Aula Emergencias Oncologicas

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Complicações no Tratamento do

Paciente com Câncer


EMERGÊNCIAS ONCOLÓGICAS

Faculdade de Medicina do ABC


FMABC

Profª Natália Liubartas


Gravidade da doença
+
Agressividade do Tratamento

 Situação Críticas e
EMERGENCIAS ONCOLÓGICAS GRAVES!!!
• Uma emergência oncológica é uma condição
aguda que é causada:

Câncer ou Tratamento
Rápida intervenção para evitar a morte ou dano
permanente severo.
Emergências oncológicas:

Metabólicas, neurológicas, cardiovasculares,


hematológicas, respiratórias, nefrológicas ou
relacionado aos efeitos colaterais do
tratamento.
• As principais e mais comuns são:

• SÍNDROME DA LISE TUMORAL


• NEUTROPENIA FEBRIL
• SÍNDROME DA COMPRESSÃO MEDULAR
• SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR
SÍNDROME DA
LISE TUMORAL
SÍNDROME DA LISE TUMORAL
• Emergência metabólica: distúrbio eletrolítico
severo.

• Caracterizada pela destruição maciça de


células malignas e conseqüente liberação do
seu conteúdo no espaço extracelular.
SÍNDROME DA LISE TUMORAL

• Rápida liberação de metabolitos intracelulares


(ácidos nucleicos, proteínas, fósforo e
potássio) a partir de células malignas lisadas.
Síndrome da Lise Tumoral - SLT
SÍNDROME DA LISE TUMORAL
– Conteúdo intracelular (Ác. Nucléicos e Íons)
•  Sist. Circulatório grande quantidade e rapidamente:
– DEMANDA ELIMINAÇÃO ORGÂNICA!

• Pode ocorrer de 2 formas:

• Espontaneamente – Dça Proliferativa


• Precipitados pela quimioterapia cito-redutora
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Alterações metabólicas:
– Toxicidades clínicas:
• lesão renal aguda, arritmias cardíacas, convulsões,
complicações neurológicas e morte súbita.

– A principal causa de morte nestes doentes são:


• Arritmias Cardíacas.
• Lesão Renal Aguda.
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
FATORES DE RISCO
Relacionados a Relacionados as
Neoplasia condições clínicas
• Neop. Altam.
Proliferativa • Ácido Úrico >
• Tu Quimiossensíveis 7,5mg/dL
• Tu Sólidos (>10cm) • Nefropatia de base
• Hiperleucocitose (Tu • Desidratação
Hematológicos) • Oligúria (<0,5ml/kg/hr
• DHL 2x acima valores – 6hs)
normais
Atualmente, a classificação para a SLT
mais utilizada é a de Cairo-Bishop –
2004
Síndrome da Lise Tumoral
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Ácido úrico
• Células malignas  pesada carga de ácido nucléico
= alta atividade celular e duplicação.
• Cél maligna  Apoptose 
 ácido úrico  hiperuricemia. 
Hiperuricemia = uratos  pouco solúveis em água
 depósito de cristais.

• Controle de pH urinário é importante!!!


Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Hiperfosfatemia e hipocalcemia

• Cél. Neoplásica = 4x fósforo intracelular

• Saturar a capacidade renal de excretar fosfatos de cálcio.


• Precipitação de cristais de fosfatos de cálcio
• Elevação níveis de fósforo sérico livre.
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Hipercalemia
• Qtidade aumentada Potássio:
– superar a capacidade excretora dos rins e levar à
hipercalemia.
– Gera quadros cardiovasculares graves.
Rev. bras. ter. intensiva vol.20 no.3 São Paulo July/Sept. 2008
http://dx.doi.org/10.1590/S0103-507X2008000300011 
Síndrome de lise tumoral: uma revisão abrangente da literatura
Síndrome da Lise Tumoral - SLT
• Sinais e Sintomas

– Hipercalemia:
• Parestesia e fraqueza.
• [] potássio sérico: arritmia severa, assistolia  Fatal
– Hiperfosfatemia:
• Céls Malignas (4x fósforo)  Insf. Renal emergente.
– Hipocalcemia:
• Consequente da hiperfosfatemia  espasmos musculares,
arritmia ventricular, broncoespasmos.
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Sinais e Sintomas

– Hiperuricemia  [] Ác. Urico:


• Fadiga, fraqueza, vomito, dificuldade de concentração,
irritabilidade, artralgia, cólica renal, oligúria, etc.
• Precipitação cristais de AU nos túbulos renais – Falência renal
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
– Progressão SLT  LRA (precipitação eletrólitos TR)
• Oliguria (< 0,5ml/kg/h  6hs)

– Sobrecarga volumétrica:
» Edema Pulmonar= dispneia, congestão pulmonar, tosse,
dor torácica, HAS.
» IC – Sobrecarga Cardíaca

SLT após instalada: índice de mortalidade muito alta.


Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Tratamento:

Caracterizar perfil do doente:


– Paciente alto risco SLT:
– Tu alto índice proliferativo;
– Massa Tu grande;
– Nefropatia de base;
– DHL elevado
• CONDUTA: Adiar terapêutica tumoral e iniciar terapêutica
preventiva contra SLT.
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Tratamento:

• Monitorização cardíaca
• Estrutura para hemodiálise
• Monitorização de SSVV, Peso, BH, Débito
Urinário.
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Tratamento:
Condutas e Medidas:

• Hiperhidratação: endovenosa em torno de 3000ml/m²/24h ;


• Alcalinização – NAHCO³ 50 a 100 mEq /L.; (controversa)
• Manter um pH urinário: 6,5 –7.5;
• Alopurinol – 300mg a 400mg/m²/dia;
• Rasburicase - 0,15-0,2 mg/Kg em 30 min - 24hs -4 à 7 dias
• Diálise profilática - antes da quimioterapia de indução;
• Fluxo urinário: 100 a 200ml/m2/h ou 3 a 6 ml/kg/h;
• Monitorização bioquímica - dosagem sérica : Na, K, Ca, Mg, Ur, Cr, Ác.Úrico;
Síndrome da Lise Tumoral – SLT
• Emergencia oncológica grave – trazer danos
irreversíveis – diagnóstico tardio.

– 10% a 50% pacientes com malignidades de alta


carga tumoral podem desenvolver SLT.
– Até um terço destes pacientes irá desenvolver
uma lesão renal aguda  mau prognóstico.
– Até um terço das SLT podem surgir antes do início
da quimioterapia.
Neutropenia Febril
Agentes Antineoplásicos (AGAN)
Toxicidade da Quimioterapia
– Toxicidade Hematológica / Medular
NEUTROPENIA FEBRIL
• Emergência que habitualmente requer
internação para tratamento com antibióticos
endovenosos de amplo espectro, contudo o
tratamento ambulatorial pode ser apropriado
em doentes de baixo risco.
NEUTROPENIA FEBRIL
Toxicidade da Quimioterapia
– Toxicidade Hematológica

• Drogas mielotóxicas  mielossupressão

– PERÍODO NADIR: 5-7 – 10-15 dias pós QT:

• A menor contagem hematológica após AGAN.


Toxicidade da Quimioterapia
• Toxicidade Hematológica

– Período Nadir

• Mielossupressão
– Imunossupressão
• Anemia
• Plaquetopenia
• Leucopenia  neutropenia
Neutropenia Febril
• Neutropenia decorrente à QT

• EMERGÊNCIA ONCOLÓGIA GRAVE!!!!


• Evoluir rapidamente para sepse e óbito em poucas horas.

• Suscetível à infecção severa ou agravamento de processo


infeccioso já existente.

• Febre + Neutropenia = Neutropênico Febril


Neutropenia Febril

• Definição:

• FEBRE > OU = 37,8

+
• Neutrófilos < 500 ou < 1000 com provável
diminuição para < 500 (em 48hs)
NEUTROPENIA FEBRIL

• Esta condição gerava ate 75% das mortes por


complicação pós QT, antes do uso de ATB de
amplo espectro.
NEUTROPENIA FEBRIL
• Levar em conta:
– Tipo de tumor
– Delta Quimioterapia – P. Nadir
– Quimioterápico administrado
– Dose
• EXAME FÍSICO:
– Lesões em mucosas, Ausculta criteriosa pulmonar, inserções
de cateteres, checar volume e freqüência urinária, perfusão
periférica, qtidade de picos febris, inspeção anal.
NEUTROPENIA FEBRIL
• Condutas e Tratamento
– Colher HemoCulturas (Sg Periférico e Central - VIAS)
– Colher UroCultura (Urina 1 complementar)
– PCR (Marcador Infeccioso)
– Função renal
– HMG (avalia o grau de NF)
– RX (Checar foco pulmonar)
– Escarro (cultura, se tosse)
• Amostra fezes e LCR somente se houver suspeita clínica
NEUTROPENIA FEBRIL
• Tratamento:

– ATB de amplo espectro – IMEDIATO


– Após culturas, ajusta-se o ATB
– Antifúngico, somente no D3, se sem resposta com
ATB.
– Granulokine / Filgrastima
– Se choque séptico por NF Severa – protocolo:
• Hiperhidratação, ATB, Controle Hídrico – BH, etc.
Neutropenia Febril
DADOS HISTORIA CLINICA

• Valorizar sintomas: dor retro esternal (risco infecção


fúngica),
• Dor a evacuação (fissuras,abcessos peri-anal),
• Vômitos, diarréia (anaeróbios)
• Dor em membros (miosite/vasculite),
• Dor abdominal (tiflite).
NEUTROPENIA FEBRIL

• 10% e 50% em pacientes com tumores sólidos


• Até 80% nas neoplasias hematológicas
após pelo menos um ciclo de quimioterapia.
Considerações Finais
• A atuação do profissional de enfermagem

frente às emergências oncológicas é

fundamental  Ação precoce  redução de

Danos  menores seqüelas permanentes.


V I DA S?? ?
D Ú

Ob r i ga da ! ! !
DOE MEDULA ÓSSEA!!!
www.ameo.org.br

natalia.liubartas@gmail.com

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