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A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DOS MEIOS

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A HISTÓRIA DA COMUNICAÇÃO E DOS MEIOS Produção: Prof. Fábio Figueirôa 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA a) A Linguagem oral e escrita Desde início dos tempos que o homem tenta se comunicar com os seus semelhantes. A forma como ocorre essa comunicação vem variando ao longo dos séculos. A linguagem vem evoluindo em paralelo com a espécie humana. Se hoje, utilizamos a internet para nos comunicarmos por meio da linguagem escrita, por exemplo, nos primórdios da humanidade, a comunicação surgiu de várias maneiras. Como o homem deixava os seus registros, através da linguagem escrita? Na pré-história, ele desenhava seus registros nas paredes das cavernas Já milhões de anos depois, no Egito, os egípcios criaram os hieróglifos 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA a) A Linguagem oral e escrita O compreendimento da fala veio da evolução do hemisfério esquerdo do cérebro. O Homo Erectus (400 mil anos atrás) não tinha o centro de fala muito desenvolvido e comunicava-se através de sussurros, gemidos e gestos. Para COSTELLA, em Co u i aç o: do grito ao sat lite (2001), a história da comunicação se inicia no momento em que os integrantes de um primitivo agrupamento humano começaram a se entender por gritos, gestos com os quais externaram intenções e indicaram objetos . Com o Homo Sapiens, fisicamente mais adaptado para a produção da fala, veio também uma grande evolução da linguagem e da fala. Para além da linguagem e da fala, o homem primitivo deixou-nos ainda outro legado, as pinturas rupestres. UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA a) A Linguagem oral e escrita Em 3000 A.C., dá-se o surgimento da escrita pelos Sumérios na Mesopotâmia sobre a forma cuneiforme, a mais antiga língua humana escrita conhecida. A sua invenção deve-se às necessidades de administração na época (cobrança de impostos, registros de cabeças de gado, medidas de cereal, etc.). A escrita cuneiforme é a designação geral dada a certos tipos de escrita feitos com o auxílio de glifos em formato de cunha. Apesar de tudo, a escrita suméria era feita por símbolos que tinham um significado. Logo depois e passando um pouco pela influência da Suméria, surgem os hieróglifos egípcios. Os hieróglifos egípcios surgiram por volta do ano 3000 a.C., sendo praticamente contemporâneos da escrita cuneiforme dos sumerianos. UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA a) A Linguagem oral e escrita Somente em 1799, com a descoberta da Pedra Roseta (uma pedra negra de basalto datada de 196 A.C. encontrada pelas tropas de Napoleão, em Roseta, cidade do Egito), que continha inscrições paralelas em grego e em caracteres hieroglíficos egípcios, foi possível decifrar a escrita egípcia, que era uma mistura de símbolos de três tipos: caracteres figurativos, cópia direta dos objetos (pictogramas); caracteres simbólicos, que exprimiam por vários processos as idéias abstratas (logogramas ou ideogramas); e caracteres fonéticos, que tinham um valor silábico ou alfabético (fonogramas). Em outros termos, a escrita era baseada em elementos que não lhe davam independência em relação à linguagem falada. UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA a) A Linguagem oral e escrita Só mais tarde surgiria um sistema que levasse em conta unicamente a linguagem, isto é, que lembrasse ao ouvido os sons significativos das palavras, tomando em geral o som inicial da palavra representada pelo pictograma ou ideograma. Daí se chegou ao alfabeto e, depois, à decomposição da sílaba em letras, com a representação separada de cada som. Na primeira metade do 2º milénio A.C. surgiram as linguagens logo-silábicas na Anatólia, vale Indu e China. Os Gregos, no ano de 800 A.C. é que dão o passo de separar as consoantes das vogais e chegam a um alfabeto completo. UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA a) A Linguagem oral e escrita Com relação à escrita, COSTELLA destaca ainda em Co u i aç o: do grito ao sat lite que pri ordial na história da escrita foi a invenção, há mais de cinco mil anos, da pictografia, ou seja, a representação desenhada de objetos concretos, figuras de animais entre outras, formando em sucessão um relato coerente. Com essa re oluç o , o homem venceu definitivamente o tempo e o espaço. Esse novo meio de comunicação permitiu a fixação do conhecimento num substrato material – papiro, pergaminho, cerâmica, papel, memória do computador, mantendo disponível ao longo do tempo pra sucessivas gerações, permitindo a disseminação do conhecimento a dist ia . Antônio F. Costella, também escreveu O Co trole da I for aç o o Brasil , Os Cri es Co tra a Ho ra e os Meios de Co u i aç o , Direito da Co u i aç o e Legislaç o da Co u i aç o “o ial UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA b) O aparecimento do papel O papel foi feito pela primeira vez no ano de 105 D.C., na China. O material usado para a manufatura do papel foi uma pasta de seivas e tiras de bambu. O papel mais