Aula Psicologia Liderança
Aula Psicologia Liderança
Aula Psicologia Liderança
Enfermagem
Prof. Gislaine Raposo
Aula 01
• Apresentação da Disciplina:
Aulas – 18, 21, 23, 28 e 30 de Março
Prova – 30/03/2016
Avaliação – Participação e Prova
• Introdução à Psicologia da Saúde
– Origens da psicologia
– A Psicologia como ciência
– A Psicologia aplicada à Saúde
– Filme “DIVERTIDA MENTE”
CONCEITO DE
PSICOLOGIA
FORMADA POR DUAS PALAVRAS
GREGAS:
1. PSIQUE – ALMA, MENTE.
2. LOGOS – ESTUDO, CIÊNCIA.
ETMOLÓGICAMENTE PSICOLOGIA
SIGNIFICA: ESTUDO DA ALMA.
Definição de Psicologia
Teoria humoral (ou teoria dos quatro humores) constituiu o principal corpo de explicação
racional da saúde e da doença entre o século 4 a.C. e o século 17
Alegre, prestativo,
Sangue Ar Sanguíneo Artesão SP
amoroso
Irritadiço, agressivo,
Bílis amarela Fogo Colérico Racional NT
corajoso
Desanimado,
Bílis negra Terra Melancólico Idealista NF
inquieto, complexo
Moderado, frio,
Fleuma Água Fleumático Guardião SJ
diplomático
TEORIA HUMORAL OU DOS
TEMPERAMENTOS.
• Aristóteles – Empirismo
– Teoria da “Tabula Rasa”: a mente humana é como um espaço vazio a ser
preenchido, ou seja, o indivíduo apenas reage ao meio.
M E NTE
TI DA
DI V ER
• A Psicologia é a ciência interessada em estudar o
comportamento humano, bem como as relações
subjetivas que o indivíduo estabelece no meio
em que vive.
• Assim por se tratar de uma ciência humana, ela
lida com questões emocionais, afetivas e sociais.
ESTRUTURA DA PERSONALIDADE
SEGUNDO SIGMUND FREUD
• Freud organizou a estrutura da • Ego: começa a se desenvolver
personalidade em 3 componentes entre os 4 e 6 meses de idade.
principais: id, ego e superego. Eles Vivencia a realidade do mundo
são distintos por suas funçoes externo, se adapta e responde a
peculiares e características ela. Principal função é de
diferentes. mediador entre o mundo externo,
• ID: local das pulsões instintivas – o o Id e o superego.
princípio do prazer que nas • Superego: designado como o
crianças está muito embitudo. Os princípio da perfeição.
comportamentos impulsionados Desenvolve-se entre os 3 e 6 anos
pelo Id podem levar ao de idade.Importante para a
arrependimento pois são socializaçãp do indivíduo, pois
impulsivos e podem ser ajuda no controle dos impulsos.
irracionais. Problemas de auto-confiança e
baixa auto-estima ocorrem
quando o superego se torna rígido
e punitivo.
Entendendo melhor a Estrutura da
Personalidade:
• EGO: • ID: impulsivos, cleptomaníacos,
– Equilíbrio: busca dados da etc
realizade para resolver
situações.
• SUPEREGO:
– Qdo. uma criança é – Estremamente
constantemente repressor, é o “freio”
estimulada por bom que decide entre o
comportamento, sua auto- certo e o errado.
estima aumenta e esse – Quando uma pessoa
comportamento passa a
tem foco excessivo no
fazer parte ideal do ego.
– Quando uma pessoa tem
superego ela pode se
foco excessivo no Ego, ela tornar extremamente
pode torna-se narcisista, autodepreciativas.
ou seja, se acham
perfeitas.
Exemplos Práticos:
• Projeção • Racionalização
• Formação reativa • Fantasia
• Regressão • Compensação
• Sublimação
• Introjeção
• Negação
• Deslocamento
RACIONALIZAÇÃO
É o processo de achar motivos lógicos e racionais
aceitáveis para pensamentos e ações inaceitáveis. É o
processo através do qual uma pessoa apresenta uma
explicação que é logicamente consistente ou eticamente
aceitável para uma atitude, ação, idéia ou sentimento
que causa angústia. Usa-se a Racionalização para
justificar comportamentos quando, na realidade, as
razões para esses atos não são recomendáveis.
