Um novo panorama para a história do cinema brasileiro
Guiomar Ramos 1
Resenha
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Professora Adjunta da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de
Janeiro. Fez Doutorado em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 2002. É documentarista: Café com
leite (água e azeite?), 2007 e Pixador, 2000. Autora do livro de "Um cinema brasileiro
antropofágico? (1970-74)". FAPESP/Annablume. SP. 2008.
e-mail: guiomarramos@yahoo.com.br
AN O 3 • ED 6 | JU LH O D EZEMBR O 2014
PARANAGUÁ, Paulo. A Invenção do Cinema
Brasileiro - Modernismo em Três Tempos.
Casa da Palavra Produção Editorial/Editora
PUC-Rio. RJ, 2014.
A Invenção do Cinema Brasileiro, subtítulo: Modernismo em três tempos,
apresenta a longa trajetória do cinema brasileiro no séc. XX, a partir de um
suposto encontro entre o modernismo e o cinema. Com enorme capacidade de
síntese, o crítico e ensaísta Paulo Antonio Paranaguá propõe-se a abarcar um
percurso que começa na Semana de Arte Moderna em 1922, indo até a
manifestação do Cinema Novo nos anos 1960.
A palavra “invenção” associada ao cinema brasileiro parece-me ser uma
escolha particularmente feliz. De pronto, remete-nos ao nome do livro Cinema de
invenção, (1986 e 2000, 2a edição), do crítico superoitista, Jairo Ferreira. De forma
livre e poética, Jairo escreve sobre cineastas brasileiros que considera
experimentais, extravasando um amor contagiante pelos filmes. O estilo da escrita
de Paulo Antonio Paranaguá, ou seu objeto de estudo, é bastante diverso, mas
podemos identificar aqui uma mesma paixão pelo cinema brasileiro.
Esse sentimento está presente desde o prefácio quando Paranaguá introduz
seu desejo de inventar e apimentar a história da produção nacional, precedido de
uma citação ao texto Revolução, cinema e amor de Paulo Emílio Salles Gomes:
“Diante de uma convulsão social, de um filme ou de uma paixão, as únicas armas
válidas para a ação ou o conhecimento são aquelas que nos são fornecidas pela
conjuntura, isto é, as que inventamos”. (p.12)
E é dentro de uma conjuntura de liberdade e experimentação com a escrita,
com o manejo às citações, que o autor vai contextualizar os diferentes momentos
A tese central - o Modernismo e sua relação com o cinema brasileiro, é
estruturada dentro de três momentos diferentes: “Tempo de Fundação”, “Tempo
de Institucionalização” e “Tempo de Disseminação”. Estes funcionam como
grandes chaves onde se encontram os capítulos, a maior parte deles com
“chamadas” para os integrantes de cada momento escolhido. “Tempo de
Fundação”, por exemplo, tem capítulos com os nomes de Menotti Del Picchia,
Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Carlos Drummond de Andrade.
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do extenso percurso percorrido por este livro.
A cada bloco de Tempo, antes de começarem os capítulos, é-nos introduzida
uma espécie de prólogo, situando o leitor em determinado episódio criado pelo
autor. No bloco “Tempo de Fundação”, marcado pela geração advinda da
Semana de Arte Moderna de 1922 e pela segunda geração modernista, o prólogo
destaca a figura de Menotti Del Picchia. Trechos que aparentam ser de Menotti
ilustram o que seriam seus pensamentos ao ouvir o discurso de Graça Aranha na
abertura da Semana de Arte Moderna, no Teatro Municipal de São Paulo. Apesar
de aparecerem entre aspas e com o vocabulário adequado para a época, não
temos nenhuma referência nos indicando sua autoria. Vamos saber em um pé de
página, bem mais à frente, que se trata de uma pequena invenção do autor sobre
um conteúdo factível: a entrevista de Menotti a Maria Rita Galvão para seu livro
Crônica do Cinema Paulistano (p. 72).
Além do detalhe de “criação”, todo o destaque dado a este integrante do
Modernismo, (o capítulo chama-se “Menotti, homem de cinema esquecido”), pode
causar estranhamento, por ele representar uma vertente mais conservadora do
movimento, o viés nacional-ufanista do movimento verde-amarelo, que se
contrapunha a antropofagia de Oswald de Andrade. Mas o autor justifica esta
escolha ao trazer-nos informações sobre seu envolvimento como realizador do
“Jornal da tela” - Sol e Sombra, que concorria com o Rossi Atualidades e também
sua participação como roteirista nos filmes Vício e beleza (1926) e Messalina
(1931).
a seguir, aos nomes de Guilherme de Almeida e Mário de Andrade. Para o autor,
Guilherme de Almeida, atuando como crítico do jornal ‘O Estado de São Paulo’,
estava mais diretamente ligado à sétima arte do que Mário na Revista Klaxon.