antigo ainda em existência foi feito a partir de farrapos no ano de 150 D.C.. Durante aproximadamente 500 anos a arte da manufatura do papel ficou confinada à China, mas em 610 foi introduzida no Japão e na Ásia Central no ano de 750. No Egito, só a partir do ano de 900 é que passou a ser produzido. Na Europa, o primeiro moinho de papel foi estabelecido em Espanha no ano de 1150. Durante os séculos que se sucederam esta arte foi se espalhando pela Europa. Seivas Tiras de bambu UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA b) O aparecimento do papel Acompanhando o desenvolvimento da inteligência humana, as representações gráficas foram se tornando cada vez mais complexas, passando desse modo a significar ideias. Este desenvolvimento, ao permitir, também, um crescente domínio das circunstâncias através de utensílios por eles criados, levou o homem a desenvolver suportes mais adequados para as representações gráficas. Com esta finalidade, a história registra o uso de tabletes de barro cozido, tecidos de fibras diversos, papiros, pergaminhos e, finalmente, papel. Papiro Tecidos de fibras UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA b) O aparecimento do papel Este processo consistia em um cozimento forte de fibras, após eram batidas e esmagadas. A pasta obtida pela dispersão das fibras era depurada e a folha, formada sobre uma peneira era fixada sobre uma armação de madeira. Conseguia-se formar a folha celulósica sobre este molde, mediante uma submersão do mesmo na tinta contendo a dispersão das fibras ou mediante o despejo da certa quantidade da dispersão sobre o molde ou peneira. Precediase a secagem da folha, comprimindo-a sobre a placa de material e deixando-a pendurada ao ar. Tecidos de fibras, fabricação de papel na China UNIDADE I 1 – OS PRIMÓRDIOS DA COMUNICAÇÃO HUMANA c) As primitivas formas de comunicação Mesmo os povos mais primitivos que não desenvolveram uma linguagem escrita, encontraram outros meios de se comunicar e enviar suas mensagens. Os índios americanos utilizavam os sinais de fumaça. Na África, os povos da época utilizavam a linguagem dos sons, naquele caso, a dos tambores. Os índios brasileiros imitavam o canto dos pássaros quando queriam mandar mensagens entre si. UNIDADE I 2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE a) O surgimento da imprensa Segundo McLuhan (Os meios de comunicação como extensão do homem, 1964), o caminho do progresso humano deve ser investigado a partir da evolução tecnológica ― os avanços técnicos marcam as diversas fases e estágios de civilização. Para ele, uma das maiores utações da história da civilização foi a invenção da imprensa com tipos móveis, creditada a Gutenberg, em torno de 1450. Decorria o ano de Johannes Gutenberg (1390 a 1468), 1438, quando Gutenberg, ferreiro Alemão, desenvolveu a considerado o inventor da imprensa prensa de Gutenberg que revolucionaria toda a impressão dos documentos. Ele usava moldes de letras em chumbo, embebidos em tinta e ordenados de maneira a formar o texto pretendido. A necessidade de Gutenberg em criar uma máquina que reproduzisse livros nasce em 1434, quando se associou a um comerciante que o financiou para realizar a impressão da bíblia. A imprensa de Gutenberg é uma adaptação daquelas usadas para espremer o suco das uvas Um exemplar da Bíblia de Gutenberg, na fabricação do vinho, com as quais Gutenberg estava na Biblioteca do Congresso, em familiarizado, pois onde nasceu e viveu, está no vale de uma Washington. O primeiro livro impresso por Gutenberg que se iniciou em 1450 região vinícola. até mais ou menos 1455. UNIDADE I 2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE a) O surgimento da imprensa O invento de Gutemberg barateou o livro, tornando a cultura acessível a um maior número de pessoas. Os livros manuscritos eram caríssimos porque exigiam sempre o mesmo trabalho, qualquer fosse o número de exemplares produzidos. Com a tipografia, tudo muda. Depois de feita a composição do texto com os tipos de metal, infinitas cópias podiam ser tiradas com o aproveitamento da mesma mão-de-obra inicial, cujo custo vai se diluindo nos exemplares sucessivos. Os periódicos tipografados demandariam a formação de uma experiência jornalística, que tem sua raiz na implantação das linhas de correio. A prensa de Gutenberg UNIDADE I 2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE b) Os primeiros jornais no mundo - Primórdios O primeiro jornal regular de que se tem notícia foi a Acta Diurna, que o imperador Augusto mandava colocar no Fórum Romano no século I. A publicação, gravada em tábuas de pedra, havia sido fundada em 59 A.C por ordem de Júlio César, trazendo a listagem de eventos ordenados pelo imperador. Na Roma Antiga e no Império Romano, a Acta Diurna era afixada nos espaços públicos, e trazia fatos diversos, notícias militares, entre outros assuntos. É o que podemos comparar hoje com os jornais murrais de escola, repartições públicas e instituições de ensino superior. O primeiro jornal em papel, Notícias Diversas, foi publicado como um panfleto manuscrito a partir de 713 D.C, em Pequim, na China. Modelo da Acta Diurna com