ISSN: 2176-171X
Revista EDaPECI
São Cristóvão (SE)
v.14. n. 1, p. 98-118
jan. /abr. 2014
Universidade Aberta do Brasil mediada por software livre
Brazil Open University Mediated by Free Software
Universidad Abierta de Brasil Mediado el Software Libre
Elena Maria Mallmann1
Fábio da Purificação De Bastos2
Taís Fim Alberti3
Ilse Abegg4
Ricardo Simão Diniz Dalmolin5
Resumo: O objetivo é descrever e analisar criticamente, em termos da inclusão e intercultura, a
tecnologia educacional em rede mediada por software livre do Sistema Universidade Aberta do Brasil
(UAB) no Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que
abriga a modalidade educacional a distância. A abordagem metodológica contempla um estudo de
caso com apresentação, situação-limite e viável-possível para os resultados destacados. Desta forma,
criamos parâmetros unificadores (categorias) para análise na perspectiva da educação como prática da
liberdade. Ao final, apresentamos, como conclusões, um mapeamento da situação atual sinalizando
uma prospecção viável-possível e inovadora-sustentável para potencializar inclusão e diálogo
intercultural nas comunidades colaborativas de softwares livres na educação aberta brasileira.
Palavras-chave: Universidade Aberta do Brasil. Tecnologia Educacional em Rede. Software Livre
Abstract: The goal is to describe and critically analyse, in terms of inclusion and inter-culturalism, the
educational technology network mediated by free software of the Open University of Brazil (UAB) at the
Centre for Educational Technology (NTE) of the Federal University of Santa Maria (UFSM). Analytically,
the approach contemplates a case study for all technologies used, with a brief presentation, a limitsituation and possible-viable results highlighted for the obtained data. Thus, we seek to create unifying
parameters (categories) for analysis in view of education as a practice of freedom. Finally, we present
as conclusions a mapping of the current situation signalling a possible-viable and innovative-
1
Doutora em Educação. Atua na área de Educação/Tecnologias Educacionais na linha de pesquisa Políticas Públicas e Práticas Escolares.
Professora-pesquisadora da Universidade Federal de Santa Maria nos programas de pós-graduação em educação e mestrado profissional
em tecnologias educacionais em rede e na Universidade Aberta do Brasil. Atualmente coordena o projeto de pesquisa Tecnologias
Educacionias em Rede na Formação Inicial e Continuada de professores: impacto das políticas públicas nas práticas escolares financiado
pela Chamada MCTI/CNPq/MEC/CAPES No 43/2013. elena.ufsm@gmail.com
2 Doutor em Educação pela USP. É Professor do Departamento de Metodologia do Ensino na Universidade Federal de Santa Maria e
Capes/UAB. Atua no Programa e Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede na linha de pesquisa Gestão em Tecnologias
Educacionais em Rede. fabio@ufsm.br
3 Taís Fim Alberti. Doutora em Educação (UFRGS), Professora Adjunta II do Departamento de Psicologia da UFSM, do Programa de Mestrado
Profissional em Tecnologias Educacionais em Rede (PPGTER); e Professora Pesquisadora I da Universidade Aberta do Brasil- UAB/UFSM.
Tem experiência na área de Psicologia e Educação, principalmente nos seguintes temas: processos de ensino-aprendizagem mediados por
tecnologias, atividades de estudo desenvolvimentais, educação a distância, ambientes virtuais de ensino-aprendizagem e educação
dialógico-problematizadora. tfalberti@gmail.com
4 Doutora em Informática na Educação pela UFRGS. Professora do Departamento de Metodologia do Ensino na Universidade Federal de
Santa Maria, Pesquisadora Fapergs e Capes/UAB. Atua no Programa de Pós-Graduação em Educação, linha de pesquisa Políticas Públicas e
Práticas Escolares; Programa e Pós-Graduação em Tecnologias Educacionais em Rede, Linha de pesquisa Gestão em Tecnologias
Educacionais em Rede. ilse.abegg@ufsm.br
5 Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência do Solo. É professor na Universidade Federal de Santa Maria e Pesquisador CNPq. Atua na área
de Ciências Agrárias e em cursos a distância da UAB/UFSM. As linhas de pesquisa são Ciências Ambientais e Solos e Ambiente.
dalmolinrsd@gmail.com
Universidade Aberta do Brasil mediada por software livre
sustainable prospect to enhance inclusion and intercultural dialogue in the collaborative communities
of free software in Brazilian open education.
Keywords: Open University of Brazil. Networked Educational Technology. Free Software.
Resumen: El objetivo es describir y analizar críticamente, en términos de inclusión e intercultural, la
tecnología educativa mediada por el software libre del Sistema Universidad de Brasil (UAB), en el
Centro de Tecnología Educativa (NTE) de la Universidad Federal de Santa María de la red (UFSM), que
alberga la modalidad de educación a distancia. El enfoque metodológico ofrece una presentación del
estudio de caso, situación-límite y viable-factible para obtener los resultados señalados. Por lo tanto,
creamos parámetros unificadores (categorías) para el análisis de la visión de la educación como
práctica de la libertad. Finalmente, se presentan las conclusiones, como un mapeo de la situación
actual, lo que indica una prospección viable-posible e innovadora-sostenible para mejorar la inclusión y
el diálogo intercultural en las comunidades de colaboración de software libre en la educación pública
abierta brasileña.
Palabras-clave: Universidad Abierta de Brasil. Red de Tecnología Educativa. Software Libre
a mediação do software livre (EVANGELISTA, 2012) na Universidade Aberta do Brasil (UAB),
com destaque para as ações no âmbito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Com
isso, a pertinência e emergência do trabalho justifica-se no momento atual, pois, referenciado
na literatura da área, propõe uma análise crítica da realidade contemporânea nas instituições
públicas que aderiram desde 2006 ao sistema UAB.
