Helena estag curri desenvolvim

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INTRODUÇÃO

O presente documento serve de relatório do estágio curricular realizado no


laboratório de análises clínicas como parte do plano curricular do curso de licenciatura
em análises clínicas e saúde pública do Instituto Superior Politécnico Internacional de
Angola (ISIA).
O estágio foi feito no Hospital Municipal de Catete e decorreu entre 06 de
Março á 06 de Julho de 2024.
Durante este período os objetivos fundamentais foram:
1. A colheita e recepção de amostras;
2. Maior envolvimento no trabalho diário do laboratório;
3. Aprender sobre o processo de processamento das amostras para a determinação
dos vários parâmetros analíticos;
4. Acompanhamento do processo de integração da informação dos doentes no
caderno de registo do laboratório.
ESTRUTURA DO HOSPITAL
As áreas de serviços nesta unidade hospitalar incluem Laboratório central,
Bioquímica, Hemoterapia, Banco de urgência de medicina, Banco de urgência de
pediatria, Área de consultas externa, Área de fisioterapia e de estomatologia, Área de
nutrição, Cardiologia, Maternidade, CATV, Ticiologia/Baciloscopia, Refetório,
Farmácia central, Morgue, Secretaria, Departamento do RH, Lavandaria, Área dos
transporte e UTI..
Qualquer um destes sectores funciona em espaço físico independentes, sendo
dotados de todo o equipamento necessário à realização das diversas provas analíticas.
Neste relatório de estágio é focado em um caso clínico e com maior realce as
áreas de Hematologia, Sorologia, Bioquímica, e Urologia.
ASPECTOS ORGANIZACIONAIS

A cada utente corresponde uma folha de requisição de análises, que dá a


conhecer aos técnicos de Análises Clínicas o tipo de amostra e as condições de colheita
adequadas.

Após a colheita, as folhas de requisição dos utentes são levadas para o


laboratório central, para que os técnicos verifiquem se é necessário enviar alguma
requisição para outro laboratório.

Os tubos e contentores de colheita para recolha e armazenamento da amostra a


analisar, chegam a cada sector devidamente identificados com um número, atribuído de
acordo com a ordem de admissão dos utentes.

Cada exame a efetuar fica registado no sistema informativo do laboratório, desde


o caderno de registos da sala de triagem, onde o doente é admitido, até ao sector onde o
teste é realizado.

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Após a obtenção dos resultados estes são registados, para que posteriormente
possam ser avaliados pelo diretor técnico, consoante determinados critérios. De seguida,
é então possível a parte administrativa facultar os resultados das análises aos utentes.

INCIDENCIA DA MALARIA
A malária é uma infecção por protozoário que se propaga pela picada de um
mosquito fêmea infetado.
Embora os medicamentos e inseticidas tenham feito com que a malária se
tornasse rara nos Estados Unidos e na maioria dos países desenvolvidos, a doença
continua a ser comum e mortal em outras áreas.
Em 2018, houve um número estimado de 228 milhões de casos de malária em
todo o mundo, com 405 mil mortes, principalmente em crianças com menos de 5 anos.
Países africanos arcam com uma parcela desproporcionalmente elevada do ônus
global da malária. Em 2018, 93% dos casos de malária e 94% das mortes por malária
ocorreram no continente africano.
Desde 2000, as mortes por malária diminuíram em cerca de 60% em função dos
esforços da Parceria RBM (Roll Back Malaria) para erradicar a malária.
Nos Estados Unidos, cerca de 1.500 casos de malária são relatados a cada ano. A
maioria ocorre em imigrantes, visitantes provenientes dos trópicos ou viajantes que
retornam de áreas tropicais.
No entanto, alguns casos resultam de transfusões de sangue ou da picada de um
mosquito local que, por sua vez, picou um viajante em retorno ou um imigrante que
estavam infetados.
Características Epidemiológicas
A Malária é reconhecida como grave problema de saúde publica no mundo,
ocorrendo em quase 50% da população, em mais de 109 países e territórios.
São estimados ocorrência de 300 milhões de novos casos e 1 milhão de mortes
por ano, principalmente em crianças menores de 5 anos e mulheres gravidas do
continente africano.
No Brasil, a região amazônica é considerada a área endêmica do país para
Malária. Em 2008 foram registrados 313.922 casos de Malária, sendo a espécie P.
vivax responsável por quase 85% dos casos notificados.
Neste ano, aproximadamente 97% dos casos de Malária se concentraram em seis
estados da região amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Os
outros três estados da região amazônica Maranhão, Mato Grosso e Tocantins foram
responsáveis por menos de 3% dos casos de Malária no país.
A maioria dos casos ocorre em áreas rurais, mas há registro da doença também
em áreas urbanas (cerca de 15%).

