Sganzerla, sobre A Família do Barulho e bem mais do que A Família do Barulho
Veja bem, você tá fazendo um filme urbano, sobre determinado aspecto que é relacionado a toda uma cultura ligada a, digamos, o fato mais popularesco — nós tivemos que assimilar e admitir e, sobretudo, até utilizar os recursos inesgotáveis do rádio, da fotonovela, da radionovela, das histórias em quadrinhos.
Na época, havia isso lá fora e era a coisa mais óbvia, mais evidente. Havia pop art, havia na música abstrata, mas os próprios poetas concretistas, no Brasil, eram taxados de mitômanos. E nessa deformação, quem perdeu foi o cinema.