Caio Mário - Resumo P2
Caio Mário - Resumo P2
Caio Mário - Resumo P2
Negócio Jurídico:
Dolo:
- Práticas ou manobras maliciosamente levadas a efeito por uma
parte, a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade que lhe
traga proveito, ou a terceiro.
- Art. 147 - Silêncio a respeito de fato ou qualidade que a outra haja
ignorado – sonegação da verdade. Se se comprovar que sem ela o
contrato não seria celebrado –> anulabilidade.
- Ação ou omissão
- Dolo principal – anulação do negócio jurídico.
- Dolo acidental – perdas e danos.
- Art. 148 - Se o dolo for de terceiro, o negócio jurídico somente
será anulado se algum dos contratantes ficar ciente. Caso contrário,
haverá perdas e danos apenas contra esse terceiro.
- Art. 149 - Representante de uma das partes não pode ser
considerado terceiro.
- Art. 150 - Se as duas partes agirem com dolo, não há indenização
nem anulação.
Coação:
- Proceder com violência, forçando a declaração de vontade.
- Pode ser física ou moral/ Pode ser por meio de ação ou omissão.
- Art. 151 – Não é preciso que se dirija diretamente ao agente. Pode
se dirigir à família e aos bens também.
- Art. 153 - A ameaça deve ser séria e injusta, simples exercício
regular do direito não seria coação, nem o temor reverencial.
- Tem que ser um mal possível e não remoto – não pode ser evitável
ou um mal menor do que o resultante do negócio jurídico.
- O negócio deve ter sido determinado pela ameaça.
- Feita por terceiros – se a parte beneficiada souber – responde
solidariamente com o coator, caso não saiba (não há nulidade – art.
155) – só o coator é responsável.
Simulação:
- Defeito do ato – vícios sociais.
- Celebrar-se um ato que tem aparência normal, mas que, na
verdade, não visa o efeito que juridicamente deveria produzir –
NULIDADE.
Lesão:
- Prejuízo que uma pessoa sofre na conclusão de um ato negocial,
resultante da desproporção entre as prestações das duas partes.
- Presença de dolo presumido de aproveitamento – elemento
subjetivo.
- Uma das partes aufere um lucro exagerado, porque a outra parte
assumiu obrigação manifestamente desproporcional ao valor da
prestação oposta (art. 157, caput).
- Ocorre devido à necessidade, inexperiência ou insensatez.
- Anulável, não nula.
- Pode-se suplementar o valor ou aceitar redução do proveito
(art.157)
Estado de perigo:
- Defeituosa declaração de vontade, quando uma pessoa declara
premida pela necessidade de salvar-se ou pessoa a ela ligada
afetuosamente, assumindo obrigação excessivamente onerosa – há
um dolo de aproveitamento. Ex.: naufrágio.
Modalidades do negócio jurídico:
- Elementos acidentais do negócio jurídico – modificam os NJ´s,
imprimindo-lhes modalidades especiais – não integram o esquema
natural do negócio jurídico. Porém, uma vez aderente, não podem
mais se soltar.
- Condição – a vontade determina a sua projeção no mundo externo
em dependência de uma eventualidade futura e incerta.
- Termo – o agente fixa, no tempo, o tempo de início ou de cessação
dos efeitos do negócio jurídico.
- Encargo (ou modus) - institui uma imposição ao titular do direito.
Condição:
-Art. 121
- Futuro e incerto – pode ou não ocorrer.
- Deriva da vontade das partes.
- Possível ou impossível.
- Suspensiva ou resolutiva.
- Lícitas ou ilícitas.
- Suspensiva -> Suspende o direito – art. 125 – Expectativa de direito
- não adquirido
> art. 130 – medidas destinadas à conservação.
- Resolutiva – Implica a resolução do negócio jurídico.
> Pendente a condição, vigora a declaração de vontade.
- Condição Impossível e condição proibida – Se for suspensiva, o NJ será
inválido (art. 123,I)/ Se for resolutiva, o NJ é tratado como se fosse puro e
simples (art. 124)
Termo e prazo:
-Determinação temporal dos efeitos do NJ.
- Inicial - suspensivo – a partir dele que será possível exercer o
direito.
- Final – extintivo – fim da produção de efeitos do NJ.
- Diferenças em relação às condições -> CERTEZA DO EVENTO.
Termo inicial suspende o exercício do direito, enquanto que a
condição suspensiva impede a aquisição do direito./ Termo final
põe fim aos efeitos do NJ.
- Prazo - tempo entre a declaração de vontade e o termo - exclui-se
o dia do começo e inclui-se o dia do vencimento – Se cair em
feriado, dia útil – será o subsequente (art. 132).
- O 15º dia do mês é considerado seu meado.