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Reservatório
O homem é o único reservatório com importância epidemiológica para a Malária
humana.
Vetores
Mosquito pertencente a ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família
Culicidae, gênero Anopheles Meigen, 1818. O gênero compreende cerca de 400
espécies, no mundo, das quais, cerca de 60 ocorrem no Brasil.
No país, as principais espécies transmissoras da Malária
são: Anopheles (N.) darlingi Root, 1926; Anopheles (N.) aquasalis Curry,
1932; Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis s. l. Lynch-Arribalzaga, 1878.
O principal vetor de Malária no Brasil é o Anopheles darlingi, cujo
comportamento é extremamente antropofílico e, dentre as espécies brasileiras, é a mais
encontrada picando no interior e nas proximidades das residências.
Popularmente, os vetores da doença são conhecidos por “carapanã”, “muriçoca”,
“sovela”, “mosquito-prego” e “bicuda”.
Período de Incubação
Varia de acordo com a espécie de plasmódio: P. falciparum, de 8 a 12 dias; P.
vivax, de 13 a 17 dias; P. malariae, de 18 a 30 dias.
TRANSMISSÃO DA MALÁRIA

Ciclo de vida do plasmódio


No mosquito:
 Quando pica uma pessoa infectada, junto com o sangue a fêmea de
Anopheles ingere gametócitos (formas geradoras de gametas).
 No tubo digestivo do mosquito, os gametócitos diferenciam-se em
gametas, que se unem, formando um zigoto. Por ser o local da reprodução
sexuada do plasmódio, o mosquito é considerado seu hospedeiro
definitivo.
 O zigoto invade a parede do tubo digestivo do mosquito e converte-se em
uma estrutura multinucleada denominada oocisto, que se divide em
milhares de pequenas células alongadas os esporozoítos.
 Estes migram para as glândulas salivares do mosquito e são ele inoculados
na corrente sanguínea de outra pessoa.

No homem:
 O ciclo de vida do parasita da malária começa quando um mosquito
fêmea pica uma pessoa com malária. O mosquito ingere sangue que
contém células reprodutoras dos parasitas.

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 Uma vez dentro do mosquito, o parasita se reproduz, se desenvolve e
migra para as suas glândulas salivares do mosquito.
 Quando o mosquito pica outra pessoa, injeta parasitas juntamente com a
sua saliva. Dentro da pessoa recém-infetada, os parasitas se movem para
o fígado, onde se multiplicam novamente.
 Eles geralmente maturam uma média de 1 a 3 semanas, depois saem do
fígado e invadem os glóbulos vermelhos do sangue da pessoa.
 Os parasitas se multiplicam novamente dentro dos glóbulos vermelhos do
sangue, causando a ruptura das células infetadas, liberando os parasitas
para invadirem outros glóbulos vermelhos.
 Muito raramente, a doença é transmitida de uma mãe infetada para o seu
feto, por transfusão de sangue contaminado, por transplante de um órgão
contaminado ou por injeção com uma agulha previamente utilizada por
uma pessoa com malária.

FISIOPATOLOGIA

A infecção de malária desenvolve-se em duas fases: uma que envolve o fígado


(fase exoeritrocítica) e outra que envolve os glóbulos vermelhos, ou eritrócitos (fase
eritrocítica). Quando um mosquito infectado perfura a pele de uma pessoa para se
alimentar de sangue, os esporozoítos presentes na saliva do mosquito penetram na
corrente sanguínea e depositam-se no fígado, onde infectam os hepatócitos,
reproduzindo-se assexualmente e sem haver manifestação de sintomas ao longo de 8-30
dias.
Depois de um período de dormência no fígado, estes organismos diferenciam-se
para produzir milhares de merozoítos, os quais, após romperem as células hospedeiras,
se introduzem na corrente sanguínea e infectam os glóbulos vermelhos, dando início à
fase eritrocítica do ciclo de vida. O parasita é capaz de abandonar o fígado sem ser
detectado, ao se envolver com a membrana celular da célula hepática do hospedeiro. No
interior dos glóbulos vermelhos, os parasitas reproduzem-se novamente, também de
forma assexuada, rompendo periodicamente as células hospedeiras para infectar novos
glóbulos vermelhos.

Alguns esporozoítos P. vivax não se desenvolvem imediatamente em


merozoítos, produzindo em vez disso hipnozoítos que permanecem adormecidos por
intervalos de tempo que variam entre alguns meses, geralmente 7 a 10 meses, e vários
anos. Após o período de hibernação, os hipnozoítos são reativados e produzem
merozoítos. Os hipnozoítos são responsáveis pelos longos períodos de incubação e
recidivas tardias em infecções por P. vivax, embora se desconheça ainda a sua
existência em casos de P. ovale.

