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FILOSOFIA DA RELIGIÃO

https://twitter.com/Admrochalima. Ministra ensino de educação religiosa e liderança.

Procura caracterizar o sentimento de religiosidade do homem, a origem da religião, suas funções e suas relações com as outras dimensões das experiências individuais e culturais humanas.

FILOSOFIA DA RELIGIÃO Autoria1 Filosofia da religião – procura caracterizar o sentimento de religiosidade do homem, a origem da religião, suas funções e suas relações com as outras dimensões das experiências individuais e culturais humanas. Neste primeiro tópico o trabalho aponta para os tempos variados das filosofias nos séculos V a.C. até o século XX passando pelo renascimento, racionalismo, iluminismo, as escolas, chegando Marxismo. Filosofia Grega (séculos V-IV a.C.) O período clássico da história da Grécia aconteceu do século V a.C. a IV a.C. e foi marcado por lutas e confrontos extremamente violentos contra os povos invasores. Mas, apesar desse cenário, o século V a.C. foi considerado o apogeu da civilização antiga grega, acabando por concentrar suas maiores realizações na cultura. Período Clássico Regime de governo: Oligarquia e Democracia Domínio da cidade: Estado Expansão helênica favorecida pelo Mar Mediterrâneo. Predominância do mo de produção escravo. Cidade era uma extensão do campo. Em 490 a.C. ocorreu a primeira grande guerra dos gregos contra os persas e recebeu o nome de Guerras Médicas, isso porque os medos era o nome de um dos povos que fazia parte do Império Persa. Sob a liderança de Dario I, os persas chegaram na Grécia, mas acabaram sendo surpreendidos na planície de Maratona pelo exército de Atenas. Além disso, apesar da supremacia numérica, foram vencidos pelos gregos. 1 ROCHA LIMA, Nilton. Administrador. Especialista do Ensino superior. MBA Gestão do conhecimento. Mestrando em Educação eclesiástica Em 480 a.C., iniciou-se a segunda ofensiva dos persas. Cerca de 100 mil homens, que estavam sob a liderança do imperador Xerxes, marcharam em direção à Grécia. Os gregos acabaram se unindo aos invasores e assim, os persas conseguiram saquear e invadir Atenas. Por causa da falta de reforços e de suprimentos e apesar de sair vitoriosa, a campanha dos persas acabou se enfraquecendo. A situação se agravou ainda mais com a derrota na batalha naval de Salamina, que fez com que os persas se retirassem sem terem conseguido tomar a Grécia. A democracia foi aprimorada no governo de Péricles. Foi durante seu governo que se deu a criação de uma pequena remuneração em dinheiro para os cidadãos que ocupavam cargos públicos e ainda quando foi realizado o embelezamento e a reconstrução da cidade. O descontentamento contra o domínio de Atenas crescia cada vez mais, e expandiu-se para as cidades aristocráticas, tendo à frente a cidade de Esparta. Assim, formou-se a Liga do Peloponeso, uma nova aliança. Esparta e Atenas entraram em guerra e este combate durou por 17 anos, encerrando a Guerra do Peloponeso com a vitória de Esparta na batalha de Égos Potamos. O domínio espartano não durou por muito tempo, já que outras cidades queriam controlar a península Balcânica. No período helenístico, que aconteceu dos séculos III a.C. a II a.C, os gregos estiveram sob o domínio da Macedônia. Mas, estes não ficaram limitados com a conquista da Grécia e logo partiram em direção ao Oriente. Alexandre o Grande, filho de Felipe II, primeiro governante desse período, foi o grande responsável por essas conquistas. Alexandre foi educado por Aristóteles, e por isso, acabou assimilando alguns valores da cultura grega. Após acabar com internas revoltas, começou a expansão territorial, tomando a Pérsia, a Ásia menos e alcançando as margens do rio Indo, situado na Índia. Alexandre morreu com apenas 33 anos, e seu império acabou não sobrevivendo a isso. As constantes revoltas internas e as divisões na política acabaram por enfraquecer o Império Macedônico e facilitando a ocupação dos romanos. Filosofia Romana (século I) Com herança forte na Filosofia Helenísica, os romanos não tinham uma exata linha de pensamento, tomando como base para sua filosofia a moral. O povo romano