José Reguffe
José Reguffe | |
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Senador pelo Distrito Federal | |
Período | 1 de fevereiro de 2015 a 1 de fevereiro de 2023 |
Legislaturas | 55ª (2015–2019) 56ª (2019–2023) |
Deputado Federal pelo Distrito Federal | |
Período | 1 de fevereiro de 2011 até 31 de janeiro de 2015 |
Legislatura | 54ª (2011–2015) |
Deputado Distrital do Distrito Federal | |
Período | 1 de fevereiro de 2007 até 31 de janeiro de 2011 |
Legislatura | 5ª (2007–2011) |
Dados pessoais | |
Nascimento | 5 de setembro de 1972 (52 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Alma mater | Instituto de Educação Superior de Brasília |
Prêmio(s) | Medalha do Pacificador[1] |
Partido | PDT (2005-2016) PODE (2019-2022) UNIÃO (2022) Sem partido (2022-presente) |
Profissão | jornalista e economista |
José Antônio Machado Reguffe (Rio de Janeiro, 5 de setembro de 1972) é um jornalista, economista e político brasileiro. Foi senador pelo Distrito Federal. Foi eleito em 2014 com 826 576 votos (57,61 por cento dos votos válidos).[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido no Rio de Janeiro, José Antônio Machado Reguffe é filho de um oficial da Marinha do Brasil[3] — o contra-almirante Luiz Paulo Reguffe —, neto do ex-deputado federal constituinte Expedito Machado da Ponte e sobrinho do empresário e ex-senador (1995-2003) Sérgio Machado, no gabinete de quem Reguffe chegou a trabalhar. Entretanto, de acordo com o atual senador, eles se afastaram há muito tempo e já não se falam mais.[4]
Possui formação em Jornalismo pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB) e em Economia pela Universidade de Brasília (UnB). Ex-líder estudantil, foi presidente do Centro Acadêmico de Economia da Universidade de Brasília (CAECO-UnB) e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Brasília (DCE-UnB). Foi um dos autores da ação popular que extinguiu o auxílio moradia dos deputados distritais em 1999. Conhecido por defender uma nova forma de se fazer política, defendeu o fim dos salários extras e do excesso de gastos dos parlamentares. Reguffe ficou conhecido por fazer suas campanhas de forma simples distribuindo sozinho seus panfletos de campanha com suas propostas pelas ruas do Distrito Federal. Depois de duas tentativas, 1998 e 2002, foi eleito deputado distrital em 2006 com 25 805 votos.[5] Em 2010, após seu mandato como deputado distrital, foi eleito o deputado federal proporcionalmente mais votado do país com 266 465 votos (18,95 por cento dos votos válidos).[6] Foi senador pelo Distrito Federal, tendo sido eleito em 2014 com 826 576 votos (57,61% dos votos válidos).[2]
Em 2022, não disputou as eleições.[7]
Atuação política
[editar | editar código-fonte]Câmara Legislativa do Distrito Federal
[editar | editar código-fonte]Foi eleito deputado distrital em 2006.[8]
Câmara dos Deputados
[editar | editar código-fonte]Eleito deputado federal em 2010,[9] Reguffe apresentou em seu primeiro dia de mandato como deputado, uma série de ofícios formalizando diversos cortes no seu gabinete. Todos em caráter irrevogável. Abriu mão dos salários extras, reduziu a verba de gabinete, reduziu o número de assessores de 25 para apenas 9, entre outras medidas, que geraram uma economia direta aos cofres públicos de mais de R$ 2,3 milhões. Economia que se fosse repetida pelos outros 512 deputados, daria mais 1,2 bilhão de reais.[10]
Senado Federal
[editar | editar código-fonte]Eleito senador em 2014, repetiu a primeira atitude que teve como deputado distrital e deputado federal, protocolando, em seu primeiro dia de mandato como senador, uma série de ofícios[11] formais na direção geral da Casa realizando diversos cortes no seu gabinete.[12]
Com esses cortes, só a economia direta aos cofres públicos do seu gabinete foi de 16,7 milhões de reais (economia nos oito anos, como os cortes foram em caráter irrevogável, já está feita).[13] Isso fora a economia indireta, como encargos sociais dos servidores não contratados, gasolina do carro oficial que ele abriu mão no seu primeiro dia de mandato, possíveis despesas com saúde do plano de saúde que ele também abriu mão, etc. Reguffe foi o primeiro senador na história a abrir mão do plano de saúde vitalício dos senadores. Caso todos os senadores repetissem a mesma economia, a economia aos cofres públicos seria de mais de 1,3 bilhão de reais.[14][15]
Apresentou 11 PECs e 53 projetos. Aprovou 6 no Senado.
