Meire Cachioni
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Papers by Meire Cachioni
responder às demandas de ensino, administração, pesquisa e extensão que decorrem da crescente
presença de adultos maduros e idosos nas Universidades da Terceira Idade. Conhecer os profissionais
desses programas reforça o compromisso da universidade em relação às pessoas mais velhas e à
sociedade que envelhece. Realizar pesquisas sobre as características dos atuais professores é uma
contribuição ao planejamento de ações visando ao aprimoramento de sua formação. Realizamos nove
estudos com 102 docentes de sete Universidades da Terceira Idade visando: a) descrever suas
características sociodemográficas, educacionais e profissionais; b) verificar aspectos da sua motivação
profissional e pessoal para trabalhar com idosos; c) verificar crenças em relação à velhice; d) verificar
conhecimentos gerontológicos; e) levantar auto-relatos sobre bem-estar subjetivo ou nível de
desenvolvimento pessoal e buscar relações entre estas variáveis e as relativas a gênero, idade, educação
e ocupação. Os programas eram os mais representativos entre os pertencentes a um universo
previamente categorizado em seis modelos educacionais de acordo com seus objetivos, procedimentos,
e ideologia de velhice e educação de idosos: NETI/UFSC; NIEATI/UFSM; U3I/PUCCAMP; CREATI
UNI3/UPF; UnATI/UERJ; U3I/UNIMEP e UnATI/USP-ESALQ. Os instrumentos foram: a)
questionário sobre dados sociodemográficos, educacionais e profissionais; sobre motivos para ser
docente no programa e ganhos pessoais e profissionais derivados; b) escala diferencial semântica
cobrindo os domínios fatoriais agência, cognição, relações sociais e persona em relação à velhice; c)
escala de desenvolvimento pessoal, com os domínios autonomia, crescimento pessoal, relações
positivas com os outros, domínio sobre o ambiente, propósito, auto-aceitação e geratividade; d)
questionário sobre perfil profissional e educacional em gerontologia; e) questionário de conhecimentos
em gerontologia nos domínios físico, cognitivo, psicológico e social. Análises estatísticas univariadas e
multivariadas revelaram predominância de diplomados em ciências humanas/sociais e em ciências
biológicas/saúde, que são pós-graduados, atuam no magistério superior e desenvolvem pesquisa. A
maioria não trabalhava com idosos anteriormente; os que trabalhavam o faziam em saúde. A maioria
não participou de nenhum curso de gerontologia nos últimos cinco anos; mais da metade não participa
de nenhum grupo de pesquisa/estudo em gerontologia; treze são especialistas em gerontologia/geriatria
(cursos feitos na instituição). Relataram sentirem-se motivados e beneficiados pessoal e
profissionalmente pelo trabalho com idosos. Houve tendência geral positiva quanto às crenças sobre
velhice; os docentes mais preparados parecem ser os que melhor compreendem o seu caráter
heterogêneo. Os melhores desempenhos quanto a conhecimentos básicos sobre velhice ocorreram nos
domínios físico e cognitivo; entre os formados em ciências biológicas/saúde, os especialistas em
gerontologia/geriatria, os que participam de grupos de estudos em gerontologia e os que tinham
experiência anterior. Predominaram auto-relatos positivos sobre desenvolvimento pessoal,
principalmente entre os mais velhos e os da área social. A docência a idosos proporciona-lhes trocas
pessoais e culturais significativas, senso de integridade e de geratividade. Os programas parecem ser
locus de ocorrência de respostas adaptativas para os idosos e de envelhecimento bem-sucedido para os
docentes.
DESENVOLVIMENTO A Aprendizagem ao longo de toda a vida | ALV está no cerne da missão da UNESCO. Desde a sua fundação, a Organização tem desempenhado papel pioneiro na defesa da função crucial da educação de adultos no desenvolvimento da sociedade e na promoção de uma abordagem global de aprendizagem ao longo da vida [1]. A ALV foi proposta como um novo paradigma e um princípio organizador para os sistemas de educação e aprendizagem frente ao século XXI e à construção da sociedade do conhecimento, em um contexto no qual o conhecimento se expande de maneira acelerada (facilitado, entre outros, pelas novas tecnologias) e no qual a expectativa de vida da população se amplia consideravelmente em todo o mundo. Dois conceitos articulados: a) aprendizagem, b) vida, referem-se ao processo educativo realizado por todas as pessoas, desde o nascimento até a morte, em qualquer idade, em âmbitos formais, não formais e informais de aprendizagem (a família, a comunidade, o sistema escolar, o grupo de pares, os meios de informação, o sistema político, a participação social, o trabalho, a leitura e a escrita, etc) e recorrendo a todos os recursos socioculturais ao seu alcance [2].