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O parasita encontra-se relativamente protegido de ataques do sistema imunitário
do corpo, uma vez que durante a maior parte do seu ciclo de vida humano se encontra
no interior das células do fígado e dos glóbulos vermelhos, sendo por isso relativamente
invisível à vigilância imunitária. No entanto, os glóbulos vermelhos infectados em
circulação são destruídos no baço.
Para evitar a sua destruição, o parasita P. falciparum introduz proteínas adesivas
na superfície dos glóbulos vermelhos infectados, o que faz com que os glóbulos se
agarrem às paredes dos vasos sanguíneos mais pequenos e não tenham que percorrer o
sistema circulatório e passar pelo baço. O bloqueio dos vasos pode provocar malária
placentária. Os glóbulos vermelhos sequestrados podem penetrar na barreira
hematoencefálica e provocar malária cerebral.
TIPOS DE MALÁRIA
Cinco espécies de parasitas da malária podem infecta as pessoas:
 Plasmódium falciparum
 Plasmódium vivax
 Plasmódium ovale
 Plasmódium malariae
 Plasmódio knowlesi (raramente)

Plasmodium vivax e Plasmodium falciparum: são os tipos mais comuns de


parasitas causadores da malária. O maior número de mortes é causado
por Plasmodium falciparum.

Plasmodium vivax e o Plasmodium ovale: Podem permanecer no fígado em


estado latente (hipnozoítos) e, periodicamente, liberar parasitas maduros para a
corrente sanguínea, provocando crises recorrentes.

Plasmodium falciparum e o Plasmodium malariae: não permanecem no


fígado. No entanto, as formas maduras de Plasmodium malariae podem persistir na
corrente sanguínea durante meses ou mesmo anos, antes de provocarem sintomas.

Plasmodium knowlesi: que infecta principalmente macacos, também causa a


malária em seres humanos.
Ocorre principalmente em homens que vivem perto ou trabalham em áreas de
floresta da Malásia e de outras áreas do sudeste asiático.
Malária falciparum
Esta infecção, causada por Plasmodium falciparum, é a forma mais perigosa de
malária e pode ser fatal sem tratamento.
Na malária falciparum, os glóbulos vermelhos do sangue infetados agarram-se
às paredes dos pequenos vasos sanguíneos, causando a sua obstrução e resultando na
lesão de vários órgãos, especialmente do cérebro (malária cerebral), pulmões, rins e
trato gastrointestinal.

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Na malária falciparum, pode ocorrer um acúmulo de líquido nos pulmões e
problemas respiratórios graves (síndrome do desconforto respiratório agudo).
O dano a vários órgãos internos pode causar uma queda na pressão arterial, às
vezes resultando em choque.

SINTOMAS DA MALÁRIA

Após um mosquito infetado picar uma pessoa, os sintomas da malária


geralmente aparecem dentro de sete a trinta dias, mas eles podem não ocorrer até
meses ou até mesmo anos mais tarde.

Quando os glóbulos vermelhos do sangue infetados se rompem e liberam


parasitas, a pessoa geralmente manifesta calafrios com tremores, seguidos de febre
que pode atingir os 41 °C. Cansaço, vago desconforto (mal-estar), dor de cabeça,
dores corporais e enjoo são comuns.
Entre os sinais incluem-se dores de cabeça, febre, calafrios, dores nas
articulações, vómitos, anemia hemolítica, icterícia, hemoglobina na urina, lesões na
retina e convulsões.
A febre geralmente cai ao fim de algumas horas, e logo ocorre uma
transpiração profusa e cansaço extremo. As febres ocorrem de modo imprevisível a
princípio, mas com o tempo se tornam periódicas.
As febres periódicas vão e vêm em intervalos regulares. As febres tendem a
ocorrer em intervalos de 48 horas com Plasmodium vivax e Plasmodium ovale e de 72
horas com Plasmodium malariae.
As febres causadas por Plasmodium falciparum não são, normalmente,
periódicas, mas algumas vezes ocorrem em intervalos de 48 horas. A infecção
por P. knowlesi geralmente causa picos de temperatura diários.
À medida que a infecção avança, o baço aumenta e a anemia se torna grave.
Pode surgir icterícia. Outros sintomas da malária falciparum incluem diarreia, icterícia e
insuficiência renal.
COMPLICAÕES DA MALÁRIA

Falciparum causa obstrução microvascular porque os eritrócitos infectados aderem às


células vasculares endoteliais. Pode ocorrer isquemia, resultando em hipóxia tecidual,
sobretudo no cérebro, rim. Pode causar também edema pulmonar icterícia
hipoglicemia anemia.

Malária cerebral é uma complicação particularmente perigosa da malária


falciparum que pode causar febre alta, dor de cabeça, sonolência, delírio, confusão,
convulsões e coma.

Em geral, afeta bebês, crianças pequenas, mulheres grávidas, pessoas que


nunca foram expostas à malária e turistas que viajam para áreas de alto risco.

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Febre hemoglobinúrica é uma complicação incomum da malária falciparum.
Ela é causada pela ruptura de um grande número de glóbulos vermelhos do sangue,
liberando, assim, o conteúdo de células do sangue, incluindo hemoglobina, na corrente
sanguínea.
A hemoglobina liberada é expelida pela urina e escurece a sua cor. A lesão do
rim pode ser grave o suficiente para requerer diálise. A febre hemoglobinúrica é mais
provável de se desenvolver em pessoas que tomaram quinino como tratamento.
Se mulheres grávidas contraírem malária, o bebê poderá nascer com peso baixo
ou ser infetado. Além disso, essas mulheres ficam mais propensas a sofrer aborto ou
parto de natimorto.

DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA
O médico suspeita de malária quando uma pessoa desenvolve febre e outros
sintomas característicos durante ou após uma viagem para uma área onde a malária está
presente.
1. Testes Rápidos para a Deteção de Componentes Antigênicos de Plasmódio
Os testes imunocromatográficos representam um método de diagnóstico rápido de
Malária. São realizados em fitas de nitrocelulose contendo anticorpo monoclonal contra
antígenos específicos do parasito, apresentam sensibilidade superior a 95% quando
comparados à gota espessa, com parasitemia superior a 100 parasitos/µL.
Entretanto, os testes hoje disponíveis discriminam especificamente o P.
falciparum e as demais espécies simultaneamente, não sendo capazes de diagnosticar a
Malária mista.
Por sua praticidade e facilidade de realização, são uteis para a triagem e mesmo para
a confirmação diagnóstica, principalmente em situações onde o processamento do
exame da gota espessa e complicado, como em áreas longínquas e de difícil acesso aos
serviços de saúde, assim como em áreas de baixa incidência da doença.

2. Exame microscópico de uma amostra de sangue


O diagnóstico de certeza da infecção malárica só é possível pela demonstração do
parasito ou de antígenos relacionados, no sangue periférico do paciente, por meio dos
métodos diagnósticos especificados a seguir:
 Gota Espessa
É o método oficialmente adotado no Brasil para o diagnóstico da Malária. Mesmo
após o avanço de técnicas diagnósticas, esse exame continua sendo um método simples,
eficaz, de baixo custo, de fácil realização.
Quando adequadamente realizada é considerada como padrão-ouro pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Sua técnica baseia-se na visualização do parasito por meio da microscopia óptica,
após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a
diferenciação específica dos parasitos a partir da análise da sua morfologia e da
presença dos diferentes estágios de desenvolvimento do parasito encontrados no sangue
periférico.

Técnica de realização da gota espessa


O método de gota espessa é feito de acordo como descrito abaixo:

1. Colocar uma pequena gota de sangue, coletada por punção digital ou venosa;
2. Espalhar, com o auxílio de outra lâmina, o sangue sobre uma área de cerca de 1
cm2;
3. Deixar secar;
4. Corar pelo Walker ou Giemsa;
5. Deixar o corante atingir por 15 minutos no máximo;
6. Depois levar ao microscópio e fazer a observação.

A determinação da densidade parasitária, útil para a avaliação prognóstica, deve ser


realizada em todo paciente com Malária, especialmente nos portadores de P.
Falciparum.

 Esfregaço de Sangue

O esfregaço de sangue, também conhecido como distensão sanguínea ou


ainda extensão sanguínea, é um teste realizado em hematologia para a contagem
e a identificação de anormalidades nas células do sangue. O teste consiste na
extensão de uma fina camada de sangue sobre uma lâmina de microscopia que,
após corada, é analisada em microscópio.

O esfregaço sanguíneo geralmente é feito quando solicitado o hemograma ao


paciente. Seu objetivo principal é analisar a morfologia das células, fornecer
informações sobre a estimativa do número de leucócitos e plaquetas, investigar
problemas hematológicos, distúrbios encontrados no sangue e eventualmente
parasitas, como o Plasmodium, causador da malária.

Esfregaço Delgado

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Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o
paciente, auxiliando o médico no diagnóstico de doenças relacionadas ao
sangue, por exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como
infeções.

A distensão fina permite a identificação das estruturas morfológicas da


espécie alvo de reconhecimento nas hemácias, já que essas estão fixadas à
lâmina. Permite a determinação percentual da parasitemia, mediante a contagem
de eritrócitos parasitados em 100 hemácias.

Técnica de esfregaço delgado

O método de preparação para demonstrar melhor os tipos celulares do sangue


periférico é o esfregaço de sangue. Uma gota de sangue é colocada diretamente
sobre uma lâmina de vidro e espalhada em uma camada fina pela sua superfície.
Isso é obtido espalhando-se a gota de sangue com a borda de uma lâmina
histológica ao longo de outra lâmina, com o objetivo de produzir uma
monocamada de células.

