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Grego lócrio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Distribuição dos dialetos gregos no período clássico.[1]
Grupo ocidental: Grupo central: Grupo oriental:
  ático
  aqueu
História da
língua grega

(ver também: alfabeto grego)

Proto-grego
Micênico (c. 1600–1000 a.C.)
Grego antigo (c. 1000–330 a.C.)
Dialetos:
eólico, arcado-cipriota, ático-jônico,
dórico, lócrio, panfílio;
grego homérico.
possivelmente macedônio.

Koiné (c. 330 a.C.–330 d.C.)*
Grego medieval (330–1453)
Grego moderno (a partir de 1453)
Dialetos:
capadócio, cretense, cipriota,
demótico, griko, catarévussa,
ievânico, pôntico, tsacônio


*Datas (começando com o grego antigo) de Wallace, D. B. (1996). Greek Grammar Beyond the Basics: An Exegetical Syntax of the New Testament. Grand Rapids: Zondervan. p. 12. ISBN 0310218950 

O dialeto lócrio ou locrense (em grego: Λοκρική διάλεκτος, transl. Lokrikí diálektos) é um dialeto do grego antigo, que era falado pelos lócrios, povo que habiava a região da Lócrida, na Grécia central. Costuma ser classificado como um subdialeto do grego do noroeste, que por sua vez pertence ao mesmo grupo do dórico. Os lócrios dividiam-se em duas tribos, os lócrios ózolas e os opúncios, de maneira que o dialeto também se dividia em duas variantes, que recebiam os respectivos nomes das tribos que as falavam. As características de ambos os dialetos foram descritas no projeto Inscriptiones Graecae.[2]

Características

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Lócrio ózola

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  • O Dativo plural da terceira declinação termina em -οις (-ois), em vez de -σι (-si), uma característica do grego do noroeste, ex.: πάντοις, pantois — πᾶσι, pasi; μειόνοις, meionois — μείοσι, meiosi
  • O adjetivo διπλειός, dipleios é usado no lugar de διπλοῦς, diplous
  • Assimilação do κ (k) na preposição ἐκ (ek) com a primeira consoante da palavra seguinte, por exemplo, ἐλ λιμένος, e(l) limenos — ἐκ λιμένος, ek limenos ("do porto")
  • Preposição κατά (katá) + genitivo, em vez de acusativo, por exemplo, καθ'ὧν (kath'ōn), e não καθ'ἅ (kath'a)

Lócrio opúncio

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  • O dativo plural da terceira declinação termina em -εσσι (-essi), em vez de -οις (-ois), uma característica eólica que também podia ser encontrada no dialeto fócio; ex.: Κεφαλλάνεσσι (Kephallanessi), χρημάτεσσι (chrêmatessi)
  • O infinitivo termina em -εν (-en), e não em -ειν (-ein), como ἀναγράφεν anagraphen — e não ἀναγράφειν (anagraphein)
  • Os patronímicos variam de acordo com o nome que definem, uma característica eólica, como Δαναΐς Νικοτελεία (Danais Nikoteleia) no lugar de Δαναΐς Νικοτέλους (Danais Nikotelous)
  • Preposição κατά (katá) + genitivo, em vez do acusativo; ex.: καθ'ὧν (kath'ōn), e não καθ'ἅ (kath'a)

Referências

  1. Roger D. Woodard (2008), "Greek dialects", em: The Ancient Languages of Europe, ed. R. D. Woodard, Cambridge: Cambridge University Press, p. 51.
  2. Inscriptiones Graecae Septentrionalis, Pars I Inscriptiones Phocidis, Locridis, Aetoliae, Acarnaniae, Insularum maris Ionii, Berolini, 1897, IG. IX, I
  • Fr. Bechtel, Die griechishe Dialekte, II Berlin, 1923