Características da Puberdade
Exemplo: Um aluno que, não ta
conseguindo responder a uma questão, diz
“isso não é interessante de saber mesmo”
ou “não respondi porque não tive tempo
de estudar, pois lá em casa fazem muito
barulho.
REPRESSÃO
Sua essência consiste em afastar uma determinada
coisa seja ela um evento, idéia ou percepção do
consciente, mantendo-a à distância, no inconsciente,
por ser algo potencialmente provocador de ansiedade.
Estando no inconsciente não traz ameaças. Porém, o
material reprimido continua fazendo parte da psique,
apesar de inconsciente e continua causando problemas
(sintomas).
Segundo Freud, os sintomas histéricos com
frequência têm sua origem em alguma antiga repressão.
Algumas doenças psicossomáticas, tais como asma,
artrite, impotência, frigidez. úlcera, etc, também
poderiam estar relacionadas com esse mecanismo de
defesa.
Exemplo: Quando a pessoa não se dá conta que está
com raiva, mesmo que seja evidente pela fisionomia.
PROJEÇÃO
O ato de atribuir a uma outra pessoa, animal ou objeto as qualidades,
sentimentos ou intenções que a pessoa recusa em reconhecer em si
próprio, como sendo seu e portanto, atribui (projeta) ao outro. É um
mecanismo de defesa através do qual os aspectos da personalidade de
um indivíduo são deslocados de dentro deste para o meio externo.
Além que afirma textualmente que “todos nós somos algo desonestos”
esta, na realidade, tentando projetar nos demais suas próprias
características. Ou então, dizer que “todos os homens e mulheres
querem apenas sexo”, pode refletir sua própria projeção.
Sempre que caracterizamos algo de fora de nós como sendo
mau, perigoso, pervertido, imoral e assim por diante, sem
reconhecermos que essas características podem também ser
verdadeiras para nós, è provável que estejamos projetando.
Pesquisas relativas à dinâmica do preconceito mostraram que
as pessoas que tendem a estereotipar outras também revelam pouca
percepção de seus próprios sentimentos. As pessoas que negam ter
um determinado traço específico de personalidade são sempre mais
críticas em relação a este traço quando o vêem nos outros.
Exemplo: O marido infiel, mostra
suspeita da fidelidade de sua esposa.
IDENTIFICAÇÃO
Identificação é a capacidade de ocupar lugares e posições
psíquicas diferentes. Primeiro há uma identificação para depois
se formar uma identidade, que seria encontrar um eu, livre de
ligação com qualquer objeto. O sujeito assimila um aspecto, uma
propriedade, um atributo do outro e se transforma, total ou
parcialmente, segundo o modelo desse outro. Em outras
palavras, o indivíduo se identificado com o outro (pessoa ou
objeto), cria internamente uma imagem ou fantasia e projeta
isso para fora de si identificando-se com essa fantasia,
construindo uma outra realidade psíquica.
Conceito desenvolvido por Melanie Klein como parte de
um fenômeno próprio aquilo que ela denominou de posição
esquizoparanóide (SEGAL, 1975).
Exemplo: quando um filho cresce e age da
mesma maneira opressiva que os pais.
INTROJEÇÃO
Significa incorporar para dentro de nós mesmos normas,
atitudes, modos de agir e pensar que são dos outros e não
verdadeiramente nossos. É o oposto da projeção.
Exemplo: quando está diante de uma pessoa importante
e ela própria se atribui importância e brilhantismo pessoal
sem o ser (comum nos puxa-sacos)
DESLOCAMENTO
É o mecanismo psicológico de defesa onde a pessoa substitui a
finalidade inicial de uma pulsão por outra diferente e
socialmente mais aceita. Durante uma discussão, por exemplo, a
pessoa tem um forte impulso em socar o outro, entretanto,
acaba deslocando tal impulso para um copo, o qual atira ao
chão.
Exemplo: quando a mulher tem uma
experiência ruim com um homem e diz que
todos os homens não prestam.
NEGAÇÃO
É a tentativa de não aceitar na consciência algum fato que
perturba o Ego. Os adultos têm a tendência de fantasiar que
certos acontecimentos não são, de fato, do jeito que são, ou que
na verdade nunca aconteceram.
Exemplo de Negação: Uma viúva coloca a mesa o lugar
de seu marido, e se põe a conversar com ele.
CONVERSÃO
Numa linguagem simples seria a transformação de uma coisa em
outra.
No caso de psique X corpo, significa a manifestação
orgânica de um sintoma neurótico.
