Papers by Daniel Albuquerque Abramo
Sidney Miller foi um importante compositor brasileiro do século XX. Alguns versos de Sidney, na m... more Sidney Miller foi um importante compositor brasileiro do século XX. Alguns versos de Sidney, na música “Pois é, pra quê?”, dá década de 60, que expressam perfeitamente um sentimento quanto a forma como a humanidade utiliza, e molda mal o foco, dos avanços tecnológicos.
No terceiro capítulo de sua grande obra, o general e teórico Sun Tzu, para a alegria dos mais afo... more No terceiro capítulo de sua grande obra, o general e teórico Sun Tzu, para a alegria dos mais afoitos, começa finalmente a abordar estratégias de batalha. Porém, como nada é trivial em Sun Tzu, não esperemos meros planos, golpes ou artifícios entregues como fórmulas-milagrosas. Mais do que uma simples questão de categorização enciclopédica, Sun Tzu nos fornece pistas em seus próprios pensamentos. Pistas essas, mais que relevantes para entender como este grande teórico articulou e organizou seu pensar quando direcionado a guerra e a ciência militar. Vejamos como isso se dá!
Explicação e comentário sobre o segundo capítulo do livro “A arte da guerra”, de Sun Tzu., 2019
Explicação e comentário sobre o segundo capítulo do livro "A arte da guerra", de Sun Tzu.
O ge... more Explicação e comentário sobre o segundo capítulo do livro "A arte da guerra", de Sun Tzu.
O general e teórico Sun Tzu, inicia o segundo capítulo de sua "Magnum opus", conhecida em Português como "A arte da guerra", aludindo aos enormes custos da manutenção de uma guerra.
Com isso, como veremos no presente texto, Sun Tzu começa a trabalhar uma noção que parece ser central ao capítulo e obra:
Em termos gerais, ou seja, não necessariamente monetários, quanto custa a guerra, sobretudo as mais longas?
Explicação e comentário sobre o primeiro capítulo do livro “A arte da guerra”, de Sun Tzu., 2019
Neste capítulo, o teórico Sun Tzu, lança as bases fundamentais para o início do estudo sobre teor... more Neste capítulo, o teórico Sun Tzu, lança as bases fundamentais para o início do estudo sobre teoria político-militar, leitura indispensável para quem quer entender a atual movimentação na geopolítica mundial e local. O presente texto tem por objetivo elencar as principais ideias e conceitos presentes em tal capítulo e refletir e comentar sobre tais ensinamentos.
Portal Disparada, 2022
O objetivo desta análise é contextualizar historicamente o periódico impresso do Jornal Última Ho... more O objetivo desta análise é contextualizar historicamente o periódico impresso do Jornal Última Hora, de n.º 980, referente ao dia 25 de agosto de 1954, o qual cobriu diversos aspectos do suicídio do então presidente Getúlio Vargas. Especialmente a reação popular de trabalhadores e o tributo fúnebre dos intelectuais filiados ao conteúdo político-ideológico de seu governo, as impressões de jornais internacionais e de chefes de estado quanto à tragédia.
Ao contextualizar a fundação do Jornal em 1951 e sua filiação com o governo, bem como elementos de destaque da reação popular, pretende-se argumentar com base nas publicações do periódico e na bibliografia selecionada, sobre as intenções dos partidários de Vargas na construção do discurso em torno do suicídio e de seus feitos, em uma relação entre cultura, política e memória, correlacionando-as com o ressurgimento da figura e defesa do legado do presidente, 67 anos depois, no movimento estudantil.
Sobre Sofistas e Filósofos na sociedade do espetáculo em plena era da opinião., 2022
Uma das grandes diferenças do filósofo para o sofista é o apego à verdade. A verdade nesse sentid... more Uma das grandes diferenças do filósofo para o sofista é o apego à verdade. A verdade nesse sentido tem o significado literal de conhecimento, que é um discurso ou explicação comprovável sobre o real, o todo. O sofista não se preocupa com a factualidade de seu discurso, pois este é utilitarista, feito no sentido de gerar ou obter algo. Por exemplo, manipular ou iludir a percepção de uma plateia para retirar benefícios próprios ou para seus associados.
