Papers by Gabriel Dietrich
Princípios: Revista de Filosofia (UFRN)
A revolução científica inaugurada com a obra de Turing implicou em profundas mudanças sociocultur... more A revolução científica inaugurada com a obra de Turing implicou em profundas mudanças socioculturais que culminaram na atual situação histórica, a assim chamada “era da informação”. Como a própria expressão sugere, a informação, e também as tecnologias a ela associadas, encontra-se no centro de gravidade dessas mudanças. Recentemente, Luciano Floridi identificou neste processo revolucionário o contexto a partir do qual emergiu uma nova forma de reflexão filosófica, a filosofia da informação. O objetivo central deste trabalho consiste em apresentar em linhas gerais a filosofia da informação. Mais especificamente, o foco desta apresentação é posto em sua dimensão metafísica ou ontológica. Para tanto, o trabalho se divide em duas partes. Inicialmente, será caracterizado o quadro geral no interior do qual se deu o giro informacional e o processo de reontologização do mundo a ele associado, bem como também será apresentado o conjunto de questões por meio do qual se estabelece a agenda da...
The pandemic has undeniably brought major changes and consequences in virtually all spheres of ou... more The pandemic has undeniably brought major changes and consequences in virtually all spheres of our lives. Correspondently, several theoretical lines that are seeking to understand the scope and the dimension of depth of these changes and consequences have emerged, some of which are philosophically oriented. The main objective of this essay is to contribute to a specific line of reflection from which the pandemic is accessed from a metaphysical perspective. More specifically, it aims to evaluate to what extent the pandemic is intelligible in the light of the traditional ontological category of object. Taking Raoni Arroyo's recent publication as a starting point of this evaluation, a negative and restrictive conclusion is reached, since the metaphysical profile of object does not fit well within the epidemiology's ontological commitments, especially concerning its individuation conditions and identity criteria. Thus, as a result of this initial movement, there is the important task of offering a metaphysical profile that is correctly aligned with epidemiology's ontological commitments with viruses and diseases. The interpretative hypothesis adopted in this essay is that the ontological category of process, as presented by John Dupré in several works, accomplishes this important metaphysical task.
RESUMO: É crescente e plural o interesse filosófico em relação à dimensão afetiva da vida e da ex... more RESUMO: É crescente e plural o interesse filosófico em relação à dimensão afetiva da vida e da experiência humana. Dentre estes interesses destacam-se os recentes e variados esforços em compreender a natureza das emoções, especialmente em sua relação com diversas questões filosóficas envolvendo a agência humana. Na linha destes esforços soma-se a proposta de Goldie (2007) que consiste em um duplo movimento de, por um lado, apresentar um amplo e variado conjunto de fenômenos que precisam ser apreciados por quaisquer teorias da emoção, e, por outro, identificar em que medida as teorias da emoção mais prestigiadas fazem justiça àquela riqueza e complexidade fenomênica. O resultado deste duplo movimento é o diagnóstico crítico de que as teorias da emoção até então mais prestigiadas, a não-cognitivista, a cognitivista e a perceptual são deficitárias desde o ponto de vista explicativo. Curiosamente, apesar de ter reservado uma posição e função decisivas para a afetividade em meio ao projeto de elaboração da ontologia fundamental, o nome de Martin Heidegger não consta nas atas de boa parte dos atuais debates das filosofias da emoção, inclusive no já mencionado diagnóstico crítico de Goldie. O objetivo central deste trabalho consiste em apresentar em linhas gerais a fenomenologia da afetividade conforme desdobrada por Heidegger ao final da década de vinte. Mais especificamente, procura-se mostrar de que maneira a dimensão afetiva em geral, e o humor e as emoções em particular, possuem um caráter de abertura eminentemente revelador, o que inclusive justifica, desde uma perspectiva meta-filosófica, a sua inclusão junto ao programa da ontologia fundamental.