Vamos ao passo a passo para realizar o teste:

1. Apoiar a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre


uma superfície limpa. Certificar-se de que a lâmina tem boa qualidade e não
está suja ou possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste;
2. Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da
lâmina;
3. Com o auxílio de outra lâmina, colocar a gota de sangue em contato com sua
borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás
tocando a gota com o dorso em um ângulo 45°;
4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por
capilaridade;
5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em
direção oposta a extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será
“puxado” pela lâmina;
6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a
lâmina de vidro;
7. Deve-se deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interferência.
8. Corar pelo Leishman, Giemsa, Wright ou May-Grünwald;

Observação da lâmina

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 Cabeça da lâmina: região imediatamente após o local em que estava a gota
sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de
leucócitos (principalmente de linfócitos).
 Corpo da lâmina: região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região
que os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais
homogênea. É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da
distensão sanguínea.
 Cauda da lâmina: região final da distensão sanguínea. Nessa região, há
encontro de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que
podem apresentar maior distorção morfológica.

A grande vantagem quanto à gota espessa refere-se à inexistência de perdas de


parasitos, pois a amostra não é submetida à desemoglobinização, por estar fixado.
Principais diferenças entre o método da gota espessa e do esfregaço delgado
Gota espessa
Vantagens:
 A gota espessa aumenta a probabilidade de se encontrar o parasito devido à
concentração maior da amostra;
 O processo de coloração é mais rápido, por ser desemoglobinizada, possibilitando o
processamento de um número grande de amostras;
 A distribuição de leucócitos e parasitos dá-se ao acaso na amostra, possibilitando
avaliar a parasitemia, relacionando o número de parasitas pelo número de
leucócitos.

Desvantagens:
 A morfologia do parasito se modifica durante o processo de
desemoglobinização, requerendo um processamento rápido e por profissional
especializado para a realização da técnica.

Esfregaço delgado
Vantagens:
 Exame comprobatório da gota espessa, em caso de dúvida, pois por fixar as
hemácias, permite um melhor estudo dessas células parasitadas pelos parasitos;
 Por ser fixado e não submetido à desemoglobinização, a perda de parasitos é
menor, quando comparada à gota espessa;
 Permite avaliação percentual da parasitemia, realizando a contagem de 100
hemácias.

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Desvantagens:

 Não é indicado como exame inicial, principalmente em pacientes com


parasitemias baixas, por ter menos quantidade de sangue espalhada em uma
única camada;
 Não estabelece uma correlação adequada do número de leucócitos pelo número
de parasitos, devido à distribuição ao acaso deles. Portanto, precisa-se examinar
uma área extensa para detectar todas as formas parasitárias.

Prevenção da malária

A prevenção envolve:
 Controlar os mosquitos;
 Evitar picadas de mosquitos;
 Tomar medicamentos preventivos (profilaxia contra malária);
 As medidas de controle de mosquitos, que incluem eliminação das áreas de
reprodução e destruição das larvas em águas paradas onde vivem, são muito
importantes.

Além disso, as pessoas que vivem ou viajam para áreas onde a malária é prevalecente
podem tomar precauções para limitar a exposição do mosquito:

 Usar inseticida (permetrina ou piretrina) em spray nas casas e no lado de fora


das casas.
 Colocar telas em portas e janelas
 Usar mosquiteiros tratados com inseticida sobre as camas
 Aplicar repelentes de mosquito contendo DEET (dietiltoluamida) em áreas
expostas da pele
 Usar calças compridas e camisas de manga comprida, principalmente entre o
anoitecer e o amanhecer, para proteção contra as picadas do mosquito
 Se a exposição a mosquitos for provavelmente longa ou envolver muitos
mosquitos, aplicar permetrina nas roupas antes de usá-las.
Tratar vestuário e equipamentos com produtos contendo permetrina ajuda. A permetrina
continua a conferir proteção depois de várias lavagens. Existem roupas pré-tratadas com
permetrina disponíveis e elas podem proteger mesmo depois de muitos ciclos de
lavagem.

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Pessoas que planejam usar repelentes que contenham DEET devem ser instruídas a:

 Aplicar os repelentes somente na pele exposta conforme as instruções do rótulo,


e usá-los em pequena quantidade ao redor dos olhos (eles não devem ser
aplicados nem pulverizados nos olhos ou na boca).
 Lavar as mãos após a aplicação.
 Não permitir que crianças manuseiem repelentes (os adultos devem aplicar os
repelentes nas próprias mãos primeiro, depois espalhá-los na pele da criança).
 Aplicar somente a quantidade suficiente de repelente para cobrir a área exposta.
 Lavar o repelente para retirá-lo depois de voltar para dentro.
 Lavar as roupas antes de usá-las novamente, salvo indicado em contrário no
rótulo do produto.
Medicamentos para prevenir a malária
A prevenção da malária para quem viaja para áreas onde a malária está presente deve
ser feita através de medicamentos. O medicamento preventivo é iniciado antes de
começar a viagem, continuado pelo tempo de estada e prolongado por um tempo (que
varia para cada medicamento) depois que a pessoa sair da área. Os medicamentos
preventivos reduzem, mas não eliminam o risco de malária. Para evitar (e tratar) a
malária utilizam-se vários medicamentos.

A resistência a medicamentos é um problema sério, particularmente com o perigoso


Plasmodium falciparum e, em algumas regiões do mundo, com Plasmodium vivax.
Desse modo, para prevenção, a escolha do medicamento vária de acordo com a
localização geográfica. Há informações disponíveis sobre viagem a locais específicos
nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC: Malaria and Travelers).