De acordo com os pressupostos da tipologia de pesquisa do estudo de caso, como
materiais e método analisamos especificamente as seguintes tecnologias informáticas
utilizadas na UAB/UFSM: 1) sistema de informação da Universidade Aberta do Brasil (Sisuab);
2) ambiente de trabalho da Universidade Aberta do Brasil (Atuab); 3) sistema de gestão de
bolsas (SGB) da Capes; 4) distribuição Linux educacional nos polos de apoio presencial da
UAB; 5) ambiente virtual de ensino-aprendizagem (Moodle) da UAB na UFSM; 6) portal na
Internet do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) da UFSM; 7) distribuição GNU/Linux
Ubuntu; 8) ferramenta de correio eletrônico do NTE/UFSM e 9) recursos educacionais
hipermídia. Em outras palavras, trata-se de uma análise exploratória no âmbito do estudo de
caso do projeto da UAB na UFSM com o propósito de avaliar situações-limite (desafios) e
viável-possível (avanços) em termos de implementação da modalidade a distância mediada
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A ideia-chave (objetivo) deste trabalho é problematizar e, ao mesmo tempo desvelar,
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
INTRODUÇÃO
por tecnologias livres em rede. Do ponto de vista da tipologia de pesquisa, caracteriza-se
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como um diagnóstico da realidade contemporânea na UFSM tendo em vista as inovações
impulsionadas pela expansão do ensino superior público. Pelo fato da UAB ser um sistema
nacional, entendemos que muitos aspectos sinalizados se aplicam a outras instituições que
integram o sistema.
Nas nove frentes mediadoras que problematizamos, destacaremos, segundo
categorias em Freire (1967), os resultados organizados em: 1) apresentação; 2) situaçãolimite e 3) viável-possível. No item situação-limite, explicitamos os limites (desafios a serem
superados) da situação-problema abordada. Já no viável-possível (perspectivas), sinalizamos
possibilidades de resolução e avanços diante dos limites esboçados. Optamos por não
problematizar o fato de algumas tecnologias em rede ainda não serem co-gerenciadas, nem
remota nem localmente pela UFSM, pois esperamos, em breve, maior participação ativa
neste processo de co-desenvolvimento inclusivo e intercultural.
No âmbito das concepções e práticas na modalidade a distância, especialmente do
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Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
sistema UAB, acreditamos que a educação como prática da liberdade pode ser potencializada
com mediação tecnológica livre. Para isso, temos como âncora a sustentabilidade em termos
de pesquisa e desenvolvimento colaborativo no âmbito da inovação científico-tecnológica nos
modos de produção livres e abertos em rede.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL (SISUAB)
O Sisuab é, conforme própria definição da UAB na Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (Capes),
uma plataforma de suporte para a execução, acompanhamento e gestão de
processos da Universidade Aberta do Brasil. O sistema é resultado do esforço
contínuo da equipe UAB em cumprir os objetivos de maneira cada vez mais eficiente
e ágil, refletindo em um atendimento de melhor qualidade a todos aqueles que
participam do programa (UAB/Capes, 2010, sem página, grifos em negrito nossos).
Conforme nossos grifos, a UAB-Capes vem desenvolvendo a referida plataforma com
o intuito de suportar a execução, acompanhamento e gestão dos processos educacionais
abertos em rede. Para isso, organiza a mesma, segundo instituições (no caso as Instituições
Públicas de Ensino Superior - IPES), polos de apoio presencial e cursos. Além disso, trabalha
com conceitos próprios como, por exemplo, oferta, articulação e planilha orçamentária de
curso e núcleo UAB. Em outras palavras, trata-se de um sistema acadêmico-universitário em
rede incluindo a disponibilização dos materiais didáticos de todos os cursos.
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Situação-limite
Mesmo que o Sisuab não seja um software proprietário (STALLMANN, 2002; DA
SILVEIRA, 2013), pois é resultado do esforço contínuo da equipe UAB, o copyright e os direitos
reservados estão explícitos desde a página inicial. Além disso, algumas funcionalidades,
consideradas essenciais pelas coordenações UAB nas IPES, ainda não são possíveis, como, por
exemplo, atualização local das grades curriculares dos cursos e edição das planilhas
orçamentárias. “Para atender as demandas locais por educação superior e para gerenciar as
articulações entre IES e polos foi desenvolvido o Sisuab: sistema computacional que auxilia o
MEC na organização das demandas por cursos” (MILL, 2012, p. 283). Contudo, há de se
destacar a iniciativa da Capes de desenvolver tal tecnologia educacional em rede, pois a
maioria dos sistemas acadêmicos das IPES, além de serem proprietários, encontram-se
bastante defasados tecnologicamente. Além disso, o que em nossa opinião é o mais grave,
colaboração universitária. Com isso, perde, no âmbito das IPES, o estado-nação, mas ganha
no âmbito do sistema UAB.
Viável-possível
Acreditamos que o Sisuab é a quintessência do sistema UAB, principalmente pelo
caráter aberto do processo de escolarização no nível superior na formação inicial e
continuada dos professores da educação básica brasileira. Contudo, é preciso assumir como
inédito-viável a colaboração ativa e em rede entre os sujeitos das Instituições Públicas de
Ensino Superior (coordenações UAB, coordenações de curso, coordenações de tutoria,
professores-pesquisadores e estudantes). A colaboração vem sendo discutida como princípio
central dos processos ensino-aprendizagem mediados por tecnologias educacionais,
especialmente na modalidade a distância (SANTANA, ROSSINI e PRETTO, 2012; OKADA, 2003).
