedade da reteno de 11% permanece nos casos de contratao de servios de construo civil na modalidade de empreitada parcial, bem como nas demais hipteses previstas na legislao para os servios executados mediante cesso de mo-de-obra e empreitada.

Obrigatoriedade da Reteno
O RESPONSVEL pela reteno o CONTRATANTE, que no poder alegar nenhum fato ou situao para se eximir da obrigao, permanecendo responsvel pelo recolhimento das importncias que deixar de reter.

BASE DE CLCULO DA RETENO

Empreitada somente de mo de obra
A base de clculo o valor faturado

Empreitada com fornecimento de materiais

Com o valor dos materiais expresso no contrato A base de clculo o valor dos servios - Sem o valor dos materiais expresso no contrato A base de clculo de no mnimo 50%

BASE DE CLCULO DA RETENO

Contratos com utilizao de equipamentos 45% para pontes e viadutos 10% nos contratos de pavimentao asfltica 15% terraplenagem, aterro sanitrio e dragagem. 50% drenagem 35% demais servios realizados com a utilizao de equipamentos

Deduo da Reteno
O valor retido da subcontratada poder ser deduzido da reteno da contratada (construtora), desde que se refira mesma competncia e ao mesmo servio. Devendo ser anexada fatura, cpia da nota fiscal do subempreiteiro, a GPS da reteno quitada e cpia da GFIP do subempreiteiro completa. O Custo da alimentao in natura fornecida pela contratada, de acordo com os programas de alimentao do trabalhador. O valor do vale transporte de conformidade com a legislao prpria

No se sujeitam reteno

O valor da reteno for at R$ 29,00. 1-Administrao, fiscalizao, superviso ou gerenciamento de obras. 2- assessoria ou consultoria tcnicas; 3- controle de qualidade de materiais; 4- fornecimento de concreto usinado, de massa asfltica ou de argamassa usinada ou preparada. 5- jateamento ou hidrojateamento. 6- perfurao de poo artesiano; 7- elaborao de projeto da construo civil; 8-ensaios geotcnicos de campo ou de laboratrio (sondagem de solo, provas de carga, ensaios de resistncia, amostragem, testes em laboratrio de solos ou outros servios afins).

No se sujeitam reteno
9-servios de topografia. 10-instalao de antenas (coletivas) , 11 Instalao de aparelhos de ar condicionado, de refrigerao, ventilao, de calefao ou de exausto; 12 Instalao de sistemas de ar condicionado, de refrigerao, de ventilao, de calefao ou de exausto, quando a venda for realizada com emisso apenas da nota fiscal de venda mercantil. QUANDO HOUVER EMISSO DE NOTA FISCAL RELATIVA MO DE OBRA UTILIZADA NA INSTALAO DO MATERIAL OU DO EQUIPAMENTO VENDIDO, INCIDE A RETENO SOBRE O VALOR DOS SERVIOS.

No se sujeitam reteno
13- Instalao de estrutura metlica, de equipamento ou de material, quando a venda for realizada com emisso apenas da nota fiscal de venda mercantil. QUANDO HOUVER EMISSO DE NOTA FISCAL RELATIVA MO DE OBRA UTILIZADA NA I NSTALAO DO MATERIAL OU DO EQUIPAMENTO VENDIDO, INCIDE A RETENO SOBRE O VALOR DOS SERVIOS. 14-Locao de caambas. 15 Locao de mquinas, de ferramentas, de equipamentos ou de outros utenslios, sem fornecimento de mo de obra, ou seja, sem operador. 16- Fundaes especiais.

COMPENSAO E RESTITUIO DA RETENO

Compensao da reteno na empreitada total Compensao da reteno na empreitada parcial Restituio

NOTA FISCAL DE SERVIOS

Descrio dos Servios Vinculao inequvoca obra Destaque da Base de Clculo e da reteno para a previdncia social

NF de Servios
Servios de Instalaes Eltricas Executado na Rua x no. Y CEI no.XXXXXXXXX Valor dos materiais 75.000,00 Valor dos Servios 25.000,00 Reteno 2.750,00 (-) Valor retido -1.000,00 VL DA RETENO 1.750,00 VALOR TOTAL NOTA FISCAL 100.000,00

100.000,00

NF de Servios
Servios de Instalaes Eltricas Executado na Rua x no. Y CEI no.XXXXXXXXX Valor dos Servios 50% 50.000,00 Reteno (-) Valor retido VL DA RETENO 5.500,00 -1.000,00 4.500,00 100.000,00 100.000,00

VALOR TOTAL NOTA FISCAL

Obrigado pela Ateno Martelene Carvalhaes Contato: (11) 3845-4387 E-mail: mlfconsultoria@terra.com.br