se inspirava nos mistérios da religião e na adoção de deuses estrangeiros, influenciados, também, pelo estoicismo e epicurismo. A filosofia romana inspirou, drasticamente, no pensamento ocidental. Escolas e seitas filosóficas, criadas no período de transição do paganismo para o cristianismo, dividiram opiniões e deram origem ao sincretismo grego romano judaico oriental. Destas teorias, destacam-se o estoicismo, que é a vertente cívica e política, que busca a ataraxa e a aponia. Acreditam que o prazer é o fim da vida. Dos teóricos que marcaram história na filosofia Romana, temos: →Sêneca (4 a 65 d.C) - nascido em Córdoba, Espanha, foi professor de Nero que exigiu, posteriormente, que se suicidasse; →Epiteto - condensadas era escravo liberto. ao Suas Manual idéias foram, de posteriormente, Epicteto; →Marco Aurélio - foi um grande imperador romano. Viveu e governou entre 161 e 180 d.C., foi autor da obra Pensamentos, destacando-se assim no campo da filosofia. Apuleio - Apuleio nasceu em Madaura, pequena mas importante colônia romana. Filosofia Medieval (séculos XIII-XIV) Abrange pensadores europeus, árabes e judeus. É o período em que a Igreja Romana dominava a Europa, ungia e coroava reis, organizava Cruzadas à Terra Santa e criava, à volta das catedrais, as primeiras universidades ou escolas. E, a partir do século XII, por ter sido ensinada nas escolas, a Filosofia Medieval também passa a ser conhecida com o nome de ESCOLÁSTICA. A Filosofia Medieval têm como influências principais Platão e Aristóteles. Conversando e discutindo os mesmos problemas que a patrística, a Filosofia Medieval acrescentou outros – particularmente um conhecido com o nome de Problemas Universais. Platão e Aristóteles, sofreram uma grande influência das ideias de Santo Agostinho. Durante esse período surge propriamente a Filosofia Cristã, que é, na verdade, a teologia. Um de seus temas mais constantes são as provas da existência de Deus e da imortalidade da alma, isto é, demonstrações racionais da existência do infinito criador e do espírito humano imortal. Os pensadores medievais mais importantes foram: Do lado europeu: Abelardo, Duns Scoto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, Santo Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Guilherme de Ockham, Roger Bacon, São Boaventura. Do lado árabe: Avicena, Averróis, Alfarabi e Algazáli. Do lado judaico: Maimônides, Nehmanides, Yeudah bem Levi. Renascimento (século XV) O Renascentismo, também conhecido como Renascimento ou Renascença, é o período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna, que ocorreu principalmente na Itália, e se alastrou por toda a Europa. Importantes acontecimentos artísticos e culturais marcaram esse momento, e invadiram o ocidente do século XV. O desenvolvimento das artes, da ciência, da economia e da política fez adormecer na eternidade os pensamentos medievais. O desenvolvimento comercial, o início das grandes navegações e a agitada atividade cultural do ocidente fez nascer um sentimento de humanidade, em que as ações fossem voltadas para o homem. Esse pensamento já vinha se transformando desde o enfraquecimento da Igreja Católica, que praticamente dominava toda a cultura na Idade Média com uma visão teocêntrica. Inicialmente, esse sentimento humanista partiu de uma elite, formada por intelectuais ricos, que buscavam na antiguidade, principalmente na cultura greco-romana, o ideal perfeito de civilização. Os movimentos dessa elite, porém, refletiram em todo o ocidente, e mudaram as concepções de sociedade, de cultura e de religião da época. O período do Renascimento é considerado entre o fim do século XIV e início do século XVII. Na Idade Média, a vida material deveria ser ignorada, em detrimento da busca pela eternidade. O corpo deveria ser disciplinado e controlado para manter as virtudes da alma. Para os renascentistas, a vida terrena também era importante, e o homem deveria buscar o prazer de viver e a beleza da natureza em que ele está inserido. Racionalismo (século XVII) O racionalismo é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio que é a operação mental, discursiva e lógica. Este usa uma ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. Essa era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como racionalismo “O racionalismo pode consistir em considerar a razão como essência do real, tanto natural quanto histórico”. Sustenta a primazia da razão, da capacidade de pensar, de raciocinar, em relação ao sentimento e à vontade, pressupondo uma hierarquia de valores entre as faculdades psíquicas. A posição segundo a qual somente a análise lógica ou a razão pode propiciar desta forma o desenvolvimento da análise científica, do método matemático, que passa a ser considerado como instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos, aplicados às ciências físicas que levaram a uma crescente fé na capacidade do intelecto humano. “Para isolar a essência no real e ao surgimento de uma série de sistemas metafísicos fundados na convicção de que a razão constitui o instrumento fundamental para a compreensão do mundo, cuja ordem interna, aliás, teria um caráter racional”. Conforme descrito acima, da obra de Descartes, o conjunto de aptidões em função das quais os indivíduos aprendem mais rapidamente novas informações e se revelam mais eficientes no manejo e aproveitamento adequado de conhecimentos já armazenados por meio de aprendizados anteriores e empíricos. Estes podem fazer com que através da análise lógica se descubram processos ou sistemas mais rapidamente pelo método lógico e matemático, ao invés do método empírico, pois o empirismo leva em conta a tentativa e erro, enquanto que o método lógico e a análise crítica levam às respostas necessárias minimizando a necessidade do experimentalismo prático. Esta visão chamada de cartesiana alterou e acelerou as descobertas científicas. Iluminismo (século XVIII) Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, que defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política. Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns. As críticas do movimento ao Antigo Regime eram em vários aspectos como: ›Mercantilismo. -›Absolutismo - ›Poder monárquico. da igreja e as verdades reveladas pela fé. Com base nos três pontos acima, podemos afirmar que o Iluminismo defendia: » A liberdade econômica, ou seja, sem a intervenção do estado na economia. » O Antropocentrismo, ou seja, »O predomínio da o avanço da ciência e da razão. burguesia e seus ideais. As ideias liberais do Iluminismo se disseminaram rapidamente pela população. Alguns reis absolutistas, com medo de perder o governo - ou mesmo a cabeça -, passaram a aceitar algumas ideias iluministas. Estes reis eram denominados Déspotas Esclarecidos, pois tentavam conciliar o jeito de governar absolutista com as ideias de progresso iluministas. Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal. Alguns pensadores ficaram famosos e tiveram destaque por suas obras e ideias neste período. São eles: John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tabula rasa sem nenhuma ideia. Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo. Voltaire - François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos. Montesquieu - Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada. Rousseau- Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos. Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia. Quesnay - François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado. Adam Smith - Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte: - o Estado é legitimamente poderoso se for rico; - para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas; - para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares. A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura. Escola Sociológica (século XIX) Quando se afirma que a sociologia nasceu na França é complicado não perceber que se trata categoricamente dos anos de fundação da Terceira República e, em seguida, da instalação do que hoje é chamado o Estado de bem-estar. Alguns elementos parecem determinantes: O primeiro surgiu com a chegada da República acompanhando-se da idéia de programa da transformação da sociedade. O uso das estatísticas, para colocar em evidência as leis de funcionamento da sociedade era habitual. Pensemos