Da mesma forma, acreditamos que ela precisa sustentar o trabalho nas instâncias da gestão
acadêmica e administrativa, principalmente se dispusermos de ferramentas consolidadas
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
não possuem interfaces interinstitucionais, minimizando ou relegando a um plano inferior a
Dito de outra forma, é preciso consolidar e dar sustentabilidade à colaboração
mediada pelo Sisuab para que todos os sujeitos envolvidos se tornem intérpretes-autores de
fato. Desse modo, alcançaremos o que Tapscott e Williams (2007) chamam de “colaboração
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(TEJEDOR, MUÑOZ-REPISO e DA COSTA, 2012).
em massa”, permitindo a criação de novas ideias, projetos e soluções (bens e serviços)
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tecnológicas com base em comunidades virtuais que geram fluxos contínuos de informações
transformadas em conhecimento.
AMBIENTE DE TRABALHO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL (ATUAB)
Tecnologicamente, o Ambiente de Trabalho da UAB (Atuab) é o mesmo que as IPES
utilizam para mediar o processo ensino-aprendizagem a distância. O logotipo do Moodle é
destacado na página inicial junto ao da Capes. Customizado em torno de cinco conceitos
(instituições, polos, cursos, pesquisas UAB e portal UAB), na prática, o Atuab faz parte e
sempre remete (antes do acesso) ao portal UAB. Lembramos que o portal da UAB na Capes
(disponível em http://uab.capes.gov.br/) não contém as mesmas informações acadêmicas
específicas do Sisuab. Convém ressaltar que, após o acesso, o Atuab se divide em dois
ambientes: de trabalho das coordenações UAB e do Fóruns das áreas dos cursos do Sisuab.
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
No primeiro deles a Diretoria de Educação a Distância da Capes (DED/Capes) disponibiliza
editais e recebe as submissões através da ferramenta tarefa do Moodle.
Situação-limite
Como a Capes não tem atualizado o mesmo, acaba induzindo a mesma prática nas IPES,
embora isso seja essencial no âmbito do software livre (STALLMANN, 2002; DA SILVEIRA, 2013). Em
outras palavras, a atualização tecnológica é o que garante a interação em rede com a comunidade de
software livre. Além disso, como a administração do Atuab é feita pela DED/Capes, algumas discussões
acabam ocorrendo fora do mesmo e não nos fóruns criados para esta finalidade.
Viável-possível
Avaliamos que, sendo o Atuab a plataforma Moodle customizada pela DED/Capes, a
intenção seja de unificar as plataformas tecnológicas de trabalho, em especial de diálogo
(FREIRE, 1987) em rede via ferramenta fórum. Contudo, é preciso espraiar isso para os
professores-pesquisadores das IPES, que na maioria das vezes não acompanham a esfera das
discussões do Sisuab, ficando restrito ao Moodle de suas instituições.
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O trabalho docente e de gestão (acadêmica, pedagógica e administrativa) mediado
pelas tecnologias contemporâneas requer novos modos de produção (RAYMOND, 1998) ou
seja, implica avançarmos de sistemas individualizados para procedimentos que comportem
colaboração (autoria e coautoria). Necessariamente, requer “mentes colaborativas”
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(TAPSCOTT e WILLIAMS, 2007), tendo em vista que o poder de pensar diferente traz uma
abordagem sobre o poder do pensamento compartilhado e das redes de colaboração em prol
da construção do conhecimento, da inovação tecnológica e do crescimento econômico nos
dias atuais. Assim, apostamos que, muitas discussões, comunicações e editais encaminhados
pela DED/Capes seriam fortalecidos com a participação em rede dos professorespesquisadores que efetivamente conduzem o processo ensino-aprendizagem na UAB. Tendo
em vista o caráter da atividade universitária, com destaque para a aberta (UAB), cuja
pretensão é interiorizar e expandir esta cultura de ensino superior no país, o diálogo no Atuab
para os professores-pesquisadores da UAB é tarefa urgente e fundamental.
SISTEMA DE GESTÃO DE BOLSAS (SGB) DA CAPES
situação dos bolsistas, em especial da vinculação institucional), gerenciamento (dos bolsistas, de
acesso às listas dos bolsistas autorizados e não autorizados nos lotes principais e complementares,
da exclusão de parcelas e situação de vinculação) e acesso aos relatórios (de cadastro de bolsistas e
do saldo de cotas dos cursos). No SGB-Capes é que as IPES introduzem e validam digitalmente os
dados oriundos das fichas-termo dos bolsistas UAB, além de solicitarem o pagamento das mesmas.
Isso é realizado mensalmente, conforme solicitação das coordenações de curso, em cada IPES
participante da UAB, segundo calendário anual da DED/Capes.
Situação-limite
Embora o SGB-Capes, após migração do SGB-FNDE, tenha evoluído significativamente
em termos de funcionalidades e participação ativa das IPES no âmbito da edição, ainda a
pouco tempo atrás não permitia acesso das coordenações de curso para consultas de
bolsistas, respectivas vinculações e saldo de cotas. Além disso, a inserção dos lotes principais
e complementares no SGB-Capes só é possível em determinados intervalos temporais, não
necessariamente seguindo o calendário anual, de acordo com a determinação da DED/C APES.
Convém ressaltar que, diferentemente dos recursos de custeios que vão anualmente para as
IPES, as bolsas ficam na Capes, sendo liberadas mensalmente através de solicitação no SGB-
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o sistema UAB. Integrado ao Sistema de Segurança Digital do MEC, permite acompanhamento (da
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O Sistema de Gestão de Bolsas da Capes (SGB-Capes) gerencia o processo de bolsas de todo
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Capes. Daí a necessidade da referida ferramenta ser otimizada e compartilhada com as IPES
em todas as suas instâncias.
