Helena estag curri desenvolvim
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Após a obtenção dos resultados estes são registados, para que posteriormente
possam ser avaliados pelo diretor técnico, consoante determinados critérios. De seguida,
é então possível a parte administrativa facultar os resultados das análises aos utentes.
INCIDENCIA DA MALARIA
A malária é uma infecção por protozoário que se propaga pela picada de um
mosquito fêmea infetado.
Embora os medicamentos e inseticidas tenham feito com que a malária se
tornasse rara nos Estados Unidos e na maioria dos países desenvolvidos, a doença
continua a ser comum e mortal em outras áreas.
Em 2018, houve um número estimado de 228 milhões de casos de malária em
todo o mundo, com 405 mil mortes, principalmente em crianças com menos de 5 anos.
Países africanos arcam com uma parcela desproporcionalmente elevada do ônus
global da malária. Em 2018, 93% dos casos de malária e 94% das mortes por malária
ocorreram no continente africano.
Desde 2000, as mortes por malária diminuíram em cerca de 60% em função dos
esforços da Parceria RBM (Roll Back Malaria) para erradicar a malária.
Nos Estados Unidos, cerca de 1.500 casos de malária são relatados a cada ano. A
maioria ocorre em imigrantes, visitantes provenientes dos trópicos ou viajantes que
retornam de áreas tropicais.
No entanto, alguns casos resultam de transfusões de sangue ou da picada de um
mosquito local que, por sua vez, picou um viajante em retorno ou um imigrante que
estavam infetados.
Características Epidemiológicas
A Malária é reconhecida como grave problema de saúde publica no mundo,
ocorrendo em quase 50% da população, em mais de 109 países e territórios.
São estimados ocorrência de 300 milhões de novos casos e 1 milhão de mortes
por ano, principalmente em crianças menores de 5 anos e mulheres gravidas do
continente africano.
No Brasil, a região amazônica é considerada a área endêmica do país para
Malária. Em 2008 foram registrados 313.922 casos de Malária, sendo a espécie P.
vivax responsável por quase 85% dos casos notificados.
Neste ano, aproximadamente 97% dos casos de Malária se concentraram em seis
estados da região amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima. Os
outros três estados da região amazônica Maranhão, Mato Grosso e Tocantins foram
responsáveis por menos de 3% dos casos de Malária no país.
A maioria dos casos ocorre em áreas rurais, mas há registro da doença também
em áreas urbanas (cerca de 15%).
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Reservatório
O homem é o único reservatório com importância epidemiológica para a Malária
humana.
Vetores
Mosquito pertencente a ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família
Culicidae, gênero Anopheles Meigen, 1818. O gênero compreende cerca de 400
espécies, no mundo, das quais, cerca de 60 ocorrem no Brasil.
No país, as principais espécies transmissoras da Malária
são: Anopheles (N.) darlingi Root, 1926; Anopheles (N.) aquasalis Curry,
1932; Anopheles (Nyssorhynchus) albitarsis s. l. Lynch-Arribalzaga, 1878.
O principal vetor de Malária no Brasil é o Anopheles darlingi, cujo
comportamento é extremamente antropofílico e, dentre as espécies brasileiras, é a mais
encontrada picando no interior e nas proximidades das residências.
Popularmente, os vetores da doença são conhecidos por “carapanã”, “muriçoca”,
“sovela”, “mosquito-prego” e “bicuda”.
Período de Incubação
Varia de acordo com a espécie de plasmódio: P. falciparum, de 8 a 12 dias; P.
vivax, de 13 a 17 dias; P. malariae, de 18 a 30 dias.
TRANSMISSÃO DA MALÁRIA
No homem:
O ciclo de vida do parasita da malária começa quando um mosquito
fêmea pica uma pessoa com malária. O mosquito ingere sangue que
contém células reprodutoras dos parasitas.
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Uma vez dentro do mosquito, o parasita se reproduz, se desenvolve e
migra para as suas glândulas salivares do mosquito.
Quando o mosquito pica outra pessoa, injeta parasitas juntamente com a
sua saliva. Dentro da pessoa recém-infetada, os parasitas se movem para
o fígado, onde se multiplicam novamente.
Eles geralmente maturam uma média de 1 a 3 semanas, depois saem do
fígado e invadem os glóbulos vermelhos do sangue da pessoa.