as informações divulgadas pelo imperador Julio Cesar. UNIDADE I 2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE b) Os primeiros jornais no mundo - Primórdios Após a prensa de Gutenberg no século XV, na baixa Idade Média, as folhas escritas com notícias comerciais e econômicas eram muito comuns nas ruas das cidades burguesas. Em Veneza, na Itália, , as folhas eram vendidas pelo preço de uma gazeta, moeda local, de onde surgiu o nome de muitos jornais publicados na Idade Moderna e na Contemporânea. Em 1500, registrava-se a existência de oficinas de impressão em mais de 200 cidades da Europa. Durante o século XVI, os centros mais produtivos eram as cidades universitárias e as cidades comerciais. Veneza continou sendo a capital da imprensa, seguida de Paris, Frankfurt, entre outras. Modelo de máquinas de impressão de periódicos no século XVI. UNIDADE I 2 – A IMPRESSÃO EM SÉRIE b) Os primeiros jornais no mundo - Primórdios A primeira publicação impressa periódica regular (semanal) aparece em 1605, Antuérpia, na Bélgica. Os primeiros periódicos em alemão são fundados em 1609. Em 1615, surge o Frankfurter Journal, primeiro periódico jornalístico, também semanal e em alemão. O primeiro jornal em português foi fundado em 1641, em Portugal, era A Gazeta, de Lisboa, durante o reinado de Dom João IV. A primeira revista, em estilo Almanaque foi o Journal des Savants (Diário dos Sábios), fundado na França em 1665. É a mais antiga revista científica da Europa. O primeiro número apareceu em Paris, sob a forma de um boletim de 12 páginas. Jornal A Gazeta de Lisboa A primeira revista, Journal des Savants (Diário dos Sábios) UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS a) Os Correios - Surgimento Uma das primeiras referências históricas a uma o u i aç o‚ a clássica história bíblica da pomba solta por Noé, de sua arca, após o término do dilúvio, a qual retornou à arca trazendo no bico um ramo verde significando que as águas haviam baixado, renascendo, assim, a vida sobre a Terra. A dificuldade naqueles tempos era como redigir e remeter as mensagens. Inicialmente foram gravadas em placas de pedra, de argila ou madeira. Com a invenção do papel, a comunicação foi facilitada, porém as mensagens eram poucas devido ao fato que as pessoas letradas, isto é, as que sabiam escrever, eram poucas. Torna-se difícil se situar, com exatidão, quando e onde foram implantados os serviços de correios, havendo citações históricas diversas de sua origem (Europa, Egito, China, etc. ). A partir do século XIII, a família Tasso obteve o direito de transportar cartas em sua região natal (Bérgamo, na Itália) e posteriormente a praticamente toda a Europa Continental. Os Tassos se uniram à família Torres e tornaram-se uma organização com regularidade e confiabilidade em seus serviços. Foram eles os precursores do correio em moldes profissionais e a organização durou até o inicio do século XIX, na Europa. UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS a) Os Correios - Surgimento As primeiras mensagens eram em pergaminho enrolados e depois começaram a tomar a forma das cartas precursoras, até chegarmos ao envelope. As correspondências anteriores à criação do selo postal são denominadas de cartas precursoras, sendo usualmente constituídas por uma única folha de papel, convenientemente dobrada, apresentando a forma de um retângulo alongado no sentido horizontal, forma esta que permanece até hoje. Numa das faces se escrevia o texto da carta propriamente dita e na outra, após a dobragem, se escrevia o nome do destinatário, endereço e se colocavam as marcas postais. Modelo de envelope de carta UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS a) Os Correios – Surgimento - Brasil Com a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil em 1500, surgiu a primeira correspondência oficial ligada ao País a qual, escrita por Pero Vaz de Caminha e enviada ao Rei de Portugal, relatava com notório entusiasmo o descobrimento de uma nova terra. Com este acontecimento, eternizado na história brasileira, estava sendo escrita a primeira página do surgimento dos correios no Brasil. A primeira carta do Brasil, escrita por Pero Vaz de Caminha. UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS a) Os Correios – Surgimento - Brasil Oficialmente o correio foi criado no Brasil em 1663, com a criação do Correio-mor do Mar ao tempo de D. João VI. Em 1798 foi criado o Correio Marítimo para o Brasil, com viagens regulares entre Portugal e Brasil e os correios terrestres, para distribuição para as cidades do interior. Em 1808, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil novos regulamentos foram baixados e em 1829, já independente, o Brasil teve o seu Regulamento do Correio do Império do Brasil. O correio para o exterior era praticado por meio de Portugal e o correio interno, através dos rios e de mensageiros especiais, a pé, a cavalo e, posteriormente, por ferrovias. A entrega de cartas era feita por meio de mensageiros a pé ou a cavalo. UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS a) Os Correios – Surgimento - Brasil Hoje, os 40 anos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, instituída em 20 de março de 1969, no bojo de uma série de reformas estruturais da Administração Pública Federal, impulsionadas pelos Decretos-Lei n.