Viável-possível
Com a plena integração entre Sisuab e SGB-Capes o processo de gestão de bolsas deverá ser
otimizado e se tornar mais compartilhado com as IPES. Por se tratar de recurso tecnológico livre,
espera-se que a DED/Capes assuma o co-desenvolvimento do mesmo com as IPES integrantes do
sistema UAB. Afinal, diferentemente do sistema de pós-graduação do país, na UAB os sujeitos
universitários precisam crescer no escopo da fluência tecnológica (PAPERT e RESNICK, 1995, KAFAI et
al, 1999) e também no escopo da gestão acadêmica, pedagógica, administrativa e financeira. Dito de
outra forma, é fundamental que professores-pesquisadores, coordenações de curso e tutoria
compartilhem com a coordenação UAB nas IPES a essência do processo de financiamento.
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Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
LINUX EDUCACIONAL NOS POLOS DE APOIO PRESENCIAL DA UAB
O Linux Educacional é uma solução software livre, caracterizada como software
público brasileiro, instalado nos computadores dos polos de apoio presencial da UAB. O Portal
do Software Público Brasileiro foi criado em abril de 2007 para compartilhar softwares de
interesse público e tratar o software como um bem público (disponível em
http://www.softwarepublico.gov.br). Na prática, colabora para o atendimento dos propósitos
do ProInfo de forma a priorizar aos sujeitos educacionais (em especial professores e
estudantes da educação básica brasileira), bom uso e acessibilidade, bem como minimizar as
ações do responsável pelo laboratório, no que se refere à manutenção e atualização. Seu
grande mérito é disponibilizar um software livre em ambientes de informática voltados para a
educação e proporcionar aos técnicos, professores e estudantes maior liberdade na produção
escolar.
Situação-limite
A versão 3.0 do Linux Educacional foi baseada nas distribuições GNU/Linux chamadas
Kubuntu (Ubuntu com a interface gráfica KDE - K Desktop Environment) e de Debian. Embora
isso lhe forneça um ambiente gráfico excelente, requer um hardware com custo maior (o que
os computadores adquiridos pelo MEC não tem de fato), deixando o trabalho muito moroso.
Talvez devido a isso, a grande maioria dos tutores presenciais e coordenações de polo
trabalham com softwares proprietários desatualizados e contaminados nos computadores
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adquiridos pela mantenedora municipal dos polos. A área de trabalho possui aplicativos
educacionais personalizados, ferramentas de acesso e busca nos repositórios de conteúdos
educacionais mantidos pelo MEC e ferramentas de produtividade. Contudo, seu potencial de
atualização é baixo, ainda que na mesma versão, se comparado com outras distribuições, em
especial a Ubuntu. Além disso, o curso do Linux Educacional elaborado pelo MEC e
disponibilizado
na
Internet
no
endereço
http://webeduc.mec.gov.br/linuxeducacional/curso_le/index.html, na nossa avaliação, é
pouco focado no mesmo e completamente desconhecido nas escolas. Sem falar que os
técnicos das empresas terceirizadas pelo MEC não realizam a atualização, induzindo a sua
desinstalação pelos estudantes, tutores e coordenações de polo para instalar o software
proprietário em que os mesmos têm formação.
Viável-possível
para consolidar as metas da UAB. Mesmo assim, percebemos que a grande maioria dos
professores-pesquisadores e tutores não participam (ou sequer percebem!) na esfera de
conscientização esperada da defesa da liberdade como prática educacional aberta. Portanto,
fortalecer práticas educacionais abertas mediadas por softwares educacionais livres nos polos
de apoio presencial da UAB é tarefa urgente e cotidiana das coordenações UAB das IPES.
Desta forma, evitamos o sucateamento do parque tecnológico dos mesmos, consolidamos e
contribuímos com a sustentabilidade da interação e interatividade dos sujeitos da UAB.
AMBIENTE VIRTUAL DE ENSINO-APRENDIZAGEM (MOODLE) DA UAB NA UFSM
O Moodle da UFSM é para nós um Ambiente Virtual de Ensino-Aprendizagem (AVEA)
(ALONSO, DA SILVA e MACIEL, 2012). Tecnologicamente é um software livre educacional. O
Moodle
da
UAB
na
UFSM
é
acessado
através
do
portal
do
NTE/UFSM
[http://nte.ufsm.br/moodle/]. A versão instalada é a mesma do presencial e da capacitação.
Isso porque optamos em trabalhar de forma unificada no âmbito da tecnologia educacional
na UFSM.
Na prática da produção de materiais didáticos hipermidiáticos e implementação das
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iniciativa do software público brasileiro, em especial do Linux Educacional, é fundamental
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
Do ponto de vista da difusão das políticas públicas educacionais livres e abertas, a
disciplinas dos cursos de graduação e pós-graduação, os professores-pesquisadores sempre
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trabalham mediados em rede pela mesma versão do Moodle. Do ponto de vista didático, isso
implica em definir na etapa da produção dos recursos e atividades educacionais, os módulos
dos cursos no Moodle. Com o intuito de otimizar a comunicação assíncrona entre
professores-pesquisadores, tutores e estudantes, a equipe multidisciplinar da UAB na UFSM
instalou uma ferramenta de email nos Moodle institucionais. Com esta é possível se
comunicar como num webmail, inclusive compartilhando arquivos e enviando mensagens
para grupos, por exemplo.
Situação-limite
Embora as funções de professores-pesquisadores e tutores na UAB estejam bem
definidas nas respectivas fichas-termo, o mesmo não ocorre no Moodle. Existem muitas
configurações possíveis para os participantes, inclusive para além daquelas que a comunidade
do Moodle disponibiliza. Na UFSM, a referida configuração foi desenhada coerentemente
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Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
com as orientações estabelecidas nas fichas-termo. Contudo, os relatórios de atividades
gerados pelo Moodle indicam que na UFSM nem sempre a prática educacional a distância dos
professores-pesquisadores é coerente com o planejamento elaborado no par recursoatividade. Com o Moodle temos monitorado as práticas educacionais de professorespesquisadores e tutores, procurando diferenciá-las e qualificá-las no âmbito universitário.