É o autor da PEC 52/2015, que acaba com as indicações políticas para ministros do STF, STJ, TCU e conselheiros dos tribunais de contas dos estados e DF, instituindo concurso público. A PEC também acaba com a vitaliciedade desses cargos, instituindo mandatos de 5 anos.
É o autor do PL 6330/2019, que obriga os planos de saúde a terem que arcar com o tratamento de quimioterapia oral para pacientes com câncer.
Melhor senador do ano de 2016 do Ranking dos Políticos.
O senador foi candidato à presidência do Senado Federal, nas eleições de 2019. Recebeu seis votos e acabou derrotado.[16]
Em 2022, Reguffe trocou o Podemos pelo recém-criado União Brasil e anunciou que se candidataria ao Governo do Distrito Federal.[17] No entanto, alguns dias depois, seu partido desistiu da candidatura, apesar de ter confirmado o senador como seu candidato até o dia da convenção partidária. Ao fim, o União Brasil declarou apoio oficial ao governador Ibaneis Rocha (MDB), oferecendo uma vaga para se candidatar à Câmara Federal ao senador. Com a recusa de Reguffe, ele desfiliou-se do partido e anunciou a saída da vida pública e política. Para a corrida ao GDF, ele acabou incentivando a candidatura do senador Izalci Lucas (PSDB), mesmo não o apoiando oficialmente.[18][19]
Votos
[editar | editar código-fonte]- A favor da destinação dos royalties e bônus de partilha do pré-sal exclusivamente para a educação e saúde.[20]
- Contra o aumento do Fundo Partidário[21]
- A favor do PLC 75/15 (proibição de doação de empresas para campanhas políticas).[22]
- Votou contra o projeto de "Abuso de Autoridade", que desfigurou as 10 medidas contra a corrupção.
- Votou favorável à MP 871/19, que visa combater fraudes no INSS e vai gerar uma economia anual aos cofres públicos de cerca de R$9,8 bi.
- Votou favorável à MP 863/18, que abre o mercado aéreo brasileiro e permite que empresas estrangeiras possam operar voos domésticos.
- Votou favorável à MP 870/19, que reduz o número de ministérios.
- A favor da MP 675/15 (aumento da CSLL dos bancos).[23]
- Contra o relaxamento da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT) (autor de questão de ordem que pedia o voto aberto na votação).[24]
- A favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT).[25]
- A favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos.[26]
- Contra a reforma trabalhista.[27]
- Contra a manutenção do mandato do senador Aécio Neves (PSDB), mostrando-se favorável a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal.[28]
- Contra o aumento de salários dos ministros do STF.[29]
- Contra a MP 843, que concede R$2 bilhões em benefícios fiscais às montadoras de automóveis (único voto contra).[30]
- Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.[31]
- Em outubro de 2019, votou a favor da reforma da Previdência. Nos destaques, votou a favor do abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos.
