1 Higiene Ocupacional I Power Point-1

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Higiene Ocupacional I

PROF: Francieli Firme Françoza


EMENTA

Objetivos da higiene do trabalho;


Conceito e classificação dos riscos ambientais.
Limite de tolerância.
Avaliação e controle dos agentes ambientais por meio
de análises qualitativas e quantitativas.
Medidas de controles existentes.
Mapeamento de riscos Ocupacionais.
Estudo das normas regulamentadoras NR da porta
3214 de 08 de julho de 1978 (NR-09) Programa de
Prevenção dos Riscos Ambientais.
ETAPA INÍCIO TÉRMINO VALOR DA ETAPA

30 (seminários, testes)
CID10 Doença Relacionada ao Trabalho
1- LER e Dort
2- Problemas de visão
1ª Etapa 08/08/24 20/09/24 3- Perda auditiva
4- Problemas na coluna
16 ao 20/09 5- Contaminações e intoxicações
6- Cânceres por conta de exposição a produtos químicos
Seminários 7- Dermatose ocupacional.
8- Doenças psicossociais
prova ? 9- Alzheimer
10- Silicose

Duração da 1ª etapa – 37 dias letivos


O que é Higiene ocupacional?

É uma ciência dentro da saúde e segurança do trabalho que


previne ou diminui os perigos e riscos voltados a saúde do
trabalhador.
Objetivos da higiene do trabalho

Higiene do trabalho é a ciência voltada a prevenção dos riscos à


saúde do trabalhador, oriundos do ambiente geral, e
principalmente:

• Do ambiente
• Da atividade profissional
No entanto, para se estabelecer à relação doença-trabalho, é
necessário à participação e integração de várias outras ciências.

Observemos o seguinte ciclo vicioso:

Um ambiente ou uma atividade “insalubre” e que para a execução


de suas atividades, o trabalhador esteja exposto. Diante do meio
agressivo, espera-se que o trabalhador ou um grupo destes venham
a apresentar sintomas que relacionam o(s) agente(s) presentes com
a manifestação do dano ou agravo à saúde.
O trabalhador busca auxílio especializado.
O profissional competente estabelece uma relação causa-
efeito, cujo produto é um diagnóstico.
Estabelece-se o tratamento médico adequado e, digamos, o
trabalhador segue a risca até tornar-se novamente “sadio”.
Momento este em que retorna a atividade laborativa, em um
ambiente que continua “insalubre” e novamente se expõe.
Acaba de se instalar um “Ciclo Vicioso”, onde os sintomas,
diagnóstico e tratamento se repetem até o trabalhador tornar-
se, mais uma vez “sadio”.
Isto poderá até se repetir. Mas, num dado momento não será
mais possível retornar a condição inicial. Quanto maior o
desequilíbrio, maiores dificuldades de retorno à condição
original. Onde muitas vezes não é possível.
Atividade ou ambiente insalubre;
Exposição
Sintomas
Diagnóstico
Tratamento
Trabalhador sadio
Observando este “Ciclo Vicioso”, observamos que
somente a integração multidisciplinar da Engenharia de
Segurança e da Medicina Ocupacional, no campo da
Higiene Industrial pode interromper este ciclo. Ou seja, só
poderá ser rompido quando:
• Tratarmos o trabalhador doente;
• “Tratarmos” seu respectivo trabalho.
Em resumo, “quando transformarmos o ambiente ou a atividade
SALUBRES”.
Higiene Ocupacional. foi identificada há muito tempo. Mas, somente
nas últimas décadas é que teve seu maior desenvolvimento até ser
considerada como ciência. Portanto, trata-se de uma ciência nova. E
como nova ciência às dificuldades já iniciam pela falta de consenso
na denominação.

• Higiene Industrial
• Higiene Ocupacional
• Higiene do Trabalho
Seu maior desenvolvimento ocorreu nos Estados Unidos da
América, onde ficou conhecida como Higiene Industrial, onde o
termo “Industrial” possui um significado mais amplo que indústrias.
Está relacionado com toda atividade laborativa, portanto a
tradução literal não é a mais adequada.
Fazemos parte de uma corrente de “Higienistas” que considera a
denominação “Higiene Ocupacional” como a mais adequada, por
refletir na língua portuguesa o real escopo desta ciência. No Brasil,
há uma tendência de se aceitar a denominação “Higiene do
Trabalho”. Simplesmente por estar em conformidade com as
demais denominações:
A doença não é uma entidade estática, e sim um processo que se
inicia antes mesmo que o próprio homem seja afetado. A saúde,
segundo a definição dada pela Organização Mundial da Saúde
( OMS ),
“ é um estado de completo bem estar físico, mental e social. E
não meramente a ausência de doença ou defeito.” Desta
definição podemos observar duas palavras chaves : completo e
estado. Na primeira sugere uma perfeita interação entre os
aspectos físico, mental e social; considerado o perfeito
funcionamento do organismo humano e membros, a saúde
psíquica e as relações do indivíduo. E a segunda, estado,
sugerindo que a saúde é dinâmica e pode mudar de grau a cada
instante.
Ou seja, a saúde é o resultado de forças em constante reação e
a ocorrência de doenças em indivíduos, isto significa que a sua
distribuição por grupos humanos pode ser melhor compreendida
se considerarmos as múltiplas causas; entendendo como causa
aquilo que produz um resultado ou um efeito. O estímulo
desencadeador (gatilho) do processo doença é originado do
desequilíbrio na interação dinâmica destes três elementos, por
modificações qualitativas e/ou quantitativas do “agente” ou do
“hospedeiro”, ou do “ambiente”, de dois deles ou dos três.
Agente: É um elemento, uma substância cuja presença ou
ausência pode em seguida a um contato efetivo com o hospedeiro
humano susceptível, em condições ambientais favoráveis, servir
de estímulo ao início ou perturbação de um processo patológico.
Hospedeiro: A contribuição está relacionada com os hábitos,
costumes, condicionamentos da idade, sexo, grupo étnico, estado
civil e ocupação, bem como outros “Fatores Intrínsecos”, que tem
na carga genética (genótipo) e na eficiência de mecanismos de
defesa gerais e específicos sua expressão máxima.
Ambiente: Abrange grandes elementos. O ambiente físico (clima,
tempo, geografia, estrutura geológica, etc.); o ambiente biológico
(o universo das coisas vivas que circundam o homem e tudo além
do próprio homem; o ambiente social e econômico).
A evolução da Higiene Industrial como ciência teve reflexos,
particularmente, nos cursos de medicina. A “Cátedra de Higiene do
trabalho” já fazia parte do curso de medicina da Universidade de
são Paulo – USP antes de 1969. Com a reforma universitária,
passou a fazer parte do Núcleo das disciplinas de Saúde
Ocupacional, evoluindo para o laboratório de Higiene do Trabalho,
hoje Higiene Industrial e finalmente “Aspectos da Higiene do
Trabalho”, hoje Patologia Ocupacional
Assim, numa visão ampla e atendendo as necessidades de
evolução dos tempos modernos, o que melhor reflete o real
escopo é Saúde do Trabalhador.
A Higiene Industrial visa a antecipar e reconhecer situações
potencialmente perigosas e aplicar medidas de controle antes
que agressões sérias à saúde do trabalhador sejam observadas.
A ciência e arte devotada ao reconhecimento, avaliação e
controle dos fatores ambientais e tensões originados no local de
trabalho, que podem causar doenças, comprometimento à saúde
e ao bem estar, ou desconforto significante e influência entre os
trabalhadores, ou membros de uma comunidade.
ETAPAS DA HIGIENE OCUPACIONAL