Viável-possível
Através da parametrização das boas práticas educacionais a distâncias mediadas pelo
Moodle (ARRUDA, 2012) temos participado do co-desenvolvimento do referido software livre
educativo (SCHLOTTGEN e DE BASTOS, 2013; MALLMANN, DE BASTOS e DALMOLIN, 2013).
Dito de outra forma, os resultados de diagnósticos de pesquisa sobre a prática têm orientado
a modelização da customização e desenvolvimento do Moodle. Além disso, estamos
trabalhando para que as atividades educacionais a distância editada nos módulos do Moodle,
assim como as avaliações das mesmas e dos encontros presenciais, seja exportada para o
Portal do Professor da UFSM (onde está o diário de classe digital e o registro acadêmico).
Desta forma, estaremos integrando a tecnologia educacional da UAB (Moodle) na UFSM.
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PORTAL NA INTERNET DO NÚCLEO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL (NTE) DA UFSM
O
portal
do
NTE
da
UFSM
encontra-se
disponível
no
endereço
<http://nte.ufsm.br/moodle/>, concentrando todas as informações relacionadas ao sistema
UAB/UFSM. Assim como os cursos ofertados no âmbito da UAB por essa instituição, o portal
faz apresentação sistematizada dessas informações e de conteúdo através do Moodle. No
Portal é possível encontrar notícias, documentos, tutoriais, perguntas frequentes, contatos,
imagens, áudios e vídeos sobre temáticas relacionadas ao sistema UAB/UFSM. Vale a pena
destacar que através do referido portal é possível acessar os Moodle dos cursos a distância,
presenciais e de capacitação.
O Portal está organizado em quatro frentes principais: a) Menu Principal – NTE, UAB,
REGESD, Integração e Convergência, Utilidades; b) Notícias – A partir da ferramenta fórum de
notícias do Moodle, disponibilizamos informações referentes aos editais de seleção de
semestre; d) Suporte Acadêmico (Calendário acadêmico, Guia do estudante e Suporte ao
Moodle). A partir da página inicial do Portal é possível navegar por hiperlinks que levam a
outros sites (por exemplo: Eventos) ou links dentro do domínio da UFSM (por exemplo:
calendário acadêmico e guia do estudante).
No Portal, estudantes, professores, coordenadores de curso e de tutoria, tutores e
demais agentes fazem acesso ao ambiente restrito ao qual cada um encontra-se vinculado.
Por isso, ao optar pelo acesso, além de digitar login e senha é preciso escolher a instância que
deseja acessar dentre uma das categorias: UAB e EaD (destinado para cursos a distância);
Presencial: Moodle disponível àqueles professores da graduação e pós-graduação que
optaram por fazer integração das tecnologias e convergência das modalidades (JENKINS,
2009), Capacitação (Ambiente destinado as capacitações que fazem parte do Plano Anual de
Capacitação Continuada (PACC) e UAB e EAD 2012/1.º semestre (Ambiente destinado para
organização de recursos e atividades, aos professores que atuaram até o segundo semestre
do ano 2012 e que precisam acessar o material didático em rede já utilizado no Moodle).
O Portal do NTE/UFSM é administrado pela equipe multidisciplinar que tem acesso
ao Moodle com o perfil de administrador. Assim, analista de tecnologia da informação
etécnicos em assuntos educacionais fazem a manutenção e atualização das informações
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UAB/UFSM; c) Acesso ao Moodle - UAB e EaD; Presencial, Capacitação; UAB e EaD 2012/2.º
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
tutores, oferta de cursos, oferta de capacitações e demais informações relevantes ao sistema
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disponibilizadas no portal, sempre coordenados pelos professores-pesquisadores da equipe
multidisciplinar da UAB/UFSM. Resumindo, o referido portal é o canal de acesso a
informações e conteúdos do sistema UAB na UFSM. Em outras palavras, é a porta de acesso
ao que diz respeito a expansão e interiorização da educação superior na UFSM.
Situação-limite
Embora todas as informações referentes ao sistema UAB na UFSM estejam
disponíveis no portal do NTE/UFSM para professores, estudantes, tutores e coordenações do
sistema UAB, ainda é preciso desenvolver estratégias colaborativas na perspectiva da prática
da liberdade (FREIRE, 1967). Assim, talvez consigamos criar o hábito de acessar o portal antes
de recorrer ao telefone para solicitar as mesmas informações já disponibilizadas no mesmo.
Afinal, o portal busca otimizar a prática da educação aberta mediada por tecnologia livre no
cotidiano universitário. Talvez um canal síncrono de comunicação no próprio Portal do
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NTE/UFSM, como um chat, tenha potencial orientador para leitura das informações e
conteúdos disponíveis. O limite é a disponibilidade de recursos humanos em rede no horário
de funcionamento da UFSM.
Viável-possível
Essa organização do portal do NTE/UFSM a partir do Moodle otimiza o acesso a
qualquer instância em que atuamos, seja presencial, a distância ou de capacitação inicial e
continuada. Além disso, permite que problemas sejam resolvidos rapidamente, visto que a
manutenção e o suporte são implementados local e remotamente. Por outro lado, dispor de
uma Biblioteca no Portal é fundamental para acesso e distribuição daquilo que é produzido
no âmbito do Núcleo de tecnologia Educacional. No entanto, ampliar o acervo virtual se faz
urgente, para que nos processos de autoria e coautoria compartilhemos artigos, tutoriais,
recursos e atividades que possam colaborar no processo de apropriação da mediação
tecnológica livre (Moodle). Temos produzido via wiki do Moodle artigos, modelizações,
projetos, materiais didáticos, e o Portal tem sido o lugar de referência para concentrar essas
produções (pelo menos até que todos tenham acesso para edição no SisUAB).
