Robert Pattinson agarrando com os dentes a oportunidade de trabalhar com o Bong Joon-ho, ele está simplesmente incrível e vende fácil o filme.
Sobre a obra, eu entendi ela mais como um "blockbuster estadunidense médio", e com isso eu quero dizer que o Bong Joon-ho está fazendo algo próximo de um Spielberg e James Cameron ao invés de olhar pro seu próprio cinema coreano, que é muito mais desafiador pro público.
Isso seria uma consequência de ter que trabalhar pra…
Começo lento, atuações sofríveis, alguns tão ruins que se tornam até que divertidas, mas a meia-hora final entrega um bom filme de slasher, então pela meia-hora final eu diria que vale assistir.
Eu acho fascinante como esse filme é um exercício de ser uma grande afronta ao conservadorismo e a ditadura ainda no começo dos anos 80, gera reflexão sobre machismo, tem sexo gay, sexo interracial, uso ilícito de drogas, tudo sendo visto da maneira mais natural e sem qualquer tabu, como se já estivéssemos em uma sociedade utópica que esses assuntos foram superados e cada um pode exercer sua liberdade sem que nada disso seja uma questão, apenas são o que são.
A melancolia de ter uma vida disfuncional (casamento com marido violento; pais separados que deixaram uma ferida aberta; gravidez com alguém que não demonstra muito interesse em assumir a paternidade), onde mesmo nada dando muito certo ainda assim temos que seguir em frente.
Em relação a linguagem, aqui já temos uma das marcas principais do Ozu de fazer os atores falando pra tela, praticamente conversando com o espectador e nos colocando como os personagens dos filmes, gosto muito desse maneirismo dele.
