Obstaculos Ao Terceiro Mundo

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Obstáculos ao desenvolvimento

do terceiro mundo
A nível económico: o rendimento per capita é baixo e
existem profundas desigualdades na sua repartição, a mão
de obra é maioritariamente desqualificada e agrícola, a
estrutura da produção e das exportações é dominada por
produtos agrícolas, matérias primas e bens de baixo valor
acrescentado e o endividamento externo tem um peso
excessivo no PIB
A nível demográfico: o crescimento da população é
acentuado, a taxa de mortalidade infantil é elevada e
esperança média de vida baixa
A nível social: taxas de analfabetismo elevadas, assistência
médica precária, a situação sanitária é deficiente, as
mulheres são discriminadas, as condições da habitação são
inadequadas e há fome e escassez de alimentos.
A nível político: a instabilidade politica e social é
permanente, os conflitos étnicos e fronteiriços frequentes,
os governos são corruptos e os direitos humanos não são
respeitados.

http://pt.euronews.com/2014/12/23/um-ano-depois-o-sangue-ainda-escorre-na-republica-centro-africana-/
O subdesenvolvimento é, assim, consequência de um
conjunto de fatores muito diversos:
Os naturais: a maioria
dos PED localiza-se na
zona tropical, onde os
longos períodos de seca
são frequentes e a
fragilidade dos solos
contribui para o seu
esgotamento. As
catástrofes naturais
associadas ao clima são
frequentes, provocando
prejuízos incalculáveis e
agravando as condições
de sobrevivência
http://maplecroft.com/portfolio/new-analysis/2013/10/30/31-global-economic-output-forecast-face-high-or-extreme-
climate-change-risks-2025-maplecroft-risk-atlas/
O índice de vulnerabilidade às alterações climáticas, em 2014.
Condições essenciais à formação de furacões
Os históricos: a colonização organizou as estruturas
económicas de acordo com as necessidades das
nações colonizadoras, dinamizando as atividades
orientadas para o comércio externo e levando à
falência as atividades locais
Os reflexos da colonização
Os demográficos: o crescimento demográfico explosivo
resultou da descida da TM e da manutenção de elevadas
TN. As carências alimentares resultam, em parte, de
substituição de grande parte da produção destinada ao
mercado interno, por culturas de exportação (café, cacau,
soja) e da degradação dos solos provocada pela
sobreexploração agrícola
Os económicos: a dependência económica tem
provocado o endividamento externo dos PED. A nível
comercial, há uma grande dependência da variação
da procura de produtos primários e dos preços nos
mercados externos, devido à especialização na
exportação de um reduzido número de produtos
agrícolas e de matérias primas. A nível financeiro,
há uma grande dependência do investimento
estrangeiro e de empréstimos para reequilibrar a
economia que só têm contribuído para aumentar a
dívida externa. A nível tecnológico, têm necessidade
de importar patentes e técnicos estrangeiros.
O frágil posicionamento dos PED no comércio internacional
O funcionamento dos mercados mundiais tem
conduzido ao desequilíbrio da balança comercial dos
PED, em resultado das grandes desigualdades entre
o valor dos produtos exportados e o das
importações.
Os PED continuam muito dependentes da antiga DIT:
exportam matérias primas a preços cada vez mais
baixos e importam produtos manufacturados de
grande valor, com origem nos países industrializados.
O comércio internacional é dominado pelas
estratégias dos PD e pelas ETN. Este défice
crescente da balança comercial não lhes tem
permitido a acumulação de capital necessário para
financiarem o seu desenvolvimento.
A progressiva deterioração dos termos de troca
verificada nos PED pode ser explicada pelos
seguintes fatores:

a estrutura das exportações: os PED exportam


produtos brutos de baixo valor acrescentado, cujos
preços são muito inferiores aos dos produtos
manufacturados que importam

o aumento da oferta de produtos brutos: dominam a


estrutura das exportações dos PED e inundam os
mercados, fazendo baixar os preços nos mercados
internacionais
a diminuição da procura dos produtos exportados
pelos PED: com a inovação tecnológica, são
necessárias menores quantidades de matérias primas
na produção de produtos manufacturados

a substituição de algumas matérias primas por


produtos sintéticos

as restrições no acesso aos mercados dos países do


norte: as medidas restritivas impostas pelos países
desenvolvidos à importação e ao consumo de certos
produtos oriundos dos PED reduzem a capacidade
competitiva dos países do sul
O endividamento do terceiro mundo

A elevada dívida externa é um dos problemas dos


países do terceiro mundo, não parando de aumentar.
Os PED têm de recorrer a empréstimos estrangeiros
para se desenvolverem.
São diversos os fatores que contribuíram para o
endividamento externo:

subida das taxas de juro: o que se traduz no


agravamento dos encargos com a dívida, tendo alguns
países de recorrer a novos empréstimos para pagar o
serviço da dívida (amortização e juros)
valorização do dólar: como a maioria dos
empréstimos é feita em dólares, a subida do dólar
provoca um agravamento da dívida, pois implica pagar
mais pelos mesmos produtos

redução do preço dos produtos primários e


manufaturados: leva à diminuição das receitas das
exportações

políticas internas: baseadas na exportação de


matérias primas valorizadas no mercado internacional
de forma cíclica.

