O júri é uma extensão do princípio do poder popular.
Esse filme, especialmente à época em que foi lançado, é um contundente argumento em favor da democracia republicana aos moldes dos EUA. Contrário ao convencimento de um único magistrado ou um corpo de magistérios, o povo é quem detém as rédeas da verdade!
Mas, como fez Davis ao consenso de seus colegas, nós, do terceiro mundo, precisamos protestar o alinhamento imediato com esse entendimento.
De novo, como Davis, não quero…
Bom. Eu não sou o público alvo e isso afeta minha percepção. Eu não participo de nenhuma dessas experiências, apenas as observo na condição de um terceiro.
E, nela, eu acho a proposta um pouco forçada. A tese é interessante, mas ela não é explorada, se não diluída em relatos hiper pessoais (como tem mesmo de ser nesse estilo de documentário, tudo é muito profundo e pesado) que ofuscam a linha de raciocínio.
As bruxas de antigamente podiam estar sofrendo…
Esse é um filme sobre um filho tomando conta das falhas dos pais. Mas é também, nesse mesmo sentido, sobre estruturas triangulares.
De início, e a mais óbvia, a do judiciário: um juíz, a acusação, a defesa. Mas também de linguagem: o alemão, o inglês, o francês. De cores: azul, cor da defesa; verde, cor neutra; vermelho, cor da acusação. Nas narrativas de um julgamento: a versão da acusação, a versão da defesa, e a verdade.
Nessa estrutura, pensamos um…
Eu terminei achando que não tinha gostado e uma semana depois estava vendo esse filme em todo lugar da minha vida. Obra de arte