Em termos heraclíticos, nesse caso, o logos humano não tem como critério estar o mais próximo possível de transliterar o logos das coisas, a lógica da própria realidade, da existência em si, ou do objeto de estudo particular em questão. Já o filósofo tem um apego profundo pela factualidade de seu discurso, pois se por definição este é literalmente um amigo do conhecimento, portanto, só pode ser também amigo da verdade. Seu discurso não é feito para manipular ou iludir, posto que a verdade muitas vezes é oposta àquilo que se espera ou se deseja.
Visa, contudo, explicar e descrever a realidade, a existência ou um objeto de estudo em particular. Em termos heraclíticos, nesse caso, o logos humano tem exatamente como critério estar o mais próximo possível de transliterar o logos das coisas, a lógica da própria realidade, da existência em si, ou do objeto de estudo particular em questão. O filósofo pode se enganar, mas diferente do sofista, este não o faz de forma deliberada, mas por erro ou impossibilidade. Essa complicada questão, o "problema do critério da verdade", é o fator central analisado no presente ensaio.
SOBRE O NEOLIBERALISMO E O MITO DO "ESPECIALISTA" APLICADO A COBERTURA MIDIÁTICA SOBRE OS OCORRIDOS NO LESTE EUROPEU., 2022
Muito embora a comunidade das Relações Internacionais e Cientistas Políticos tenham opiniões vari... more Muito embora a comunidade das Relações Internacionais e Cientistas Políticos tenham opiniões variadas, boa parte da mídia hegemônica parece ter uma opinião unificada sobre os presentes conflitos no leste da Europa. O presente ensaio busca refletir sobre isso.
Breve reflexão sobre algumas das teses de Walter Benjamin sobre a história e sua aplicação em relação ao Brasil., 2017
Ao nos depararmos com a “historiografia oficial”, em escala global ou nacional, em nosso tempo p... more Ao nos depararmos com a “historiografia oficial”, em escala global ou nacional, em nosso tempo presente, podemos ter a impressão de que a história do que “de fato ocorreu”, em todos os seus pormenores, ali está representada. Muito embora assim aparente, por demais conveniente, para qualquer força dominante, seria se assim o fosse.
A “historiografia oficial”, em geral, é feita, pelas classes dominantes, tal qual um “sistema de espelhos”, de forma a tentar impedir cada fato ou ocorrência que possam levar a questionamentos, opiniões e sentimentos contrários ao poder religioso, político e econômico desta classe dominante, sobretudo quando este questionamento virá do ponto de vista dos “invisíveis”, os mais espoliados da classe dominada. Para que isso não ocorra, esta senhora instrumentalizada, a “historiografia oficial”, é utilizada para responder com um contragolpe fatal, que com certeira precisão destrói as bases desses movimentos e questionamentos revolucionários, meramente suprimindo a história da existência destes, e com isso enterrando-lhes o exemplo de espírito heroico em um limbo.
O presente artigo tem como objetivo relacionar tal interpretação filosófica sobre a história com a própria história do Brasil.
Critical review of the text “New ideological struggle? ”, written by S. Karaganov., 2021
This review aims to critically analyze the text “New ideological struggle? ”, written by S. Kara... more This review aims to critically analyze the text “New ideological struggle? ”, written by S. Karaganov in the year 2016.
Fichamento comentado do texto “ A dialética de Marx”, de Karl Korsch., 2018
Fichamento comentado do texto “ A dialética de Marx”, de Karl Korsch, lançado em 1923.
O que foi e o que pode ser o 'desenvolvimentismo' no Brasil., 2018
Este presente ensaio, baseando-se nos textos “A transição política no Brasil: Perspectivas para a... more Este presente ensaio, baseando-se nos textos “A transição política no Brasil: Perspectivas para a democracia”, e “Desenvolvimento e Estado desenvolvimentista: Tensões e desafios da construção de um novo modelo para o Brasil do século XXI”, ambos de Eli Diniz, e na teoria filosófica sobre a história cunhada pelo filósofo alemão Walter Benjamin, tem como objetivo uma análise histórica sobre o atual conceito de ‘desenvolvimentismo’, como um desdobramento, no sentido de um avanço crítico, em relação a história do antigo nacional-desenvolvimentismo no Brasil do século XX, bem como sobre o conceito de ‘Estado-desenvolvimentista’ e o conceito de ‘desenvolvimento’, buscando uma reflexão acerca do sentido dos termos em nosso atual contexto. Para tal, o presente ensaio pretende responder a seguinte pergunta: O que foi e o que pode ser o ‘desenvolvimentismo’ no Brasil?