Havia um viés de identidade com o cinema norte-americano em Guilherme,
apelidado de “crítico esnobe”: “ele apela para o star system hollywoodiano como
encarnação de um novo modelo para o comportamento feminino dentro de uma
proposta de modernização da cidade de São Paulo” (p.39). Ao tocar nessa
questão da influência estrangeira, temática tão cara aos modernistas, Paranaguá
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A pesquisa sobre a presença do cinema no Modernismo dos anos 20 leva-nos,
parece provocar, trazendo Mário para um mesmo patamar: “A diferença entre
Guilherme de Almeida e Mário de Andrade é o esnobismo elitista do primeiro, que
mistura palavras e frases em francês ou inglês, para provar sua sintonia com as
publicações europeias ou norte-americanas (...) a opção popular de Mário
transparece no seu entusiasmo por Charles Chaplin”. O interesse pelo cinema
norte-americano e a apropriação crítica do que é estrangeiro estaria presente
tanto em Guilherme de Almeida quanto em Mário de Andrade. Paranaguá
aproxima-os, para logo a seguir distanciá-los ao citar a conhecida frase
andradiana escrita na Klaxon: “É preciso compreender os norte-americanos e não
macaqueá-los” (p.39-40). O autor sublinha, ainda, que Mário se interessava pelo
cinema nacional. Porém, o exemplo trazido, a única crítica do modernista a um
filme de José Medina, não confirma totalmente esta hipótese: “Além de seis textos
sobre Carlitos, Mário escreveu oito artigos que podemos considerar críticas de
filmes, um deles, dedicado a Do Rio a São Paulo para casar” (p.40).
Ainda dentro desse momento Fundador, o autor dá continuidade ao gosto pelo
grande Charles Chaplin, trazendo à tona o poeta Carlos Drummond de Andrade.
Vai buscar dentro de sua poesia e prosa, a presença de procedimentos
cinematográficos chaplinianos. No poema Canto ao homem do povo Charlie
Chaplin, observa que o poeta finaliza “com um verso que lembra a imagem final
de certos filmes do artista (...) ‘Ó Carlito teu sapato e teu bigode caminham numa
estrada de pó e esperança’”. Ao comentar sobre o figurino de Carlito, o autor
negro’, ‘tuas calças confundem-se com a treva’, ‘noturno cidadão de uma
república enlutada’”. Indica também referências à maquiagem: “‘o bigode cresce
em ti como um aviso e logo se interrompe’” (p.47). Além de Chaplin, Paranaguá
descreve outras referências de Drummond ao cinema, como a encontrada no
conto, Garbo e Marlene, onde cria para si uma situação fictícia, “um conto
plausível, (...) em que imagina ter enviado um cartão de natal destinado a Greta
Garbo ao endereço de Marlene Dietrich ficando encabuladíssimo com o erro”
(p.51).
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escolhe outros trechos, como: “‘A noite banha tua roupa’(...), ‘és condenado ao
Por fim, o filme “Limite” é trazido para a constelação deste momento fundante
da cultura brasileira. A obra de Mário Peixoto poderia ser a grande produção
modernista, seu experimentalismo o relaciona com a estética radical das
vanguardas europeias. Temos aqui a presença concreta não apenas do assunto
cinema, referenciado pela crítica, pela prosa ou poesia, mas a realização do filme
em si. Porém, esse grande feito não pôde ser vivenciado e não teve continuidade
naquele momento; nem Mário de Andrade nem outros modernistas tiveram acesso
à obra de Mário Peixoto: “esta permaneceu praticamente invisível como se a
máxima expressão da modernidade cinematográfica na América Latina não fosse
a prova de sua viabilidade e sim de sua impossibilidade.” Em sua leitura atenta e
extremamente minuciosa, o autor ainda menciona o “diálogo singular” do filme
“com o cinema de seu tempo”: um dos personagens é pianista de cinema onde
projetam a fita Carlito encrencou a zona(p.65).
O bloco “Tempo de Institucionalização” é-nos apresentado a partir da relação
entre política e educação que se instaura nos anos 1930, através dos tópicos:
“Revolução”, “Educação como missão” e “INCE”.