em Durkheim em O suicídio (1897) e pensemos nos trabalhos de Simiand e de Halbwachs em sociologia econômica. O segundo veio com a crise que a Terceira República conheceu a partir de 1885, que levou os governos depois de Jules Ferry a procurar uma nova política geral. Muitos republicanos a encontravam no “solidarismo”, ou seja, a ciência que trata da formação das idéias da solidariedade. Durkheim foi considerado na época, como a principal referência científica do solidarismo. O terceiro é o fortalecimento do socialismo no mundo operário e na juventude intelectual francesa. O bibliotecário Lucien Herr introduziu a leitura de Marx e dos socialistas alemães entre outros jovens filósofos, no meio dos qual Jean Jaurès. Muitos, filósofos e historiadores, tornaram-se socialistas seguidores de Jean Jaurès. Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, " Escola Psicológica (século XIX) A psicologia teve suas raízes há dois mil anos, fundida com a filosofia grega e sua preocupação inicial era o "algo" além do material e sensorial. Suas questões iniciais eram relacionadas à natureza humana como a percepção, a consciência, e a loucura. A origem de seu nome deriva-se da mitologia grega (psyché=alma). A alma era concebida como parte imaterial do ser humano, compreendendo o pensamento, os sentimentos de amor e ódio, a irracionalidade, o desejo, a sensação e a percepção. Sócrates preocupava-se com os limites entre os homens e os animais, RazãoX instintos. Platão acreditava que a alma era imortal e que a mente independia do corpo. Aristóteles dizia que alma e corpo não se separavam e se dedicou a estudar a psyqué evolutiva que seguia a linha vegetal-animal-homem. A psicologia da época foi influenciada pelo contexto histórico da Grécia onde predominava o império Romano e o desenvolvimento do cristianismo a psicologia estava relacionada ao conhecimento religioso. No renascimento (XVI) René Descartes cria métodos para sistematização do conhecimento cientifico. Descartes acreditava que o corpo e a mente estavam separados, mas existia alguma interação entre eles e essa teoria oi chamada de dualismo interativo. Somente no final do século XIX quando surgiram as primeiras escolas psicológicas é que a psicologia se tornou uma ciência independente, definido seu objeto de estudo, delimitando seu campo de estudo, métodos e formulando teorias das quais as mais importantes serão sintetizadas abaixo (Estruturalismo, Funcionalismo, Behaviorismo, gestalt, psicanálise). Evolucionismo (século XIX) Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde elas habitam. O principal cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Robert Darwin (1809-1882), que publicou, em 1859, a obra Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural ou a conservação das raças favorecidas na luta pela vida, ou como é mais comumente conhecida, A Origem das Espécies. Darwin elaborou sua principal obra a partir de uma pesquisa realizada em várias partes do mundo, após uma viagem de circum-navegação ocorrida entre 1831 e 1836, coordenada pelo Almirantado britânico. Nessa viagem, o cientista inglês pôde perceber como diversas espécies aparentadas possuíam características distintas, dependendo do local em que eram encontradas. Marxismo (século XX) Walmir Barbosa nos conta que Karl Marx nasceu em Treves, capital da província alemã do Reno, em 1818. Sua família pertenceu à classe média judia, convertida ao protestantismo e conquistada pelo racionalismo iluminista. Marx confeccionava uma vasta produção de textos a partir do desenvolvimento de um diálogo crítico com pensadores que o precederam e outros pensadores com que contraiu relações intelectuais, políticas e mesmo pessoais. Marx passa a fazer uma interpretação dialética da história e uma crítica da economia política. A partir de então, um amplo movimento de ideias, designado por marxismo, apareceu. Pág: 65-66. Segundo Marx, a sociedade, articulada por meio de uma formação social concreta e específica, seria produto do desenvolvimento individual e da ação recíproca dos homens, tenham eles consciência disso ou não. Entretanto não poderiam eleger a formação social em que se encontram