º 200 e 236, de 25 e 28 de fevereiro de 1967, que criava o Ministério das Comunicações e flexibilizava o Código Brasileiro de Comunicações. A entrega de cartas era feita por meio de mensageiros a pé ou a cavalo. UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS a) Os Correios – Surgimento - Brasil Das mensagens iniciais, simbólicas, gravadas em pedra, até as mensagens atuais, informatizadas, via satélite, muito tempo se passou, aperfeiçoando-se o sistema, criando-se linguagens diversas, sistemas de transporte e tipos de correspondência. Pierre Lévy, em Cibercultura (2000), diz que as funções de troca de mensagens encontram-se entre as mais importantes e mais usadas do i erespaço . Atualmente, as mensagens chegam em uma velocidade impressionante, graças à internet. UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS b) O Telégrafo Em 1837, os telégrafos, aparelhos usados na transmissão de mensagens gráficas a partir de códigos, foram inventados pelos americanos Joseph Henry e Samuel Morse, em 1835. Samuel Morse foi o primeiro a introduzir as linhas telegráficas no mundo inteiro, baseadas no sistema de pontos e traços na codificação das mensagens. O telégrafo recorria a um código inventado por Morse, denominado código Morse, constituído por traços e pontos. O telégrafo funciona através da transmissão de eletricidade com duração diferenciada. Do lado do receptor o sinal é registado numa tira de papel que vai rolando. Samuel Morse: inventor do código Morse e do Telégrafo. UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS b) O Telégrafo Os telégrafos, embora fossem substituídos posteriormente pelos telefones e outros meios de comunicação, foram muito importantes para sua época, suas linhas se alastraram no mundo inteiro no século XIX, chegando ao Brasil somente em 1852. O alfabeto e os números traduzidos pelo código Morse UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS c) O Telefone Historicamente, Alexander Graham Bell é considerado o inventor do telefone, contudo existem indícios que apontam como legítimo inventor Antonio Meucci, fato este que foi reconhecido em 11 de junho de 2002 quando o Congresso dos Estados Unidos aprovou a resolução nº 269, na qual se reconheceu como o inventor do telefone. Então, Graham Bell pode ser considerado o aperfeiçoador do telefone. O telefone é um dispositivo de telecomunicações desenhado para transmitir sons por meio de sinais elétricos. Graham Bell: inventor ou aperfeiçoador do telefone? UNIDADE I 3 – A COMUNICAÇÃO POR LONGAS DISTÂNCIAS c) O Telefone O dispositivo foi inventado por volta de 1860 por Meucci que o chamou de eletrofonecado. Há muita controvérsia sobre a invenção do telefone, sendo esta geralmente atribuída a Alexander Graham Bell. A primeira demonstração pública registrada da invenção de Meucci teve lugar em 1860 e sua descrição publicada num jornal em Nova Iorque. No Brasil os primeiros telefones foram instalados no Rio de Janeiro. Em 1883 a cidade contava com cinco centrais telefônicas, cada uma com capacidade para 1.000 linhas, também funcionava a primeira linha interurbana, ligando o Rio a Petrópolis. Aparelho de telefone no início do seu nascimento. UNIDADE I 4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES a) O Rádio Na segunda metade do século XIX, após a descoberta da eletricidade por Benjamin Franklin e o dinamarquês Hans Christian, como um meio condutor para a transmissão de mensagens à distância, criou-se dois importantes meios de comunicação que deram início ao rádio no mundo: o telégrafo e o telefone. A tecnologia surgiu na virada do século XIX, diante da necessidade de comunicação à distância, através da invenção de aparelhos que transmitiam sons por ondas de radiofreqüência, a exemplo do telégrafo aperfeiçoado e do telefone, patenteado por Graham Bell, aparelho que transformava as vibrações da voz humana em forma de sons. Os primeiros sinais de emissão e receptação de sons, produzidos pela radioeletricidade, tiveram suas origens em diversos países da Europa e no resto do mundo, através das experiências científicas desenvolvidas por seus audaciosos inventores. Na França, a partir de 1910, a Torre Eiffel já funcionava em perfeitas condições, para a transmissão de sinais e horários meteorológicos. Nos Estados Unidos, no início do século XX, Lee de Forest inventa um emissor que produz onda regular e, em 1908, realiza do alto da Torre Eiffel, uma transmissão que é captada em Marselha. UNIDADE I 4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES a) O Rádio Em 1910, é realizada a transmissão ao vivo do concerto de Enrico Caruzo, no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque. A voz de Caruzo foi captada por vários radioamadores. Em 1919, acontece a inauguração da primeira emissora regular em Roterdã. Os Estados Unidos, que em 1921 tinha quatro emissoras, têm 382 no final de 1922 e sete milhões de receptores em 1927. Nos Estados Unidos, em outubro de 1921 foram registradas 12 