Antecipação, cujo objetivo é prever os riscos potenciais para a


saúde que podem resultar de processos de trabalho e tomar as
medidas necessárias para preveni-los.

Reconhecimento, cujo objetivo é identificar fatores de risco, real ou


potencial, nos locais de trabalho. Isto requer conhecimento dos
processos de trabalho (inclusive matérias primas utilizadas,
produtos e subprodutos) bem como dos efeitos adversos que
agentes e fatores, associados com os mesmos, podem causar nos
trabalhadores.
Avaliação, cujo objetivo é avaliar os riscos para constatar sua
presença (em caso de dúvida) e chegar a conclusões quanto a sua
magnitude. A avaliação pode ser qualitativa, semi-quantitativa ou
quantitativa. As avaliações qualitativas são baseadas em
observação, experiências anteriores ou modelos. As avaliações
quantitativas são baseadas, em geral, na comparação de
resultados de medições com valores limites de exposição
ocupacional recomendados e/ou legalmente adotados. Se tais
valores não tiverem sido estabelecidos, o higienista ocupacional
deve ter a capacidade de estabelecer seus próprios critérios de
avaliação
Prevenção e Controle, cujo objetivo é recomendar, projetar,
implementar e verificar medidas de prevenção e controle de riscos,
que devem ser integradas em programas bem gerenciados e
sustentáveis. Estas medidas podem ser de engenharia (por exemplo,
substituição ou modificações de materiais e processos, isolamento,
sistemas de ventilação exaustora), relativas ao trabalhador (por
exemplo, melhorias nas práticas de trabalho, ou o uso de
equipamentos de proteção individual -EPI) e administrativas (por
exemplo, organização do trabalho).
As medidas de controle devem sempre seguir a hierarquia: medidas
na fonte de risco – medidas na propagação dos agentes de risco
– medidas relativas ao trabalhador. A eficiência das medidas
preventivas deve ser verificada inicial e periodicamente.
É essencial que as atividades de proteção e promoção da saúde dos
trabalhadores se desenvolvam dentro de um enfoque
multidisciplinar que inclua, além da higiene, outras profissões de
saúde e segurança ocupacional, como a medicina do trabalho, a
ergonomia, a psicologia do trabalho, a engenharia de segurança,
entre outras.
2 Conceito e classificação dos riscos ambientais

Risco ambiental é a possibilidade de ocorrência de danos, seja


dentro de um período pequeno ou grande de tempo. Esses danos
podem ser causados por fatores de ordem natural, social ou
tecnológica. Risco ambiental está relacionado com os danos que
podem surgir por fatores do meio, podendo ser próprios da natureza
ou provocados pelo ser humano. Os riscos ambientais são todas as
substâncias ou elementos existentes nos ambientes de trabalho, que
acima dos limites de tolerância, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador
Classificação dos Riscos Ambientais

É comum na área da segurança do trabalho, encontrarmos a


expressão “riscos ambientais“, principalmente, na norma
regulamentadora nº 09 do Ministério do Trabalho e Emprego.
Portanto, trataremos sobre a classificação dos riscos ambientais.
Inicialmente, a expressão “riscos ambientais“ foi referida pela
Portaria n.º 3.214 de 08 de junho de 1978, que aprovou as normas
regulamentadoras. Inclusive, atribuía o título de “Riscos
ambientais“ para a norma regulamentadora nº 09, hoje, conhecida
por “Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA“. PGR
Posteriormente, a classificação dos riscos ambientais foi disposta
pela Portaria nº 25 de 29 de dezembro de 1994, do Ministério do
Trabalho e Emprego. Especificamente, em seu Anexo IV
(Classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de
acordo com a sua natureza e a padronização das cores
correspondentes), conforme retratado abaixo:
Os riscos ambientais são classificados conforme a natureza do seu
agente causador e costumam ser identificados por diferentes
cores. A norma ISO 14001 ajuda as empresas a melhorarem seu
desempenho ambiental através de mais eficiência na utilização dos
recursos e da redução dos resíduos. Nesse sentido, segundo a
Norma Regulamentadora nº 5 (NR-5) da Portaria nº 3.214 do
Ministério do Trabalho de 1978, existem cinco tipos de
riscos ambientais, que aprofundaremos a seguir.
Observa-se a classificação dos riscos ambientais em 5 grupos,
sendo eles:

 Grupo 1 (verde) – Riscos físicos;


 Grupo 2 (vermelho) – Riscos químicos;
 Grupo 3 (marrom) – Riscos biológicos;
 Grupo 4 (amarelo) – Riscos ergonômicos;
 Grupo 5 (azul) – Riscos de acidentes ou mecânicos
1- Riscos de acidentes
Nessa categoria, identificada pela cor azul, se enquadram
quaisquer fatores que possam colocar o trabalhador em situação
vulnerável e afetar a sua integridade e o seu bem-estar físico e
psíquico. Como exemplo, podemos citar
 Uso de máquinas e equipamentos sem a devida proteção;
 Possibilidade de incêndio e explosão;
 Armazenamento ou arranjo físico inadequado de produtos;
 Ferramentas defeituosas;
 Outras situações que contribuem para a ocorrência de
acidentes.
2- Riscos ergonômicos
Os riscos ambientais ergonômicos são aqueles que podem interferir
nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando
desconforto ou afetando a sua saúde. Eles são representados pela
cor amarela e identificados por meio da Análise Ergonômica do
Trabalho (AET). Entre eles, estão:
Riscos ergonômicos
 Levantamento de peso;
 Ritmo excessivo de trabalho;
 Monotonia e repetitividade;
 Manutenção de postura inadequada;
 Exigência de esforço físico intenso;
 Jornadas de trabalho prolongadas;
 Controle rígido de produtividade.
3- Riscos físicos
Os agentes de riscos físicos são identificados pela cor verde e
consistem nas diferentes formas maléficas de energia às quais
podem estar expostos os trabalhadores:
 Frio e calor;
 Pressão;
 Umidade;
 Ruídos;
 Radiações ionizantes e não-ionizantes;
 Vibrações
Os valores limites de tolerância de cada um desses agentes são
indicados na norma regulamentadora.
4- Riscos químicos
Trata-se dos riscos provocados por substâncias, compostos ou
produtos que podem penetrar no organismo por via respiratória sob
forma de poeira, fumo, gases, neblinas, névoas ou vapores.
Ainda, também podem, pela natureza da atividade e da exposição,
ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou
por ingestão. O limite de exposição varia conforme a toxicidade do
agente químico. A cor de identificação dessa categoria é o
vermelho.
5- Riscos biológicos
Este tipo de risco ambiental é identificado pela cor marrom e são
riscos causados por agentes como bactérias, fungos, parasitas,
vírus, protozoários e outros microorganismos que podem ser
prejudiciais.
Como se prevenir de riscos ambientais?

Para garantir que o mínimo seja feito em relação aos cuidados


para evitar situações perigosas, a legislação obriga as empresas
com funcionários a terem um Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais (PPRA). Estão isentos dessa obrigação apenas os
empreendimentos sob forma de MEI, ME e EPP.
O PPRA (PGR) tem a finalidade de estabelecer medidas que visam a
eliminação, redução ou controle dos riscos ambientais em prol da
integridade física e mental do trabalhador. Nesse sentido, a Norma
Regulamentadora 9 determina os parâmetros mínimos e diretrizes
gerais para a elaboração do programa.
No entanto, além de conceber um PPRA (PGR) , existem outras
medidas que devem ser tomadas a fim de minimizar ameaças e reduzir
danos. Normalmente, são descritas quatro etapas de prevenção e
controle de riscos ambientais:
Antecipação: envolve a análise de projetos de novas instalações,
métodos ou processos de trabalhos ou até mesmo de modificações em
espaços ou dinâmicas já existentes. A sua finalidade é identificar riscos
potenciais e introduzir ações de proteção para reduzi-los ou eliminá-los.
O uso de tecnologias seguras e limpas, de materiais e produtos menos
nocivos e a manutenção de um local adequado são pontos importantes
dessa etapa.
Identificação: o reconhecimento de agentes nocivos é essencial,
pois possibilita que, em cima disso, se faça um planejamento e se
defina as melhores estratégias de controle. Isso exige o
conhecimento sobre os produtos envolvidos na operação, os
métodos de trabalho, fluxos, layout das instalações, equipes etc.
Avaliação: nessa etapa se faz um dimensionamento dos riscos
para a segurança e saúde dos trabalhadores decorrentes das fontes
de riscos identificadas no ambiente de trabalho. Deve ser feita uma
análise sistemática de todos os aspectos para mapear o que pode
causar lesões ou danos e identificar a possibilidade de eliminação
dos perigos e as medidas possíveis de proteção e controle dos
riscos.
Prevenção e controle: desenvolvimento e implementação de
estratégias para reduzir a níveis aceitáveis ou eliminar a presença
de agentes de riscos ambientais.
Gestão de riscos ambientais: principais ações para prevenção e
redução de prejuízos
Depois de tudo que foi exposto até aqui, muito provavelmente, você
esteja se perguntando como pode agir de forma prática
para prevenir os riscos ambientais e reduzir prejuízos que eles
possam vir a causar, caso algum imprevisto aconteça.
Por essa razão, pontuamos aqui ações básicas de gestão de riscos
ambientais, consideradas cruciais para a proteção efetiva dos
negócios em relação aos diferentes agentes existentes. Confira!
Mapear riscos
Antes de mais nada, a empresa precisa estar consciente da
necessidade de prevenção e, portanto, o mapeamento dos riscos
existentes é o primeiro passo.
Isso significa que não basta somente respeitar as normas e estar em
conformidade com a legislação, é necessário fazer uma análise
aprofundada de processos, práticas e equipamentos para
compreender a exposição do negócio a potenciais ameaças.
Investir em prevenção
Após identificar os principais riscos ambientais aos quais a
empresa está exposta, parte-se para a ação propriamente dita –
não sem antes pensar estrategicamente em quais medidas serão
mais efetivas para reduzir o máximo possível os perigos
existentes.
Esse planejamento deve incluir medidas para minimizar os
diferentes tipos de riscos encontrados
04, Limite de tolerância