nem tampouco arbitrar livremente sobre suas forças produtivas. A formação social e as forças produtivas seriam o resultado das lutas sociais e da ação sobre a natureza conduzida por parte dos homens que as precederam. A sociedade se conformaria em todo complexo e interdependente, sujeita a múltiplas determinações. Portanto qualquer formação social seria sempre transitória e histórica. Pág: 67. Escola Etnológica (século XX) Etnologia é a ciência social que estuda e compara os diferentes povos e culturas do mundo antigo e moderno. Alguns autores consideram uma disciplina e método de investigação da antropologia. Etnologia estuda sistematicamente e procura estabelecer relações comparativas entre as características dos povos diferentes do humano de diferentes aspectos, tais como: §Diversidade: o Etnologia concebeu a cultura como uma pluralidade e em oposição à natureza. Assim, o estudo da cultura requer a análise das relações que unem e separadas ambas as dimensões nas sociedades humanas e também para esclarecer o que é universal no homem e o que é arbitrário no seu comportamento, criando uma reflexão sobre as ligações que unem as leis naturais, § normas Relação entre § Subsistência § Religião e diferentes sistemas e culturais. sociedades econômicos, expressão e suas culturas simbólica e influências. civilizações. importante. § Família organização, sistemas sociais e políticos. Como entender e conceber a etnologia tem variado de acordo com o momento histórico, o lugar e as escolas teóricas que têm investigado a ele. Consciência da religião por via da sensibilidade. A última via que pode dar acesso a Deus, no plano natural, é a via da sensibilidade. Trata-se de conhecer a influência que tem esta parte sensitiva na consciência de nossa ligação com Deus. Como a sensibilidade humana é muito rica, é necessário fazer uma breve distinção entre os diversos grupos que a compõem, isto é: as tendências, apetites, instintos, paixões e sentimentos. Tendências A tendência é uma inclinação natural a. Santo Tomás a chama o “pondus naturae”, uma espécie de peso que leva sobre si a própria natureza e que a inclina sempre a determinados fins. Estende-se não só ao seres animados mas também aos inanimados. Apetite O apetite tem uma significação mais restrita, refere-se propriamente ao animal (racional ou irracional) e sua atuação segue sempre a um conhecimento. Pode ser um “apetite superior” (apetite racional ou vontade) e pode ser também um “apetite inferior” Instintos Estes dois apetites fundamentais vistos acima envolvem infinitas modalidades, que respondem às diversas maneiras em que podem se apresentar os infinitos objetos. Esta modalidade, estas concretizações, chamamos instintos. São sempre inatos. Como já vimos anteriormente, vários filósofos imanentistas, tentando explicar o fenômeno religioso, afirmaram ser este o produto de um instinto comum a todos os homens. Freud, por exemplo, em seu clássico pansexualismo, diz ser a religião a “sublimação da libido”, semelhante ao “élan vital” de Bergson e à ânsia de viver de Schopenhauer, mas introduzindo nestes conceitos a idéia de sexualidade. Esta sublimação da libido é o fundo de toda vida religiosa. Feuerbach, por outro lado, afirma ser a religião uma aspiração ilusória do homem que diante da dominação da Natureza e da limitação de suas faculdades, sonha com a liberdade, com a independência. Boutroux põe a essência da religião no instinto de superação que caracteriza a sociedade e o indivíduo. O progresso é a prova deste instinto. A sociedade não se detém e as gerações tratam de superarem-se umas às outras. Spencer apresenta uma teoria da religião que, em última análise, reduz-se a um movimento instintivo, o instinto de conservação. Todos estes filósofos tem em comum o fato de reduzirem a religiosidade a um subproduto do eu. Erram, portanto, ao negarem a existência de um ser transcendente à subjetividade. Veremos como a perspectiva realista olha com outros olhos os instintos que nos levam a Deus. Paixões É fácil distinguir, uma vez entendida assim a natureza dos instintos, dois aspectos bem diferentes em quem os possui. O instinto enquanto força, tendência do