Na abertura, a câmera acompanha Fernanda Torres no mar, em um plano mais aberto. Depois, quando retornamos ao mesmo local, o escopo se fecha, refletindo o que se passa na narrativa. Na última vez em que o mar aparece, ele aparece através da gravação de uma fita — ou seja, é apenas uma memória. Memória. Esse é o fio condutor de Ainda Estou Aqui, juntamente com o peso da ausência.
(Muitos elogios a Fernanda Torres, merecidamente, mas o que realmente me tocou foram os minutos finais com a mãe, Montenegro. Uma das maiores, senão a maior, artista viva do Brasil.)