Mormo (14673)
Mormo (14673)
Mormo (14673)
Zoonoses
Vigilância Sanitária e Meio Ambiente
Programas Sanitários em Saúde Animal e Saúde Pública
Pirassununga – SP
2020
Mormo é uma das doenças mais antigas registradas de
equídeos com potencial zoonótico, conhecido desde
os tempos antigos. Sintomas da doença foram
registrados por Hipócrates em 425 a.C. e foi dado o
nome de “melis” por Aristóteles em 350 a.C.
O mormo é uma doença endêmica no Brasil, alvo de
prevenção, controle e erradicação no território
nacional no âmbito do Programa Nacional de
Sanidade dos Equídeos (PNSE).
MORMO
■ Bactéria Burkholderia mallei;
■ Bastonetes gram-negativos aeróbicos, que
pertencem à ordem Burkholderiales e à família
Burkholderiaceae;
■ Bactéria intracelular facultativa, não móvel, não
formadora de esporos;
■ Sobrevive fora do hospedeiro por vários períodos
de tempo, dependendo de muitos fatores.
Epidemiologia e Patogênese
■ O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão).
parasitismo;
■ Lesões metastáticas se formam nos pulmões ou em outros órgãos, como baço, fígado e pele, originando o
mormo cutâneo.
■ As lesões de septo nasal podem ser primárias, se instalando por via hematógena, ou secundárias, a um foco
pulmonar.
Fonte: (SELLON, D.C.; LONG, M. T.)
1. Granulomas pulmonares
em pulmões de cavalo
com mormo.
2. Granulomas e úlceras
(cicatriz estrelada) em
septo nasal de cavalo com
mormo.
3. Abcessos no baço de
cavalo com mormo
4. Prepúcio inchado em
cavalo com orquite
causada por mormo
Epidemiologia e Patogênese
■ Mormo está restrito geograficamente à Europa Oriental, Ásia, África do Norte, América do
■ Foi erradicado da Europa, Austrália e América do Norte por uma rigorosa política de abate de
animais positivos.
■ Humano se infecta:
superior.
■ Manual Terrestre da OIE em 2012 para o comércio internacional é o teste de fixação de complemento
■ O teste da maleína foi usado para erradicar mormo do Norte América e Grã-Bretanha na virada do século
XX.
■ Vários outros testes sorológicos e técnicas de diagnóstico agora estão disponíveis para diagnóstico de
mormo, incluindo reação em cadeia da polimerase (PCR), aglutinação, hemoaglutinação indireta, ensaio
competitivo (cELISA) .
■ Instrução Normativa SDA nº 17, de maio de 2008: Institui o Programa Nacional de Sanidade
dos Equídeos – PNSE.
■ Portaria SDA nº 35, de 17 de abril de 2018: Define os testes laboratoriais para o diagnóstico do
mormo no Brasil.
Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos – PNSE
animais:
ELISA (indireto ou competição) à partir de abril de 2020.
A prova de Fixação de Complemento (FC) será utilizada apenas para trânsito internacional, conforme regulamentação da OIE.
■Exame confirmatório: todos os resultados diferentes do negativo na prova de triagem serão retestados:
– prova Western Blotting (WB) nos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs).
IN, nº 6, de 17/01/2018 - MAPA
Art. 9º Qualquer caso suspeito de mormo é de notificação obrigatória ao SVO da UF onde se encontra o animal, em prazo não
§ 1º O médico veterinário, produtor rural, transportador de animais e profissionais que atuam em laboratórios veterinários
ou instituições de ensino, pesquisa ou extensão veterinária são obrigados a comunicar casos suspeitos de mormo.
Art. 10. Será considerado caso suspeito de mormo o equídeo que apresentar pelo menos uma das seguintes condições:
II - quadro clínico compatível com o mormo ou diagnóstico clínico inconclusivo de doença respiratória ou cutânea, refratária a
II - determinar e acompanhar a eliminação do foco, a eutanásia e, a critério do SVO, a realização de necropsia com colheita de amostras,
III - realizar colheita de amostra para investigação sorológica nos demais equídeos da(s) unidade(s) epidemiológica(s);
IV - realizar investigação epidemiológica, incluindo avaliação da movimentação dos equídeos do estabelecimento pelo menos nos últimos
180 (cento e oitenta) dias anteriores à confirmação do caso, com vistas a identificar possíveis vínculos epidemiológicos;
V - supervisionar a destruição do material utilizado para cama, fômites e restos de alimentos do animal infectado e orientar sobre medidas a
Art. 15. A eutanásia e destruição dos casos confirmados de mormo serão realizadas no estabelecimento onde o animal se encontra, de acordo com os procedimentos
e métodos aprovados pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), no prazo máximo de 15 (quinze) dias, a contar da notificação ao proprietário do
animal.
§ 4º Cabe ao proprietário do animal eutanasiado proceder o enterramento do cadáver no próprio local e a desinfecção das instalações e fômites, sob a supervisão do
Art. 16. Todo foco de mormo deverá ser obrigatoriamente eliminado, observando-se:
II - a realização de testes de diagnóstico consecutivos de todos os equídeos da unidade epidemiológica, com intervalo de 21 (vinte e um) a 30 (trinta) dias entre as
c) Potros com idade inferior a 6 (seis) meses de idade, filhos de éguas positivas para mormo deverão ser examinados clinicamente e, caso não apresentem sintomas de
mormo, devem ser mantidos isolados e submetidos a testes sorológicos ao completarem 6 (seis) meses de vida.
Art. 17. A desinterdição das unidades epidemiológicas onde se confirmou foco de mormo ocorrerá mediante análise técnica e epidemiológica do SVO e após a obtenção
de 2 (dois) resultados negativos consecutivos nos testes diagnósticos em todos os equídeos existentes na unidade epidemiológica definida .
Fonte: MAPA
Fonte: MAPA
Referências bibliográficas
■ SELLON, D.C.; LONG, M. T. Equine infectious diseases – Second edition. Saunders Elsevier: Missouri, 2014.
■ https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/1892934/do1-2018-01-17-instrucao-no
rmativa-n-6-de-16-de-janeiro-de-2018-1892930
■ https://www.defesa.agricultura.sp.gov.br/
■ https://www.crmvsp.gov.br/site/
■ https://www.gov.br/agricultura/pt-br
Fonte: Google Imagens
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