Explicação filosófica sobre o texto "Entrando no Bosque" do livro "Seis Passeios Pelos Bosques da Ficção" de Umberto Eco, 2017
Ler um livro , seja ficcional ou acadêmico, pode ser uma das experiências mais singulares da exis... more Ler um livro , seja ficcional ou acadêmico, pode ser uma das experiências mais singulares da existência humana. O hábito de decodificar mensagens subjetivas, de se entrelaçar em simbologias, de criar cenários imaginários nunca sequer pensados pelo autor, ao ler um texto, não é apenas enriquecedor e lúdico, mas também extremamente complexo.
O autor Umberto Eco, no primeiro texto "Entrando no bosque" de seu livro "Seis passeios pelos bosques da ficção", clarifica tal processo e com isso acaba por esclarecer pontos fundamentais sobre como ocorre a compreensão de um texto. Acerca desse tema, Eco enumera importantes conceitos como: Leitor empírico, leitor modelo, autor empírico, autor modelo, narrador, cadência do texto e a importância do leitor ao tomar escolhas.
Mas afinal, como se dá essa relação onde ambos criam universos complexos a partir de suas interpretações próprias? Esse texto pretende explicar e relacionar esses conceitos, de forma a esclarecer e evidenciar o que foi dito por Umberto Eco em “Entrando no bosque” e responder essas perguntas.
About the concepts of rhythm, gaze, and attitude of the spirit applied to “military art” in the work of Miyamoto Musashi, 2022
The texts "About the rhythm in military art", "About the gaze in military art", and "About the at... more The texts "About the rhythm in military art", "About the gaze in military art", and "About the attitude of the spirit in military art" by the notorious samurai Miyamoto Musashi, are part of his book, known in English as the "Book of the five rings". This ancient military treatise consists of a work of enormous value, divided into five chapters, and is considered the most accurate record of what was considered by Musashi to be his most valuable legacy, his meticulous and rational way of thinking about military art, and in particular , individual duels.
This important work, although it has an evident focus on kenjutsu, that is, on Japanese swordsmanship, more specifically, the Niten ichi-ryū style, founded by Musashi himself, does not fail to present more reflections on the art of war in a more general way.
About the Western progressist neoliberalism and the “new enlightened despotism” as a tool against emerging third world countries , 2021
There is a situation in particular that represents the entire geopolitical strategy of the politi... more There is a situation in particular that represents the entire geopolitical strategy of the politically organized West for the maintenance of its military and economic hegemony until the present moment in this century. If you happen to be an inhabitant of a third-world country, you probably have already been in this situation more than one time. I refer, of course, to that well-known situation in which a foreign asks you, usually in a blaming tone, about the wrongdoings of your country without realizing the obvious relationship that such problems have with economic ties with the countries from which such enlightened preachers came.
This present essay aims to explain this whole complex situation.
Apenas uma fabulação sobre ética., 2017
A proposta de tal artigo visa uma comparação sobre o conceito de ética nos pensamentos de Platão,... more A proposta de tal artigo visa uma comparação sobre o conceito de ética nos pensamentos de Platão, Aristóteles e Nietzsche. Para tal, como método, tal artigo busca uma reflexão filosófica sobre a ética, inteiramente escrita como um texto teatral poético, fortemente influenciado por Goethe e os diálogos de Platão.
Culture as a shield and a weapon: A comparison between Brazil and Índia, 2021
This brief essay aims to elaborate, explain and compare the various uses, internal and external, ... more This brief essay aims to elaborate, explain and compare the various uses, internal and external, of cultural production in India and Brazil. Both countries are part of the BRICS, are among the largest emerging economies on the planet at the beginning of the 21st century, and find particular solutions to their internal issues, and the problems of our era.
Resenha crítica sobre o texto "New ideological struggle? ", escrito por S. Karaganov, 2021
Esta presente resenha tem como objetivo analisar de forma crítica o texto “New ideological strugg... more Esta presente resenha tem como objetivo analisar de forma crítica o texto “New ideological struggle? ”, escrito por S. Karaganov no ano de 2016.