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DISTRIBUIÇÃO GNU/LINUX UBUNTU
O Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE) tem como meta atuar como agente de
inovação dos processos ensino-aprendizagem, bem como no fomento à incorporação das
Tecnologias de Informação e Comunicação aos projetos pedagógicos da UFSM, em especial
na modalidade a distância. Neste sentido, visa democratizar o conhecimento científico para as
diferentes camadas sociais, proporcionar a emancipação coletiva e acesso ao saber
acadêmico visando a redução das desigualdades sociais. Neste contexto, a escolha por
ferramentas tecnológicas livres e abertas para mediar todas as ações do sistema Universidade
Aberta do Brasil (UAB) e cursos presenciais da instituição é fundamental para sustentar
valores e condutas que levam ao desenvolvimento de ações mais humanas.
Ao optarmos pela distribuição Ubuntu para implementar cursos e projetos de
educação mediados por tecnologias educacionais, propostos pelas unidades universitárias da
aprendizagem. Assim, estimula-se a autoria e coautoria junto aos professores e estudantes da
instituição, disseminando e compartilhando os conhecimentos produzidos de forma livre e
aberta. Ubuntu é uma antiga palavra africana que significa algo como "Humanidade para os
outros" ou ainda "Sou o que sou pelo que nós somos". Assim, a distribuição Ubuntu traz o
espírito desta palavra para o mundo do software livre e, no nosso caso, para o mundo
educacional. Segundo o Arcebispo Desmond Tutu em Nenhum Futuro Sem Perdão (No Future
Without Forgiveness):
Uma pessoa com Ubuntu está aberta e disponível aos outros, assegurada pelos
outros, não sente intimidada que os outros sejam capazes e bons, para ele ou ela ter
própria auto-confiança que vem do conhecimento que ele ou ela tem o seu próprio
lugar no grande todo (Fonte: http://www.ubuntu-br.org/ubuntu#significado grifos
em negrito nossos, sem página).
É nesta perspectiva que o NTE/UFSM vem atuando para que a comunidade universitária,
principalmente os envolvidos na UAB, tenha desenvolvimento psíquico-intelectual ao mediar suas
atividades profissionais, seja professor, tutor ou estudante, visando fluência tecnológica como
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
UFSM, temos a possibilidade de fomentar e difundir as tecnologias educacionais no ensino-
humanos e compartilha o conhecimento de forma livre, aberta e gratuita para educação como prática
da liberdade (FREIRE, 1967).
Revista EDaPECI
processo de conscientização crítica (SCHNEIDER e outros, 2010). Além disso, dissemina valores mais
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Situação-limite
Ao optarmos pelo Ubuntu, ou seja, pelo software livre, visamos atuar na perspectiva
da educação como prática da liberdade no âmbito da UAB. Contudo, sabemos que esta é uma
opção desafiadora para todos os envolvidos. Logo, torna-se uma situação-limite para cada um
de nós se questionar sobre as ações e compreensões que temos a respeito da concretude dos
princípios e valores humanitários que devemos defender ao optarmos, também, por atuar
num espaço que visa a expansão e interiorização da educação brasileira, através da
modalidade educacional a distância no âmbito da UAB. Assim como o Ubuntu, a expansão e
interiorização da educação no Brasil também visa a “humanidade para todos” por meio do
acesso à cultura científico-tecnológica possibilitada pela formação universitária pública,
gratuita, de qualidade e laica. Por isso, o desafio está em fazer compreender que, para o
desenvolvimento da modalidade educacional a distância como conscientização crítica, todas
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Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
as nossas escolhas têm interferência. Portanto, a escolha por um software proprietário, por
exemplo, para mediarmos as ações mais simples do processo educacional é, também, a não
opção pelos valores e princípios da cultura da liberdade. Essa compreensão passa a ser, para
muitos, uma situação-limite.
Viável-possível
Ubuntu é um sistema operacional baseado em GNU/Linux desenvolvido por uma
comunidade e pode ser utilizado em notebooks, desktops e servidores. Ele contém todos os
aplicativos que uma pessoa necessita, como navegador web, programas de apresentação,
edição de texto, planilha eletrônica, comunicador instantâneo e muito mais. Ou seja,
possibilita mediar desde atividades meio como as ações administrativas e de secretaria, como
também as atividades fins, relacionadas ao processo ensino-aprendizagem mediadas por TIC.
No NTE/UFSM dispomos de: equipe multidisciplinar; equipe administrativa; equipe
de capacitação; secretaria acadêmica; laboratório multiuso; mini-auditório e hall de entrada.
Todos estes espaços funcionam 100% (cem por cento) com software livre – distribuição
Ubuntu –, com acesso à internet livre e aberta. Além disso, dispomos de servidores para os
AVEA para mediação das ações de ensino, pesquisa e extensão com banco de dados e
ambiente gráfico também livres e gratuitos. Neste contexto, torna-se possível o
desenvolvimento de práticas mais livres e desafiadoras para todos. Assim, temos
implementado cultura de produção colaborativa visando, cada vez mais, a coautoria em todos
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Universidade Aberta do Brasil mediada por software livre
os processos que envolvem a EAD. Isso tem permitido desenvolvimento na perspectiva do
"ser mais" (FREIRE, 1967; 1987) dos estudantes no estudo dos conteúdos curriculares e dos
próprios professores em termos de desenvolvimento profissional.
Com esses parâmetros culturais, para nós fica cada vez mais claro que o processo
educacional da UAB na UFSM requer assumir condutas humanizadoras que levem à prática da
liberdade
como
prioritárias.
