Laws &HIV&PrEP CH 8pm
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Laws &HIV&PrEP CH 8pm
Quando os direitos humanos dizem respeito à sexualidade ou à reprodução das pessoas, chamamos-lhes
“direitos sexuais” ou “direitos reprodutivos”.
Direitos Sexuais & Reprodutivos
Direitos sexuais
• Os Direitos Sexuais são os que garantem que toda e qualquer pessoa pode viver sua vida sexual com
prazer e livre de discriminação.
Direitos reprodutivos
• Os Direitos Reprodutivos compreendem o direito básico de todo casal e de todo indivíduo de decidir
livre e responsavelmente sobre o número, espaçamento e a oportunidade de ter filhos/as e de ter a
informação e os meios de assim o fazer, gozando do mais elevado padrão de saúde sexual e reprodutiva.
Definicão:
• Direitos sexuais e direitos reprodutivos são dois conjuntos de direitos que, por um lado devem ser
entendidos de forma separada, mas, por outro, estão fortemente ligados sendo um complementar ao
outro. Os dois conjuntos de direitos pertencem aos direitos humanos e têm como base os mesmos
princípios que são universalidade, indivisibilidade e interdependência. afetam os resultados de saúde de
pessoas com identidades transexuais e intersexuais (OMS, 2020).
Exemplo de direitos sexuais e reprodutivos das crianças e
adolescentes.
• As crianças e adolescentes têm o direito de desenvolver um sentido positivo dos seus próprios corpos e
sexualidade.
• As crianças e adolescentes têm o direito de ser livres da violência, abuso sexual incluindo toque
inapropriado.
• A Direcção e a orientação dadas por adultos que se preocupam devem ter em consideração os melhores
interesses da criança.
• Os jovens têm o direito de obter informação e serviços para proteger a sua saúde, incluindo a sua saúde
sexual e reprodutiva.
LEMBRE-SE QUE:
• A CRM reconhece a saúde como um direito humano fundamental (artigos 89 e 116) e protege outros
direitos que impactam a saúde como: o direito a vida e a integridade física e psicológica (artigo 40), o
direito a dignidade, honra e privacidade (artigo 41), o direito a igualdade (artigo 35), e o direito de
acesso a informação (Artigo 48).
• O estado serológico e uma informação confidencial e privada, ao abrigo da Lei de Proteção da Pessoa,
do Trabalhador e do Candidato a Emprego Vivendo com HIV (Lei no19/2014) de 27 de Agosto de 2014.
A rapariga pode decidir nao revelar o seu estado serológico, mas se decidir revelar, a/s pessoa/s a quem a
rapariga decidir revelar, esta/s pessoa/s também devem manter esta informação confidencial e privada.
Apenas a rapariga seropositiva pode revelar o seu estado aos outros, se esta for a sua vontade
Leis para Pessoas Vivendo com HIV
• Carta dos Direitos e Deveres do Utente (MISAU, 2007) reafirma os direitos humanos fundamentais na
prestação dos cuidados de saúde e protege a dignidade e integridade humana, bem como o direito a
autonomia/escolha.
• E um instrumento os utentes dos serviços de saúde podem usar para apresentar queixas e reclamações
quando ocorram violações dos seus direitos.
• Inclui vários direitos, entre eles:
• Direito a ser tratado com cortesia e no respeito pela dignidade humana;
• Direito a não ser discriminado, nem na base do sexo, da orientação sexual, da raça ou etnia, da condição
socio econômica, da religião, das suas opções politicas ou ideológicas ou doença;
• Direito a confidencialidade, privacidade e consentimento informado;
• Direito a receber informações sobre a promoção da saúde e cuidados preventivos, curativos, de
reabilitação e terminais; e Direito a prestação de cuidados continuados e a beneficiar do sistema de
referencia.
Leis para Pessoas Vivendo com HIV
• As crianças tem direitos estabelecidos a nível universal. As Nações Unidas aprovaram uma lei chamada Convenção sobre os Direitos
da Criança.
• Em Moçambique, os direitos das crianças são protegidos por lei e dever do Estado (e de todos nos) garantir que esses direitos não
sejam violados em circunstancia alguma.
• O Estado Moçambicano e signatário de vários instrumentos internacionais e regionais de proteção da criança e promoção dos seus
direitos. De entre estes instrumentos, contam-se a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e a Carta Africana dos Direitos das
Crianças.
• Moçambique e um dos países signatários da Convenção Sobre os Direitos da Criança desde 1990. Em 1994 ratificou este instrumento
comprometendo-se deste modo a garantir os direitos de todas as crianças Moçambicanas, assegurando um bom inicio de vida, um
crescimento saudável com acesso aos serviços básicos de educação, saúde, abastecimento de agua potável, convivência familiar e
comunitária e a participação em questões que lhes dizem respeito.
