Slide Lei Da Escuta Protegida - SAUDE

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Lei 13.

431/2017
Lei da Escuta Protegida
Lei 13431/2017
Por que é importante?

A Lei 13431/2017 busca proteger


meninas e meninos em situação de
violência, evitando que sofram
revitimização no curso do Objetivo da Lei
atendimento da rede de proteção.
Estabelecer o sistema de Garantias
Em geral as crianças e de Direitos da Criança e do
adolescentes vítimas de violências Adolescentes para as vítimas ou
acabam repetindo inúmeras vezes testemunhas de violência.
os relatos das violências que
sofreram para diversas instituições,
o que lhes causam sofrimento
adicional.
Lei 13431/2017
Por que é importante?

• A Lei 13.431 inova por estabelecer mecanismos e princípios de integração das


políticas de atendimento as vítimas e testemunhas de violências, na perspectiva
de melhorar a integração dos serviços por meio da criação de criação de
instrumentos de coordenação em cada município brasileiro, estabelecer fluxos e
protocolos de atendimento integrado e implantar sistemas de gestão dos casos de
violência.

• Crianças e adolescentes que passam pelo Depoimento Especial, conforme


previsto nesta Lei, as taxas de responsabilização sobem de apenas 6% para até
80%. O novo método de atuação já vem fazendo efeito nestes anos, onde já foi
implantado pelo Sistema de Justiça.
Estratégia da Lei
Para evitar a revitimização de crianças e adolescentes deve-se:
● Reordenar o Sistema de Garantia de Direitos
● Estabelecer diretrizes para o atendimento integrado de crianças e adolescentes
vítimas de violências(de todas as formas), incluindo a criação de mecanismos de
gestão Colegiada da Rede.
● Distinção entre escuta especializada e depoimento especial.
● Regulamentação do Depoimento Especial
Comitê Gestor

O Comitê Gestor (comissão intersetorial) é composto com membros representantes dos


seguintes seguimentos:
• Saúde
• Educação
• Assistência Social
• Conselho Tutelar
• Segurança Pública
• Poder Judiciário
Tipos de Violência
Violência física: ação infligida a criança ou ao adolescente que ofenda sua integridade ou
saúde corporal ou que lhe cause sofrimento físico.

Violência psicológica: discriminação, depreciação ou desrespeito que possa comprometer


seu desenvolvimento psíquico ou emocional; alienação parental ou exposição a crime
violento contra familiar ou rede de apoio.

Violência sexual: constranger a criança ou o adolescente a praticar ou presenciar


conjunção carnal ou qualquer outro ato libidinoso, inclusive exposição do corpo em foto
ou vídeo por meio eletrônico ou não (abuso, exploração ou tráfico de pessoas)

Violência Institucional: praticada por instituição pública ou convênio da, inclusive


quando gerar revitimização.
Tipos de Violência
Negligencia: deixar de prestar ou atender às necessidades básicas físicas, emocionais,
educacionais e médicas de uma criança ou adolescente.

Trabalho infantil: aquele realizado por criança ou adolescente com idade inferior a 16
anos, a não ser na condição de aprendiz, quando a idade mínima permitida passa a ser de
14 anos.
A SAÚDE E A PROTEÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES
CONTRA AS VIOLÊNCIAS
O que a rede de Saúde deve fazer

