Asfixiologia Forense

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ASFIXIOLOGIA FORENSE

Asfixiologia forense é a parte da medicina legal que


estuda as asfixias mecanicas.

Asfixia mecanica é um sindrome que se caracteriza por


defice de oxigenio ao nivel dos tecidos.
ASFIXIOLOGIA FORENSE
• 1-Fisiologia da respiração:
• Para que a respiração normalmente decorra é fundamental que:
1.Ambiente externo contenha ar respirável, com 21% de oxigénio.
2. Permeabilidade dos oríficos respiratórios, boca e nariz.
3. Permeabilidade das vias respiratórias , laringe, traqueia e brônquios
4.Circulação sanguínea normal,
5. Elasticidade dos músculos auxiliares da respiração da parede
toraxica e parede abdominal se possam contríar e relaxar.
ASFIXIOLOGIA FORENSE
• Mecanismo de morte por asfixia:
• Existem três mecanismos responsáveis de morte, e permitem a
classificação das asfixias:
1. Mecanismo respiratório: em que a causa da morte é simplesmente
derivada das alterações ao nível da função respiratória
2. Mecanismo circulatório: quando a uma constrição ao nível da região
cervical dos vasos, artérias carótidas e veias jugulares.
3. Mecanismo nervoso: ocorre quando há constrição do pescoço em que
afecta o paquete vasculo-nervoso nomeadamente o 10º par craneano
ASFIXIOLOGIA FORENSE
• Classificação das Asfixias:
• Asfixias Puras: em que o mecanismo fisiopatológico de morte é
básicamente respiratório.
A- Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis:
a) Confinamento.
b)Asfixia por monóxido de carbono.
C)Asfixia por outros vícios de ambiente.
ASFIXIOLOGIA FORENSE
B- Obstaculação à penetração do ar nas vias respiratórias:
1. Sufocação directa (obstaculação ao nível dos orifício e vias
respiratórias).
2.Sufocação indirecta (compressão toraco-abdominal).
C- Transformação do meio gasoso em meio líquido ou semi-líquido:
Afogamento.
D- Transformação do meio gasoso em meio sólido ou pulverulento:
 Soterramento.
ASFIXIOLOGIA FORENSE
Asfixias Complexas: em que o mecanismo fisiopatológico de morte
resulta da constrição do pescoço, intervindo mecanismos complexos
como circulatório, nervoso e respiratorio.
A- Constrição passiva do pescoço exercida pelo peso do corpo:
Enforcamento.
B- Constrição activa do pescoço exercida pela força muscular:
Estrangulamento.
ASFIXIOLOGIA FORENSE
Asfixias Mistas: nestes casos é dificil definir o mecanismo
fisiopatológico exacto de morte, sobrepondo-se os três mecanismo de
forma e intensidade variável.
A- Constrição do pescoço por meio das mãos: Esganadura.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ASFIXIAS:
• EXTERNAS:
• cianose da pele e extremidades (cor arroxeada decorrente do acúmulo de
gás carbônico no sangue);
• equimoses conjuntivais;
• cogumelo de escuma ou espuma na boca;
• Livores de hipóstase: mais nítidos e precoces.
• INTERNAS:
• equimoses pleurais (manchas de Paltauf no afogado) e manchas de
Tardieu nas demais serosas viscerais;
• congestão visceral;
• fluidez sangüínea (afogados).
CLASSIFICAÇÃO DAS ASFIXIAS:

1. Asfixias por constricção do pescoço:


 Enforcamento;
 Estrangulamento;
 Esganadura.
2. Asfixias por sufocação:
 Direta:
 Oclusão das vias aéreas;
 Soterramento;
 Confinamento.
 Indireta:
 Compressão do tórax.
3. Asfixias por mudança do meio ambiente:
 Afogamento;
 Gases irrespiráveis.
ASFIXIAS POR CONSTRICÇÃO DO PESCOÇO:

Enforcamento:
• É a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constricção
do pescoço por um laço cuja extremidade esta fixa a um ponto
dado, agindo o próprio peso do indivíduo como força viva.

