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CENTRAL DE MATERIAIS

E ESTERILIZAÇÃO (CME)
Centro de Educação Profissional
e Tecnológico - CENTROTEC
Profª: Isis Costa Silva
Biomédica
Email: isissilva10@hotmail.com
1. INTRODUÇÃO
 O processamento de produtos para saúde (PPS) em unidades
de saúde é uma atividade de natureza complexa, cujo
objetivo principal é evitar eventos adversos relacionados ao
uso destes produtos.

No Brasil, em 2019, devido as falhas durante o processamento


de PPS, ocorreram 2.128 casos de infecções pós-cirúrgicas
relacionados a contaminação de instrumentais por bactérias de
crescimento rápido.
1. INTRODUÇÃO
 O processamento de PPS é uma atividade que exige
qualificação técnica e treinamento constante por parte dos
profissionais, principalmente diante das recorrentes
incorporações de novas tecnologias e da complexidade dos
novos produtos.
2. O QUE É CME?
 Setor destinado à limpeza, acondicionamento, esterilização,
guarda e distribuição dos produtos para a saúde;

PORTARIAS ASSOCIADAS:
• RDC nº 15, de 2012: Boas práticas para o processamento
de produtos para saúde, estabelecendo os requisitos para o
funcionamento dos serviços que realizam o processamento de
produtos para saúde visando a segurança do paciente e dos
profissionais envolvidos.

• RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 – Estrutura física.


3. CLASSIFICAÇÃO DE
SPAULDING
• PPS Críticos: risco de transmissão de infecção é alto, caso
estejam contaminados. É aquele que penetra em tecidos estéreis
ou sistema vascular e precisa ser esterilizado (ex.: agulhas,
instrumentos cirúrgicos).
• PPS Semi-Críticos: risco de transmissão de infecção é
intermediário. Entram em contato com membranas mucosas
íntegras ou pele não intacta. Devem receber, no mínimo,
desinfecção de médio a alto nível (ex.: nebulizador, máscara de
ambu).
• PPS Não Críticos: risco de transmissão de infecção é baixo.
Entram em contato com a pele intacta ou não entram em contato
com o paciente. Requerem, no mínimo, limpeza; e nos casos com
presença de grande quantidade de matéria orgânica, desinfecção
de baixo nível (termômetro, estetoscópio).
3.1. CLASSIFICAÇÃO
 CLASSE I: Processamento de produtos para a saúde não-
críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa,
passíveis de processamento. Ex. materiais que não possuem
fissura.

 CLASSE II: Processamento de produtos para a saúde não-


críticos, semicríticos e críticos de conformação complexa e
não complexa, passíveis de processamento. Ex.: materiais de
hemodiálise.
4. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
 ÁREA SUJA/CONTAMINADA:
Recebimento e separação dos materiais sujos. Local onde é
realizado o processo de recepção, limpeza e inspeção da
limpeza e integridade dos instrumentais.

 ÁREA LIMPA:
Destinado aos processos de desinfecção, secagem, separação
dos instrumentais, conferência da limpeza, funcionalidade e
integridade dos artigos, empacotamento, selagem das
embalagens e esterilização.
4. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
 ÁREA DE GUARDA E DISTRIBUIÇÃO:
Destinado à guarda dos instrumentais esterilizados e
dispensação dos mesmos.
4.1 CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
 Os PPS, passíveis de reprocessamento, após utilizados,
devem ser submetidos as seguintes etapas e nesta ordem:
- Limpeza;
- Inspeção;
- Preparo;
- Desinfecção/esterilização;
- Empacotamento;
- Transporte;
- Armazenamento, para posterior reutilização, visando a
redução de incidentes resultantes de falhas nesse processo
(EVANGELISTA, 2014).
5. LIMPEZA
 CONCEITO:
Processo manual ou mecânico de remoção de sujidades,
utilizando-se de água, detergente neutro ou enzimático para
reduzir a carga microbiana. É o primeiro passo que antecede a
desinfecção e esterilização.

O “sucesso” da desinfecção e da esterilização vai depender da


limpeza realizada de uma forma adequada.
5. LIMPEZA
 TIPOS DE LIMPEZA:
- Automatizada:
• Produtos para saúde críticos;
• Agilidade, uniformidade e monitoramento do processo;
• Menor risco ocupacional biológicos e químicos;
• Manutenção preventiva:
- Lavadora termodesinfectora: jatos de água sob pressão e
detergentes, bicos ou braços rotativos.
- Lavadoras ultrassônicas: princípio da cavitação , ondas de
energia propagadas em solução.
- Enxague manual.
5. LIMPEZA
 MANUAL:
• Realizada por meio de fricção;
• Uso de escovas de cerdas firmes e macias em todas as
superfícies do artigo;
• Sempre no sentido proximal para o distal;
• Mínimo 5 vezes, até a eliminação de sujidade visível, mantendo
artigos submersos no enzimático – evitar a formação de
aerossóis com microrganismos.
• Proibido uso de artefatos abrasivos “tipo palha de aço” – afetam
a integridade dos artigos e liberem partículas.
• Artigos com lúmen – escova macia, ajustada ao tamanho do
lúmen, jatos de água.
5. LIMPEZA
 DETERGENTES:
• Limpeza de artigos e superfícies;
• Agentes umectantes e emulsificantes que suspendem a
sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis ou
espuma no instrumento ou na superfície (BRASIL, 2012).
• Regularizados pela ANVISA;
• Classificados de acordo com o pH
- Neutros; Ácidos ou alcalinos;
• Escolha do detergente:
- Depende da quantidade de carga orgânica e inorgânica e
método de limpeza;
5. LIMPEZA
 ENXÁGUE:
• Abundante com água corrente potável;
• Fluxo de água remove detritos, sujidades e resíduos de
detergente enzimático;
• Lúmens: enxágue com água pressurizada.
5. LIMPEZA
 PREPARO:
- Secagem:
• Realizada na área limpa;
• Inspeção visual em relação a limpeza;
• Deve ser realizada de forma meticulosa e o mais breve
possível após o enxágue – biofilme.
• Problemas dos materiais secos naturalmente: manchar,
corrosão, obstrução de lúmens; quebras do artigo.
5. LIMPEZA
 Embalagens:
• Tipos:
- Papel grau cirúrgico: é o material mais usado nos CME’s para
embalagem de produtos a esterilizar na autoclave, e um dos
elos da corrente de proteção dos profissionais e pacientes.