• Segundo a Convenção dos Direitos da Criança e a constituição da Republica de Moçambique, CRIANCA, e todo ser humano com
idade menor de 18 anos de idade. Criança e todo o ser humano desde a nascença ate aos 18 anos de idade. Por isso, todas estas pessoas
tem todos os direitos consagrados nesta convenção. Muitas pessoas não conhecem os direitos das crianças. São essas que permitem ou
colocam as crianças em situações de abuso e maus-tratos. São muitas as crianças que são envolvidas em casos de trabalho infantil,
prostituição e varias outras situações.
Violencia/ VBG
Em Moçambique, a penalização pelos vários actos de violência baseada no gênero (que inclui os casamentos prematuros, violência física,
sexual, psicológica, moral, patrimonial e social) e garantida ao abrigo das leis:
• 1. Lei da Familia
• 2. Lei de Prevenção e Combate as Unioes Prematuras
• 3. Código Penal de Moçambique – Lei de Revisão do Código Penal – Lei n.o 24/2019 de 24 de Dezembro de 2019
• 4. Lei Sobre a Violência Domestica Praticada Contra a Mulher, Lei no 29/2009, de 29 de Setembro.
A aplicação destas leis e garantida pelo Governo, as varias organizações da sociedade civil e os actores comunitários. Qualquer pessoa,
incluindo crianças e adolescentes e jovens, que queira denunciar ou precise de ajuda em situações de violência baseada no genero ou
violacao dos seus direitos pode procurar os seguintes apoios na sua comunidade: unidades sanitarias (algumas unidades sanitarias
tambem tem um Centro de Atendimento Integrado (CAI) para o atendimento as vitimas de violencia sexual), policia, Gabinetes de
Atendimento a Mulher e a Crianca Vitimas de Violencia, Comites Comunitarios de Proteccao da Crianca, Agentes Polivalentes
Elementares (APE), Comites de Saude, Conselhos de Escola, Instituto de Patrocinio e Assistencia Juridica (IPAJ), Procuradoria
Provincial ou Distrital, lideres comunitarios, religiosos, anciaos e outros lideres locais. Em algumas comunidades existem tambem
organizacoes e iniciativas comunitarias que apoiam e protegem as vitimas de violencia baseada no genero.
Casamentos Prematuros
• Casamento prematuro e toda e qualquer relacao marital que envolve um menor de 18 anos de idade. Em
Mocambique a lei da Familia proibe que menores de 18 anos possam casar-se.
• Mocambique e o 10 pais com a maior prevalencia de casamentos prematuros. De acordo com o Inquerito
Demografico de Saude (IDS) de 2011 cerca de 14% das mulheres entre os 20-24 anos de idade casaram-
se antes dos 15 anos e 48% antes dos 18 anos.
• O casamento prematuro pode impedir que a rapariga continue os seus estudos e desta forma aumenta a
sua vulnerabilidade a pobreza. A gravidez precoce e uma das consequencias imediatas dos casamentos
prematuros, podendo levar a complicacoes que resultem na morte da mae e da crianca. As raparigas
adolescentes que se casam prematuramente estao mais vulneraveis ao abuso sexual, violencia domestica
e psicologica e podem ser infectadas pelo HIV e SIDA.
• A idade legal para casar em Moçambique e dos 18 anos para cima, conforme plasmado nas leis: Lei da
Família – Lei n.o 22/2019 de 11 de Dezembro de 2019 e Lei de Prevenção e Combate as Uniões
Prematuras – Lei 19/2019 de 22 de Outubro de 2019.
• O Governo de Moçambique e varias organizações estão preocupados com os casamentos prematuros, por
isso, desde 2015 que existe também uma estratégia nacional para prevenir e combater estas uniões que e
a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate dos Casamentos Prematuros.
Prevenção Combinada
A Prevenção Combinada associa diferentes métodos de prevenção ao HIV e ITSs conforme as características e o
momento de vida de cada pessoa. A prevenção combinada é a combinação de intervenções biomédicas,
comportamentais e estruturais a diferentes níveis (individual, comunitário e de serviços) que diminuem o risco de
infecção pelo HIV.
Quando alguém é exposto ao HIV, os medicamentos usados na PrEP atuam para impedir que o vírus
estabeleça uma infecção permanente.
• Quando tomada de forma consistente, a PrEP demonstrou reduzir o risco de infecção por HIV em
pessoas com alto risco em até 92%.
• A PrEP é mais eficaz se tomada de forma consistente. A PrEP pode ser combinada com preservativos e
outros métodos de prevenção para fornecer proteção ainda maior do que quando usada sozinha. As
pessoas que usam a PrEP devem se comprometer a tomar o medicamento todos os dias e consultar um
profissional de saúde para acompanhamento a cada três meses.
Diferença entre PrEP e TARV
Qual e o grupo alvo da PrEP?