O Principe
O Principe
O Principe
O Príncipe
ANTONIO CLAUDOMIRO DA CRUZ PINTO
JOÃO VICTOR SANTOS BROETTO
Benjamin Constant/AM 1
2019
Biografia do autor
• Nicolau Maquiavel (1469-1527) nasceu e viveu num pequeno país
chamado Florença (que hoje faz parte da Itália). Foi diplomata e
conselheiro dos governantes de Florença. Foi contemporâneo das
lutas européias de centralização monárquica (França, Inglaterra,
Espanha, Portugal), presenciou a ascensão da burguesia comercial das
grandes cidades e, sobretudo, conviveu com a fragmentação política
da Itália, dividida em diversos reinos, ducados e repúblicas. A
compreensão dessas experiências históricas e a interpretação do
sentido delas o conduziram à idéia de que uma nova concepção da
sociedade e da política tornara-se necessária.
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Nicolau Maquiavel
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Introdução
• O príncipe se constitui de uma série de cartas que Nicolau Maquiavel
enviou para Lourenço de Médici. No total o livro tem vinte e seis
capítulos e as cartas são na verdade manuais que servem como um
guia para obter um bom governo. Maquiavel inicia as cartas
classificando os tipos de governo e quais são as melhores formas de
conquistar e governar. Maquiavel ainda apresenta os seus argumentos,
como forma de corroborar o que defende, ele utiliza diversos
exemplos, citando gregos, romanos e até mesmo o povo italiano.
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• A obra de Maquiavel funda o pensamento político moderno.
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Características do seu
pensamento
• Maquiavel não admite um fundamento anterior e exterior à política
(Deus, Natureza ou razão). Todo país, diz ele em O Príncipe, está
originariamente dividida por dois desejos opostos: o desejo dos grandes
de oprimir e comandar e o desejo do povo de não ser oprimido nem
comandado. Essa divisão evidencia que a Cidade não é uma comunidade
homogênea nascida da vontade divina, da ordem natural ou da razão
humana. Na realidade, a Cidade é tecida por lutas internas que a obrigam
a instituir um pólo superior que possa unificá-la e dar-lhe identidade.
Esse pólo é o poder político. Assim, a política nasce das lutas sociais e é
obra da própria sociedade para dar a si mesma unidade e identidade. A
política resulta da ação social a partir das divisões sociais;
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• Maquiavel não aceita a idéia da boa comunidade política constituída
para o bem comum e a justiça. Como vimos, o ponto de partida da
política para ele é a divisão social entre os grandes e o povo. A
sociedade é originariamente dividida e jamais pode ser vista como uma
comunidade una, indivisa, homogênea, voltada para o bem comum.
Essa imagem da unidade e da indivisão, diz Maquiavel, é uma máscara
com que os grandes recobrem a realidade social para enganar, oprimir e
comandar o povo, como se os interesses dos grandes e dos populares
fossem os mesmos e todos fossem irmãos e iguais numa bela
comunidade.
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• A finalidade política não é, como diziam os pensadores gregos,
romanos e cristãos, a justiça e o bem comum, mas, como sempre
souberam os políticos, a tomada e manutenção do poder. O
verdadeiro príncipe é aquele que sabe tomar e conservar o poder e
que, para isso, jamais deve aliar-se aos grandes, pois estes são seus
rivais e querem o poder para si, mas deve aliar-se ao povo, que espera
do governante a imposição de limites ao desejo de opressão e mando
dos grandes. A política não é a lógica racional da justiça e da ética,
mas a lógica da força transformada em lógica do poder e da lei;
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• Maquiavel não aceita a divisão clássica dos três regimes políticos
(monarquia, aristocracia, democracia) e suas formas corruptas ou
ilegítimas (tirania, oligarquia, demagogia/anarquia), como não aceita
que o regime legítimo seja o hereditário e o ilegítimo, o usurpado por
conquista. Qualquer regime político – tenha a forma que tiver e tenha
a origem que tiver – poderá ser legítimo ou ilegítimo. O critério de
avaliação, ou o valor que mede a legitimidade e a ilegitimidade, é a
liberdade.
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Fortuna&Virtu
• “Não sabem porque, a menos que sejam homens de grande engenho e
Virtù, não é razoável que saibam comandar tendo sempre vivido como
particulares; e não podem porque não têm forças que lhes possam ser
amigas e fiéis. Além disso, os Estado que nascem subitamente – como
todas as outras coisas da natureza que nascem e crescem depressa – não
podem ter raízes e ramificações, de modo que sucumbem na primeira
tempestade. A menos que – como já disse – aqueles que repentinamente se
tornaram príncipes sejam de tanta Virtù que saiba rapidamente preparar-
se para conservar aquilo que a Fortuna lhes colocou nos braços e
estabeleçam depois os fundamentos que outros estabeleceram antes de se
tornarem príncipe.”
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• Fortuna diz respeito às circunstâncias, ao tempo presente e as necessidades
do mesmo, a sorte da pessoa. É a ordem das coisas em todas as dimensões da
realidade que influenciam a política, é externa ao homem e desafia suas
capacidades.
• Virtú é justamente a capacidade do indivíduo de controle das ocasiões e
acontecimentos, ou seja, da fortuna. O político com grande Virtú vê
justamente na Fortuna a possibilidade da construção de uma estratégia para
controlá-la e alcançar determinada finalidade, agindo frente a uma
determinada circunstancia, percebendo seus limites e explorando as
possibilidades perante os mesmos. A Virtú está sempre analisando a Fortuna
e, portanto, não existe em abstrato, não existe uma fórmula, ela varia de
acordo com a situação.
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Resumo
• Maquiavel foi uma das maiores mentes de sua época, com sua grande
obra O Príncipe promoveu uma quebra de paradigma, pois levava a
discussão política para fora do âmbito da moral religiosa da igreja,
deixando de lado a velha filosofia grega e romana e trazendo uma
visão mais contemporânea do mundo, e acerca dos movimentos
políticos e da realidade da Itália na época. Seus escritos são
considerados por alguns apenas como um “manual de tiranias”,
porém , ao apresentar os conceitos bem definidos de virtù e fortuna
Maquiavel mostra que seus conceitos de política são válidos desde
1513.
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Referências
• https://
educacao.uol.com.br/biografias/maquiavel-niccolo-machiavelli.html a
cessado em 17/08/2019 as 00:31
• https://
jus.com.br/artigos/29050/virtu-e-fortuna-em-maquiavel-a-partir-da-o
bra-o-principe acessado em 17/08/2019 as 00:20
• https://
www.sagaliteraria.com.br/2018/03/resenha-436-o-principe-nicolau-m
aquiavel.html acessado em 17/08/2019 as 01:50
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