Kiyomizu-dera
O Kiyomizu-dera está incluido no sítio "Monumentos Históricos da Antiga Quioto", Património Mundial da UNESCO. |
O Kiyomizu-dera (清水寺?), oficialmente Otowa-san Kiyomizu-dera (音羽山清水寺?) é um templo budista independente no leste de Quioto. O templo é parte dos Monumentos Históricos da Antiga Quioto e patrimônio mundial da UNESCO.[1] (Ele pode ser confundido com o Kiyomizu-dera em Yasugi, que é parte da rota de 33 templos da peregrinação Chūgoku 33 Kannon pelo oeste do Japão).
História
[editar | editar código-fonte]O Kiyomizu-dera foi fundado no início do período Heian.[2] O templo foi fundado em 798 por Sakanoue no Tamuramaro ( general e shogun) e suas construções atuais foram construídas em 1633, ordenadas por Tokugawa Iemitsu.[3] Não há um único prego usado em toda a estrutura. Ele leva seu nome da cachoeira no complexo, que flui das colinas próximas de lá. Kiyomizu significa água límpida, ou água pura.[4][5]
Ele era originariamente afiliado à antiga e influente seita Hossō, que data da época de Nara.[6] No entanto, em 1965, ele cortou sua afiliação e seus guardiões atuais se proclamam membros da seita "Kitahossō".[7]
Presente
[editar | editar código-fonte]O salão principal possui uma grande varanda, apoiada por pilares altos, que se projeta sobre a encosta e oferece uma vista impressionante da cidade. Grandes varandas e salões principais fora construídos em muitos locais populares durante o período Edo para acomodar um grande número de peregrinos.[8]
A expressão popular "pular para fora do Kiyomizu" é o equivalente à expressão "mergulhar de cabeça".[5] Isto refere-se à tradição do período Edo que estabelecia que, se alguém sobrevivesse a um pulo de 13m da varanda, seu desejo seria realizado. 234 pulos foram registrados no período Edo e desses, 85,4% sobreviveram. A prática é atualmente proibida.[5]
Sob o salão principal está a cachoeira de Otowa, onde três canais de água caem em um lago. Os visitantes podem pegar e beber a água, que acredita-se ter poderes de realizar desejos.
O complexo do templo inclui alguns outros templos xintoístas, entre eles o Santuário Jishu, dedicado a Ookuninushi, um deus do amor e "bons pares".[4] O Santuário Jishu possui um par de "pedras do amor" colocadas a 6 metros de distância uma da outra, onde os visitantes podem tentar andar entre elas com os olhos fechados. Ao ter sucesso em alcançar a outra pedra com os olhos fechados, o peregrino encontraria o amor da vida, ou amor verdadeiro.[9] A pessoa pode ser ajudada na tarefa, mas isso significa que um intermediário será necessário. O interesse romântico da pessoa pode ajudá-los também.
O complexo também oferece vários talismãs, incenso e omikuji (papéis da sorte). O local é particularmente popular durante festivais (especialmente no Ano Novo e durante o obon no verão) quando barracas adicionais preenchem o terreno vendendo comidas e lembranças tradicionais para multidões de visitantes.[10]
Em 2007, o Kiyomizu-dera foi um dos 21 finalistas das Sete maravilhas do mundo moderno.[11] No entanto, ele não foi escolhido entre os sete locais vencedores.
Galeria
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Kiyomizu-dera no outono
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Kiyomizu-dera no inverno
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Vista posterior do pagode e construção vizinha
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Estatuetas de Ksitigarbha (ou Jizō) en masse
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Otowa-no-taki, a cachoeira onde os visitantes bebem pela saúde, longevidade e sucesso nos estudos
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Silhueta à noite do pagode de três andares
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Kiyomizu-dera iluminado
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Historic Monuments of Ancient Kyoto (Kyoto, Uji and Otsu Cities)». Consultado em 20 de dezembro de 2008
- ↑ Ponsonby-Fane (1956), p. 111.
- ↑ Graham (2007), p. 37
- ↑ a b «Kiyomizu Temple». 7 de abril de 2007. Consultado em 18 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 3 de abril de 2009
- ↑ a b c «Kiyomizudera, Kyoto». Consultado em 18 de dezembro de 2008
- ↑ Graham (2007), p. 32
- ↑ Kiyomizu-dera temple
- ↑ Graham 2007, p. 80
- ↑ «japanvisitor.com». Consultado em 21 de agosto de 2010
- ↑ «Kiyomizu-dera Temple». Consultado em 20 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 10 de dezembro de 2008
- ↑ «The Finalists for The Official New 7 Wonders of the World». Consultado em 1 de junho de 2009. Arquivado do original em 1 de junho de 2009
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Graham, Patricia J. (2007) Faith and Power in Japanese Buddhist Art (Honolulu: University of Hawaii Press) ISBN 978-0-8248-3126-4.
- Ponsonby-Fane, Richard Arthur Brabazon. (1956) Kyoto: The Old Capital of Japan, 794-1869. Kyoto: The Ponsonby Memorial Society.