sujeito; e o instinto enquanto elemento passivo, sofrendo as consequências da apetecibilidade. A isto chamamos paixões. É algo transitório. Costuma ocorrer com alguma mutação orgânica. Sentimentos É um conjunto de afetos, de excitações que surgem no sujeito causado pela presença do objeto apetecível sob uma infinidade de circunstâncias. De fato, a religião, por analogia, pode ser objeto das paixões e dos sentimentos. Basta pensar, por exemplo, o que ocorre quando ouvimos uma peça de música extraordinária, quando contemplamos um quadro famoso, ou quando lemos uma obra prima: nosso espírito costuma elevar-se a regiões inauditas. Pensando neste exemplo, é fácil imaginar que em determinadas circunstâncias, admirando a beleza da natureza, fazendo um retiro espiritual, obtendo uma graça extraordinária (a solução de um problema econômico, a cura de uma doença), sintamos Deus no nosso coração. Não será propriamente Deus que estaremos sentindo, mas uma Grandeza Superior, uma Luz inigualável dentro de nós, etc. Muitas conversões surgem destes sentimentos. Não há dúvida que é preciso procurar posteriormente um fundamento para esta experiência sensível. ATITUDE DO HOMEM DIANTE DA CONSCIÊNCIA DA RELIGIÃO Muitas pessoas já reconhecem a diferença entre espiritualidade e religião. Elas compreendem que ter um sistema de crenças um conjunto de pensamentos entendido como a verdade absoluta não torna ninguém espiritualizado, não importa qual seja a natureza dessas convicções. Na realidade, quanto mais um indivíduo faz de seus pensamentos (crenças) sua própria identidade, mais se distancia da dimensão espiritual que existe dentro dele. Muitas pessoas “religiosas” estão presas nesse nível. Para elas, a verdade equivale ao pensamento. Como estão completamente identificadas com o pensamento (sua mente), consideram-se detentoras exclusivas da verdade, o que é uma tentativa inconsciente de proteger a própria identidade. Elas não compreendem as limitações do pensamento. A seus olhos, qualquer indivíduo que acredite (pense) de modo diferente está errado. Num passado não muito distante, isso lhes serviria de justificativa para matar alguém. E ainda há quem faça isso hoje em dia. Em parte como resultado dos ensinamentos espirituais que surgiram fora das religiões estabelecidas, mas também em decorrência da influência da antiga sabedoria do Oriente, um número cada vez maior de seguidores das religiões tradicionais tem sido capaz de deixar de lado a identificação com a forma, o dogma e um sistema de crenças rígido. Essas pessoas têm descoberto a profundidade original que está oculta em sua própria tradição espiritual ao mesmo tempo que encontram a profundidade dentro de si mesmas. Elas compreendem que seu “grau de espiritualidade” não está absolutamente relacionado com aquilo em que acreditam, porém que ele tem tudo a ver com seu estado de consciência. Isso, por sua vez, determina como alguém age no mundo e interage com os outros. Aqueles que não são capazes de ver além da forma ficam mais arraigados a suas crenças, isto é, a seus próprios pensamentos. Em seus trabalhos, Ludwig Feuerbach se preocupa em grande parte com o fenômeno religioso; ele faz parte da tradição dos discípulos de Hegel que se dedicaram à crítica da religião, mas marcado por uma inovação: seu materialismo. Feuerbach crê que na religião há uma carência da consciência de si do homem. Essa carência é a base da religião, onde o homem (religioso) aliena a sua essência; essa fase religiosa corresponde a uma “essência infantil da humanidade”, já que este homem (infantil) adora sua própria essência sem reconhecê-la como tal. Também na essência do cristianismo, encontramos uma série de exemplos. Um deles, muito curioso, é quando Feuerbach analisa o papel simbólico da água, do vinho e do pão no cristianismo. A água é um produto natural indispensável ao homem; o vinho e o pão são produtos naturais transformados pelo homem, mas também são importantes para sua sobrevivência. Assim, ele comenta, “adoramos na água a pura energia natural, (...) no vinho e pão a energia sobrenatural do espírito, da consciência, do homem” (Feuerbach, 1988, p. 315). A análise antropológica