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ECONOMIA

O que é economia?
Do grego: 
cuidar administrarcasa

A casa (nação) para que seja


firme o suficiente para abrigar
seus moradores(cidadãos) e
atender as suas necessidades
para viver, precisa estar
construída em bases sólidas:

A política, a economia, a educação, a saúde e a segurança , devem


ser sólidos alicerces na construção de uma nação justa e igualitária.
POLÍTICA ECONÔMICA: É um conjunto de medidas tomadas pelo governo
de um país com o objetivo de atuar e influir sobre os mecanismos de
produção, distribuição e consumo de bens e serviços.
A Política econômica da maioria dos países é orientada por uma visão
capitalista, onde se privilegia o acúmulo da riqueza por alguns e a exclusão
social da maioria.
A opção dos países por uma política econômica capitalista apresenta a
seguinte fotografia:
20% mais Ricos > 86%do consumo global.
20% mais Pobre > 1,3% do consumo global.

Isso significa: se temos 100 pessoas e 100 pãezinhos:


20 pessoas ficarão com oitenta pães,
20 pessoas repartirão 1 pãozinho e meio
As 60 pessoas restantes repartirão os 18 pãezinhos e meio que sobraram
A economia em nossa vida

Para viver bem, as pessoas precisam de um monte de coisas materiais, chamados bens -
comida, roupas, carros, brinquedos, casas, computadores, etc. E também de coisas não-
materiais, os chamados serviços - transporte, educação, comunicação, saúde, lazer, etc.

Para que todas essas coisas existam, as pessoas precisam se dedicar a um trabalho que
produza bens ou serviços. No mundo moderno, as mais variadas profissões e tecnologias
fazem com que quase nada falte, já que se produz de tudo: de pregos a computadores, de
lápis a roupas, de máquinas a brinquedos, etc, etc,etc.

Mas se todo mundo trabalha para oferecer aos outros tudo o que precisam, porque a
economia parece não dar conta do recado? Porque ela não dá tudo o que as pessoas
querem? Porque existem países pobres e milhões de pessoas que não têm o que comer ou
vestir?
Todos os dias, a economia de um país, de uma cidade, ou mesmo da sua casa, tem que
enfrentar um fantasma: o da escassez. É aquela coisa chata, que não deixa a gente ter
tudo o que quer. A escassez assombra a economia porque os desejos e necessidades
das pessoas são infinitos, mas os recursos para produzir bens e serviços são limitados.
Sempre fica faltando alguma coisa para alguém.

Nos países pobres, a escassez de recursos (dinheiro, pessoas para trabalhar, estrutura,
etc) é mais séria, e a população sofre muito. Mas também nos países ricos, o acesso às
coisas é limitado.
Mas, uma outra economia é possível?
Muitos pensadores, lideres de comunidades, agentes de mobilização popular tem
conversado sobre alternativas de economia onde a diferença entre ricos e pobres
diminuam. São os defensores da Economia Solidária.

A palavra solidária deriva do adjetivo latino solidu, sólido e significa:

que tem interesses e responsabilidade que dá apoio ou auxílio a; recíproco; que se sente
do mesmo modo;

A Economia Solidária propõe uma forma de produção, consumo e distribuição de


riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano - e não do capital

Baseia-se fundamentalmente na idéia de empreendimentos solidários: associativismo e


cooperativismo, voltados para a produção, consumo e comercialização de bens e
serviços, de modo autogerido, tendo como finalidade a reprodução ampliada da vida.

Assim, nesta economia, o trabalho se transforma num meio de libertação humana dentro
de um processo de democratização econômica, criando uma alternativa à dimensão
alienante e assalariada das relações do trabalho capitalista.
A economia solidária é:

Economia baseada em valores. É um projeto de desenvolvimento integral, que inclui o


social, o econômico, o político, o cultural, o humano.

Economia tão feminina quanto masculina. Favorece a cooperação e regula a


competição. Tem por referência a ABUNDÂNCIA, não a escassez.

Economia global, que não se limita ao mercado mas reúne o conjunto das transações
humanas, seja na família, na economia informal, na educação, na pesquisa
tecnológica, nas trocas não monetárias ou em moedas complementares.

Constrói-se a partir de iniciativas bem reais e significativas.

A VISÃO deve dar um quadro conceitual e teórico centrado no desenvolvimento das


pessoas e dos povos e no aumento sustentável do bem-viver.

Esta economia deve inspirar novas políticas econômicas e novos modos de relação
entre pessoas, entre empresas, entre povos, entre nações, entre a Humanidade e o
Planeta.
Além disso, a Economia Solidária possui uma finalidade multidimensional, isto é,
envolve a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque,
além da visão econômica de geração de trabalho e renda, as experiências de
Economia Solidária se projetam no espaço público, no qual estão inseridas, tendo
como perspectiva a construção de um ambiente socialmente justo e sustentável;
vale ressaltar:
a Economia Solidária não se confunde com o chamado "Terceiro Setor" que
substitui o Estado nas suas obrigações legais e inibe a emancipação de
trabalhadoras e trabalhadores, enquanto sujeitos protagonistas de direitos.
A Economia Solidária reafirma, assim, a emergência de atores sociais, ou seja, a
emancipação de trabalhadoras e trabalhadores como sujeitos históricos.
Histórico

A economia solidária se origina na Primeira Revolução Industrial, como reação dos


artesãos expulsos dos mercados pelo advento da máquina a vapor. Na passagem do
século XVIII ao XIX, surgem na Grã-Bretanha as primeiras Uniões de Ofícios (Trade
Unions) e as primeiras cooperativas.