Referências
- ↑ «Boletim do Exército do Brasil de julho de 2019». Secretaria Geral do Exército do Brasil (pdf). Consultado em 10 de setembro de 2020
- ↑ a b «Reguffe assume vaga do DF no Senado e promete mandato austero». Distrito Federal. 1 de janeiro de 2015
- ↑ Rafael Mafei Rabelo Queiroz (4 de outubro de 2010). «Antônio Reguffe, o deputado federal mais votado do Brasil (18,9% no DF)». O Estado de S. Paulo. Consultado em 15 de dezembro de 2017
- ↑ Ana Maria Campos (29 de maio de 2016). «Voto pelo impeachment». Correio Braziliense. Consultado em 23 de março de 2017
- ↑ «Resultado da eleição 2006». www.tse.jus.br. Consultado em 29 de agosto de 2017
- ↑ «Deputado proporcionalmente mais votado diz que gastou R$ 143 mil». Eleições 2010. 4 de outubro de 2010
- ↑ «'Saio de cabeça erguida', diz Reguffe ao anunciar que não será candidato este ano». Noticias R7. 6 de agosto de 2022. Consultado em 25 de outubro de 2024
- ↑ «(2007 - 2010) Quinta Legislatura - CLDF». www.cl.df.gov.br. Consultado em 18 de julho de 2016
- ↑ «Deputado Reguffe». Consultado em 18 de julho de 2016
- ↑ «Um homem ficha limpa - ISTOÉ Independente». ISTOÉ Independente. 9 de outubro de 2010. Consultado em 18 de julho de 2016
- ↑ «Ofícios Apresentados». www.facebook.com. Página Facebook - Reguffe Oficial. Consultado em 18 de julho de 2016
- ↑ Federal, Senado. «Recursos Utilizados por Reguffe em 2017 - Transparência». www6g.senado.leg.br
- ↑ «Reguffe assume vaga do DF no Senado e promete mandato austero». 1 de janeiro de 2015
- ↑ «Cortando os próprios privilégios, Reguffe provou que o Senado pode economizar R$ 1,3 bilhão». 20 de julho de 2017
- ↑ «Reguffe corta despesas e abre mão de privilégios outra vez». comunidade.maiscomunidade.com. Jornal da Comunidade. Consultado em 18 de julho de 2016
- ↑ «Disputa para presidência do Senado tem recorde de candidatos». R7.com. 31 de janeiro de 2019. Consultado em 1 de fevereiro de 2019
- ↑ Ana Maria Campos (1 de agosto de 2022). «União Brasil no DF anuncia convenção, com Reguffe como pré-candidato ao Buriti». Correio Braziliense. Consultado em 11 de agosto de 2022
- ↑ «Reguffe não é mais candidato ao GDF e diz que sai da vida pública». G1. 9 de agosto de 2022
- ↑ Ana Maria Campos (9 de agosto de 2022). «Reguffe elogia e incentiva candidatura de Izalci, mas não declara apoio oficial». Correio Braziliense. Consultado em 11 de agosto de 2022
- ↑ «Saiba quem votou contra os lucros do petróleo para a educação». Pragmatismo Político. 7 de novembro de 2012
- ↑ «Para Reguffe, aumento do fundo partidário é 'tapa na cara' do contribuinte». 23 de abril de 2015
- ↑ «Doação de empresas a campanhas gera debate e reforma política fica para esta quarta». Jornal do Brasil. 2 de setembro de 2015
- ↑ «Senado aprova medida provisória que aumenta tributo dos bancos». 15 de setembro de 2015
- ↑ «Em voto aberto, Senado decide manter Delcídio Amaral preso - Política». O Estado de S. Paulo. 25 de novembro de 2015
- ↑ «Confira o voto de cada senador no impeachment de Dilma». VEJA.com. 31 de agosto de 2016. Consultado em 15 de dezembro de 2017
- ↑ Bol (13 de dezembro de 2016). «Confira como votaram os senadores sobre a PEC do Teto de Gastos 155 Do UOL, em São Paulo». Consultado em 16 de outubro de 2017
- ↑ Redação - Carta Capital (11 de julho de 2017). «Reforma trabalhista: saiba como votaram os senadores no plenário»
- ↑ «Veja como votou cada senador na sessão que derrubou afastamento de Aécio». G1. 17 de outubro de 2017
- ↑ «Reguffe vota contra aumento de salários dos ministros do STF»
- ↑ «Reguffe vota contra MP 843»
- ↑ TEMPO, O. (18 de junho de 2019). «Veja como votou cada senador sobre decretos de porte e posse de armas». Politica. Consultado em 6 de janeiro de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Nascidos em 1972
- Naturais da cidade do Rio de Janeiro
- Família Machado
- Alunos do Instituto de Educação Superior de Brasília
- Alunos da Universidade de Brasília
- Economistas do estado do Rio de Janeiro
- Jornalistas do estado do Rio de Janeiro
- Membros do Partido Democrático Trabalhista
- Membros do Podemos (Brasil)
- Membros do União Brasil
- Deputados federais do Brasil pelo Distrito Federal
- Senadores do Brasil pelo Distrito Federal