O que é limite de tolerância – NR 15 NR 9


Conforme o conceito da NR (Norma Regulamentadora) 15, item 15.1.5.
Entende-se por “Limite de Tolerância, para fins dessa Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a
natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos a
saúde do trabalhador, durante sua vida laboral.
Em outras palavras, o limite de tolerância é um valor no qual abaixo,
dele o trabalhador não sofrerá (ou tenderá a não sofrer) danos à sua
saúde.
O QUE É LIMITE?

O QUE É TOLERÂNCIA?
Ultrapassou o limite de tolerância, ultrapassou o que se pode suportar.
Dosímetro de Ruído: O Que é? Para Que Serve e Como Usar?

O Dosímetro de Ruído é um aparelho portátil de uso pessoal que


possibilita a mensuração dos níveis de pressão sonora na unidade
decibéis (dB) em função do tempo de exposição à fonte.
De acordo a Norma de Higiene Ocupacional nº 01 (NHO 01) da
Fundacentro, o Dosímetro de Ruído significa um medidor integrador de
uso pessoal que fornece a dose da exposição ocupacional ao ruído.
O Dosímetro de Ruído é bastante utilizado na elaboração
do PPRA, PCMAT, PGR, LTCAT, entre outros.
Para que serve Dosímetro de Ruído
O Dosímetro de Ruído serve para avaliar a exposição do trabalhador
ao ruído ocupacional, com o propósito de dimensionar a exposição e
estabelecer medidas de controle, contribuindo para a prevenção dos
acidentes e das doenças ocupacionais.
Além disso, o Dosímetro de Ruído tem como objetivo a observância
dos critérios e procedimentos de avaliação ocupacional ao ruído,
previstos na NHO 01 da Fundacentro.
Entre o disposto na NHO 01, temos o tempo máximo diário de
exposição permissível em função do nível de ruído
A NHO 01 estabelece o limite de exposição ocupacional diária ao ruído
igual a 85 dB(A) para uma jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Por fim, o Dosímetro de Ruído é também utilizado na caracterização
das atividades ou operações insalubres, conforme disposto no Anexo I
(Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente) da Norma
Regulamentadora nº 15 (NR-15).
De acordo com a NR-15, não é permitido a exposição ocupacional a
níveis de ruído acima de 115 dB(A) a indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos.
No critério de avaliação da exposição ocupacional ao ruído, a NHO 01
considera o incremento de duplicação de dose (q) igual a 3, enquanto a
NR-15 utiliza o incremento de duplicação de dose (q) igual a 5. Portanto,
os resultados adquiridos através do disposto na NHO 01 podem diferir
dos obtidos mediante o estabelecido no Anexo I da NR-15.
Por isso, é importante destacar que a NHO 01 consiste em estabelecer
as metodologias e os procedimentos de avaliação da exposição
ocupacional ao ruído, porém deve se considerar os limites de tolerância
estabelecidos pelo Anexo I da NR-15, especialmente, para fins
trabalhistas e previdenciários.
Atualmente, os Dosímetros de Ruído fornecem inúmeros dados
referentes a avaliação da exposição ocupacional ao ruído, com o intuito
de atender as diferentes normas e legislações adotadas nos países.
Como utilizar o Dosímetro de Ruído
No geral, o Dosímetro de Ruído é um equipamento portátil de fácil
condução e deve ser fixado ao trabalhador durante o período de
medição da exposição ocupacional ao ruído, com o receptor
(microfone) posicionado sobre o ombro, preso na vestimenta e dentro
da zona auditiva do trabalhador (região delimitada por um raio de 5 a
15 cm, medido a partir da entrada do canal auditivo).
A maioria dos fabricantes de Dosímetro de Ruído recomendam o
posicionamento do receptor (microfone) no meio da parte superior do
ombro e do lado exposto ao maior nível de ruído.
Além disso, é importante destacar mais algumas dicas ao usar o
Dosímetro de Ruído, tais como:
 O uso da espuma protetora de vento sobre o microfone, com o
propósito de impossibilitar eventuais interferências da velocidade do
ar e proteger o microfone contra poeira, umidade ou calor excessivo;
 Os procedimentos de avaliação da exposição do trabalhador ao
ruído não devem interferir nas características da condição de
trabalho em estudo, devendo manter o ambiente e a rotina habitual
do trabalhador;
 Instruir o trabalhador que o microfone do Dosímetro de ruído não
pode ser retirado, movido e/ou obstruído, a fim de evitar o
comprometimento na obtenção dos dados representativos da
exposição diária do trabalhador ao ruído;
 Posicionar e fixar qualquer excesso do cabo de extensão do
microfone, visando evitar alguma dificuldade ou inconveniente ao
trabalhador, quando viável, acomodar o cabo do microfone sob a
camisa ou farda. Entretanto, vale ressaltar, que existem também
modelos de dosímetros de ruído com o receptor (microfone)
acoplado diretamente ao aparelho, ou seja, sem o cabo de
extensão do microfone.
Calibração do Dosímetro de Ruído
As medições de exposição ocupacional ao ruído devem ser realizadas
após a calibração do Dosímetro de ruído, através da utilização do
Calibrador acústico.
Em relação ao tema, a NHO 01 da Fundacentro dispõe que:

“Os calibradores, preferencialmente, devem ser da mesma marca que o


medidor e, obrigatoriamente, permitir o adequado acoplamento entre o
microfone e o calibrador, diretamente ou por meio do uso de
adaptador.”
Com o intuito de garantir a precisão das avaliações ocupacionais ao
ruído, os medidores de pressão sonora e os calibradores devem ser
periodicamente aferidos e certificados pelo fabricante, assistência
técnica autorizada ou laboratórios credenciados a Rede Brasileira de
Calibração – RBC ou Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia – INMETRO, sendo renovado, no mínimo, a cada dois anos
(NBR 10151).
Nível de Ação
O Nível de Ação é um recurso preventivo no ambiente de trabalho, ou
seja, ele antecipa possíveis problemas que podem ser causados devido
à exposição do trabalhador próximo ao limite de tolerância permitido.
Este recurso evita as doenças ocupacionais, auxiliando na prevenção e
promovendo mais qualidade de vida para exercer as tarefas
profissionais.
Exemplo: Vamos seguir no exemplo do trabalhador da fábrica. Digamos
que o nível de exposição no setor B é 80dB. Sabemos que o limite de
tolerância é de 85dB, não é mesmo? Então, se este trabalhador possui
uma jornada de 8 horas com um nível de exposição de 80dB, ele está
dentro do permitido, correto? Exatamente.
Porém, o nível de ação serve para prevenir possíveis riscos. Por isso, a
partir desse nível de exposição deve-se adotar algumas medidas
preventivas para controlar ou minimizar os riscos existentes no ambiente
de trabalho. Principalmente, porque algumas pessoas podem apresentar
maior sensibilidade ao ruído.
Para cada agente é estabelecido um limite de tolerância, assim como o
Nível de Ação. Devemos respeitar os limites estabelecidos e tomar as
medidas de controle adequada para eliminar ou controlar o risco
ambiental. A prevenção de acidentes de trabalho é fundamental para
proteger a saúde do trabalhador!
A NR 15 – Atividades e Operações Insalubres disponibiliza mais informações sobre os limites de
tolerância estabelecidos pelo MTE. Nos anexos desta norma regulamentadora, você encontra
os limites de exposição para os seguintes agentes:
 Anexo I – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente
 Anexo II – Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto
 Anexo III – Limites de Tolerância para Exposição ao Calor
 Anexo IV – (Revogado)
 Anexo V – Radiações Ionizantes
 Anexo VI – Trabalho sob Condições Hiperbáricas
 Anexo VII – Radiações Não-Ionizantes
 Anexo VIII – Vibrações
 Anexo IX – Frio
 Anexo X – Umidade
 Anexo XI- Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracterizada por Limite de Tolerância
Inspeção no Local de Trabalho
 Anexo XII – Limites de Tolerância para Poeiras Minerais
 Anexo XIII – Agentes Químicos
 Anexo XIII A – Benzeno
 Anexo XIV Agentes Biológicos
05- Avaliação e controle dos agentes ambientais por meio de
análises qualitativas e quantitativas

Quando atuamos com a segurança do trabalhador, se faz


necessário algumas avaliações de risco que podem estar inseridos
dentro do ambiente desse funcionário. Para isso usamos
as avaliações qualitativa e quantitativa, mas você sabe o que são
essas avaliações e a sua importância?
O que é avaliação qualitativa?
A avaliação qualitativa ocorre quando o técnico de segurança do
trabalho ou qualquer outro profissional habilitado ou com
conhecimentos sobre o assunto, vai até um determinado local da
empresa fazer uma inspeção sobre algum agente de risco.
Entretanto ele não irá usar nenhum tipo de equipamento para isso,
mas sim, observar o local analisado e falar com as pessoas que
entram em contato diariamente com um determinado risco ou agente
para poder entender e avaliar o que está acontecendo.
De uma forma simples, ele irá apenas conversar e observar o agente
de risco.
A indicação aqui é um questionário com perguntas diretas, para tentar
saber o risco que os funcionários estão correndo ao ficar próximo
desse agente de risco.
O que é avaliação quantitativa?
Diferentemente da avaliação qualitativa, a avaliação quantitativa, irá
usar equipamento de medição para descobrir o nível de barulho que o
agente de risco está fazendo, por exemplo, mensurar se o ruído é
tolerável ou não para o ambiente de trabalho.
Qual avaliação é a mais indicada?
Na verdade ambas, porém a avaliação quantitativa é bastante
precisa, pois através dela, o técnico de segurança poderá utilizar
alguma ferramenta, conseguindo assim ser mais exato na
resolução do problema e em uma análise mais correta do agente
de risco.
Qual a diferença entre a avaliação quantitativa da avaliação
qualitativa?
A diferença entre esses dois tipos de avaliação é que:
Na avaliação quantitativa o técnico de segurança irá utilizar algum
equipamento, normalmente um equipamento de medição para saber
se o agente de risco, como no exemplo acima, está dentro do limite
de tolerância, ou seja, ele busca encontrar uma quantidade numérica
de exposição dos funcionários.
Já a avaliação qualitativa é feita com base em observação e também
no diálogo entre os funcionários que costumam atuar com aquele
agente de risco, pois o seu intuito é descobrir a qualidade da
exposição que esses funcionários estão passando.
Conclusão