A passagem do final dos anos 1920 para os 1930 é marcada pela política. Para
além das dificuldades ou impossibilidades de desenvolvimento do cinema
brasileiro em função da competição com o cinema norte-americano, existe, e é
para isso que o autor chama a atenção, a perspectiva de um cinema educacional
ligado ao governo ditatorial de Getúlio. Como fica então essa junção de
desenvolver como proposta do cinema silencioso dos anos 1920? E a passagem
para o cinema falado, que consolida o modelo hollywoodiano, atrapalhando o
desejo de cinema esboçado nesse primeiro momento? Paranaguá alerta: a
geração Fundadora identificada com o que há de mais moderno através do
cinema americano e da vanguarda francesa tem que encarar a Institucionalização.
É Humberto Mauro que representa esta passagem do Modernismo Fundador para
o Institucionalizado através de sua entrada no INCE.
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Modernismo com Getulismo? Como a política interfere no que começara a se
No prólogo de “Tempo de Institucionalização”, trechos de depoimentos de
Humberto Mauro são utilizados como provindos dos pensamentos do cineasta em
uma tarde chuvosa, no Festival de Cinema de Veneza, em 1938. Humberto Mauro
realmente esteve lá como representante do Brasil, através do INCE: Sheila
Schvarzman, citada pelo autor, em seu livro Humberto Mauro e as imagens do
Brasil, afirma que foi a primeira participação do Brasil em um Congresso de
Cinema Internacional. Esses fragmentos de falas dão conta de seu trajeto desde a
entrada no INCE, a convite de Roquette Pinto, até opiniões diversas. Sobre a
recepção do cinema brasileiro, o diretor comenta: “O público comumente
compara os filmes brasileiros com as superproduções americanas, (...) não
percebe esse lado difícil e ingrato ao nosso cinema”;
sobre o gênero
documentário: “(...) o filme documentário é quase sempre cacete”; sobre a
adaptação para o cinema: “Poderia fazer Macunaíma, o brasileiríssimo livro de
Mário de Andrade (...) porque pegar apenas os aspectos regionais do país?”; ou
ainda, sobre sua vinda com a família para o Rio Janeiro em 1929, a convite de
Adhemar Gonzaga: “(...) quem iria imaginar que o cinema falado iria deixar tudo de
pernas pro ar?” (p.66-70). Suas falas, documentos saborosos de uma época,
sintetizam diferentes aspectos de nosso cinema; elas vão ecoar, fazendo com que
o leitor absorva de maneira muito mais verdadeira e pessoal o contexto histórico
aqui exposto.
Nesse momento, a realização fílmica passa a ser objeto assumido por seus
continuidade a propostas já iniciadas pelo Chaplin Clube (1928/31). O
Modernismo vai ser reconhecido através da Universidade: o núcleo de Clima
formou-se na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São
Paulo”. Lourival Gomes Machado, Antonio Candido de Mello e Souza, Décio de
Almeida Prado, Gilda de Mello e Souza, Ruy Coelho e Paulo Emílio Salles Gomes
assinalam “a passagem de uma crítica opinativa para a crítica analítica baseada
em instrumentos conceituais fornecidos pela Universidade” (p. 88).
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integrantes, surgindo também como estudo, através da revista Clima, que dá
Destacando Paulo Emílio Salles Gomes, nomeado como o “elo perdido entre o
Modernismo e o cinema brasileiro”(p.109), vamos acompanhar sua trajetória,
desde a descoberta da sétima arte, até sua cinefilia tomar corpo na França,
através do encontro com Plínio Sussekind, do Chaplin Clube dos anos 1920; em
outro capítulo, acompanhamos seu caminho como crítico profissional.
O terceiro momento da relação entre o Modernismo e o cinema, “Tempo de
Disseminação”, vai ser mostrado com o Cinema Novo. A partir de seus filmes,
diretores e outros movimentos da década revolucionária, como o Tropicalismo,
Paranaguá insere o espaço ideal dessa afinidade.
A ideia de que o Modernismo é matriz, ponto de origem para a articulação
entre nacionalismo e experimentação no cinema brasileiro dos anos 1960, é
bastante conhecida e foi desenvolvida por muitos autores como Paulo Emílio
Salles Gomes, Ismail Xavier, Jean-Claude Bernardet, Eduardo Escorel, etc. Mas
Paranaguá consegue dar um viés diferenciado para este encontro, quando
sublinha os anos que sucederam o Modernismo fundador e que antecederam os
anos 1960. Esse prosseguimento torna-se, então, mais consistente, um espírito
cinematográfico modernista paira sobre a experiência da revista Clima, interligada
ao resgate da filmografia de Humberto Mauro nos anos 1960 por Glauber Rocha e
por Paulo Emílio. O marco inicial dado por Limite só iria ser concretamente
reconhecido em 1978, quando este foi restaurado.