Os medicamentos que são usados mais frequentemente na prevenção da malária são:


 A combinação de atovaquona e proguanil (em um só comprimido)
 Doxiciclina
 Cloroquina
 Hidroxicloroquina
 Mefloquina
 Primaquina
 Tafenoquina

Vacina contra a malária:


A vacina contra a malária é uma vacina destinada a prevenir a malária, doença
parasitória transmitida pelas fêmeas infectadas do mosquito Anopheles. A única vacina
aprovada a partir de 2015 é a RTS,S, conhecida pelo nome comercial Mosquirix.
Requer quatro injeções e tem uma eficácia relativamente baixa. Devido a essa baixa

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eficácia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o uso rotineiro da
vacina RTS,S em bebês entre 6 e 12 semanas de idade.

Um programa de implementação liderado pela OMS está testando a vacina em três


países com alto índice de malária na África em 2019. A primeira fase do projeto,
coberta por doações da Unitaid, Gavi e do Fundo Global, está planejada para estabelecer
a viabilidade, o impacto e a segurança do RTS,S, quando usado como parte de um
programa de imunização de rotina. A pesquisa continua com proteínas recombinantes e
vacinas atenuadas para todo o organismo.

RTS,S/AS01 é uma vacina de malária recombinante à base de proteína. A vacina


RTS,S foi concebida e criada no final dos anos 80 por cientistas que trabalhavam nos
laboratórios SmithKline Beecham Biologicals (hoje GlaxoSmithKline Vaccines) na
Bélgica. A vacina foi desenvolvida através de uma colaboração entre a GSK e o
Instituto de Pesquisa do Exército Walter Reed e foi financiada em parte pela Iniciativa
de Vacinas contra a Malária PATH e pela Fundação Bill e Melinda Gates. Sua eficácia
varia de 26 a 50% em bebês e crianças pequenas.

O epítopo dos linfócitos T do CSP é O-fucosilado em Plasmodium falciparum e


Plasmodium vivax, enquanto a vacina RTS,S produzida em levedura não é.

Em 6 de outubro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o


uso generalizado da vacina contra a malária RTS,S/AS01 (RTS,S) em crianças na
África Subsaariana e em outras regiões com transmissão moderada a alta da malária por
Plasmodium falciparum. (Consulte OMS recomenda vacina inovadora contra a malária
para crianças em risco).

Tratamento da malária
Depois de começar o tratamento da malária, a maioria das pessoas melhora dentro
de 24 a 48 horas, mas no caso de malária por Plasmodium falciparum, a febre pode
persistir durante cinco dias.
Para tratamento de malária aguda, a escolha do medicamento baseia-se:
1. Os sintomas da pessoa
2. Espécie infetante de Plasmodium
3. Probabilidade de que o parasita seja resistente

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O parasita ter probabilidade de ser resistente varia com:

1. A espécie de Plasmodium;
2. A localização geográfica em que as pessoas foram infetadas.

O regime de tratamento baseia-se nos resultados dos exames diagnósticos e no


local da exposição. No entanto, se os médicos suspeitarem seriamente de malária.

Eles poderão tratar as pessoas para malária mesmo se os resultados dos exames
não confirmarem o diagnóstico, pois os exames não detetam todos os casos e, se não
for tratada, a malária pode trazer risco à vida.

Os médicos medem o nível de açúcar (glicose) no sangue da pessoa,


particularmente na malária falciparum, e administram glicose se o nível cair abaixo do
normal.

A maioria dos casos de malária pode ser tratada com medicamentos orais. Em
pessoas que não conseguem tomar medicamentos por via oral, pode-se administrar
artesunato por via intravenosa.

Malária por Plasmodium falciparum


Os tratamentos comumente usados que são tomados por via oral incluem:
 Arteméter-lumefantrina
 Atovaquona-proguanil para malária sem complicações

Os medicamentos que foram desenvolvidos a partir de artemisinina (como


arteméter e artesunato) agora são usados no mundo inteiro para tratar malária
por Plasmodium falciparum ou por outras espécies de Plasmodium.
A artemisinina é derivada de uma erva medicinal chinesa chamada qinghaosu,
originária da planta do absinto doce. Alguns medicamentos com artemisinina são dados
por via oral, por injeção ou por supositório.
Nenhum permanece no corpo por tempo suficiente para ser usado na prevenção
da malária. No entanto, esses medicamentos são úteis para o tratamento, pois agem mais
rapidamente que outros antimaláricos e são geralmente bem tolerados.
Quando não houver complicações, a malária por Plasmodium falciparum poderá
ser tratada com a combinação de atovaquona e proguanil.
A cloroquina é uma opção para malária falciparum no Haiti, República
Dominicana, América Central, oeste e norte do Canal do Panamá e na maior parte do
Oriente Médio, mas atualmente a resistência à cloroquina está amplamente disseminada
entre Plasmodium falciparum em outras partes do mundo.
A quinina combinada com o antibiótico doxiciclina ou às vezes com
clindamicina já foi amplamente usada, mas os medicamentos arteméter-lumefantrina e
atovaquona-proguanil têm menos efeitos colaterais.