Ao
atentarmos
para
as
potencialidades
dialógico-
problematizadoras e, portanto, desenvolvedora psico-intelectual dos envolvidos, o Ubuntu
torna-se uma ferramenta-chave para as atividades educacionais que levam ao cumprimento
de tarefa, não meramente técnica, mas com potencial de liberdade e humanização. Ou seja,
além dos aspectos técnicos, estamos preocupados com o componente político do que fazer
educacional a distância mediado pelas tecnologias livres e abertas, como os AVEA e sistema
operacional como ferramenta de trabalho. Integrar tecnologias como o Ubuntu no escopo da
convergência entre as modalidades educacionais para nós tem sido inédito-viável, embora
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
numa escala maior (a totalidade da UFSM) esteja longe de se tornar viável-possível.
CORREIO ELETRÔNICO DO NTE/UFSM
Com o intuito de dinamizar a comunicação eletrônica no NTE/UFSM e inserir a
equipe multidisciplinar da UAB na UFSM na cultura do software livre, instalamos uma
ferramenta de correio eletrônico. Desta forma, todos os participantes do NTE/UFSM possuem
endereço eletrônico com a terminação “@nte.ufsm.br” otimizando a comunicação entre os
diferentes setores de atuação. Na mesma ocasião que o NTE/UFSM adotou a referida prática
comunicativa, a UFSM como um todo também a seguiu, disponibilizando a mesma
ferramenta de correio eletrônico para toda a comunidade universitária (professores,
estudantes e técnico-administrativos em educação). Operacionalmente, isso otimiza, não
apenas o tempo de comunicação eletrônica, mas também a fluência tecnológica (PAPERT e
RESNICK, 1995, KAFAI et al., 1999), na ferramenta conhecida como e-mail.
Situação-limite
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A métrica colaborativa desejada por nós do NTE/UFSM, que defendemos e
praticamos na unificação tecnológica (de natureza livre, aberta e multi-plataforma), era
mediar a comunicação interna e externa através do portal, ou seja o Moodle. Contudo, como
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isso não ainda foi possível, optamos pela ferramenta Gmail (da tecnologia de comunicação e
colaboração Google Apps) [ http://www.google.com/intx/pt-BR/enterprise/apps/business ].
Mesmo admitindo que a mesma tenha otimizado a comunicação e a colaboração,
aumentando significativamente a produtividade em rede no NTE/UFSM conforme disposto no
site do Wikipédia [http://pt.wikipedia.org/wiki/Google_Apps], para nós ainda não está
solucionado o problema da unificação tecnológica. Em outras palavras, a ferramenta de
correio eletrônico do NTE/UFSM funciona em plataforma de trabalho comercial, diferente do
próprio portal.
Viável-possível
Conforme já abordamos no item “ambiente virtual de ensino-aprendizagem”, os
Moodle institucionais da UFSM possuem nas disciplinas uma ferramenta de email. Desta
forma, evitamos que estudantes, professores-pesquisadores e tutores saiam do Moodle para
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Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
se comunicar eletronicamente. No NTE/UFSM o setor administrativo-financeiro, secretaria
executiva, secretaria acadêmica e suporte Moodle não atuam mediados pelo Moodle. Além
disso, a ferramenta de email do Moodle funciona nas áreas das disciplinas, o que
obstaculizaria a comunicação no portal inteiro. Logo, o desafio tecnológico está em criar ou
customizar uma ferramenta de correio eletrônico, livre e aberta, para todo o portal do
NTE/UFSM. Em outras palavras, uma tecnologia modular ao Moodle como um todo. Desta
forma,
estudantes,
professores-pesquisadores,
tutores,
coordenações
de
curso,
coordenações de tutoria, coordenações de polo, coordenação UAB, técnicos-administrativos,
estagiários de graduação e contratados poderiam se comunicar e atuar colaborativamente via
Moodle.
RECURSOS EDUCACIONAIS HIPERMÍDIA
Os recursos hipermídia produzidos de modo multidisciplinar no NTE/UFSM estão na
perspectiva da mediação tecnológica em rede por software livre, pois estão em conformidade
com: a) a normatização institucional (calendário acadêmico; guia do estudante); b) tecnologia
educacional (desenvolvimento e customização do Moodle para graduação e pós-graduação a
distância e apoio ao presencial); c) as características da interatividade, não linearidade,
velocidade de acesso, flexibilidade cognitiva típicas da hipermídia (tutoriais do professor e do
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Universidade Aberta do Brasil mediada por software livre
aluno, tutoriais de ferramentas colaborativas) e d) resultados de pesquisa e demandas de
capacitação (recursos, atividades a distância, fluxogramas de produção, guia de tutores).
A mediação tecnológico-educacional em rede da UAB/UFSM é pautada pelos
princípios do software livre, com destaque para a produção de recursos educacionais
hipermídia. A
equipe
multidisciplinar da
UAB
na UFSM implementa pesquisa,
desenvolvimento e capacitação junto às coordenações de cursos e tutoria, aos professorespesquisadores, coordenadores de polo e tutores, orientando e fomentando a elaboração,
implementação, acompanhamento e avaliação de processos ensino-aprendizagem mediados
por recursos educacionais hipermídia. Na UFSM, o esforço da equipe multidisciplinar da UAB
no NTE/UFSM é contínuo paraque melhores índices de interatividade, interação, autonomia e
produção colaborativa (autoria e coautoria), sejam alcançados por todos os integrantes do
sistema UAB. Efetivamente, as ações de pesquisa, desenvolvimento e capacitação precisam
2011).