ABSTRACT: The philosophical interest in relation to the affective dimension of human life and experience is growing and plural. Among these interests are the recent and varied efforts to understand the nature of emotions, especially in relation to various philosophical issues involving human agency. In line with these efforts, Goldie's (2007) proposal consists of a double movement of, on the one hand, presenting a wide and varied set of phenomena that need to be appreciated by any theories of emotion, and, on the other, identifying the extent to which the most prestigious theories of emotion do justice to that richness and phenomenal complexity. The result of this double movement is the critical diagnosis that the hitherto most prestigious theories of emotion, the non-cognitivist, the cognitivist, and the perceptual are deficient from an explanatory point of view. Interestingly, although Martin Heidegger has reserved a decisive position and function for affectivity amidst the project of elaborating fundamental ontology, it is not included in the minutes of much of the current debate on the philosophies of emotion, including the aforementioned critical diagnosis. from Goldie. The main objective of this paper is to present in general the phenomenology of affectivity as unfolded by Heidegger in the late twenties. More specifically, it seeks to show how the affective dimension in general, and mood and emotions in particular, have an eminently revealing openness, which even justifies, from a meta-philosophical perspective, their inclusion in the fundamental ontology program.
Resumo: Desde a antiguidade o problema do tempo concentrou esforços das mais diversas tradições f... more Resumo: Desde a antiguidade o problema do tempo concentrou esforços das mais diversas tradições filosóficas e foi formulado e abordado de múltiplas maneiras. Dentre estas formulações e abordagens destaca-se a célebre fenomenologia do tempo inaugurada por Husserl no despontar do século XX. A partir da virada para o século XXI, esta fenomenologia foi incluída em um amplo e crescente movimento de aproximação com as ciências cognitivas. Neste contexto, esta inclusão justifica-se por duas razões internamente atreladas: por um lado, de acordo com Shaun Gallagher e Dan Zahavi, Husserl formulou adequadamente e também forneceu uma linha de resposta apropriada ao problema do tempo, evitando incorrer em uma série de dificuldades nas quais outras formulações e abordagens incorrem, e, por outro, suas descrições da dinâmica da estrutura tripartite da consciência interna do tempo são consistentes com a dinâmica dos processos neurofisiológicos que estão na base da experiência do tempo, conforme identificados pela neurofenomenologia de Francisco Varela. O objetivo geral deste trabalho é reconstruir as duas linhas de justificação da inclusão da fenomenologia de Husserl junto às ciências cognitivas. Mais especificamente, esta reconstrução consiste em inicialmente apresentar as dificuldades que orbitam o problema do tempo conforme outras formulações e abordagens, e que são enfrentadas por Husserl com o reconhecimento da estrutura tripartite da consciência interna do tempo, e, posteriormente, apresenta-la desde uma perspectiva neurofenomenológica. A hipótese interpretativa defendida neste trabalho é a de que a abordagem neurofenomenológica ao problema do tempo implica na abertura de um conjunto de questões e de potenciais consequências ontologicamente importantes.
Palavras-chave: Tempo, Fenomenologia, Neurofenomenologia, Husserl, Varela.
Abstract: Since ancient times the problem of time has concentrated efforts of the most diverse philosophical traditions and has been formulated and approached in multiple ways. Among these formulations and approaches is the famous phenomenology of time inaugurated by Husserl in the dawn of the twentieth century. From the turn of the twenty-first century, this phenomenology was included in a broad and growing approach to the cognitive sciences. In this context, this inclusion is justified by two internally articulated reasons: on the one hand, according to Shaun Gallagher and Dan Zahavi, Husserl has adequately formulated and also provided an appropriate response line to the time problem, avoiding a number of difficulties. in which other formulations and approaches incur, and, on the other hand, his descriptions of the dynamics of the tripartite structure of internal time consciousness are consistent with the dynamics of neurophysiological processes that underlie time experience, as identified by Francisco Varela's neurophenomenology. The general objective of this paper is to reconstruct the two lines of justification for the inclusion of Husserl's phenomenology in the cognitive sciences. More specifically, this reconstruction consists in initially presenting the difficulties that orbit the problem of time according to other formulations and approaches, and which are confronted by Husserl with the recognition of the tripartite structure of the internal consciousness of time, and then presenting it from a neurophenomenological perspective. The interpretative hypothesis defended in this paper is that the neurophenomenological approach to the time problem implies the opening of a set of questions and potential ontologically important consequences.