• Natureza jurídica: suicida, homicida, acidental ou execução


judicial.
Enforcamento Sinais Externos:
1 - Sulco Cervical.
Características do sulco:
• Oblíquo, de baixo para cima e de diante para trás
(raramente transverso);
• Interrompido ao nível do nó;
• Bordos desiguais (superior saliente).
ENFORCAMENTOS:
Posições dos enforcados
Enforcamento
Sinais Externos:
1.Face congestionada e cianótica ;
2.Petéquias conjuntivais e às vezes na pele;
3.Língua protusa;
4.Livores cadavéricos nas extremidades (HIPÓSTASES).
Enforcamento
• Sinais Internos:
1. Equimoses do subcutâneo e musculatura cervical;
2. Roturas musculares no pescoço;
3. Rotura transversal da íntima da artéria carótida (Sinal de
Amussat);
4. Fraturas do osso hióide;
5. Lesões vertebrais (raras);
6. Linha argentina: linha brilhante no fundo do sulco, aderente aos
planos subjacentes;
Estrangulamento:
• Estrangulamento é constrição do pescoço por laço tracionado por
qualquer outra força que não seja o próprio peso da vítima.

• Natureza jurídica: homicídio, acidente, suicídio e execução judicial.


Estrangulamento - sinais externos:
1. Sulco cervical único ou múltiplo:
 Geralmente transverso e horizontal;
 Contínuo, faltando a interrupção ao nível do nó
(que inexiste), que encosta no pescoço;
 Bordos iguais.
2. Cianose da face;
3. Lesões de ataque e defesa (eventualmente).
Estrangulamento - sinais internos:

1. Sinais gerais de asfixia;


2. Congestão do cérebro e das meninges;
3. Hemorragias dos músculos cervicais;
4. Lesões de cartilagens:
– cervicais e
– do osso hióide.
Esganadura:

• É a constriação activa do pescoão pelas maos


• É de etiologia medico legal homicida
Esganadura – Sinais Externos:

1. Petéquias conjuntivais;
2. Equimose no pescoço;
3. Escoriações no pescoço (estigmas
ungueais nas esganaduras típicas);
4. Sinais de ataque e de defesa.
Esganadura – Sinais Internos:

1. Sinais gerais de asfixia;


2. Infiltrações sangüíneas dos planos do
pescoço;
3. Fraturas das cartilagens da laringe;
4. Fratura do hióide.
Sufocação:
• Sufocação é modalidade de asfixia mecânica
produzida pelo impedimento da passagem do
ar respirável por meio direto ou indireto de
obstrução.
• Por meio direto:
– Oclusão:
• dos orifícios ou
• dos condutos respiratórios.
• Por meio indireto:
– compressão do tórax e
– sufocação posicional.
Sufocações
Podem ser :
• Diretas - é a obstrução devida ao impedimento de
entrada de ar
– pela boca e/ou narinas e/ou
– vias aéreas superiores.
• Indiretas - consiste no bloqueio à expansão torácica
extrinsecamente (movimentos respiratórios).
– Observa-se nestes casos a denominada Máscara
Equimótica de Morestin.
– O mecanismo de morte por crucificação é por asfixia
indireta.
Confinamento:

• É a asfixia do indivíduo enclausurado em:


– espaço restrito ou fechado;
– sem renovação de ar atmosférico;
– por esgotamento de oxigênio e,
– aumento gradativo de gás carbônico.
Soterramento:

• Ocorre quando o meio gasoso (ar) foi substituído por meio sólido
(terra, areia, farinha ou outros).