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Essas combinações de medicamentos substituíram em grande parte os
tratamentos que envolvem quinino.
A mefloquina administrada em doses mais altas que as recomendadas para a
prevenção é uma alternativa, mas ela é usada somente quando não houver outras opções
disponíveis, devido aos seus efeitos psiquiátricos e outros efeitos colaterais
potencialmente graves.
Além disso, atualmente a resistência está amplamente disseminada no sudeste
asiático e em algumas outras áreas.

Malária por Plasmodium vivax e Plasmodium ovale


A cloroquina continua a ser o tratamento de escolha, exceto em áreas como Papua
Nova Guiné e Indonésia, em que se sabe que os parasitas Plasmodium vivax são resistentes a
ela. Nessas áreas, as pessoas são tratadas com arteméter-lumefantrina ou atovaquona-
proguanil.

A primaquina tomada diariamente por catorze dias, ou tafenoquina tomada


como uma única dose em adultos (16 anos de idade ou mais), é administrada ao
término do tratamento para prevenir ataques recorrentes de malária.

Ambos os medicamentos matam parasitas persistentes no fígado. Antes de


serem iniciados, é feito um exame de sangue para verificar se há deficiência de G6PD.

Nas pessoas com esta deficiência, tanto a primaquina como a tafenoquina


causam uma decomposição dos glóbulos vermelhos do sangue e não podem ser
usadas.

Malária por outras espécies


Plasmodium malariae e Plasmodium knowlesi são suscetíveis à cloroquina.
Os medicamentos e as combinações de medicamentos usados para tratar a
malária por Plasmodium falciparum resistente à cloroquina também são eficazes no
tratamento de malária por essas espécies. Elas não têm parasitas persistentes no
fígado.
Tratamento da Malária na Gravidez e na Criança Menor de 6 Meses.

No caso de Malária por P. falciparum durante o primeiro trimestre de gravidez e


em crianças menores de 6 meses apenas a Quinina associada à Clindamicina deve ser
utilizada.
No segundo e terceiro trimestres da gestação a combinação de Artemeter + os de
6 meses não Lumefantrina pode ser utilizada com segurança. A Doxiciclina é
contraindicada, enquanto a Clindamicina pode ser usada com segurança em associação
com Quinina.

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Os derivados da Artemisinina podem ser usados no primeiro trimestre de gestação
em casos de Malária grave, caso seja iminente o risco de vida da mãe.
Gestantes e crianças menores de 6 meses com Malária pelo P. vivax ou P.
ovale devem receber apenas Cloroquina para o seu tratamento, uma vez que a
Primaquina é contraindicada nessas situações pelo alto risco de hemólise.
Após um segundo episodio de Malária por P. vivax ou P. ovale (recaída), toda
gestante devera receber com o tratamento convencional com Cloroquina e, em seguida,
iniciar o esquema de Cloroquina semanal profilática, durante 12 semanas, para
prevenção de novas recaídas. O mesmo se aplica para crianças menores de 6 meses.
Gestantes e crianças menores de 6 meses com Malária pelo P. malariae devem receber
tratamento com Cloroquina normalmente .

Efeitos colaterais de medicamentos usados para malária


Medicamentos à base de artemisinina (como arteméter e artesunato) às vezes
têm efeitos colaterais, os quais incluem dores de cabeça, perda de apetite, tontura e
fraqueza.
Quando a combinação de arteméter-lumefantrina é usada, a lumefantrina pode
interagir com outros medicamentos causando, às vezes, um ritmo cardíaco anormal.
Portanto, as pessoas devem lembrar-se de informar seus médicos de todos os
medicamentos que estejam tomando para que se possa evitar interações
medicamentosas.

A ruptura de glóbulos vermelhos e anemia podem ocorrer nas semanas


seguintes à administração de artesunato e, ocasionalmente, outras artemisininas.
Os medicamentos à base de artemisinina são administrados a mulheres
grávidas somente se não houver nenhuma outra alternativa e se o possível benefício
superar os possíveis riscos para o feto.

A atovaquona-proguanil costuma ser bem tolerada, mas ocasionalmente causa


uma erupção cutânea alérgica ou sintomas intestinais.
Ela é administrada a mulheres que estão grávidas ou amamentando somente se
não houver nenhuma outra alternativa e se o possível benefício superar os possíveis
riscos para o feto.

A cloroquina é relativamente segura para uso em adultos, crianças e mulheres


grávidas quando usada nas doses recomendadas.

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Possui um gosto amargo e pode causar coceira e sintomas intestinais, como dor
abdominal, perda de apetite, enjoo e diarreia.