- Tecido SMS para esterilização: o SMS é um tecido-não-tecido


100% polipropileno. É considerado o material para esterilização
mais completo, uma vez que possui alta barreira contra
microrganismos, é compatível com todos os processos gasosos e
a vapor e tem alta resistência contra rasgos e furos.
5. LIMPEZA
- Papel grau cirúrgico Tecido SMS para
esterilização:
6. DESINFECÇÃO
 CONCEITO:
Processo físico ou químico de destruição de microrganismos,
aplicado a superfícies inertes (produtos, equipamentos e
superfícies fixas) previamente limpas.

 Níveis de Desinfecção:
• Auto nível
• Nível intermediário
• Baixo nível
6. DESINFECÇÃO
 DESINFECÇÃO QUÍMICA:
• RDC nº 15, de 15 de março de 2012
• Sala exclusiva com bancada com cuba dupla: para limpeza e
uma cuba para enxágue – imersão completa do produto ou
equipamento.
• Monitoramento de efetividade no mínimo 1 vez ao dia, antes
do início das atividades.
• Registro de rastreabilidade dos processamentos.
7. ESTERILIZAÇÃO
 CONCEITO:
• Processo destruição de todas as formas de microrganismos
presentes nos artigos.
• Considerado estéril – probabilidade de sobrevivência dos
microrganismos > 1: 1000.000
• Segurança do paciente e à qualidade da assistência prestada
• Obediência às normas legais estabelecidas pela ANVISA
• Maior vida útil dos materiais médicos
7. ESTERILIZAÇÃO
 Autoclaves:
• Calor úmido sob pressão;
• Mais econômicas e seguras de esterilização;
• Destroem todas as formas de vida a temperatura de 121°C a
134°C

 Óxido de etileno (ETO):


• Gás
• Bom custo/benefício
• Ação – reação com uma proteína no núcleo da célula,
impedindo a reprodução
7. ESTERILIZAÇÃO
• Necessita de embalagens específicas;
• Não danifica os materiais e pode ser utilizado em vários tipos
de materiais, inclusive os termossensíveis (materiais de
assistência respiratória que são compostos por silicone);
• Altamente tóxico e agressivo ao ambiente externo.

Obs.: os materiais esterilizados pelo ETO precisam ficar em


“quarentena” para que esses artigos fiquem livres do gás.
7. ESTERILIZAÇÃO
7. ESTERILIZAÇÃO
 NÃO LIBERAR CARGAS:
• Alteração nos parâmetros físicos (tempo de funcionamento da
autoclave, temperatura e pressão);
• Falhas nos indicadores químicos;
• Resultado positivo no indicador biológico, ou seja, forem
encontrados microrganismos vivos.
• Indicadores químicos e biológicos:
- Avaliação da qualidade do Processo e Segurança do paciente.
- Rastreabilidade dos resultados dos indicadores
7. ESTERILIZAÇÃO
 TEMPO DE ARMAZENAMENTO:
• Comissão de Processamento de Artigos Médico-Odontológicos
da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, definiu como
sendo de 7 dias o prazo de validade dos materiais esterilizados,
devido a diversidade de condições de estocagem destes
materiais no município.
 Sempre avaliar:
• Integridade da embalagem (ausência de rasgos, perfurações,
fissuras);
• Ausência de manchas ou umidade no pacote;
• Ausência de sujidade no pacote;
• Local de armazenamento.
8. CONCLUSÃO
 Unidade de trabalho complexa:
• Envolve várias áreas e processos de trabalho;

 Requer educação continuada:


• Profissionais capacitados

 Infraestrutura e recursos são essenciais:


• Investimento em novas tecnologias

 O produto final do processo da CME:


• A segurança do paciente e dos profissionais de saúde
8. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/87400/Manual+
de+Processamento+de+Produtos+para+Sa%C3%BAde.pdf/55
46c52c-7faa-cc51-27f5-82a415e49189?t=1648646286792

https://antigo.anvisa.gov.br/documents/10181/3851431/RDC_1
5_2012_.pdf/e08bf584-0ea3-47da-a053-648a1c87f45d

https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-
sudeste/hc-uftm/painel/gas/denf/servico-de-educacao-em-enfer
magem/aulas-e-material-didatico/minicursos/minicursos-2016-
1/central-de-material-e-esterilizacao-aula-cme-marco-2016.pdf

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