No período de sua obra que ficou conhecido como "década fenomenológica", Heidegger apresentou e d... more No período de sua obra que ficou conhecido como "década fenomenológica", Heidegger apresentou e desdobrou parcialmente o programa da ontologia fundamental, cujo centro de gravidade é a questão acerca do sentido do ser, canonicamente formulada em Ser e Tempo (1927). Dentre os desdobramentos parciais deste programa, destaca-se a tentativa de elucidação do sentido do ser da vida, empreendida no curso Os Conceitos Fundamentais da Metafísica: Mundo, Finitude e Solidão (1929). O objetivo principal deste trabalho é reconstruir em linhas gerais o programa da ontologia fundamental, especialmente em seu desdobramento na direção da elucidação do sentido do ser da vida. A partir dos elementos desta reconstrução será proposta uma breve aproximação hermenêutica com a interpretação da vida à luz da metafísica da Vontade, conforme desdobrada por Schopenhauer em O mundo como vontade e como representação (1818).
Resumo: Na virada do último século a ontologia contemporânea sofreu um giro meta-teórico a partir... more Resumo: Na virada do último século a ontologia contemporânea sofreu um giro meta-teórico a partir do qual ela própria tornou-se foco de uma reflexão de segunda ordem que ficou conhecida como "meta-ontologia". Dentre os problemas e tópicos de investigação meta-ontológicos, destaca-se o problema de determinar se o significado dos conceitos de ser e de existência é unívoco ou plural, bem como extrair desde aí consequências ontológicas importantes. Assim, abriu-se o debate entre duas teses meta-ontológicas antagônicas: o monismo e o pluralismo ontológicos. O objetivo geral deste trabalho consiste em apresentar a meta-ontologia em linhas gerais tomando como foco reconstrutivo o debate entre pluralistas e monistas. Em razão de o monismo apresentar-se como a tese meta-ontológica dominante, será tomado como ponto de partida, especialmente na formulação de Peter van Inwagen e suas 5 teses sobre o ser. Alternativamente às teses de Inwagen sobre o ser, será apresentado posteriormente o pluralismo ontológico conforme formulado por Kris McDaniel, especialmente em sua recepção de Ser e Tempo. Na medida em que cada uma das perspectivas meta-ontológicas aqui discutidas é herdeira respectivamente de Quine e Heidegger, este trabalho consiste na tentativa de diálogo crítico entre duas tradições filosóficas não-raramente contrapostas: a tradição analítica e a continental. Palavras-chave: Meta-ontologia. Monismo. Pluralismo. Quine. Heidegger. 1 A meta-ontologia de Peter van Inwagen: as cinco teses sobre o ser Na célebre formulação de Quine, a pergunta ontológica pode ser elaborada com apenas três monossílabos: "O que há?". A resposta à pergunta é ainda mais econômica: "tudo". Naturalmente, apresentar a pergunta e a resposta ontológicas desta maneira é um procedimento altamente insatisfatório, pois o que está dito é "há o que há" (QUINE, 1948, p. 21). E é justamente aqui que se abre "espaço para desacordo" de modo com que "a questão permaneceu viva ao longo dos séculos", para repetirmos as expressões do próprio Quine. Por exemplo, alguém poderia admitir que há objetos abstratos, como proposições ou propriedades,
Drafts by Gabriel Dietrich
Da metade do século passado em diante, a filosofia da matemática passou por uma importante inflex... more Da metade do século passado em diante, a filosofia da matemática passou por uma importante inflexão que conduziu gradativamente suas linhas de pensamento para o centro das práticas matemáticas. Genericamente, este movimento ficou conhecido na literatura especializada como o giro prático, do qual resultaram diversas expressões de filosofias da matemática prático-orientadas. Dentre estas, consta a de José Ferreirós, que conforme apresentada em The Mathematical Knowledge and the Interplay of Practices (2016), tem como eixo reflexivo e analítico o duplo esquema composto pelos agentes que performam ou fazem matemática e os frameworks em que tais práticas configuram-se. O objetivo central deste trabalho é apresentar em linhas gerais a filosofia da matemática prático-orientada e agente-centrada de Ferreirós. Mais especificamente, com esta apresentação também é visada uma aproximação algo surpreendente com conceitos centrais da analítica da existência de Ser e Tempo (1927), especialmente com o conceito de ser-no-mundo e com o conceito existencial de ciência. A hipótese interpretativa adotada neste trabalho é a de as perspectivas de Heidegger e Ferreirós não são inconsistentes, e que a articulação de uma filosofia da matemática prático-orientada e agente-centrada com o conceito existencial de ciência pode ser mutuamente elucidativa.