Exemplo: Dores de cabeça, passa-se o
problema da mente para o corpo.
ISOLAMENTO
Distanciamento de uma pessoa ou objeto que causa desconforto
por algum motivo ou isolar um comportamento ou pensamento
interrompendo qualquer ligação.
Exemplo de isolamento: Um ladrão que rouba e não experimenta os
sentimentos de culpa que estão ligados a esse ato. Outro exemplo seria
um filho que, após a morte de sua mãe, fala com uma frequente e
enorme naturalidade sobre a morte dela.
INIBIÇÃO
Significa impedir uma função ou alguma conduta.
ANULAÇÃO
Significa ter ações que contestam ou desfazem um dano que o
indivíduo imagina que pode ser causado por seus desejos. Fazer
o inverso do ato ou do pensamento precedente.
Exemplo: fazer o sinal da cruz para
afastar um pensamento pecaminoso
FORMAÇÃO REATIVA
Esse mecanismo substitui comportamentos e sentimentos que
são diametralmente opostos ao desejo real. Trata-se de uma
inversão clara e, em geral, inconsciente do verdadeiro desejo.
Através da Formação Relativa, alguns pais são incapazes de
admitir um certo ressentimento em relação aos filhos, acabam
interferindo exageradamente em suas vidas, sob o pretexto de
estarem preocupados com seu bem-estar e segurança
(superproteção), que nesse caso é uma forma de punição. O
esposo pleno de raiva contra sua esposa pode manifestar sua
Formação Relativa tratando-a com formalidade exagerada ou ser
super bem tratado na casa da namorada pela mãe dela, mas
sentir que a futura “sogra” detestou a visita.
Exemplo: ódio em amor e amor em ódio .
FANTASIA
O indivíduo concebe em sua mente uma
situação que satisfaz uma necessidade ou
desejo, que na vida real não pode por
algum motivo ser satisfeito.
Exemplo: Um homossexual que precisa manter o casamento e que,
quando procurado pela esposa para o sexo, ele fantasia que esta tendo
relações homo e não hétero durante o ato.
SUBLIMAÇÃO
Na impossibilidade de realização de um desejo, encontra um
substituto aceitável por meio do qual pode se contentar. É uma
forma de deslocamento e um recalque bem sucedido. A
frustração de um relacionamento afetivo e sexual mal resolvido,
por exemplo, é sublimado na paixão pela leitura ou pela arte. O
chupar o dedo ou a chupeta para o bebê o faz se sentir como se
estivesse mamando no seio da mãe.
Exemplo: um indivíduo com alta agressividade pode se tornar
cirurgião, para o que necessita cortar tecidos sem hesitação; é
uma forma de socializar a agressividade.
•Por meio da psicologia é possivel mergulhar no
aspecto subjetivo do ser humano, tornando
conscientes atitudes e comportamentos que por
vezes parecem desprovidos de um sentido. Ex: por
que uma pessoa se sente tão perseguida? Etc...
•Desse modo, o conhecimento da área de psicologia
facilita o auto-conhecimento e a melhor
compreensão do outro.
Reflita:
Quem cuida de você?
De quem você cuida?
Quem foram seus primeiros cuidadores?
Quais as suas lembranças mais importantes que
envolvem algum tipo de cuidado?
O quão importante foi a qualidade dos cuidados que
você recebeu ao longo da sua vida para a definição da
pessoa que você é hoje?
O que é cuidar?
Qual a importância do “cuidar” em nossas vidas?
Pare e Reflita:
Em que escola ou faculdade aprendemos a cuidar?
O cuidado não é uma técnica, é uma modo de se relacionar com
o mundo e com nossos semelhantes.
O mundo hoje vive uma crise em que a técnica evolui enquanto
o cuidado é deixado de lado. A ética do cuidado é um
contraponto à noção de evolução baseada apenas no
desenvolvimento da técnica.
Imagine como seria o mundo sem relações de cuidado. Um
“Admirável Mundo Novo”?
O cuidado pode se faz com o olhar, com gestos, palavras, ações e
toques. O cuidado pode se fazer em silêncio apenas com a
simples presença humana.
A enfermagem como profissão do
cuidado
“A Enfermagem é profissão comprometida com o
Cuidado, pode ser definida como uma arte e, como tal, requer
tão exclusiva devoção, tão duro preparo (...) Como qualquer
trabalho com a tela inerte ou com o mármore frio poderia ser
comparado com o trabalhar com o organismo vivo, o templo do
espírito de Deus? Ela é uma das belas artes. Eu tenho dito, a
mais bela das artes!”