Para falar de Cinema Novo, Paranaguá focaliza em Joaquim Pedro de Andrade,
deste bloco. Trechos de entrevistas e textos de Joaquim Pedro, que perfazem
todo seu percurso até seu último filme, O Homem do Pau Brasil, vão estar
contextualizados a uma situação cotidiana recriada pelo autor: “No Rio de Janeiro,
em casa de Rodrigo Mello Franco de Andrade, seu filho costumava assistir às
conversas com seu padrinho, o poeta modernista Manoel Bandeira ... livro
combinado com cigarro e bebida provoca lembranças...” (p.110).
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o legado maior do Modernismo. É ele a figura escolhida para estar no prólogo
As afinidades entre os integrantes dos diferentes tempos modernistas passam
também pelas relações familiares. Paranaguá desenvolve um capítulo sobre esse
tópico: “o entrelaçamento entre o Modernismo e o Cinema Brasileiro foi uma
questão de transmissão, mas também de filiação” (p.139). Rodrigo Mello Franco
de Andrade, pai de Joaquim Pedro, é figura importante do então SPHAN (Serviço
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), é amigo de Carlos Drummond de
Andrade e Manuel Bandeira, o qual chama para ser padrinho do cineasta. Essa
herança sanguínea e de amizade reflete as escolhas de seus primeiros filmes, os
curtas: O mestre de Apipucos (1959), sobre Gilberto Freyre; O poeta do castelo
(1959), sobre Manoel Bandeira; O padre e a moça (1966), sobre um conto de
Carlos Drummond de Andrade; e Macunaíma (1969), baseado na rapsódia de
Mário de Andrade. As adaptações de textos modernistas para o cinema passam
da reverência familiar dos primeiros curtas, até a irreverência completa na
adaptação de Macunaíma. Seu último filme volta-se um pouco contra essa
tradição (familiar) ao retratar Oswald de Andrade em O homem do pau brasil.
Outras experiências de ruptura cinemanovistas são pontuadas pelo autor como
advindas de ideias Modernistas: “Glauber estava fazendo um mapeamento
cinematográfico do Brasil assim como Mário o fez em sua época” ou “existem
paralelos entre os textos mais emblemáticos do Cinema Novo, os dois manifestos
de Glauber Rocha, Estética da fome (1965) e Estética do sonho (1971), com
manifestos dos anos 20, lembram o manifesto da revista Klaxon ou o Manifesto
No capítulo “Tropicalismo”, Paranaguá introduz o que poderia ser o auge do
Modernismo nos anos 1960/70. Aqui a menção ao Cinema Marginal me parece
excessivamente tímida: chega a reconhecer a dissolução da linguagem levada ao
extremo pelo movimento Udigrudi, mas não se refere a muitos de seus integrantes
que trouxeram para dentro de seus filmes os preceitos do Modernismo
preconizados por Oswald de Andrade. Menciona Júlio Bressane, mas esquece o
nome de Rogério Sganzerla de O Bandido da luz vermelha (1968), A mulher de
todos (1969) e Abismu (1978) - este último uma citação paródica a Limite. Não
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Antropófago” (pp.132,134).
aponta para outros filmes que homenageiam explicitamente Oswald, como O
vampiro da cinemateca (1975), de Jairo Ferreira, e Triste trópico (1974), de Arthur
Omar. Neles, é evidente a presença da tradição modernista, através da linguagem
antropofágica de Oswald, mas também de um claro “rompimento com a alegria
tropicalista”, com a inserção de um lado apocalíptico que desemboca na metáfora
da peste (introduzida por Antonin Artaud), que contradiz a alegria carnavalizadora.
A longa trajetória do cinema brasileiro quase termina em tom melancólico,
quando o autor sugere, com ironia, que a comunhão cultural, sonhada por Mário
de Andrade para o Brasil, teria sido conseguida pela televisão, “a unificação da
língua nacional é um de seus resultados”. Mas acaba optando pela saída proposta
por Joaquim Pedro de Andrade desde Macunaíma: a autofagia, “o Brasil continua
devorando a si mesmo.” (p.170).
Existe também um segundo final. De maneira muito pessoal, revelando e
assumindo o estilo de sua escrita como uma disponibilidade para a aventura,
completa o “prefácio Dispensabilíssimo”, com a conclusão nomeada como
“Saudade”. Afirma que, ao “escrever sobre Modernismo e cinema brasileiro”,
mergulhou “nesse mundo de luzes e sombras, cheio de fantasmas, com a
ingenuidade do protagonista de Nosferatu do Murnau”. A escolha pelo filme
Submetido em 10 de novembro de 2014 | Aceito em 11 de novembro de 2014
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expressionista talvez confirme aqui a intensidade deste percurso.