Podemos concluir desta forma então, que as avaliações qualitativa e


quantitativa são cruciais para um bom ambiente de trabalho, pois é a
partir daí que os trabalhadores poderão ter uma maior segurança
dentro do local.
Por essa razão, essas avaliações devem ocorrer de forma recorrente
para se ter uma análise completa e a ausência total de agentes de
risco. Quanto maior o risco, maior a frequência de avaliações.
Importância das medidas de controle de riscos para a
segurança do trabalho
O principal objetivo do controle de riscos, é saber quem está em risco.
Afinal, com as medidas corretas de controle de risco em vigor, você
será capaz de identificar os funcionários em risco e saber quando,
onde e como eles estão expostos ao risco.
Isto facilita a eliminação ou redução desses riscos. Além disso, você
determinará os fatores de risco que são comuns em seu ambiente de
trabalho. Com estes riscos em mente, você pode educar sua força de
trabalho, especialmente aqueles em posições de liderança, sobre os
riscos e selecionar os métodos corretos de mitigação.
Como resultado, seus métodos de mitigação irão melhorar. Pois,
quando você avalia de forma contínua os riscos, sua empresa
conseguirá melhorar os meios de resposta aos riscos. Além disso,
você será capaz de avaliar a eficácia de seus métodos de mitigação.
Sob o mesmo ponto de vista, você garantirá que está cumprindo as
leis e normas trabalhistas. Ou seja, ao criar um ambiente de trabalho
seguro você estará cumprindo a regulamentação de Saúde e
Segurança no Trabalho. Bem como, o ajudará a evitar multas e taxas.
06: Medidas de controles existentes

Medidas de Eliminação: Eliminar a condição perigosa como por


exemplo, eliminar o manuseio manual por um manuseio mecânico. Em
outras palavras, eliminar a energia associada ao agente de risco.
Medidas de Substituição ou Minimização: Substituir uma substancia
perigosa por outra menos agressiva ou reduzir a energia do processo
(força, amperagem, pressão, temperatura, etc.)
Medidas de Engenharia: Mudança estrutural no ambiente de trabalho
de modo a introduzir barreiras entre a condição perigosa e, portanto, a
energia envolvida, e as pessoas. Exemplo inclui interlock,
enclausuramento, sistemas de ventilação, etc.
Medidas de Separação ou Segregação: Criar meios de circulação da
energia em caminhos alternativos de modo a evitar o contato das
pessoas com essa energia. Exemplo é o uso de via de tráfego exclusivo
para veículos e para pedestres, evitando assim a exposição das
pessoas a veículos em movimento.
Medidas Administrativas: Procedimentos, treinamento e competência
para a execução do trabalho. Inclui ainda sinalização horizontal e
vertical, sinais de advertência e alarme, permissão de trabalho, controle
de acesso, etiquetagem, inspeção, etc.
EPI – Equipamento de Proteção Individual: Fornecimento de
equipamentos de proteção individual que inclui a seleção, adequação,
manutenção e uso.
Controles de Prevenção e Controles de Recuperação.
Controles de Prevenção são aqueles que contribuem para evitar a
manifestação ou desprendimento da energia envolvida nos agentes
perigosos ou mesmo evitar que essa energia atinja as pessoas. Em
outras palavras eles previnem a ocorrência de um evento indesejado.
Controles de Recuperação atuam apenas na consequência do evento
indesejado ou a lesão ou doença, mas não previne a ocorrência do
evento. Por exemplo, quando utilizamos um controle de Engenharia
estamos isolando as pessoas da energia e, portanto, evitando que as
pessoas entrem em contato ou se exponham a esta energia. Já quando
utilizamos um EPI estamos apenas protegendo as pessoas em termos
de minimizar a consequência. Por exemplo, o capacete não impede a
ocorrência de um evento indesejado (queda de um objeto sobre alguém)
mas sim diminui a consequência desse evento, atenuando os efeitos ou
consequências do evento indesejado.
Quando podem ser aplicadas as medidas de controle de riscos?

Como parte da gestão da saúde e segurança de sua empresa, você


deve controlar os riscos em seu local de trabalho. Para fazer isso, você
precisa pensar no que pode causar danos às pessoas e decidir se está
tomando medidas razoáveis para evitar esses danos.
Nesse sentido, é possível identificar e controlar os riscos em 3
momentos diferentes, sendo eles:
 Na fonte: onde se origina o risco;
 No receptor: quem está sujeito ao risco;
 No ambiente: percurso entre a fonte e o receptor.
Na fonte: onde se origina o risco

A princípio, a melhor forma de controlar um risco é focar em ações na


fonte geradora. Para isso, tem-se as seguintes opções:

 Eliminação completa da fonte;


 Substituição da fonte por outra que cause menos riscos, ou até
mesmo por métodos automatizados;
 Isolamento e contenção da fonte, desse modo o funcionário não
terá acesso direto a fonte;
 Se não for possível isolar a fonte, deve-se separá-la e colocá-la em
um local diferente.
No receptor: quem estará sujeito ao risco

Quando não é possível realizar o controle de riscos na fonte, a próxima


alternativa é controlar o receptor. Para isso, pode-se por exemplo:

 Implementar a utilização de equipamentos de segurança individual;


 Diminuir o tempo de permanência do receptor perto da fonte, através
por exemplo de rotatividade de funcionários.
No ambiente: percurso entre a fonte e o receptor

Quando o contaminante é um material de dispersão é mais difícil realizar


medidas de contenção na fonte e no receptor. Por isso, deve-se realizar
medidas de controle no ambiente. Como por exemplo:

 Diluir a concentração de partículas no ar através de ventilação e


exaustão;
 Aumentar a distância entre a fonte e o receptor;
 Utilização de telas e barreiras entre o receptor e a fonte.
07, Mapeamento de riscos Ocupacionais
O Mapa de Risco é um documento elaborado pela CIPA, em conjunto
com os trabalhadores e o SESMT, com o intuito de registrar e
catalogar os riscos presentes no ambiente de trabalho.
Ele deve ser elaborado por todas as empresas que possuírem riscos
nos setores do ambiente de trabalho, sendo identificado através de
gênero de risco, e nível de gravidade da presença do risco no
ambiente.
O Mapa de Risco deve ser de fácil compreensão, possuindo uma
legenda explicativa, bem como ser localizado em área de fácil acesso
a todos, orientando-os sobre os riscos presentes e também as
medidas de controle que existam no local.
É importante ressaltar que a sua elaboração deve ser realizada em conjunto com
trabalhadores presentes, pois os mesmos possuem um grande conhecimento sobre
o seu setor de trabalho, e são capazes de orientar sobre riscos de difícil
identificação.

O que é mapeamento de riscos?


Mapeamento de risco é a elaboração e documentação do mapa de
risco da empresa, elaborado com intuito de identificar e sinalizar os
riscos presentes no ambiente de trabalho.
Para que serve um mapa de risco
O mapa de risco serve para a identificação dos riscos presentes no
ambiente de trabalho, sua sinalização, e descrição dos mesmos, bem
como orientar as localizações de pontos seguros ou equipamentos de
segurança.

Quem elabora o mapa de riscos?


O Mapa de Risco é elaborado pela CIPA. Para sua elaboração, a CIPA
conta com auxílio do SESMT e também dos trabalhadores de cada
setor, para a identificação e sinalização dos riscos presentes no
ambiente de trabalho.
Importância do mapa de risco para a segurança do trabalho
A implementação do mapa de risco é de extrema importância para a
saúde e segurança de todos no ambiente de trabalho. Através dele, os
trabalhadores conseguirão identificar quais são os riscos presentes no
ambiente de trabalho, e quais medidas de controle, tanto coletivas
quanto individual, devem ser adotadas para garantir a segurança dos
trabalhadores.
Desta forma, o Mapa de Risco faz parte do conjunto de medidas de
segurança e saúde ocupacional que deve ser implementado no setor
de trabalho.
Leia sobre: CIPA – Resumo da norma regulamentadora 5

Como fazer um mapa de risco passo a passo?


O primeiro passo para a elaboração do Mapa de Risco é a
identificação dos riscos, separando-os em grupo, para facilitar a sua
descrição por setor no ambiente de trabalho.
Esses grupos devem ser divididos por:

Riscos Físicos
Simbolizado pela cor verde, os riscos físicos abrangem os ruídos,
vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões
atmosféricas, umidades e temperaturas extremas.
Riscos Químicos
Simbolizado pela cor vermelho, os riscos químicos abrangem as
poeiras, pós, líquidos, misturas químicas, névoas, neblinas, fumos
metálicos, gases e vapores.

Riscos Biológicos
Simbolizado pela cor marrom, os riscos biológicos abrangem os vírus,
bactérias, protozoários, fungos, parasitas, bacilos, animais
peçonhentos e qualquer agente com potencial patológico no ambiente
de trabalho.
Riscos Ergonômicos
Simbolizado pela cor amarelo, os riscos ergonômicos abrangem o
esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de pesos,
posturas inadequadas, repetição excessiva de movimentos, trabalho em
jornada noturna, carga elevada de horas de trabalho e outras situações
geradoras de stress físico e/ou psicológico.
Riscos de Acidente
Simbolizado pela cor azul, os riscos de acidente abrangem os arranjos
físicos inadequados, máquinas e equipamentos sem proteção,
ferramentas com defeito ou inadequadas, iluminação inadequada,
chance de incêndio, eletricidade, armazenamento inadequado de
produtos ou ferramentas e qualquer outro fator que possa gerar um
acidente.
Os riscos devem ser divididos também pelo seu nível de gravidade,
sendo identificados de acordo com sua intensidade no local. A
identificação é feita através de círculos, sendo que cada tamanho
serve para orientar sobre um risco de diferente grau.
O segundo passo para elaborar o mapa de risco é a identificação dos
riscos presentes em cada setor de trabalho. Para isso, é necessário a
colaboração do SESMT e dos trabalhadores do setor local, facilitando a
identificação de cada risco existente.
A partir da identificação dos riscos, é necessário identificar as medidas
de controle implementadas, bem como áreas seguras, acessos,
equipamentos de segurança como chuveiros ou extintores de incêndio,
entre outros.
Após as identificações necessárias, o Mapa de Risco deve ser
elaborado, utilizando da planta base do local para descrever os riscos
presentes, as medidas de controle e as características do local.
Deve ser elaborado uma legenda de fácil compreensão para facilitar o
entendimento do mapa de risco, e deve estar presente em local de fácil
acesso a todos os trabalhadores do setor de trabalho
08, Estudo das normas regulamentadoras NR da porta 3214 de 08 de
julho de 1978 (NR-09 Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais
As 38 Normas Reguladoras (NRs) atualizadas em 2024 são:

 NR-1 Disposições Gerais


 NR-2 Inspeção Prévia
 NR-3 Embargo ou Interdição
 NR-4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
 NR-5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
 NR-6 Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
 NR-7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO)
 NR-8 Edificações
 NR-9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
 NR-10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
 NR-11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
 NR-12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
 NR-13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações
 NR-14 Fornos
 NR-15 Atividades e Operações Insalubres
 NR-16 Atividades e Operações Perigosas
 NR-17 Ergonomia
 NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
 NR-19 Explosivos
 NR-20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis
 NR-21 Trabalhos a Céu Aberto
 NR-22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
 NR-23 Proteção Contra Incêndios
 NR-24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
 NR-25 Resíduos Industriais
 NR-26 Sinalização de Segurança
 NR-27 Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
 NR-28 Fiscalização e Penalidades
 NR-29 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
 NR-30 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
 NR-31 Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
 NR-32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
 NR-33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
 NR-34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e
Reparação Naval
 NR-35 Trabalho em Altura
 NR-36 Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento
de Carnes e Derivados
 NR-37 Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Equipamentos Similares
 NR-38 Programa de Prevenção de Riscos em Máquinas e Equipamentos com
Inversores de Frequência.
Portaria nº 3.067 de 12/04/1988 (5 Normas Regulamentadoras Rurais)

NRR-1 : Disposições Gerais


NRR-2 : Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural –
SEPATR
NRR-3 : Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – CIPATR
NRR-4 : Equipamentos de Proteção Individual – EPI
NRR-5 : Produtos Químicos
NR-09 Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais
Qual o objetivo do PPRA?
A principal função do PPRA é reunir todos os potenciais riscos do
ambiente de trabalho e detalhar quais formas de prevenção e controle
serão usadas para mitigar esses perigos.
Por isso, podemos dizer que o objetivo do PPRA é fortalecer a
segurança do trabalho, contribuindo para um ambiente mais seguro e
saudável para os colaboradores.
Isso porque, ao mapear todos os possíveis riscos, a empresa pode traçar
estratégias para evitar ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais,
assim como reduzir seu impacto em casos inevitáveis.
Quem tem que fazer PPRA?
Até janeiro de 2022, todas as empresas com colaboradores com
carteira assinada (CLT) em seu quadro de funcionários deveriam fazer
um PPRA.
Microempreendedores Individuais (MEI), microempresas e pequenas
empresas que não apresentam riscos ocupacionais de exposição a
agentes de riscos são isentas da obrigatoriedade.
Desde 2022, o PPRA passou a ser substituído pelo PGR (continue
lendo para entender melhor), mas o perfil das empresas que devem
apresentar o documento (e das que estão dispensadas) segue o
mesmo.
PGR substitui o PPRA?
Em janeiro de 2022, uma atualização na NR-09 determinou a transição
do PPRA para o PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos). Então,
podemos dizer que sim, o PGR substitui o PPRA.
Isso não quer dizer que seu PPRA precisa ser descartado! Ele pode ser
usado como base para elaboração de um PGR, já que muitas das
características são as mesmas.
Com base nas atualizações da Lei, o PGR passa a ser mais
abrangente, incorporando todos os dados que antes eram
documentados no PPRA, além de outros riscos ocupacionais que não
se restringem aos ambientais.
PPRA e PCMSO são a mesma coisa?
O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional)
também é uma obrigatoriedade para as empresas, mas é mais voltado
para cuidados com a saúde e doenças ocupacionais. Está relacionado
a exames (admissionais, periódicos ou demissionais), licenças e outras
questões da medicina do trabalho.
Ou seja, PPRA e PCMSO não são a mesma coisa: ambos estão
relacionados à integridade e ao bem-estar dos trabalhadores, mas são
direcionados a questões diferentes e, portanto, um não pode substituir
o outro.
Qual a importância do PPRA na segurança do trabalho?
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, junto com outros
documentos como PGR, GRO, PCMSO, LTCAT e outros, são essenciais
para que os trabalhadores estejam cientes dos riscos a que estão
expostos.
A partir desses registros, tanto a empresa quanto os colaboradores
podem definir estratégias e tomar decisões que ajudem na prevenção a
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil
registrou 571,8 mil acidentes e 2.487 mortes causadas por condições de
trabalho inseguras em 2021. O PPRA ajuda a diminuir esses números e
evitar que sua empresa faça parte da estatística.
O PPRA pode ser visto com um investimento, facilitando o
planejamento de medidas de controle (o uso de EPIs e a instalação
de EPCs, por exemplo) e sendo um ponto de partida para ações de
conscientização e prevenção.

Quais NRs abordam PPRA?


Ainda que não seja mais uma exigência, o PPRA era guiado
por Normas Regulamentadoras, as mesmas que determinaram sua
mudança para o PGR. Vamos entender melhor sobre elas:
PPRA NR-01
A NR-01 aborda o gerenciamento de riscos ocupacionais, e isso inclui a
elaboração de um programa (atualmente o PGR) para:
 Identificar perigos;
 Evitar potenciais riscos que possam ser originados no trabalho;
 Classificar os riscos para determinar a necessidade de adoção de
medidas de prevenção;
 Implementar essas medidas;
 E acompanhar o controle dos riscos ocupacionais, entre outras
funções.
A exigência ou isenção do programa para empresas também é definida
pela Norma Regulamentadora nº 01.
PPRA NR-09
Já a NR-09 “estabelece os requisitos para a avaliação das exposições
ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos quando
identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR”.
Ou seja, é essa norma regulamentadora que define o que deve constar
no programa, como os riscos documentados e as ações a serem
desenvolvidas.
Com as alterações que entraram em vigência em 2022, as diretrizes
passam a ser aplicadas apenas ao PGR, já que o PPRA deixou de ser
obrigatório e foi incorporado ao Programa de Gerenciamento de
Riscos.
Quem pode elaborar o PPRA?
O PPRA pode ser elaborado por colaboradores da própria empresa
(como os membros da CIPA) que serão responsáveis por avaliar os
riscos existentes e sugerir medidas preventivas e de redução de danos.
O ideal é que o documento seja supervisionado por um técnico
em segurança do trabalho.
Também é possível contratar uma empresa terceirizada, especializada
em segurança do trabalho, para realizar o procedimento.

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