Os parasitas se multiplicam novamente dentro dos glóbulos vermelhos do
sangue, causando a ruptura das células infetadas, liberando os parasitas
para invadirem outros glóbulos vermelhos.
Muito raramente, a doença é transmitida de uma mãe infetada para o seu
feto, por transfusão de sangue contaminado, por transplante de um órgão
contaminado ou por injeção com uma agulha previamente utilizada por
uma pessoa com malária.
FISIOPATOLOGIA
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O parasita encontra-se relativamente protegido de ataques do sistema imunitário
do corpo, uma vez que durante a maior parte do seu ciclo de vida humano se encontra
no interior das células do fígado e dos glóbulos vermelhos, sendo por isso relativamente
invisível à vigilância imunitária. No entanto, os glóbulos vermelhos infectados em
circulação são destruídos no baço.
Para evitar a sua destruição, o parasita P. falciparum introduz proteínas adesivas
na superfície dos glóbulos vermelhos infectados, o que faz com que os glóbulos se
agarrem às paredes dos vasos sanguíneos mais pequenos e não tenham que percorrer o
sistema circulatório e passar pelo baço. O bloqueio dos vasos pode provocar malária
placentária. Os glóbulos vermelhos sequestrados podem penetrar na barreira
hematoencefálica e provocar malária cerebral.
TIPOS DE MALÁRIA
Cinco espécies de parasitas da malária podem infecta as pessoas:
Plasmódium falciparum
Plasmódium vivax
Plasmódium ovale
Plasmódium malariae
Plasmódio knowlesi (raramente)
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Na malária falciparum, pode ocorrer um acúmulo de líquido nos pulmões e
problemas respiratórios graves (síndrome do desconforto respiratório agudo).
O dano a vários órgãos internos pode causar uma queda na pressão arterial, às
vezes resultando em choque.
SINTOMAS DA MALÁRIA
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Febre hemoglobinúrica é uma complicação incomum da malária falciparum.
Ela é causada pela ruptura de um grande número de glóbulos vermelhos do sangue,
liberando, assim, o conteúdo de células do sangue, incluindo hemoglobina, na corrente
sanguínea.
A hemoglobina liberada é expelida pela urina e escurece a sua cor. A lesão do
rim pode ser grave o suficiente para requerer diálise. A febre hemoglobinúrica é mais
provável de se desenvolver em pessoas que tomaram quinino como tratamento.
Se mulheres grávidas contraírem malária, o bebê poderá nascer com peso baixo
ou ser infetado. Além disso, essas mulheres ficam mais propensas a sofrer aborto ou
parto de natimorto.
DIAGNÓSTICO DA MALÁRIA
O médico suspeita de malária quando uma pessoa desenvolve febre e outros
sintomas característicos durante ou após uma viagem para uma área onde a malária está
presente.
1. Testes Rápidos para a Deteção de Componentes Antigênicos de Plasmódio
Os testes imunocromatográficos representam um método de diagnóstico rápido de
Malária. São realizados em fitas de nitrocelulose contendo anticorpo monoclonal contra
antígenos específicos do parasito, apresentam sensibilidade superior a 95% quando
comparados à gota espessa, com parasitemia superior a 100 parasitos/µL.
Entretanto, os testes hoje disponíveis discriminam especificamente o P.
falciparum e as demais espécies simultaneamente, não sendo capazes de diagnosticar a
Malária mista.
Por sua praticidade e facilidade de realização, são uteis para a triagem e mesmo para
a confirmação diagnóstica, principalmente em situações onde o processamento do
exame da gota espessa e complicado, como em áreas longínquas e de difícil acesso aos
serviços de saúde, assim como em áreas de baixa incidência da doença.
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Sua técnica baseia-se na visualização do parasito por meio da microscopia óptica,
após coloração com corante vital (azul de metileno e Giemsa), permitindo a
diferenciação específica dos parasitos a partir da análise da sua morfologia e da
presença dos diferentes estágios de desenvolvimento do parasito encontrados no sangue
periférico.
1. Colocar uma pequena gota de sangue, coletada por punção digital ou venosa;
2. Espalhar, com o auxílio de outra lâmina, o sangue sobre uma área de cerca de 1
cm2;
3. Deixar secar;
4. Corar pelo Walker ou Giemsa;
5. Deixar o corante atingir por 15 minutos no máximo;
6. Depois levar ao microscópio e fazer a observação.
Esfregaço de Sangue
Esfregaço Delgado
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Um esfregaço de sangue pode fornecer informações importantes sobre o
paciente, auxiliando o médico no diagnóstico de doenças relacionadas ao
sangue, por exemplo as anemias, e outras condições médicas, tais como
infeções.