Sobre a guerra civil na Ucrânia, a crise no leste europeu e seus efeitos para o Brasil - A batalha aberta entre a unipolaridade e a multipolaridade começou antes da hora. , 2022
Trabalhadores do Brasil, vivemos em tempos confusos e incertos. O destino sorri para o Brasil de... more Trabalhadores do Brasil, vivemos em tempos confusos e incertos. O destino sorri para o Brasil de forma bastante enigmática. A guerra na Ucrânia e os ocorridos recentes no leste europeu e seus desdobramentos no sistema internacional e na economia global empurram o Brasil cada vez mais para um ponto de não retorno, cuja estratégia brasileira em política internacional tenta evitar a qualquer custo, sem muito sucesso, diante de uma gigantesca pressão internacional. Neste artigo iremos tratar sobre como tais eventos podem impactar no futuro do Brasil e na qualidade de vida dos trabalhadores brasileiros.
Sobre os conceitos de ritmo, olhar, e atitude do espírito aplicados à arte militar na obra de Miyamoto Musashi, 2022
Em resumo, neste presente texto, tentaremos desenvolver uma reflexão sobre a arte da guerra e... more Em resumo, neste presente texto, tentaremos desenvolver uma reflexão sobre a arte da guerra e sua estreita relação com o ritmo, com o estado de espírito , e portanto, o estado psicológico, de quem a pratica, bem como analisar a importância e os tipos de olhar utilizados para analisar aquilo que o lendário samurai chamava de “arte militar”.
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Papers by Daniel Albuquerque Abramo
O general e teórico Sun Tzu, inicia o segundo capítulo de sua "Magnum opus", conhecida em Português como "A arte da guerra", aludindo aos enormes custos da manutenção de uma guerra.
Com isso, como veremos no presente texto, Sun Tzu começa a trabalhar uma noção que parece ser central ao capítulo e obra:
Em termos gerais, ou seja, não necessariamente monetários, quanto custa a guerra, sobretudo as mais longas?
Ao contextualizar a fundação do Jornal em 1951 e sua filiação com o governo, bem como elementos de destaque da reação popular, pretende-se argumentar com base nas publicações do periódico e na bibliografia selecionada, sobre as intenções dos partidários de Vargas na construção do discurso em torno do suicídio e de seus feitos, em uma relação entre cultura, política e memória, correlacionando-as com o ressurgimento da figura e defesa do legado do presidente, 67 anos depois, no movimento estudantil.
Em termos heraclíticos, nesse caso, o logos humano não tem como critério estar o mais próximo possível de transliterar o logos das coisas, a lógica da própria realidade, da existência em si, ou do objeto de estudo particular em questão. Já o filósofo tem um apego profundo pela factualidade de seu discurso, pois se por definição este é literalmente um amigo do conhecimento, portanto, só pode ser também amigo da verdade. Seu discurso não é feito para manipular ou iludir, posto que a verdade muitas vezes é oposta àquilo que se espera ou se deseja.
Visa, contudo, explicar e descrever a realidade, a existência ou um objeto de estudo em particular. Em termos heraclíticos, nesse caso, o logos humano tem exatamente como critério estar o mais próximo possível de transliterar o logos das coisas, a lógica da própria realidade, da existência em si, ou do objeto de estudo particular em questão. O filósofo pode se enganar, mas diferente do sofista, este não o faz de forma deliberada, mas por erro ou impossibilidade. Essa complicada questão, o "problema do critério da verdade", é o fator central analisado no presente ensaio.
A “historiografia oficial”, em geral, é feita, pelas classes dominantes, tal qual um “sistema de espelhos”, de forma a tentar impedir cada fato ou ocorrência que possam levar a questionamentos, opiniões e sentimentos contrários ao poder religioso, político e econômico desta classe dominante, sobretudo quando este questionamento virá do ponto de vista dos “invisíveis”, os mais espoliados da classe dominada. Para que isso não ocorra, esta senhora instrumentalizada, a “historiografia oficial”, é utilizada para responder com um contragolpe fatal, que com certeira precisão destrói as bases desses movimentos e questionamentos revolucionários, meramente suprimindo a história da existência destes, e com isso enterrando-lhes o exemplo de espírito heroico em um limbo.
O presente artigo tem como objetivo relacionar tal interpretação filosófica sobre a história com a própria história do Brasil.
O autor Umberto Eco, no primeiro texto "Entrando no bosque" de seu livro "Seis passeios pelos bosques da ficção", clarifica tal processo e com isso acaba por esclarecer pontos fundamentais sobre como ocorre a compreensão de um texto. Acerca desse tema, Eco enumera importantes conceitos como: Leitor empírico, leitor modelo, autor empírico, autor modelo, narrador, cadência do texto e a importância do leitor ao tomar escolhas.