Situação-limite
Mesmo que os recursos hipermídia produzidos e disponibilizados em portal público
tratem de orientações inerentes às funções específicas dos integrantes do sistema UAB na
UFSM, nem todos compartilham dos princípios do acesso irrestrito ao conhecimento
preconizado pelo software livre e pela educação aberta (BUTCHER, KANWAR, e UVALIC´TRUMBIC´, 2011; AMIEL, 2012). Ao mesmo tempo, a disponibilização de documentos
orientadores institucionais em portais públicos alocados em diretórios como Bibliotecas,
restringe-se a páginas html que não permitem edição ou arquivos em formatos fechados
como os de extensão pdf. Santana (2012) afirma que
quando o material é licenciado de maneira fechada, sob a frase “todos os direitos
reservados”, não pode ser utilizado para qualquer finalidade, nem gerar novos usos
ou ser remixado em novos produtos, ou ser distribuído para ter seu acesso
ampliado. A criatividade e a capacidade de adaptação a necessidades locais, ou a
simples correção de problemas, fica vedada. Dependendo do formato em que for
publicado um conteúdo, tais possibilidades, além de ilegais, podem ser
tecnicamente impossíveis (p. 140).
Mesmo assim, essas restrições tecnológicas, na sua maioria atreladas às concepções
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promovendo integração das tecnologias e convergência entre modalidades (MALLMANN,
Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
melhorar a fluência na performance hipermidiática em rede de todos os integrantes,
modelizadas em sistemas de produção proprietários (RAYMOND, 1998), tem permitido, no
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âmbito da UAB na UFSM, a produção e disponibilização de recursos com bons níveis de
navegabilidade e diagramação gráfica. Os fluxogramas, guias e tutoriais, por exemplo, tem
potencial para orientação da prática colaborativa com melhoria da fluência de boa parte das
pessoas que os acessam, estudam e problematizam.
Viável-possível
Recursos educacionais hipermídia são mediadores tecnológico-educacionais centrais
nos processos interativos em rede gerenciados por software livre. O sistema UAB, como
política pública nacional de expansão e interiorização do ensino superior público brasileiro,
gerou inovação na docência universitária ao induzir e fomentar a produção de materiais
didáticos (MALLMANN, 2008). No entanto, os princípios do software livre, como produção
colaborativa compartilhada em rede, precisam mobilizar modos de produção de recursos
educacionais abertos. No âmbito da UAB na UFSM, a equipe multidisciplinar do NTE capacita
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Educação a Distância e Práticas Educativas Comunicacionais e Interculturais
e orienta os professores (conteudistas, pesquisadores, coordenadores) a produzirem os
materiais didáticos em rede (recursos e atividades) no Moodle, utilizando ferramentas que
permitem reutilização, reedição e redistribuição (TEJEDOR, MUÑOZ-REPISO e DA COSTA,
2012): páginas web, rótulos, fóruns, wikis, tarefas, lições, glossários, pesquisas de avaliação,
entre outros. Isso porque entendemos que recursos educacionais hipermídia potencializam o
caráter aberto (AMIEL, OREY e WEST, 2011) do processo de escolarização no nível superior,
na formação inicial e continuada dos professores da educação básica brasileira, meta central
da UAB.
Nosso argumento a favor dos recursos educacionais hipermídia como fontes de
dinamização da produção escolar é pautada tanto na divulgação científica atual quanto nos
resultados de pesquisa-ação em programas de capacitação que são favoráveis ao potencialda
flexibilidade e colaboração (autoria e coautoria) em ferramentas html. Estimamos que o
pensamento aberto centrado nos princípios do software livre poder impactar na interação e
colaboração flexibilizando os modos organizativos e produtivos mediados por tecnologias em
rede.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o intuito de mapear uma prospecção viável-possível e inovadora-sustentável
para potencializar inclusão e diálogo intercultural (FLEURI, 2003; FREIRE, 1987) nas
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comunidades colaborativas de softwares livres (STALLMAN, 2002) na educação aberta brasileira,
esboçamos a seguir algumas considerações finais no escopo da mediação tecnológica da UAB.
Contudo, ressaltamos, desde já, se tratar de análise local, a partir do estudo de caso da
realidade na UFSM, claramente marcada por nuances e inserções específicas no movimento
do software livre a partir do sul do país.
Acreditamos que o Moodle como mediador tecnológico livre da UAB, no qual
efetivamente ocorre o ensino-aprendizagem, tenha bom potencial de sustentabilidade, em
termos de pesquisa e desenvolvimento colaborativo. Dito de outra forma, não cremos que se
tornará obsoleto num curto período, visto que abarca modos de produção inovadores
pautados por colaboração (autoria e coautoria, sincronia e assincronia). Por outro lado, é
necessário maior investimento das instituições públicas participantes do sistema UAB para
que os sujeitos participem e sejam incluídos (DA SILVEIRA, 2002) na esfera da fluência
fluente ultrapassa práticas de usuários e consumidores de tecnologia, avançando
significativamente no escopo do co-desenvolvimento. Finalmente, é fundamental
problematizar cotidianamente a referida tecnologia educacional livre, principalmente para
que os sujeitos se sintam intérpretes-autores do co-desenvolvimento da mesma. Desta forma,
não só exigirão sua atualização, assim como não aceitarão estar defasados tecnologicamente.
Apresentamos as situações-limite e os viáveis-possíveis em cada uma das nove
frentes tecnológicas, identificando resultados no escopo da gestão e da docência-discência.
Atentamos, em termos conclusivos, que o destaque para o pilar da pesquisa mediada por
tecnologias em rede ainda é pouco explorado, tanto do ponto de vista das políticas públicas
quanto do instrumental tecnológico disponibilizado para o funcionamento da UAB. Desta
forma, os parâmetros unificadores que criamos como categorias embasadas na concepção
educacional de Freire servem como indicadores para análises futuras com vistas à
compreensão de como a UAB tem alavancado, de fato, a educação como prática da liberdade.
O mapeamento da situação atual na UAB/UFSM sinaliza prospecção viável-possível e
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tecnológica, em especial na referida tecnologia educacional em rede. Lembramos que ser
colaborativas de softwares livres na educação aberta brasileira.
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inovadora-sustentável para potencializar inclusão e diálogo intercultural nas comunidades
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Recebido em 30 de outubro de 2013
Aceito em 4 de fevereiro de 2014
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