Observação da lâmina
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Cabeça da lâmina: região imediatamente após o local em que estava a gota
sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de
leucócitos (principalmente de linfócitos).
Corpo da lâmina: região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região
que os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais
homogênea. É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da
distensão sanguínea.
Cauda da lâmina: região final da distensão sanguínea. Nessa região, há
encontro de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que
podem apresentar maior distorção morfológica.
Desvantagens:
A morfologia do parasito se modifica durante o processo de
desemoglobinização, requerendo um processamento rápido e por profissional
especializado para a realização da técnica.
Esfregaço delgado
Vantagens:
Exame comprobatório da gota espessa, em caso de dúvida, pois por fixar as
hemácias, permite um melhor estudo dessas células parasitadas pelos parasitos;
Por ser fixado e não submetido à desemoglobinização, a perda de parasitos é
menor, quando comparada à gota espessa;
Permite avaliação percentual da parasitemia, realizando a contagem de 100
hemácias.
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Desvantagens:
Prevenção da malária
A prevenção envolve:
Controlar os mosquitos;
Evitar picadas de mosquitos;
Tomar medicamentos preventivos (profilaxia contra malária);
As medidas de controle de mosquitos, que incluem eliminação das áreas de
reprodução e destruição das larvas em águas paradas onde vivem, são muito
importantes.
Além disso, as pessoas que vivem ou viajam para áreas onde a malária é prevalecente
podem tomar precauções para limitar a exposição do mosquito:
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Pessoas que planejam usar repelentes que contenham DEET devem ser instruídas a:
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eficácia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda o uso rotineiro da
vacina RTS,S em bebês entre 6 e 12 semanas de idade.
Tratamento da malária
Depois de começar o tratamento da malária, a maioria das pessoas melhora dentro
de 24 a 48 horas, mas no caso de malária por Plasmodium falciparum, a febre pode
persistir durante cinco dias.
Para tratamento de malária aguda, a escolha do medicamento baseia-se:
1. Os sintomas da pessoa
2. Espécie infetante de Plasmodium
3. Probabilidade de que o parasita seja resistente
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O parasita ter probabilidade de ser resistente varia com:
1. A espécie de Plasmodium;
2. A localização geográfica em que as pessoas foram infetadas.
Eles poderão tratar as pessoas para malária mesmo se os resultados dos exames
não confirmarem o diagnóstico, pois os exames não detetam todos os casos e, se não
for tratada, a malária pode trazer risco à vida.
A maioria dos casos de malária pode ser tratada com medicamentos orais. Em
pessoas que não conseguem tomar medicamentos por via oral, pode-se administrar
artesunato por via intravenosa.
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Essas combinações de medicamentos substituíram em grande parte os
tratamentos que envolvem quinino.
A mefloquina administrada em doses mais altas que as recomendadas para a
prevenção é uma alternativa, mas ela é usada somente quando não houver outras opções
disponíveis, devido aos seus efeitos psiquiátricos e outros efeitos colaterais
potencialmente graves.
Além disso, atualmente a resistência está amplamente disseminada no sudeste
asiático e em algumas outras áreas.
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Os derivados da Artemisinina podem ser usados no primeiro trimestre de gestação
em casos de Malária grave, caso seja iminente o risco de vida da mãe.
Gestantes e crianças menores de 6 meses com Malária pelo P. vivax ou P.
ovale devem receber apenas Cloroquina para o seu tratamento, uma vez que a
Primaquina é contraindicada nessas situações pelo alto risco de hemólise.
Após um segundo episodio de Malária por P. vivax ou P. ovale (recaída), toda
gestante devera receber com o tratamento convencional com Cloroquina e, em seguida,
iniciar o esquema de Cloroquina semanal profilática, durante 12 semanas, para
prevenção de novas recaídas. O mesmo se aplica para crianças menores de 6 meses.
Gestantes e crianças menores de 6 meses com Malária pelo P. malariae devem receber
tratamento com Cloroquina normalmente .
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Possui um gosto amargo e pode causar coceira e sintomas intestinais, como dor
abdominal, perda de apetite, enjoo e diarreia.
As pessoas devem tomá-la com um copo cheio de líquido e não deitar durante
várias horas para assegurar que o medicamento chegou no estômago.