The pandemic has undeniably brought major changes and consequences in virtually all spheres of ou... more The pandemic has undeniably brought major changes and consequences in virtually all spheres of our lives. Correspondently, several theoretical lines that are seeking to understand the scope and the dimension of depth of these changes and consequences have emerged, some of which are philosophically oriented. The main objective of this essay is to contribute to a specific line of reflection from which the pandemic is accessed from a metaphysical perspective. More specifically, it aims to evaluate to what extent the pandemic is intelligible in the light of the traditional ontological category of object. Taking Raoni Arroyo's recent publication as a starting point of this evaluation, a negative and restrictive conclusion is reached, since the metaphysical profile of object does not fit well within the epidemiology's ontological commitments, especially concerning its individuation conditions and identity criteria. Thus, as a result of this initial movement, there is the important task of offering a metaphysical profile that is correctly aligned with epidemiology's ontological commitments with viruses and diseases. The interpretative hypothesis adopted in this essay is that the ontological category of process, as presented by John Dupré in several works, accomplishes this important metaphysical task.
Resumo: A revolução científica inaugurada com a obra de Turing implicou em profundas mudanças soc... more Resumo: A revolução científica inaugurada com a obra de Turing implicou em profundas mudanças socioculturais que culminaram na atual situação histórica, a assim chamada “era da informação”. Como a própria expressão sugere, a informação, e também as tecnologias a ela associadas, encontra-se no centro de gravidade dessas mudanças. Recentemente, Luciano Floridi identificou neste processo revolucionário o contexto a partir do qual emergiu uma nova forma de reflexão filosófica, a filosofia da informação. O objetivo central deste trabalho consiste em apresentar em linhas gerais a filosofia da informação. Mais especificamente, o foco desta apresentação é posto em sua dimensão metafísica ou ontológica. Para tanto, o trabalho se divide em duas partes. Inicialmente, será caracterizado o quadro geral no interior do qual se deu o giro informacional e o processo de re-ontologização do mundo a ele associado, bem como também será apresentado o conjunto de questões por meio do qual se estabelece a agenda da filosofia da informação. De posse desta caracterização inicial serão introduzidos em linhas gerais os conceitos de informação semântica, a metodologia por níveis de abstração e a proposta de um realismo estrutural informacional, que constituem o núcleo dessa nova forma de reflexão filosófica qualificada por Floridi como próte philosophía.
Palavras-chave: Filosofia da Informação. Re-ontologização. Informação Semântica. Realismo Estrutural. Metafísica.
Abstract: The scientific revolution inaugurated by Turing's work implied deep sociocultural changes that culminated in the current historical situation, the so-called “information age”. As the term itself suggests, information, as well as the technologies associated with it, is at the center of gravity of these changes. Recently, Luciano Floridi identified in this revolutionary process the context from which emerged a new form of philosophical reflection, the philosophy of information. The main objective of this paper is to present Floridi’s philosophy of information in general lines. More specifically, the focus of this presentation is on its metaphysical or ontological dimension. To this end, the paper is divided into two parts. Initially, it will be characterized the general framework within which the informational turn and the process of re-ontologization of the world associated with it took place, as well as the set of questions by which it is establiched the philosophy of information agenda. With this initial characterization, the concepts of semantic information, the methodology for levels of abstraction and the proposal of an informational structural realism, which constitute the kernel of this new form of philosophical reflection, described by Floridi as proté philosophía, will be introduced in general terms.
Key-words: Philosophy of Information. Re-ontologization. Semantic Information. Structural Realism. Metaphysics.