novas emissoras; em novembro, mais 9; em dezembro, outras 9. Em janeiro de 1922, 26 novas emissoras entravam no ar” (CALABRE, 2002). UNIDADE I 4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES a) O Rádio O rádio viria a ser a forma mais divulgada de comunicação para massas. (broadcasting). O rádio em si não teve um inventor único, sendo este um contributo de vários cientistas: James Maxwell contribuiu com a teoria das ondas eletromagnéticas. Rudolf Hertz foi o primeiro a gerar essas ondas eletricamente. Em 1896 o italiano Guglielmo Marconi transmitiu sinais a uma distância de aproximada de 1,6 km. Um ano após estava a transmitir para um barco a 29 km da costa. Em 1899 estabeleceu comunicação comercial entre a Inglaterra e a França. Ao fazer um sinal de rádio atravessar o oceano Atlântico em 1901, mostrou ao mundo o potencial da sua invenção. UNIDADE I 4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES b) O Cinema Em 1895, os irmãos Lumiére criam o cinematógrafo que possibilitava a gravação de imagens em movimento, através da gravação sucessiva de várias imagens consecutivas. O cinematógrafo era bastante versátil, pois permitia gravar e projectar os filmes. Os primeiros filmes do mundo foram gravados pelos irmãos Lumiére e exibidos em Paris. A primeira exibição pública ocorre em 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris. á saída dos operários das usinas Lumière , á chegada do trem na estaç o , O almoço do e e O ar são alguns dos filmes apresentados. As produções são rudimentares, em geral documentários curtos sobre a vida cotidiana, com cerca de dois minutos de projeção, filmados ao ar livre. UNIDADE I 4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES c) A TV Foi impulsionada pela invenção do cinematógrafo. Não se lhe consegue atribuir um inventor por ter tido contributos de várias origens. A emissão televisiva começou em 1936, na Inglaterra, mas o seu desenvolvimento foi refreado por falta de tecnologia disponível. Só após empresas como a EMI, a BBC e a RCA perceberem o potencial da televisão e dos lucros que esta tecnologia poderia dar é que investiram no desenvolvimento das tecnologias de suporte ao desenvolvimento da televisão. Após a fase inicial, e passado alguns anos, todo o lar tinha uma televisão. Aparelho de TV no início das transmissões no mundo. Atualmente, a TV já chegou até na palma da mão, através do celular. UNIDADE I 4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES c) Os Satélites Para Costella, a comunicação eletrônica foi o resultado de pesquisas que resultaram nessa inovação. O homem foi desenvolvendo formas de transmitir sinais, sons e imagens por meio de equipamentos eletro-eletrônicos, tanto pelo emprego de fios quanto pelo uso da onda eletromagnética. A comunicação espacial começa a surgir com a construção dos satélites. Atualmente estão em órbita satélites de comunicações, científicos e militares. Os satélites de comunicações são os que retransmitem sinais entre pontos distantes da Terra. Estes satélites servem para retransmitir dados, sinais de televisão, rádio ou mesmo telefone. Satélite enviado ao espaço para o desenvolvimento das comunicações UNIDADE I 4 – O SURGIMENTO DO RÁDIO, CINEMA, TV E SATÉLITES c) Os Satélites O primeiro satélite artificial foi o Sputnik, lançado pela União Soviética em 4 de outubro de 1957. O lançamento colocou a URSS na frente da corrida espacial e iniciou a corrida espacial. Pesando cerca de 84 kg foi feito pelos russos e emitia sons em determinadas freqüências. Meses depois os americanos lançaram seu primeiro satélite, o Explorer 1, que só pesava 14 kg e foi capaz de descobrir o Cinturão de Van Allen, um cinturão magnético que protege a Terra da radiação solar. Satélite Sputnik (Russo). UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.1 A Mídia Impressa no Brasil a) Os primeiros jornais e revistas – fase inicial  No dia 1 de junho de 1808 nasce o primeiro jornal distribuído no Brasil (Correio Brasiliense). Hipólito da Costa (patrono da imprensa brasileira). O Correio Brasiliense era um jornal mensal, considerado crítico e clandestino. A Administração colonial portuguesa impede a tipografia e o jornalismo. Circulou de 1 de junho de 1808 a 1 de dezembro de 1822, contando 175 números, agrupados em 29 volumes, editados durante 14 anos e 7 meses. Através dele, remetido clandestinamente para o Brasil, Hipólito da Costa defendia idéias liberais como a de uma monarquia constitucional e o fim da escravidão.  Já no dia 10 de setembro de 1808, nasce o primeiro jornal editado no Brasil (Gazeta do Rio de Janeiro). Com a chegada de D. João VI no Brasil, vindo de Portugal, instalou-se as oficinas da Impressão Régia. Inaugura-se definitivamente a imprensa no país. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.1 A Mídia Impressa no Brasil a) Os primeiros jornais e revistas – fase inicial  Jor al Idade d Ouro do Brasil - Editado na Bahia.  1812 (As Variedades - Primeira revista impressa no Brasil) (O Cruzeiro, Realidade).  1821 (Semanário Cívico) - Editado na Bahia.  1821 (Jornal Diário Constitucional da Bahia) - Editado na Bahia.  