Pedem-se sucessivos empréstimos que agravam a


dívida externa
Ajuda internacional aos PED

Com o objetivo de promover o crescimento económico


e combater a pobreza, os PD desenvolvem um
conjunto de medidas de ajuda ao terceiro mundo, a
chamada ajuda internacional. Esta ajuda desempenha
um papel importante, contribuindo quer como suporte
técnico e de conhecimentos e na formação de
técnicos quer como suporte financeiro, apoiando
projectos de desenvolvimento que melhoram a vida
das populações. Esta ajuda pode também ser de
iniciativa privada.
Medidas de ajuda

Atribuição de novos créditos com condições de


pagamento mais adequadas

Renegociação dos prazos de pagamento

Aplicação de programas de ajustamento estrutural


pelo FMI com vista a melhorar o desempenho
económico

Perdão parcial da dívida (iniciativa PPME)


A ajuda pode assim contribuir para:

melhorar o nível de vida da população, aumentando o


acesso à educação, saúde e alimentação

apoiar as populações afetadas por catástrofes


naturais ou desastres causados pela acção do
Homem, como a desertificação

reduzir a pobreza, aumentando o rendimento das


populações mais pobres

Afeganistão
A ajuda pode assim contribuir para:

compensar as elevadas dívidas externas

apoiar a construção de infraestruturas (escolas,


hospitais, estradas, vias de comunicação, redes de
saneamento)

Quénia
Ajuda de acordo com os doadores

Bilateral: diretamente entre dois países


(empréstimos ou doações) – ajuda nem sempre
desinteressada, tendo por base interesses
económicos e políticos

Multilateral: através de instituições internacionais


ou grupos de países

Etiópia
Tipos de ajuda

Ajuda privada: feita por entidades privadas através


de investimentos diretos (ETN), empréstimos
bancários e ajudas das ONG

Ajuda Pública ao Desenvolvimento: atribuída por


organismos públicos, e baseia-se em condições
financeiras favoráveis, com boas taxas de juro

Botswana
Ajuda internacional

APD importante na melhoria de infraestruturas,


implementação de projetos de desenvolvimento para
combater a pobreza

No entanto, tem perdido importância para a APD,


sobretudo na forma de IDE.

Países estratégicos da Ásia e África, ricos em


minerais e petróleo. Ficam a perder os PMA.

Destacar também a ajuda das ONG nas situações de


emergência (conflitos, catástrofes naturais)
Brasil
No entanto, muitas vezes esta ajuda não ocorre da
melhor forma devido:

Responsabilidade dos países doadores

a ajuda é insuficiente, muitas vezes a ajuda dada


aos países do Terceiro Mundo não é aquele que
estava inicialmente prevista mas sim muito menos;

a ajuda nem sempre se tem mostrado desinteressada


(os países doadores orientam a ajuda de acordo com
os seus interesses políticos ou comerciais, impondo
condições)

Nigéria
No entanto, muitas vezes esta ajuda não ocorre da
melhor forma devido:

Responsabilidade dos países doadores

os modelos de desenvolvimento impostos nem sempre


são adequados à realidade dos países recetores;

a ajuda não tem sido isenta – nem sempre tem sido


orientada para os países que dela mais necessitam,
mas sim para aqueles que oferecem mais garantias ou
que servem os interesses dos países doadores.

República D. do Congo
No entanto, muitas vezes esta ajuda não ocorre da
melhor forma devido:

Responsabilidade dos países recetores

a ajuda é mal canalizada não sendo aplicada no


desenvolvimento e melhoria do nível de vida das
populações mas em despesas militares

a ajuda é alvo de apropriação indevida pelas elites


do poder, enriquecendo apenas alguns

Guiné Bissau
No entanto, muitas vezes esta ajuda não ocorre da
melhor forma devido:

Responsabilidade dos países recetores

a ajuda por vezes tem conduzido à instalação de um


clima de inércia, desincentivando a produção interna

leva ao agravar das desigualdades económico sociais


pois a ajuda não é repartida equitativamente por
toda a população, setores e regiões

Eritreia

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