Com a fundacão da cooperativa de consumo dos Pioneiros Equitativos de Rochdale


(1844) o cooperativismo de consumo se consolida em grandes empreendimentos e se
espalha pela Europa primeiro e depois pelos demais continentes.
O movimento de Economia Solidária tem crescido de maneira muito rápida, não
apenas na Europa e no Brasil mas também em diversos outros países. O seu
crescimento se deve a inúmeros fatores, dos quais vale destacar os seguintes
Resistência de trabalhadoras e trabalhadores à crescente exclusão, desemprego
urbano e desocupação rural resultantes da expansão agressiva de uma globalização
que torna mais e mais pessoas totalmente descartáveis para o funcionamento da
máquina de produção e consumo.
Tal resistência se manifesta primeiramente como luta pela sobrevivência, na
conformação de um mercado informal crescente, onde brotam iniciativas de
economia popular, tais como camelôs, flanelinhas, ambulantes, e tantos outros
empreendimentos normalmente voltados à reprodução da vida e de caráter
individual ou familiar.
Com a articulação de diversos atores, esta resistência também se manifesta na
forma de iniciativas associativas e solidárias voltadas também à reprodução da
vida, mas que vão além disso, apontando para alternativas estruturais de
organização da economia, baseada em valores como a ética, a eqüidade e a
solidariedade e não mais no lucro e acúmulo indiscriminado: esta é a Economia
Solidária, que vai se construindo e crescendo rapidamente..
No Brasil, o crescimento da Economia Solidária enquanto movimento – ultrapassando a
dimensão de iniciativas isoladas e fragmentadas no que diz respeito a sua inserção nas
cadeias produtivas e nas articulações do seu entorno, cada vez mais se orientando rumo a
uma articulação nacional, configuração de redes locais e uma plataforma comum –, dá um
salto considerável a partir das várias edições do Fórum Social Mundial, espaço
privilegiado onde diferentes atores, entidades, iniciativas e empreendimentos puderam
construir uma integração que desembocou na demanda ao recém eleito presidente Lula
pela criação de uma Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES).
Simultaneamente à criação desta Secretaria, foi criado, na III Plenária Nacional de
Economia Solidária, o Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES), representando
este movimento no país.
Com estas duas instâncias, somadas ao processo de construção de um campo da Economia
Solidária no interior da dinâmica do Fórum Social Mundial, podemos dizer que a
Economia Solidária no Brasil passou por um crescimento e estruturação muito grandes;
Um modelo de empreendimento solidário que tem ganhado muita força no
Brasil tem sido as cooperativas.

De acordo com a legislação brasileira, cooperativas são associações de pelo


menos 20 pessoas que vivem em regime colaborativo.
As principais características das cooperativas são: a participação de seus
membros nas decisões, a educação cooperativista, a circulação das informações
e a solidariedade. As cooperativas vêm sendo uma forma de organização de
trabalhadores cada vez mais comuns no país, oferecendo novas alternativas de
ocupação e geração de renda a quem está em busca de trabalho. Cada vez mais o
cooperativismo mostra força e provoca mudanças de mentalidade.

As cooperativas no Brasil representaram em 2006:

EMPREGOS :171 mil

PIB : participação de 6%

Exportações : USD 1,09 bilhão


7 perguntas e respostas sobre Cooperativismo

Compreendendo que a formação dos associados é um dos princípios do cooperativismo,


neste espaço temos 7 perguntas e respostas:

1) O que é uma cooperativa?

É uma associação de pessoas que se unem voluntariamente para realização de um objetivo


comum, formando uma organização administrada e controlada democraticamente.
2) Quais as vantagens de ser um cooperativado?

A cooperativa fundamenta-se na economia solidária e se propõe a obter um desempenho


econômico eficiente através da qualidade e da confiabilidade dos serviços que presta aos
próprios associados e aos usuários. Por serem organizações democráticas, as cooperativas
são controladas por seus membros, que participam ativamente na formulação das suas
políticas e na tomada de decisões.

3) Quais os benefícios que a cooperativa traz?

A cooperativa é eficiente porque gera mais oportunidades aos cooperados sem descuidar
dos direitos sociais do trabalhador associado. Contribui para a redistribuição de renda ao
eliminar a intermediação. A sua forma de gestão democrática conduz ao aperfeiçoamento
das relações humanas.
4) Qual a lei que disciplina as sociedades cooperativas?

É a Lei n° 5.764 de 16/12/1971. Vale lembrar que a Constituição Federal do Brasil


determina que o Estado deve estimular e apoiar o desenvolvimento das cooperativas.

5) O cooperativado tem direito à carteira assinada?

Não, por ser um trabalhador associado, dono da cooperativa da qual faz parte. Na
sociedade cooperativa não existe vínculo empregatício e, conseqüentemente, não existe a
figura do empregado e do empregador.

6) O cooperativado tem direito aos benefícios do INSS?

Sim, o cooperativado deve contribuir para a Previdência Social para ter assegurado o
direito aos benefícios previdenciários, tais como: aposentadoria, auxílio doença, salário
maternidade, entre outros. A partir da lei 10666 de 08 de Maio de 2003 as Cooperativas
de Trabalho devem reter e recolher 11% da produção do cooperativado como
contribuição. É fácil se inscrever no INSS; basta acessar o site
www.previdenciasocial.gov.br ou ligar para 0800-780191.
7) Quais os requisitos para ser sócio de uma cooperativa?

Pertencer à área de ação da Cooperativa; exercer atividade que coincida com os


objetivos da sociedade; concordar com o Estatuto Social; subscrever e integralizar as
quotas-parte do capital social.

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