• A natureza jurídica desta asfixia é , na maioria dos casos, acidental,


podendo, no entanto, ser criminosa.
Soterramento:
• sinais externos: • sinais internos:
– Lesões contusas pelo impacto do – Sinais gerais de asfixia;
material da soterração – Presença de sólidos nas vias aéreas.
– Resíduos do meio: (terra, areia,
farinha etc.)
Afogamento:

• É a modalidade de asfixia, na qual ocorre a troca do meio gasoso por meio


líquido, impedindo a troca gasosa necessária à respiração.

• Afogado azul ou verdadeiro: sinais de que realmente a morte se deu por


afogamento. O indivíduo apresenta uma coloração cianótica, morte por
aspiração de um meio líquido.
• Afogado branco de Parrot ou falso: por inibição (reflexo vagal) ou
morreu fora da água. o indivíduo apresenta uma coloração branco. Não
ocorre a aspiração de líquido.
AFOGAMENTO:
DIAGNÓSTICO E PROBLEMÁTICA MÉDICO-LEGAL:

• Só podemos firmar o diagnóstico de morte por


afogamento, quando associarmos os dados
históricos com o exame do local e os achados da
necrópsia.
• Se a morte ocorreu pela ação da água,
encontraremos água, algas, areia e outros corpos
estranhos abaixo da glote significando que o
indivíduo as deglutiu.
Já se a morte ocorreu previamente, a glote já se terá
fechado e estes elementos podem ser encontrados
até a este nível, não abaixo.
Asfixiologia Forense

Afogamento
DIAGNÓSTICO E PROBLEMÁTICA MÉDICO-LEGAL:

Só podemos firmar o diagnóstico de morte por afogamento, quando associarmos os dados históricos com
o exame do local e os achados da necrópsia.
A morte pode ocorrer pela água ou na água o que se constituem em diferentes hipóteses.
Se a morte ocorreu pela ação da água, encontraremos água, algas, areia e outros corpos estranhos abaixo
da glote significando que o indivíduo as deglutiu.
Já se a morte ocorreu previamente, a glote já se terá fechado e estes elementos podem ser encontrados até
a este nível, não abaixo.
FASES DO AFOGAMENTO:
• FASE DE LUTA: é a fase em que o indivíduo percebe que está
em perigo iminente de afogar-se: ingere muita água, muito líquido
será encontrado no estômago e intestinos, afundando e vindo a
tona inúmeras vezes.
FASES DO AFOGAMENTO:
• FASE DE APNÉIA VOLUNTÁRIA: O indivíduo afunda e
prende a respiração, ocorrendo acumulo de gás carbônico.
Diminui o estado de consciência, e o estímulo inspiratório se torna
irresistível fazendo com que o indivíduo aspire o líquido.
FASES DO AFOGAMENTO:
• FASE DE ASPIRAÇÃO: o indivíduo aspira o líquido, alterando a
equilibrio sanguíneo, sobrecarregando o volume sanguíneo, isto
em água doce. Na água salgada o movimento é inverso causando
uma hemoconcentração.
• Isto permite diferenciar os dois meios no qual ocorre a maioria
dos afogamentos.
Afogamento – Sinais externos:

1. Pele anserina (arrepiada);


2. Cogumelo de espuma (boca, narinas);
3. Erosão nos dedos;
4. Resíduos minerais e/ou vegetais na pele e roupa;
5. Corpos estranhos sob as unhas;
6. Maceração epidérmica (palma das mãos e planta dos pés rugosos);
7. Lesões de pele por “ arrastamento” no fundo;
8. Lesões pós-mortais produzidas por peixes e crustáceos: lábios, nariz e
orelhas;
Afogamento – Sinais externos:
• Cabeça de negro, devido ao fato da parte superior do corpo do
afogado ser mais pesada, a mancha verde se inicia pela face e
pescoço, com o escurecimento, a cabeça fica totalmente negra.
Afogamento – Sinais internos:

1. Presença de líquido nas vias respiratórias;


2. Presença de corpos estranhos no líquido das vias respiratórias;
3. Manchas de Paltauf nos pulmões;
4. Diluição do sangue;
5. Presença de líquidos no sistema digestivo.

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