Gostei muito da ambientação do pós-guerra e como apesar do óbvio crime hediondo retratado não deixa de ponderar como tantas ações e malignas um ser humano, individualmente ou como sociedade, pode ter com o outro, expondo ao ridículo pessoas vulneráveis, abusando da sua posição de patrão etc.
Era uma sociedade doente que precisava se anestesiar com drogas para viver em um momento histórico deprimente.
O abuso do poder contra aquele na posição mais frágil é o verdadeiro crime coletivo.
É um bom filme porém em várias partes eu preferiria que não houvesse a necessidade de explicar as ações dos personagens e deixar mais no silêncio que é o sentimento mais solitário do ambiente clerical. O verdadeiro isolamento.
Gosto das cenas que aparecem as mulheres especialmente, muito bem contrapostas as figuras masculinas. Elas estão sempre em uma composição de descida e eles de elevação porém na cena icônica de Isabelle como Agnes ela está em uma superfície plana, ali eles são iguais.
Policial cristão chato vai incomodar os pagãos divertidos e bem resolvidos sexualmente.
