O documento discute o conceito de ilicitude no direito civil, definindo-a como um fato antijurídico que viola direitos e causa danos. Apresenta suas espécies (extracontratual e contratual) e elementos essenciais, além de excludentes como legítima defesa e exercício regular de direitos. Por fim, aborda o abuso de direito como exercício que extrapola limites da boa-fé.
O documento discute o conceito de ilicitude no direito civil, definindo-a como um fato antijurídico que viola direitos e causa danos. Apresenta suas espécies (extracontratual e contratual) e elementos essenciais, além de excludentes como legítima defesa e exercício regular de direitos. Por fim, aborda o abuso de direito como exercício que extrapola limites da boa-fé.
O documento discute o conceito de ilicitude no direito civil, definindo-a como um fato antijurídico que viola direitos e causa danos. Apresenta suas espécies (extracontratual e contratual) e elementos essenciais, além de excludentes como legítima defesa e exercício regular de direitos. Por fim, aborda o abuso de direito como exercício que extrapola limites da boa-fé.
O documento discute o conceito de ilicitude no direito civil, definindo-a como um fato antijurídico que viola direitos e causa danos. Apresenta suas espécies (extracontratual e contratual) e elementos essenciais, além de excludentes como legítima defesa e exercício regular de direitos. Por fim, aborda o abuso de direito como exercício que extrapola limites da boa-fé.
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ILICITUDE
Direito Civil II – Módulo 6
Ilicitude • Fato ilícito é o fato antijurídico, ou seja, aquele acontecimento cujos os potenciais efeitos são contrários ao ordenamento jurídico. • Art. 186 do CC: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” • Seria, pois, toda e qualquer conduta (comissiva ou omissiva), ao menos culposa, praticada por alguém imputável que, violando um dever jurídico (imposto pelo ordenamento ou por uma relação negocial), cause prejuízo a outrem (ainda que meramente moral). Ilicitude • A ilicitude cível é uma categoria autônoma e independente, não se confundido com a ilicitude penal. • Nem todo ilícito cível é ilícito penal. • Nem todo ilícito cível repercutirá no campo penal. • Ilicitude também não é sinônimo de responsabilidade, uma vez que existe no ordenamento jurídico brasileiro responsabilidade por ato lícito. Espécies:
Extracontratual: decorre da violação de dever proveniente
diretamente do ordenamento jurídico;
Contratual: decorre da violação de dever proveniente da
própria vontade individual emanada em um negócio jurídico. Ilicitude • ELEMENTOS ESSENCIAIS:
• Conduta – comissiva ou omissiva
• Culpa latu sensu – dolo e culpa strictu sensu (negligência, imprudência e imperícia • Dano – moral, material, estético. • Nexo de causalidade Ilicitude • EFEITOS
• Indenizantes: reparação de danos
• Caducificantes : extinção/perda de determinado direito do seu titular. Exemplo: art. 1638 do CC. • Invalidantes: invalidação do ato jurídico – nulidade e anulabilidade. Exemplo: art. 166 do CC. • Autorizantes: autorização facultada pelo ordenamento jurídico ao ofendido para praticar, ou não, determinado ato geralmente em detrimento do ofensor. Exemplo: art. 557 do CC. • Etc. Excludentes de ilicitude • Art. 188 do CC: “Não constituem atos ilícitos: I – os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito; II – a deterioração ou destruição de coisa alheia, ou a lesão, a fim de remover perigo iminente.” • Há no referido dispositivo legal: • Legítima defesa • Exercício regular de um direito • Estado de necessidade Legítima defesa • É a repulsa necessária para repelir uma atual e injusta agressão, defendendo interesse próprio ou de terceiro. • Requisitos: • Reação a uma agressão atual e eminente e injusta; • Defesa de direito próprio ou de terceiro • Emprego moderado dos meios necessários à repulsa.