Jornais - O Reververo Constitucional Fluminense; Reclamação do Brasil; Correio do Rio de Janeiro; Aurora Pernambucana.  1825 (Diário de Pernambuco) - Jornal mais antigo da América Latina. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.1 A Mídia Impressa no Brasil b) Da tipografia artesanal à industrial – fase da consolidação  Em 1880, nasce a 2.ª fase da imprensa brasileira. Nessa época, surgiram os maiores investimentos, maior renovação gráfica e consumo de papel (cresce tiragem).  Entre 1890 e 1910, surgem as máquinas rotativas (rapidez, perfeição na impressão, reduz o trabalho). A partir daí, acontece a transformação da tipografia artesanal em indústria gráfica.  Desenvolvimento da tipografia: a máquina de papel, a prensa mecânica, a prensa rotativa e a linotipo. Impressão mecânica de linotipos. Eram enormes máquinas de escrever. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.1 A Mídia Impressa no Brasil c) A fotografia como recurso gráfico e informativo  Em 1840, a fotografia chega no Brasil. Em meados de 1900, a fotografia foi utilizada pela primeira vez em a Revista da Semana. Ocorre então, o impacto da fotografia no jornalismo, com dimensão ilustrativa e informativa. A imprensa coloca a fotografia como algo que escreve ou vale mais que mil palavras. A fotografia se exprime no contexto da notícia. Apogeu da fotografia surge a partir dos anos 20. d) A era da charge ao humor  Época dos Pasquim, onde a imprensa vivia sobre perseguição e a censura do império.  1822 - jornal O Macaco Brasileiro (calúnia, críticas).  1952 - Binômio.  1969 - Nasce o Pasquim (deboche, irreverência). Esses jornais resgatam o humor, a charge e a caricatura. (jornais que criticavam o governo). UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.1 A Mídia Impressa no Brasil e) Os primeiros anúncios em cores  A partir de 1910, os jornais cultivam a sedução da cor e passam a utilizar primeiro os cabeçalhos em vermelho ou azul. O colorido era apenas de uma só cor.  Em 1914, o Jornal do Brasil inova e coloca na sua última página nas edições ao domingo, o colorido  Em 1915, o Estado de São Paulo cria na sua primeira página, anúncios em cores, produzidos por agência de publicidade. Projeta então, o mercado de publicidade, organizado por agências. Parte daí, o reconhecimento da função profissional do corretor de anúncios. Hoje, publicitário. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.1 A Mídia Impressa no Brasil f) A nova face do jornal – uma revolução gráfica e tecnológica  Na década de 50, a 1.ª página era formada por anúncios, artigos, caricaturas e desenhos. Cederam lugar à grande fotografia e a uma ordem hierárquica de assuntos conforme seu valor jornalístico.  Surge novo conceito de notícia (LEAD) e um novo design que retificam padrões editoriais e gráficos.  Aquisição de novos equipamentos - Grandes jornais (O Estado de São Paulo e o Correio da Manhã) - Ingresso definitivo da propaganda.  A maioria das redações dispõe máquinas de escrever aos jornalistas. Antes, eles escreviam a mão.  Introdução do Editor - Decisões de fechamento do jornal.  Introdução dos computadores e editoração eletrônica. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso a) Os primeiros jornais De acordo com o trabalho da professora aposentada do curso de Jornalismo da UFMT, Sônia Zaramella, jornais impressos circularam em Mato Grosso há 165 anos. A chegada da tipografia no Estado ocorre em 1839. Diferente da instalação da Imprensa Régia no Rio de Janeiro em 1808, custeada integralmente pela Coroa, a introdução da técnica tipográfica em Mato Grosso ocorreu com a contribuição financeira de sua população da época. Contudo, a tipografia comprada com o dinheiro arrecadado junto à comunidade, bem como seu vínculo administrativo, ficou com a Assembléia Provincial, que se encarregou também do conteúdo dos impressos. Assim, 30 anos depois de instalada no Brasil, a tipografia chegava a Mato Grosso com a ajuda financeira popular. Nasce a Tipographia Provincial de Mato Grosso , na qual foi impresso o primeiro jornal de Cuiabá, lançado no dia 14 de agosto de 1839, com o nome de Themis Matogrossense. Em virtude de divergências políticas, a publicação encerra-se em 1840. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso a) Os primeiros jornais Em 28 de outubro de 1840 assumiu a Presidência da Província de Mato Grosso o Cônego José da Silva Guimarães. Ele reorganizou a Tipographia Provincial, o que viabilizou o retorno do jornal na capital, desta vez com o nome de Cuyabano Official, a partir de 30 de julho de 1842. Esse novo jornal impresso pela Tipographya teve, um ano depois, o nome trocado para O Cuyabano, que circulou até julho de 1845. Dois anos depois, no governo do Tenente Coronel Ricardo José Gomes Jardim, em 2 de junho de 1847, o jornal lançado pela Tipographia ganha o nome de Gazeta Cuyabana. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso a) Os primeiros jornais A Tipographia Provincial foi arrematada por José Leite Penteado e, já na condição de oficina tipográfica particular, logo imprimiu e fez circular um novo jornal, o Echo Cuiabano, identificado por Pedro Rocha Jucá em á Imprensa Oficial em Mato Grosso (1986), como o primeiro periódico particular de Mato Grosso. Editado a partir de 2 setembro de 1848, o novo veículo impresso, já de caráter privado, tinha um formato de 26,5 centímetros de altura por 15,5 centímetros de largura, um pouco menor que os jornais oficiais anteriores, publicando, entre outras informações, os atos e a legislação oficial. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso a) Os primeiros jornais No dia 4 de outubro de 1868 foi editado o primeiro número do o jornal A Situação, talvez o de maior duração nesse período na Província, pois sobreviveu até a Proclamação da República em 1889, completando 21 anos de existência. Nos 21 anos de circulação do jornal O Popular, observa-se que o fator determinante para mudança de sua linha editorial – a favor ou contra o governo – foi a publicidade oficial, ou seja, quando se encarregava da publicação de atos oficiais da Província estava a favor e quando perdia essa publicidade fazia oposição. UNIDADE II 1 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 1.2 A Mídia Impressa em Mato Grosso b) A imprensa hoje Atualmente, os três principais jornais diários são: Diário de Cuiabá (o mais antigo em circulação com 40 anos de história), A Gazeta (o mais lido) e Folha do Estado (recentemente passou por uma reforma no visual gráfico). UNIDADE II 2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 2.1 O Rádio no Brasil a) As primeiras transmissões radiofônicas  Na obra Jor al, história e técnica: a história da imprensa rasileira (1990), Juarez Bahia aponta que as primeiras transmissões radiofônicas iniciadas no Brasil ocorreram, oficialmente, em 7 de setembro de 1922, no Rio de Janeiro, em comemoração ao Centenário da Independência. Foi transmitido o discurso do Presidente Epitácio Pessoa... Utilizado um transmissor de 500 watts de potência, colocado no Corcovado... Dias depois, transmitidas óperas diretamente do Teatro Municipal do Rio de Ja eiro . Presidente Epitácio Pessoa UNIDADE II 2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 2.1 O Rádio no Brasil a) A fase de implantação  No dia 20 de abril de 1923, acontece a instalação da radiodifusão no Brasil. Começa a funcionar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, fundada por Roquette Pinto e Henry Morize, de Cunho educativo. b) O rádio comercial  Em 1931, o comprometimento com os re la es (anúncios daquele tempo) para garantir a sobrevivência.  No dia 1 de março de 1932, a publicidade é permitida através de decreto. A introdução de mensagens comerciais transfigura imediatamente o rádio: de educativo, erudito, cultural passa a transformar-se em popular. Voltado ao lazer e à diversão. Roquete Pinto na juventude Roquete Pinto escutando rádio nos últimos anos de vida UNIDADE II 2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 2.1 O Rádio no Brasil c) O radiojornalismo  A época de ouro do Rádio brasileiro. No dia 28 de agosto de 1941, nasce O Repórter Esso , O Grande Jornal Falado Tupi , O Matutino Tupi .  Com o surgimento da TV (1950) acontece no fim da po a de ouro . Os profissionais do rádio vão para a TV. Imita os quadros do rádio e leva a publicidade.  Em vez das novelas de rádio e brincadeiras de auditório: notícias e serviços de utilidade pública. Impulso do radiojornalismo.  Em 1954, a Rádio Bandeirantes de São Paulo torna-se pioneira no sistema intensivo de noticiário.  Em 1959, acelera corrida do radiojornalismo brasileiro. Mais atuante. Ao vivo. As reportagens eram feitas fora dos estúdios e dá início as unidades móveis. Agilizando a transmissão da informação  Na década de 60, ocorre a operacionalização das primeiras emissoras FM. A primeira emissora brasileira a explorar o serviço foi a Rádio Imprensa no Rio de Janeiro (década de 70). UNIDADE II 2 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 2.2 O Rádio em Mato Grosso a) O rádio hoje As principais rádios FM de Cuiabá são: Rádio Industrial de Várzea Grande 93,3 (Joven Pan FM) ; Cidade FM - 94,3 ; Mega 95 FM - 95,9 (antiga Cuiabana FM) ; Rádio 99,1 FM, Rádio Vila Real de Cuiabá/Gazeta FM - 99,9 ; Band FM 101,1 ; Rede Aleluia FM - 101,9 ; Senado FM - 102,5 ; Frequencia para Emissoras Comunitárias - 105,9 ; Rádio Evangélica Educativa Nazareno FM 107,9 UNIDADE II 3 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 3.1 A TV no Brasil a) Concepções históricas  18 de setembro de 1950, acontece a inauguração oficial da 1.ª emissora no Brasil (TV Difusora, depois TV Tupi de São Paulo). Pioneira na América Latina.  O primeiro programa teve a direção de Cassiano Gabus Mendes, com a colaboração dos artistas: Mazzaropi, Walter Forster, Lia de Aguiar, Hebe Camargo, Lolita Rodrigues, entre outros.  Janeiro de 1951, nasce a segunda emissora (TV Tupi do Rio).  Os primeiros seis meses de TV: três horas de programação diária (das 19 às 22 horas). Filmes, espetáculos de auditório e noticiário. Cassiano Gabus Mendes UNIDADE II 3 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 3.1 A TV no Brasil b) Os primeiros programas e telejornais  Em 1950, entra no ar o primeiro telejornal brasileiro (Imagens do dia). Nasceu junto com a TV Tupi de São Paulo.  