Se o medicamento não chegar ao estômago, ele pode irritar o esôfago e
provocar uma grave dor no peito.
Como a doxiciclina pode manchar permanentemente os dentes de crianças
pequenas e fetos, ela não deve ser dada a crianças com menos de 8 anos de idade nem
tomada por mulheres grávidas.
A mefloquina causa sonhos vívidos e insônia. Ela também pode causar efeitos
colaterais psicológicos graves e convulsões em pessoas com um distúrbio convulsivo
(epilepsia) e afetar o coração.
Assim, a mefloquina é evitada em pessoas com diagnóstico confirmado de
distúrbio convulsivo, problemas psiquiátricos ou distúrbio cardíaco. As pessoas que
estão tomando o medicamento recebem informações por escrito sobre os efeitos
colaterais.
O quinino causa frequentemente dor de cabeça, enjoo, vômito, problemas
visuais e zumbido nos ouvidos. Essa combinação de sintomas é chamada
cinchonismo.
O quinino também pode causar níveis baixos de glicose em pessoas infectadas
com Plasmodium falciparum.
Os medicamentos contra a malária podem prejudicar um feto. Assim, deve-se
consultar um especialista quando uma mulher grávida for tratada.
PROGNÓSTICO
Quando tratada de forma adequada, uma pessoa com malária pode contar com
recuperação total. No entanto, a malária grave pode progredir muito rapidamente e
provocar a morte num prazo de horas ou dias. Nos casos mais graves da doença, a taxa
de letalidade pode atingir os 20%, mesmo com cuidados intensivos. Têm sido
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documentados casos de atraso no desenvolvimento a longo prazo de crianças que
vivenciaram episódios de malária grave.
Durante a infância, a malária pode provocar anemia ou, no caso de malária
cerebral, lesões cerebrais. Alguns dos sobreviventes de malária cerebral apresentam
um risco acrescido de défice neurológico e cognitivo e manifestam transtornos
emocionais e epilepsia. Quando comparada com grupos placebo em ensaios clínicos, a
profilaxia de malária demonstrou melhorar a função cognitiva e o desempenho escola.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos
1. Estimar a magnitude da morbidade e da mortalidade da Malária;
2. Identificar tendências, grupos e fatores de risco;
3. Detetar surtos e epidemias;
4. Evitar o restabelecimento da endemia, nas áreas onde a transmissão já foi
interrompida;
5. Recomendar as medidas necessárias para prevenir ou controlar a ocorrência
da doença;
6. Avaliar o impacto das medidas de controle.
Notificação
Malária é uma doença de notificação compulsória, portanto, todo caso suspeito
de Malária deve ser notificado às autoridades de saúde, tanto na área endêmica, pelo
Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Malária (Sivep-Malária),
quanto na área não endêmica, pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan).
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CONCLUSÃO
Após varias pesquisas cheguei a conclusão que a malária é uma doença infecciosa
transmitida por mosquitos (insectos do género Anopheles fêmeas) e causada por
protozoários parasitários do género Plasmodium. Os sintomas mais comuns são febre,
fadiga, vómitos e dores de cabeça. Em casos graves pode causar icterícia, convulsões,
coma ou morte. Os sintomas começam-se a manifestar entre 10 e 15 dias após a picada.
A transmissão da doença pode ser combatida através da prevenção das picadas de
mosquito. As medidas de prevenção mais comuns são o uso de redes mosquiteiras ou
repelente de insetos e medidas de erradicação, como o uso de inseticidas ou o
escoamento de águas estagnadas. Estão disponíveis diversos medicamentos para
prevenção da malária em viajantes que se desloquem a países onde a doença seja
endémica
O tratamento recomendado para a malária é uma artemisinina associada a um
segundo antimalárico. Os antimaláricos são geralmente mefloquina, lumefantrina ou
sulfadoxina ou pirimetamina. Quando não está disponível artemisinina pode ser usada
quinina com doxiciclina.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.adaltech.com.br/anais/medtrop2018/resumos/PDF-eposter-trab-
aceito-0748-6.pdf
https://www.centerlab.com/blog/Informativo_6/
https://ibapcursos.com.br/exame-parasitologico-de-sangue/
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/malaria/diagnostico-de-
malaria/esfregaco-delgado
https://www.medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/2172/malaria.htm
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2390/2/9524650.pdf
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ANEXOS
A1 A2
A3 A4
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A5
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