Florence Nightingale - Notas sobre enfermagem: o que
é e o que não é.
Para Saber Cuidar
Saber cuidar implica necessariamente em aprender a cuidar de si e do outro, ter sempre noção de
nossa realidade, possibilidades e limitações. É notório que o cuidar é muito exigente e pode levar
o cuidador ao estresse. Somos limitados, sujeitos ao cansaço e à vivência de pequenos fracassos e
decepções. Sentimo-nos sós. Precisamos ser cuidados, caso contrário, nossa vontade de cuidar se
enfraquece.
Saber cuidar implica saber olhar o outro como uma totalidade indivisível (percepção holística)
“Holos” : total.
Saber cuidar implica em ver o outro como um OUTRO (alteridade) , não como uma COISA
(objetificação). Implica uma relação do tipo “EU- TU” ao invés da relação “EU- ISSO”.
“Alter”: outro
Saber cuidar implica ser afetado pela dor do outro e se importar com seu sofrimento
(compassividade). A compaixão ultrapassa a empatia, na medida em que nela há um desejo e
uma atitude genuína de aliviar o sofrimento do outro. A empatia pode ser descrita apenas como a
percepção da perspectiva emocional ou psicológica do outro. “ Compassione”: com paixão
A Crise do Cuidado
NECESSIDADES
(fisiológicas) x DEMANDAS
(psicológicas)
O hospital e a coisificação do cuidado
90%
10% Doença Crónica
Morte Súbita e Prolongada
Má
Má notícia
notícia sobre
sobre aa
sua
sua saúde!
saúde!
Querem abrir?
A morte e o luto
Características da intervenção:
• Acompanhar a pessoa e a sua família, demonstrando disponibilidade
e abertura.
• Validar os esforços de todos os envolvidos.
Avaliações prévias:
• Funcionamento da família
• Situações de doença e lutos anteriores
• Contexto e significado da doença
• Como a família compreende a morte
Estratégias:
• Avaliar Necessidades;
• Detectar Sinais de Sofrimento;
• Encontrar respostas para essas Necessidades e
Sinais de Sofrimento;
• Promover a Comunicação;
• Ajudar a Família a tratar o Doente como Pessoa
Viva, e não como se já tivesse morrido;
• Estar presente sempre que necessário e possível;
• Reforçar o Apoio à Família durante a fase terminal
• Prestar Apoio quando da Morte.
A equipe médica vivencia a
morte de um paciente como um
fracasso, colocando à prova, a
onipotência da medicina. Ainda
segundo Mannoni (1995): "é
porque a morte é vivenciada como um
fracasso pela medicina que os serviços médicos
chegam a esquecer a família (ou a esconder-se dela)."
Segundo Kübler-Ross (1997): "Quando um
paciente está gravemente enfermo, em geral é tratado
como alguém sem direito a opinar."
“Dentro dessa humanidade no
atendimento ao doente terminal, Kübler-Ross (1997)
nos fala da importância do acolhimento ao doente
por parte da equipe médica, da importância da
verdade. O que se questiona não é o dizer ou não a
verdade, mas sim como contar essa verdade,
aproximando-se da dor do paciente, colocando-se
no lugar dele para entender seu sofrimento. Essa
seria a verdadeira disponibilidade humana para
ajudar o outro em seu caminho em direção à
morte.”
O Luto
• Não é patológico;
• Deve ser superado após certo tempo;
• Não é necessária interferência;
• Perturbação da auto-estima ausente;
• O mundo se torna vazio.
LUTO PATOLÓGICO
• Melancolia.
• Desânimo, falta de interesse pelo mundo externo, perda da
capacidade de amar;
• Inibição das atividades e do sentimento de auto-estima;
• Auto-recriminação, com expectativa delirante de punição.
ESTAGIOS PSICOLOGICOS VIVENCIADOS
PELO PACIENTE TERMINAL
Centram-se no bem-estar do
doente, ajudando-o a viver tão
intensamente quanto possível até
ao fim
Baseiam-se no acompanhamento, na
humanidade, na compaixão, na
disponibilidade e no rigor cientifico
Equipa
Controlo de
multidisciplina
sintomas
r
Caminho feito em
Valoriza-se o essencial conjunto
à vida: afectos,
relações , pessoas… A morte não se Reorienta-se o
esconde por detrás sentido da própria
de máscaras vida
profissionais