desse conteúdo religioso, neste exemplo, indica que na água expressamos nossa gratidão à natureza; no pão e no vinho nossa gratidão ao homem. CONCLUSÃO No início, a filosofia visava encontrar esclarecimentos a alguns aspectos do paganismo, do judaísmo e do cristianismo. A teologia negativa gira em torno da afirmação de que Deus só pode ser conhecido quando negamos que os termos ruins possam ser aplicados à ele. É impossível chegar a uma descrição do Ser Supremo, mas mesmo que se chegue a essa descrição, continua-se a ter o problema relacionado à razão pela qual se corresponde algo a essa descrição. Durante a época medieval, foram desenvolvidas muitas tentativas de demonstração da existência de Deus. Entre elas estão as cinco vias de São Tomás de Aquino e o argumento ontológicode Santo Anselmo. A maioria delas, no entanto, com a evolução da mentalidade humana perderam sua validade a partir do século XVIII, apesar de ainda hoje convencerem algumas pessoas e filósofos. Dessa forma, filósofos religiosos passaram a adotar formas de prevenção contra a cultura religiosa popular, como o estudo das religiões com uma visão social e antropológica, forma que é seguida por filósofos até os dias de hoje. Todas as religiões do ocidente contêm, de acordo com a filosofia da religião, um ponto em comum: a fé em Deus. Dessa forma, a divindade é um ser sem corpo e que possui vida eterna, visto como o criador de todas as coisas. Além disso, de acordo com as religiões, Deus é generoso, perfeito, onipotente, onisciente e onipresente. Desde a Antiguidade até a Idade Moderna, os filósofos tentaram dar uma resposta à atitude do ser humano diante da religião. Platão, por exemplo, afirmava a ideia do Bem, ou seja, a ideia do Divino como concentração do racional, do bom e do belo. Os estóicos defenderam que o próprio mundo é o Deus racional, submetido à lógica de seu pensamento. Newton fala-nos de um Deus como o arquiteto do Universo. A revolução científica dos séculos XVI e XVII concebe o criador como uma máquina perfeita. Hegel formulou um panteísmo dinâmico em que as três etapas da realidade, ideia, natureza e espírito, poderiam confundir-se com uma divindade não transcendente do mundo. Nietzsche anunciou a morte de Deus. A ideia religiosa entra, por fim, em contato com a psicanálise. Freud dizia que a religião era uma neurose obsessiva. Para ele, “Seria muito agradável que Deus existisse, e que houvesse criado o mundo, e que sua providência fosse benevolente”. Seria excelente que existisse uma ordem moral no Universo, e que existisse uma vida futura; mas é muito surpreendente que tudo isso coincida com o que todos nós somos obrigados a desejar que exista.” O mistério dos vários atributos divinos encontra-se no próprio homem, em sua essência infinitamente diversa, determinável e sensorial. É através dos sentidos que o ser humano é concebido como ser infinito pleno de determinações. Dessa forma, podemos conceber a religião como uma cisão no homem: o ser divino é aquilo que o homem não é. A infantilidade do homem está em fundamentar seu caráter humano em Deus; é o que qualifica de “se apropriar novamente”. O homem depende do ser divino para se humanizar. Ainda nesta dimensão subjetiva, Feuerbach trabalha com as faculdades da imaginação, da razão e da sensibilidade (sensorial). Para o homem religioso, o ser divino é algo que ele crê, algo que está entre uma existência sensorial e uma existência pensada (razão), é um ser sensorial onde faltam todas as determinações da sensorialidade. Eu Rocha Lima, Nilton mestrando no curso de Administração eclesiástica resenhei buscando nova pesquisa aprendeu o quão rico é saber sobre a filosofia da religião. Isto nos remete a responsabilidade de pedir a Deus discernimento e ao mesmo tempo uma visão esclarecedora no que se refere a veracidade da Sua palavra e não sermos propagadores das sementes do inimigo e aos seus objetivos. REFERÊNCIA: ADRIANO. A. A consciência Disponível religiosa. em< http://adrianoped.blogspot.com.br/2007/05/conscincia-religiosa.html>. Acessado em 21/12/16 BARRETO, Ilamara. Escola Sociológica Francesa. 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