A hidroxicloroquina, um medicamento quimicamente semelhante que tem


atividade anti-inflamatória e é usada principalmente para tratar lúpus e artrite
reumatoide, também tem atividade antimalárica. Seus efeitos colaterais são
semelhantes aos da cloroquina.
A doxiciclina pode causar sintomas intestinais, infecções vaginais por levedura
em mulheres, e sensibilidade à luz solar, resultando em uma reação do tipo
queimadura de sol em um pequeno percentual de pessoas.

As pessoas devem tomá-la com um copo cheio de líquido e não deitar durante
várias horas para assegurar que o medicamento chegou no estômago.
Se o medicamento não chegar ao estômago, ele pode irritar o esôfago e
provocar uma grave dor no peito.
Como a doxiciclina pode manchar permanentemente os dentes de crianças
pequenas e fetos, ela não deve ser dada a crianças com menos de 8 anos de idade nem
tomada por mulheres grávidas.
A mefloquina causa sonhos vívidos e insônia. Ela também pode causar efeitos
colaterais psicológicos graves e convulsões em pessoas com um distúrbio convulsivo
(epilepsia) e afetar o coração.
Assim, a mefloquina é evitada em pessoas com diagnóstico confirmado de
distúrbio convulsivo, problemas psiquiátricos ou distúrbio cardíaco. As pessoas que
estão tomando o medicamento recebem informações por escrito sobre os efeitos
colaterais.
O quinino causa frequentemente dor de cabeça, enjoo, vômito, problemas
visuais e zumbido nos ouvidos. Essa combinação de sintomas é chamada
cinchonismo.
O quinino também pode causar níveis baixos de glicose em pessoas infectadas
com Plasmodium falciparum.
Os medicamentos contra a malária podem prejudicar um feto. Assim, deve-se
consultar um especialista quando uma mulher grávida for tratada.

PROGNÓSTICO
Quando tratada de forma adequada, uma pessoa com malária pode contar com
recuperação total. No entanto, a malária grave pode progredir muito rapidamente e
provocar a morte num prazo de horas ou dias. Nos casos mais graves da doença, a taxa
de letalidade pode atingir os 20%, mesmo com cuidados intensivos. Têm sido

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documentados casos de atraso no desenvolvimento a longo prazo de crianças que
vivenciaram episódios de malária grave.
Durante a infância, a malária pode provocar anemia ou, no caso de malária
cerebral, lesões cerebrais. Alguns dos sobreviventes de malária cerebral apresentam
um risco acrescido de défice neurológico e cognitivo e manifestam transtornos
emocionais e epilepsia. Quando comparada com grupos placebo em ensaios clínicos, a
profilaxia de malária demonstrou melhorar a função cognitiva e o desempenho escola.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos
1. Estimar a magnitude da morbidade e da mortalidade da Malária;
2. Identificar tendências, grupos e fatores de risco;
3. Detetar surtos e epidemias;
4. Evitar o restabelecimento da endemia, nas áreas onde a transmissão já foi
interrompida;
5. Recomendar as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência
da doença;
6. Avaliar o impacto das medidas de controle.

Notificação
Malária é uma doença de notificação compulsória, portanto, todo caso suspeito
de Malária deve ser notificado às autoridades de saúde, tanto na área endêmica, pelo
Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (Sivep-Malária),
quanto na área não endêmica, pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan).

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CONCLUSÃO

Após varias pesquisas cheguei a conclusão que a malária é uma doença infecciosa
transmitida por mosquitos (insectos do género Anopheles fêmeas) e causada por
protozoários parasitários do género Plasmodium. Os sintomas mais comuns são febre,
fadiga, vómitos e dores de cabeça. Em casos graves pode causar icterícia, convulsões,
coma ou morte. Os sintomas começam-se a manifestar entre 10 e 15 dias após a picada.
A transmissão da doença pode ser combatida através da prevenção das picadas de
mosquito. As medidas de prevenção mais comuns são o uso de redes mosquiteiras ou
repelente de insetos e medidas de erradicação, como o uso de inseticidas ou o
escoamento de águas estagnadas. Estão disponíveis diversos medicamentos para
prevenção da malária em viajantes que se desloquem a países onde a doença seja
endémica
O tratamento recomendado para a malária é uma artemisinina associada a um
segundo antimalárico. Os antimaláricos são geralmente mefloquina, lumefantrina ou
sulfadoxina ou pirimetamina. Quando não está disponível artemisinina pode ser usada
quinina com doxiciclina.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://www.adaltech.com.br/anais/medtrop2018/resumos/PDF-eposter-trab-
aceito-0748-6.pdf
https://www.centerlab.com/blog/Informativo_6/
https://ibapcursos.com.br/exame-parasitologico-de-sangue/

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria/diagnostico-de-
malaria/esfregaco-delgado

https://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/2172/malaria.htm

https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2390/2/9524650.pdf

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ANEXOS

A1 A2

A3 A4

21
A5

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