Departamento de História

Este artigo procura pensar os preceitos morais e identidades de gênero presentes na Doutrina de Segurança Nacional e de que forma eles se cruzam ou são apropriados pelas cartas enviadas por pessoas comuns à Divisão de Censura de Diversões Públicas, do Ministério da Justiça, durante os anos de 1970, no Brasil, quando as regulamentações em torno da censura aos veículos de comunicação, especialmente os audiovisuais, se estabelece como forma de preservar a moral e os bons costumes, pós AI-5.

Resumo: O trabalho tem como objetivo a análise dos quadrinhos "Hägar, o Horrível", do cartunista estadunidense Dik Browne, mais especificamente de suas duas principais personagens femininas, Helga e Honi, respectivamente a esposa e a filha do protagonista Hägar. Pretendo atentar para os estereótipos que o autor utiliza na caracterização das personagens, e suas origens na arte oitocentista, mas sempre levando em consideração a intencionalidade do mesmo ao fazer da Era Viking, onde as histórias de Hägar são ambientadas, uma metáfora de um ambiente familiar norte-americano dos dias atuais, onde Helga é colocada no papel de mãe devotada e guerreira em todos os sentidos, enquanto Honi é a jovem apaixonada ansiosa pelo matrimônio. Observar, assim, a força dessas representações para o público leitor dessas HQs e tentar apreender de que forma elas são reconhecidas.

Nascido em 1936, na Normandia, Alain Corbin estudou na Universidade de Caen. Um de seus então professores, Pierre Vidal-Naquet, lembra-se: "um dos meus primeiros alunos foi Alain Corbin, que considero um dos melhores historiadores de sua geração". 1 Seu percurso universitário é uma ilustração desta brilhante carreira: Lycée de Limoges, Universidade de Tours e, enfim, Paris, onde é nomeado professor de história contemporânea na Sorbonne.

Este livro é a edição da minha dissertação de Mestrado, apresentada na Universidade Federal de Pernambuco, defendida em 1997. Foi editado em 2002 pela Editora Annablume de São Paulo  e lançado na Bienal do livro de Fortaleza/2002. O  livro analisa o processo colonizatório da capitania do Ceará, a partir do início do século XVII à primeira metade do século XVIII, considerando suas singularidades econômicas, sociais e políticas. Todavia, entendendo que os mecanismos, as atitudes e os interesses dos colonizadores incluíam-se no panorama da colonização do Brasil e, em um âmbito mais geral, na colonização ibérica da América. As ideias, as crenças e as imagens que os europeus tinham de antemão de outras geografias e alteridades vieram e se ajustaram ao “novo mundo” na perspectiva econômica, social, política e cultural.
Seguindo essa linha de raciocínio, analisa a visão ibérica que se criou, forjou-se e legalizou-se sobre os povos ameríndios. Investiga que estratégias os colonizadores usaram para conquistar, escravizar, catequizar e aliarem-se aos nativos, e como isso se associava à inserção do indígena nas necessidades econômicas, políticas e culturais da colonização. Negando a condição dos indígenas de serem povos vencidos, este livro também se propõe a analisar as formas nativas de resistir, quer sejam aquelas visíveis, violentas, de confronto direto com o colonizador, quer as formas sub-reptícias de negar o colonialismo, sem se utilizar de métodos violentos, a partir da aceitação ou negação da cultura colonizadora, com simulações e acordos. Observamos que, por trás da aculturação, aproximação, “paz” e “amizades” estavam modalidades diversas de se opor e negar a cultura dominante e conservar traços da cultura ancestral.

A questão ambiental é uma temática considerada historicamente nova, é complexa e multidimensional e, por isso, tem sido objeto de reflexão de diferentes esferas do saber. Também é um fenômeno da nossa cotidianidade, por meio de constantes problemas ambientais que se constituem em ameaças culturais, materiais, riscos à qualidade de vida e à biodiversidade do planeta, causando sérias implicações de ordem social e econômica à humanidade. Portanto, tem sido um assunto pertinente ao âmbito educacional. No percurso deste texto, discutimos a Educação Ambiental-EA sob a ótica da sustentabilidade. Como alguns autores, que refletem sobre esses dois conceitos, propõem uma percepção e consciência mais abrangente e efetiva de perceber e tratar não somente o ecológico, mas todas as questões que envolvem a nossa complexa e variada relação com o meio e com o outro. Como a EA pode ser uma prática efetiva para constituirmos um mundo mais equânime, justo, pacífico, solidário, de amor e respeito pelo outro, pela natureza e pelo planeta em sua dimensão maior. O artigo também mostra práticas pedagógicas levadas a cabo na EEEP Maria José Medeiros, uma instituição de Ensino Médio pública.

One of the most pertinent topics in education has been how to create and keep ethical relations among those who form the educational institution and make this practice a daily experience that goes beyond the school physical dimensions, to a communitarian, social and planetary experience.

This article discusses conceptual and practical aspects of virtual
education in quarantine times, based on the Brazilian reality, taking
as a backdrop reflections on education and the authors' teaching
practices in the context of a historical and educational reality marked
by a pandemic. In this way, the text highlights the pandemic as a
historical event full of sensitive issues that affect different aspects of
society and, consequently, in the educational sphere, demanding from
education a more attentive reflection of aspects such as technology,
remote education, teaching-learning, emotions and affectivity.

Key words: pandemic, remote education, affectivity