Mas afinal, como se dá essa relação onde ambos criam universos complexos a partir de suas interpretações próprias? Esse texto pretende explicar e relacionar esses conceitos, de forma a esclarecer e evidenciar o que foi dito por Umberto Eco em “Entrando no bosque” e responder essas perguntas.
This important work, although it has an evident focus on kenjutsu, that is, on Japanese swordsmanship, more specifically, the Niten ichi-ryū style, founded by Musashi himself, does not fail to present more reflections on the art of war in a more general way.
This present essay aims to explain this whole complex situation.
O general e teórico Sun Tzu, inicia o segundo capítulo de sua "Magnum opus", conhecida em Português como "A arte da guerra", aludindo aos enormes custos da manutenção de uma guerra.
Com isso, como veremos no presente texto, Sun Tzu começa a trabalhar uma noção que parece ser central ao capítulo e obra:
Em termos gerais, ou seja, não necessariamente monetários, quanto custa a guerra, sobretudo as mais longas?
Ao contextualizar a fundação do Jornal em 1951 e sua filiação com o governo, bem como elementos de destaque da reação popular, pretende-se argumentar com base nas publicações do periódico e na bibliografia selecionada, sobre as intenções dos partidários de Vargas na construção do discurso em torno do suicídio e de seus feitos, em uma relação entre cultura, política e memória, correlacionando-as com o ressurgimento da figura e defesa do legado do presidente, 67 anos depois, no movimento estudantil.
Em termos heraclíticos, nesse caso, o logos humano não tem como critério estar o mais próximo possível de transliterar o logos das coisas, a lógica da própria realidade, da existência em si, ou do objeto de estudo particular em questão. Já o filósofo tem um apego profundo pela factualidade de seu discurso, pois se por definição este é literalmente um amigo do conhecimento, portanto, só pode ser também amigo da verdade. Seu discurso não é feito para manipular ou iludir, posto que a verdade muitas vezes é oposta àquilo que se espera ou se deseja.
Visa, contudo, explicar e descrever a realidade, a existência ou um objeto de estudo em particular. Em termos heraclíticos, nesse caso, o logos humano tem exatamente como critério estar o mais próximo possível de transliterar o logos das coisas, a lógica da própria realidade, da existência em si, ou do objeto de estudo particular em questão. O filósofo pode se enganar, mas diferente do sofista, este não o faz de forma deliberada, mas por erro ou impossibilidade. Essa complicada questão, o "problema do critério da verdade", é o fator central analisado no presente ensaio.
A “historiografia oficial”, em geral, é feita, pelas classes dominantes, tal qual um “sistema de espelhos”, de forma a tentar impedir cada fato ou ocorrência que possam levar a questionamentos, opiniões e sentimentos contrários ao poder religioso, político e econômico desta classe dominante, sobretudo quando este questionamento virá do ponto de vista dos “invisíveis”, os mais espoliados da classe dominada. Para que isso não ocorra, esta senhora instrumentalizada, a “historiografia oficial”, é utilizada para responder com um contragolpe fatal, que com certeira precisão destrói as bases desses movimentos e questionamentos revolucionários, meramente suprimindo a história da existência destes, e com isso enterrando-lhes o exemplo de espírito heroico em um limbo.
O presente artigo tem como objetivo relacionar tal interpretação filosófica sobre a história com a própria história do Brasil.
O autor Umberto Eco, no primeiro texto "Entrando no bosque" de seu livro "Seis passeios pelos bosques da ficção", clarifica tal processo e com isso acaba por esclarecer pontos fundamentais sobre como ocorre a compreensão de um texto. Acerca desse tema, Eco enumera importantes conceitos como: Leitor empírico, leitor modelo, autor empírico, autor modelo, narrador, cadência do texto e a importância do leitor ao tomar escolhas.
Mas afinal, como se dá essa relação onde ambos criam universos complexos a partir de suas interpretações próprias? Esse texto pretende explicar e relacionar esses conceitos, de forma a esclarecer e evidenciar o que foi dito por Umberto Eco em “Entrando no bosque” e responder essas perguntas.
This important work, although it has an evident focus on kenjutsu, that is, on Japanese swordsmanship, more specifically, the Niten ichi-ryū style, founded by Musashi himself, does not fail to present more reflections on the art of war in a more general way.
This present essay aims to explain this whole complex situation.