- Quanto a meses e anos – baseia-se nos dias correspondentes.
- Horas contam-se de minuto a minuto.
Encargo:
- Restrição à vantagem criada para o beneficiário de um NJ gratuito
(quando não há uma contraprestação).
- É diferente de condição suspensiva – adquire-se o direito desde
logo.
- Não suspende o exercício nem a aquisição do direito – a não ser
que vire condição suspensiva (art. 136)
- Tem que ser lícito e possível. Art. 137 - caso contrário, o NJ
mantém-se puro, a não ser que o encargo tenha sido o motivo.
Prescrição:
- Prescrição aquisitiva – torna inatacável a situação que o titular
vem exercendo continuamente.
> Usucapião - aquisição do direito real pelo decurso do tempo,
instituída em favor daquele com ânimo de dono. Relacionada a
coisas móveis ou imóveis/ Período prefixado pelo legislador.
- Prescrição extintiva – extingue a pretensão jurídica que não se
exercita por certo período – inércia do titular.
- Segurança jurídica.
- Não é permitida a renúncia prévia.
- A renúncia pode ser expressa ou tácita e não deve causar prejuízos
a terceiros – Art. 191.
- Relativamente incapazes e pessoas jurídicas – têm ação contra
seus representantes ou assistentes que tiverem permitido a
prescrição. Art. 195.
- Prescritibilidade é regra.
Decadência:
- Perecimento do direito potestativo, em razão do seu não exercício
no prazo predeterminado.
- Faculdade condicionada ao exercício dentro do tempo certo.
- Art. 207 – caducidade não é interrompida nem deixa de começar,
qualquer que seja a causa impeditiva.
- Pode ser alegada em qualquer parte do processo.
- Não é passível de renúncia. Art. 209.
- Cabe à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, I.
Prazos prescricionais:
- Geral – Prescrição de longo prazo – 10 anos. Art. 205
- Especiais – Art. 206
Suspensão da prescrição:
- Paralisação no curso do prazo prescricional – lei impõe em
determinadas circunstâncias.
- Razões de ordem moral (laços de afeto) – art. 197.
- Princípio de proteção – art. 198.
- Art. 199 - Durante uma ação penal também.
Interrupção da prescrição:
- Quando ocorre um fato hábil de destruir os efeitos do tempo já
decorrido.
- É diferente da suspensão, porque o tempo já escoado fica
inutilizado e só pode ocorrer uma vez.
- Ex.: Protesto – art. 202, II.
Fato jurídico:
- Fato que percurte no campo do direito. O acontecimento que
impulsiona a criação da relação jurídica.
- Nem todo fato tem essa força jurígena. Ex.: vestir-se. - mesmo que
em certas circunstâncias possam ser relevantes para o Direito.
- Savigny – fato jurídico – acontecimento em virtude do qual
começam ou terminam os direitos subjetivos (ou se modificam).
- Fatos jurídicos voluntários – resultam da atuação humana – ato
jurídico lato sensu – que subdivide-se em ato jurídico lícito (que
divide-se em ato jurídico stricto sensu e negócios jurídicos) e em ato
ilícito.
Invalidade do negócio jurídico:
- NULIDADE – É nulo o NJ quando em razão do defeito grave que o
atinge, não pode produzir os efeitos almejados. Sanção a uma
ofensa a uma predeterminação legal. Inspirado no princípio do
respeito à ordem pública.
> Quando o objeto for ilícito, impossível ou indeterminável
(condição objetiva)./ Quando praticado por pessoa absolutamente
incapaz (condição subjetiva)/Quando não for revestida a forma
prescrita ou for preterida alguma solenidade que a lei considere
essencial (condição formal).
INSANÁVEL E IMPRESCRITÍVEL. Art. 169.
- Simulação – nulidade só para a simulação absoluta, para a relativa,
não necessariamente ( art. 167).
Ato ilícito:
- Procedimento contrário a um dever preexistente, violação do
ordenamento jurídico.
- Pode ser comissivo, quando orienta sua ação num determinado
sentido, que é contraveniente à lei ou omissivo (quando alguém se
abstém de atuar se deveria fazê-lo e na sua inércia transgride um
dever determinado).
- Requisitos -> Conduta, violação do ordenamento jurídico,
imputabilidade e penetração da conduta na esfera jurídica alheia.
Responsabilidade Civil:
- Reparação do dano.
- Conduta antijurídica, dano, nexo de causalidade.
- Objetiva – Não se questiona se houve má-fé – o risco que importa.
- CC adotou a teoria da culpa, sendo a do risco usada apenas
quando vier expresso na lei.
- Responsabilidade civil do Estado – OBJETIVA.
Abuso de direito:
- Usar o direito exclusivamente para causar dano a outrem.