uma adolescente insuportavelmente instável tendo que lidar com a mãe angustiantemente narcisista
é difícil para todo mundo crescer. lidar com a vida. com os sentimentos. angustias. medos. amores. desejos. arrependimentos. egoísmos. e para mim o filme todo se traduz na cena final, em que Christine, já não mais como lady bird, se sente nostálgica dirigindo por sacramento. a cena tem um corte rápido, vai para a mãe dirigindo com o mesmo olhar e sentimento.
achamos que somente nós temos problemas…
o maior terror que pode ser feito é aquele inspirado em fatos reais. a realidade é a mais cruel. a mais aterrorizante. a mais perturbadora.
é amedrontador pensar que tenho mais medo da capacidade da realidade em criar tormentos do que de fantasmas, demônios e do próprio inferno
é inaceitável que quase 25 anos depois desse filme, e do suposto “fim dos manicômios no Brasil, ainda lidemos com o abuso contra pessoas em sofrimento mental. é inaceitável ainda existirem pessoas internadas em manicômios judiciários, mesmo após determinação LEGAL de que fossem todos fechados… é inaceitável…
um olhar diferente para um plot muitas vezes já feito, e com uma pitada de exagero caricato que o bong joon adora e que funciona… até metade do filme. depois só parece que ele não sabia como terminar a história e escolheu o de sempre: reflexão de como é ruim né, ter diferença entre classes sociais, líderes ricos burros e gente miserável no mundo.
mas que deus abençoe a vida de robert pattinson
não tem como por totalmente em palavras o que esse filme me fez sentir, mas tentarei por em algumas. poderia ficar horas escrevendo sobre cenas tocantes, olhares intensos, atuações impecáveis. mas o que realmente importa é aquilo que eu pude sentir. e tudo o que esse sentimento significa para mim, sobre as coisas que acredito, sobre as angustias que sinto, sobre o fervor que me consome quando penso sobre a vida. quando penso sobre memória. quando repenso o futuro. quando…