 A rede de saúde deve participar ativamente do Comitê de Gestão Colegiada da Rede


de Cuidados de Crianças e Adolescentes Vítimas ou Testemunhas de Violência do seu
município, previsto no Decreto 9603/2018.
 Os profissionais de saúde devem estar atentos a possíveis sinais de violência contra
crianças e adolescentes nas consultas de rotina, nos casos de gravidez na
adolescência, e nos casos de depressão e automutilação.
 Identificado um caso de violência contra a criança ou adolescente, o profissional de
saúde deve realizar o diagnóstico, tomando o cuidado para não transformá-lo em uma
investigação ou apuração de fatos ocorridos.
O que a rede de Saúde deve fazer
 Todos os profissionais da rede de saúde devem ser instruídos para proteger a
identidade da criança ou adolescente vítima ou testemunha de violência, bem como
sobre o correto encaminhamento dos casos de violência identificados.
 É recomendável que o comunicado às autoridades seja realizado pela direção da
unidade de saúde.
 É importante ressaltar que todos os atendimentos que ocorrem ao longo do fluxo,
desde o primeiro contato com a criança ou adolescente, devem seguir os preceitos da
Lei 13.431/2017 e as diretrizes do Decreto no. 9.603/ 2018, incluindo os
procedimentos para a escuta protegida.
O que o profissional do SUS deve fazer:
● Ouvir a criança ou adolescente atenta e calmamente em caso de revelação espontânea de
situação de violência.
● Proteger a criança ou adolescente e reitere que ele ou ela não tem culpa pelo que ocorreu.
● Comunicar à criança ou adolescente, de maneira empática e clara, o seu dever profissional de
informar os fatos às autoridades.
● Proteger a identidade da criança ou adolescente e manter sigilo sobre o caso. Só comentar o
necessário para o encaminhamento do caso dentro da instituição ou aos demais órgãos do
sistema de saúde.
● Fazer um registro claro, procurando ser fiel ao relato e utilizando o vocabulário usado pela
criança ou adolescente.
● Comunicar os casos às autoridades até mesmo se é suspeita, não se tem certeza...
O que o profissional do SUS NÃO deve fazer:

● Interromper o relato livre da Criança ou adolescente;


● Abraça-lo e dizer frases de consolo que minimizem o ocorrido ou a dor da vítima, do
tipo : “Isso não foi nada...”, “Não precisa chorar...”
● Fazer promessas que não possam ser cumpridas: “tudo vai ficar bem...”
● Expor a criança ou adolescente a outras pessoas;
● Pedir detalhamento à criança ou adolescente, apenas escutar seu relato atentamente.
Não colocar opiniões pessoais, julgamentos e intepretações subjetivas no registro.
● Julgar se o relato é verdadeiro ou não. Se a criança ou adolescente fez uma revelação
ou mesmo se há ao menos suspeita de violência, o caso deve ser encaminhado para
os órgãos competentes pela investigação. Omissão é crime!
E como acontece esse atendimento?
● Todos os profissionais da rede de proteção devem estar sempre preparados para seguir os
procedimentos da escuta especializada. E o primeiro passo é acolher! Por isso, quando um
profissional da rede de proteção, atender uma criança ou adolescente vítima ou testemunha
de violência sexual, ele deve-se sempre seguir um procedimento pactuado nesta rede e ter
sempre em mente de que o relato sobre a violência em si deve ser realizado somente pelo
Sistema Judiciário e Delegacias de Polícia, em uma sala própria, na situação de
Depoimento Especial. Nenhum outro serviço deve perguntar sobre como ou o que aconteceu
durante esses atendimentos.
● Caso a criança queira relatar espontaneamente o fato, o profissional deve se escutar, registrar
o relato; informar como poderá ajudá-la; encaminhar a criança ou o adolescente, quando
couber, para atendimento emergencial; e comunicar o Conselho Tutelar;
A Postura da • MESMO QUE VOCÊ NÃO POSSUA
CAPACITAÇÃO ESPECÍFICA.
• PROCURE FICAR

Acolhida
Para a escuta especializada, apenas verifique se a
CALMO criança precisa de atendimento ou proteção
e, se necessário, garanta imediata (como atendimento em saúde ou como
que essa conversa Ouça sem afastamento de casa, quando a violência é
fazer caretas
aconteça em um lugar com ou
intrafamiliar, por exemplo) e garanta que isso seja
privacidade. interrupções. feito pelo acionamento dos serviços necessários.

• PROCURE FICAR NA MESMA


ALTURA
NÃO NÃO
da pessoa mas não ofereça colo,
PROMETA OFEREÇA
nem toques e abraços. Coisas que não Prêmios ou
serão realizadas presentes
• DEMONSTRE QUE ESTA
INTERESSADO
no que ela está dizendo e não
questione mesmo que você desconfie
que não seja verdade. • NÃO ASSUSTE A
CRIANÇA/ADOLESCENTE
• AO FINAL DIGA QUE SENTE
Com frases como: “Você tem ideia da
Muito e que foi corajoso e importante relatar o que
gravidade disso?” “Você sabe que seu pai
houve. Pergunte se há algo mais que queira dizer
pode ir pra cadeia por causa disso?” “Por
e se alguém sabe da situação.
que você não contou isso antes?”

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