• Quanto o agente, no desenrolar de sua legítima defesa, atingir bem
de terceiro inocente, deverá proceder a indenização frente a ele. Mas, sempre é possível, o ajuizamento de ação de regresso quanto o verdadeiro agressor. Legítima defesa • Hipóteses específicas de legítima defesa: • Embargo extrajudicial na Ação de Nunciação de Obra Nova • Direito de retenção • Penhor legal • Legítima defesa da posse • Desforço imediato Estado de necessidade • Agressão de um bem jurídico pertencente à outra pessoa para eliminar um perito atual ou iminente causado injustamente ao agente. • Requisitos: • Perigo atual ou iminente • Causado por outrem • Inevitabilidade de conduta diversa • Preservação de direito próprio, existencial ou patrimonial • Inexistência de um dever jurídico de enfrentar o perigo Estado de necessidade • O bem agredido deve ser de valor jurídico similar ou inferior àquele que se busca proteger, pra remoção do perigo eminente. • O ato praticado em estado de necessidade, apesar de lícito, poderá gerar consequências indenizantes. Com efeito, quando o dano for a um bem jurídico pertencente a terceiro, havendo sempre a possibilidade de regresso contra o causador da situação de perigo. Slide final Acrescente suas últimas colocações ou encerre aqui Exercício regular de um direito • Segundo Sérgio Cavalieri Filho, “o direito é exercido regularmente, normalmente, razoavelmente, de acordo com seu fim econômico, social, boa-fé e os bons costumes. Aquele que exerce o seu direito subjetivo nesses limites age licitamente, e o lícito exclui o ilícito.” (Programa de responsabilidade civil. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012)
• Há uma linha ténue que diferencia o exercício regular de um direito
e o abuso do direito, cabendo , “O juiz deverá pesquisar o móvel visado pelo agente, a direção em que encaminhou seu direito e o uso que dele fez. Se essa direção e esse uso forem incompatíveis com a instituição, o ato será abusivo, tornando-se, então, produto da responsabilidade. (BRAGA NETO, F. P. Teoria dos ilícitos civis. 2. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Juspodivm, 2014.) Abuso de direito • O abuso de direito se dá quando ao exercer um direito, o seu titular extrapola os limites da boa-fé, da função social ou bons costumes. • Art. 187 do CC: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.” • A teoria do abuso de direito surge no final do século XIX, conforme uma forma de superação de teoria individualista, segundo a qual o direito subjetivo seria ilimitado. Assim, concedido liberdade e autodeterminação ao ser humano, este deveria arcar, eventualmente, com a responsabilidade das condutas ofensivas ao ordenamento jurídico. • Leading case: caso Clement Bayard. Abuso de direito • É uma concepção relativa dos direitos. • É um ilícito em sentido amplo ou não intrinsicamente ilícito (ilícito funcional). Assim, não decorre um uma disposição abstrata do ordenamento jurídico, mas, sim, uma falha no funcionamento de um direito que, a princípio licito, torna ilegítimo o seu exercício. • Aqui alguém aparentemente atua no exercício de um direito subjetivo. O agente não desrespeita a estrutura normativa, mas ofende sua valoração, ou seja, se conduz de forma contrária aos fundamentos materiais da norma, negligenciando o elemento ético. Abuso de direito • Modalidades específicas de abuso de direito: • Suppressio (verwirkung) – perda, supressão, de determinada faculdade pelo decurso do tempo; • Surrectio (erwirkung) – surgimento de uma situação de vantagem para alguém em razão do não exercício por outrem de um determinado direito; • Venire contra factum proprium (Proibição de comportamento contraditório ) – proíbe que alguém possa contradizer seu próprio comportamento, após ter produzido, em outra pessoa, uma determinada expectativa. • O tu quoque – proibição de comportamento contraditório na medida em que, em face de incoerência dos critérios valorativos, a confiança de uma das partes é violada; • Duty to mitigate the loss (O dever de mitigar as próprias perdas ) – proibição do credor se comportar de maneira excessiva no exercício de seus direitos, devendo, assim, evitar o agravamento da situação do devedor; Abuso de direito • Modalidades específicas de abuso de direito: • Substancial performance (Inadimplemento mínimo ou adimplemento substancial ) – é imposição de limites ao exercício do direito potestativo à resolução contratual em situações caracterizadas como cumprimento substancial da parcela do contrato pelo devedor. • A violação positiva de contrato (inadimplemento fraco ou ruim) – ocorre quando há violação não da obrigação principal do negócio jurídico, mas, sim, de deveres laterais inerentes a todo e qualquer contrato, como os de proteção, informação e cooperação. • Antecipatory breach (Quebra antecipada do contrato) – as partes avençam o momento para o inadimplemento, mas, em instantes anterior ao termo pactuado, um dos contratantes já demonstra inequívoca intenção de não cumprir a prestação