O Repórter Esso, sai do rádio e vai para a TV em 17 de junho de 1953.  1959, criação do VT (Vídeo-Tape).  Em 21 de abril de 1960, o telejornalismo utiliza o VT (inauguração de Brasília).  Telejor ais da história de TV rasileira Jor al da Va guarda - TV Excelsior - Rio, 1962 - “ho de Notí ias TV Excelsior - São Paulo, 1963 - Jor al Na io al - Rede Globo de Televisão - Rio de Janeiro, 1969, primeiro programa gerado em rede nacional da TV brasileira.  1972 - TV em cores - Festa da Uva em Caxias do Sul. 1º dia da TV Tupi A família brasileira se reúne para assistir TV UNIDADE II 3 – A HISTÓRIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA 3.2 A TV em Mato Grosso a) A TV hoje As três principais emissoras de TV na atualidade são: TV Centro América (afiliada da Globo), Cidade Verde (afiliada do SBT, mas há notícias de que passará a ser da Band) e Record Cuiabá (afiliada da Record e principal concorrente da TV Centro América). UNIDADE III 1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO As últimas formas de comunicação como a informática, a telemática e o ciberespaço são citadas por COSTELLA (2001). Sobre a informática, Costella enfatiza que i for ti a é o nome que se deu à tecnologia do tratamento automático e lógico da informação com o emprego dos eficientes o putadores . A telemática é a denominação que se dá ao fenômeno do computador se comunicar com outro por meio do telefone. Telemática, portanto, entende-se como conjunto de técnicas e serviços que associam as telecomunicações e a i for ti a . COSTELLA diz: É nesse palco que se apresentam as redes mundiais de telecomunicações, dentre as quais a Internet é a artista principal do espet ulo . UNIDADE III 1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO O espaço virtual no qual circulam as informações transmitidas pela Internet é conhecido por i erespaço que oferece aos usuários, 24 horas por dia, a qualquer momento, a possibilidade real de receber informações jornalísticas, ler e copiar texto de muitos livros (e-books), ouvir música, assistir a filmes e, ainda mais, participar de reuniões de trabalhos através das videoconferências, transferir arquivos inteiros, fazer compras (e-commerce), praticar jogos interativos, participar de grupos de discussão (chats), e exercitar um correio eletrônico (e-mail), que permite, sem necessidade de carteiros, trocar correspondências à velocidade do i sta te , COSTELLA (2001). UNIDADE III 1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO a) O surgimento do computador - De acordo com Pierre Lévy, em Cibercultura (2000), os primeiros computadores (calculadoras programáveis capazes de armazenar os programas) surgiram na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1945 . - Reservados aos militares para cálculos científicos, seu uso civil começa a disseminar nos anos 60. b) O surgimento da internet - A Internet nasceu em 1969 nos EUA e denominava-se originalmente ARPAnet. Pertencia ao Departamento de Defesa dos EUA e interligava laboratórios de pesquisa. Devido á Guerra Fria era pretendida uma rede em que os seus pontos não fossem dependentes uns dos outros. Surgiu então o conceito central de internet, uma rede onde se B deixar de funcionar, A, C e D comunicam-se normalmente. - Sendo assim, a internet não tem nenhum centro de comando nem nenhum entroncamento. Só em 1987, é que a Internet deixou de estar restrita ao ambiente científico e passou a ser liberalizada para uso comercial nos EUA. UNIDADE III 1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO b) O surgimento da internet - Em 1992 deu-se o oo do acesso à internet. Hoje em dia, centenas de milhares de pessoas põem todos os dias nova informação na internet. Hoje em dia, sobre a internet usam-se inúmeros serviços, entre os quais: 1 - A WWW, que nasceu em 1991, na Suíça com o propósito de interligar computadores de laboratório e documentos de forma facilmente acessível, hoje é muito usada para navegar através das inúmeras páginas presentes na internet. 2 - O correio electrônico ou e-mail que é o recurso mais antigo e que possibilita o envio de mensagens de um ponto para outro do Mundo de forma rápida e acessível. 3 - O IRC, criado em 1988 na Finlândia e que hoje serve para pessoas de todo o mundo e idades comunicarem em tempo real numa comunicação de duas vias ao preço de uma chamada local. E que hoje já existem as salas de batepapo, skype, msn, etc. UNIDADE III 1 – A INFORMÁTICA, A TELEMÁTICA E O CIBERESPAÇO Os meios de comunicação, em si mesmos, não são nem bons, nem maus. São úteis, do mesmo modo que a roda, o avião ou a energia nuclear. (...) Os meios de comunicação serão aquilo que o ser humano fizer deles. Essa é a grande, a imensa, a grave responsabilidade: saber utilizar as potencialidades dos novos engenhos para o e , COSTELLA (2001). "As novidades podem assustar, as ligações com as tradições seculares são difíceis de ser rompidas, tanto assim que para muitos expoentes do mundo cultural italiano do final do século XV era uma coisa ignóbil colocar um livro impresso na própria i liote a , GIOVANNINI (Evolução na comunicação: do sílex ao silício, 1987).