Resumo: O objetivo central deste trabalho é explorar criticamente o tema proposto para o Encontr... more Resumo: O objetivo central deste trabalho é explorar criticamente o tema proposto para o Encontro Regional da Residência Pedagógica em Filosofia, realizado na UFSM, a saber, "que lugar é este, o da filosofia?". Mais especificamente, esta exploração crítica toma como impulso inicial uma inflexão na formulação deste questionamento que desloca a pergunta (e o perguntar) para a posição de destaque e como o lugar da filosofia. Desde um ponto de vista histórico, a perspectiva aqui adotada aproxima-se da famosa perspectiva de Kant segundo a qual não se ensina filosofia, mas sim a filosofar. Esta aproximação permite qualificar o mote de Kant ao incluir em seu interior a pergunta enquanto tal, o que pode ser apresentado em termos condicionais do seguinte modo: se não se ensina filosofia, mas filosofar, e se a pergunta enquanto tal é central para filosofar, então a pergunta é central para ensinar a filosofar. Adicionalmente, esta qualificação é metodologicamente relevante, pois permite trazer à tona um conjunto de reflexões sobre o papel que o texto possui em sala de aula, de que modo pode ser utilizado, visando quais fins e etc. Nossa hipótese interpretativa, inspirada na fenomenologia-hermenêutica de Heidegger de Ser e Tempo, e, sobretudo, na hermenêutica filosófica de Gadamer de Verdade e Método, é a de que os verbos "refletir", "pensar", "filosofar" e "perguntar" estão intima e organicamente articulados, e que conceder papel de destaque para o ato de perguntar e para a pergunta enquanto tal abre importantes linhas de reflexão sobre o processo de ensino-aprendizagem em filosofia.
Uploads
Papers by Gabriel Dietrich
ABSTRACT: The philosophical interest in relation to the affective dimension of human life and experience is growing and plural. Among these interests are the recent and varied efforts to understand the nature of emotions, especially in relation to various philosophical issues involving human agency. In line with these efforts, Goldie's (2007) proposal consists of a double movement of, on the one hand, presenting a wide and varied set of phenomena that need to be appreciated by any theories of emotion, and, on the other, identifying the extent to which the most prestigious theories of emotion do justice to that richness and phenomenal complexity. The result of this double movement is the critical diagnosis that the hitherto most prestigious theories of emotion, the non-cognitivist, the cognitivist, and the perceptual are deficient from an explanatory point of view. Interestingly, although Martin Heidegger has reserved a decisive position and function for affectivity amidst the project of elaborating fundamental ontology, it is not included in the minutes of much of the current debate on the philosophies of emotion, including the aforementioned critical diagnosis. from Goldie. The main objective of this paper is to present in general the phenomenology of affectivity as unfolded by Heidegger in the late twenties. More specifically, it seeks to show how the affective dimension in general, and mood and emotions in particular, have an eminently revealing openness, which even justifies, from a meta-philosophical perspective, their inclusion in the fundamental ontology program.
Palavras-chave: Tempo, Fenomenologia, Neurofenomenologia, Husserl, Varela.
Abstract: Since ancient times the problem of time has concentrated efforts of the most diverse philosophical traditions and has been formulated and approached in multiple ways. Among these formulations and approaches is the famous phenomenology of time inaugurated by Husserl in the dawn of the twentieth century. From the turn of the twenty-first century, this phenomenology was included in a broad and growing approach to the cognitive sciences. In this context, this inclusion is justified by two internally articulated reasons: on the one hand, according to Shaun Gallagher and Dan Zahavi, Husserl has adequately formulated and also provided an appropriate response line to the time problem, avoiding a number of difficulties. in which other formulations and approaches incur, and, on the other hand, his descriptions of the dynamics of the tripartite structure of internal time consciousness are consistent with the dynamics of neurophysiological processes that underlie time experience, as identified by Francisco Varela's neurophenomenology. The general objective of this paper is to reconstruct the two lines of justification for the inclusion of Husserl's phenomenology in the cognitive sciences. More specifically, this reconstruction consists in initially presenting the difficulties that orbit the problem of time according to other formulations and approaches, and which are confronted by Husserl with the recognition of the tripartite structure of the internal consciousness of time, and then presenting it from a neurophenomenological perspective. The interpretative hypothesis defended in this paper is that the neurophenomenological approach to the time problem implies the opening of a set of questions and potential ontologically important consequences.
Drafts by Gabriel Dietrich
Palavras-chave: Filosofia da Informação. Re-ontologização. Informação Semântica. Realismo Estrutural. Metafísica.
Abstract: The scientific revolution inaugurated by Turing's work implied deep sociocultural changes that culminated in the current historical situation, the so-called “information age”. As the term itself suggests, information, as well as the technologies associated with it, is at the center of gravity of these changes. Recently, Luciano Floridi identified in this revolutionary process the context from which emerged a new form of philosophical reflection, the philosophy of information. The main objective of this paper is to present Floridi’s philosophy of information in general lines. More specifically, the focus of this presentation is on its metaphysical or ontological dimension. To this end, the paper is divided into two parts. Initially, it will be characterized the general framework within which the informational turn and the process of re-ontologization of the world associated with it took place, as well as the set of questions by which it is establiched the philosophy of information agenda. With this initial characterization, the concepts of semantic information, the methodology for levels of abstraction and the proposal of an informational structural realism, which constitute the kernel of this new form of philosophical reflection, described by Floridi as proté philosophía, will be introduced in general terms.
Key-words: Philosophy of Information. Re-ontologization. Semantic Information. Structural Realism. Metaphysics.
ABSTRACT: The philosophical interest in relation to the affective dimension of human life and experience is growing and plural. Among these interests are the recent and varied efforts to understand the nature of emotions, especially in relation to various philosophical issues involving human agency. In line with these efforts, Goldie's (2007) proposal consists of a double movement of, on the one hand, presenting a wide and varied set of phenomena that need to be appreciated by any theories of emotion, and, on the other, identifying the extent to which the most prestigious theories of emotion do justice to that richness and phenomenal complexity. The result of this double movement is the critical diagnosis that the hitherto most prestigious theories of emotion, the non-cognitivist, the cognitivist, and the perceptual are deficient from an explanatory point of view. Interestingly, although Martin Heidegger has reserved a decisive position and function for affectivity amidst the project of elaborating fundamental ontology, it is not included in the minutes of much of the current debate on the philosophies of emotion, including the aforementioned critical diagnosis. from Goldie. The main objective of this paper is to present in general the phenomenology of affectivity as unfolded by Heidegger in the late twenties. More specifically, it seeks to show how the affective dimension in general, and mood and emotions in particular, have an eminently revealing openness, which even justifies, from a meta-philosophical perspective, their inclusion in the fundamental ontology program.
Palavras-chave: Tempo, Fenomenologia, Neurofenomenologia, Husserl, Varela.
Abstract: Since ancient times the problem of time has concentrated efforts of the most diverse philosophical traditions and has been formulated and approached in multiple ways. Among these formulations and approaches is the famous phenomenology of time inaugurated by Husserl in the dawn of the twentieth century. From the turn of the twenty-first century, this phenomenology was included in a broad and growing approach to the cognitive sciences. In this context, this inclusion is justified by two internally articulated reasons: on the one hand, according to Shaun Gallagher and Dan Zahavi, Husserl has adequately formulated and also provided an appropriate response line to the time problem, avoiding a number of difficulties. in which other formulations and approaches incur, and, on the other hand, his descriptions of the dynamics of the tripartite structure of internal time consciousness are consistent with the dynamics of neurophysiological processes that underlie time experience, as identified by Francisco Varela's neurophenomenology. The general objective of this paper is to reconstruct the two lines of justification for the inclusion of Husserl's phenomenology in the cognitive sciences. More specifically, this reconstruction consists in initially presenting the difficulties that orbit the problem of time according to other formulations and approaches, and which are confronted by Husserl with the recognition of the tripartite structure of the internal consciousness of time, and then presenting it from a neurophenomenological perspective. The interpretative hypothesis defended in this paper is that the neurophenomenological approach to the time problem implies the opening of a set of questions and potential ontologically important consequences.
Palavras-chave: Filosofia da Informação. Re-ontologização. Informação Semântica. Realismo Estrutural. Metafísica.
Abstract: The scientific revolution inaugurated by Turing's work implied deep sociocultural changes that culminated in the current historical situation, the so-called “information age”. As the term itself suggests, information, as well as the technologies associated with it, is at the center of gravity of these changes. Recently, Luciano Floridi identified in this revolutionary process the context from which emerged a new form of philosophical reflection, the philosophy of information. The main objective of this paper is to present Floridi’s philosophy of information in general lines. More specifically, the focus of this presentation is on its metaphysical or ontological dimension. To this end, the paper is divided into two parts. Initially, it will be characterized the general framework within which the informational turn and the process of re-ontologization of the world associated with it took place, as well as the set of questions by which it is establiched the philosophy of information agenda. With this initial characterization, the concepts of semantic information, the methodology for levels of abstraction and the proposal of an informational structural realism, which constitute the kernel of this new form of philosophical reflection, described by Floridi as proté philosophía, will be introduced in general terms.
Key-words: Philosophy of Information. Re-ontologization. Semantic Information. Structural Realism. Metaphysics.