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Um filme milimetricamente dividido em partes marcadas pelo que é presente e também o que está ausente.
Iniciamos a história com a família Paiva expandindo-se por todos os espaços que consegue preencher. A enorme casa, tão acolhedora quanto onipresente, é iluminada e fresca. Corre brisa do mar, embalo musical, cheiro de suflê no forno. Há tanto ali. E Rubens Paiva, que tão logo nos cativa, está sempre presente. Até que não mais está, e sua ausência se torna a presença…
Somando a beleza dos recursos audiovisuais ousados com o enredo intrigante, Dolan entrega um filme difícil de engolir - mas belíssimo de assistir. Para compreender o incompreensível nas escolhas de Die é preciso ver a lacuna deixada pela sociedade, no modo que se organiza e produz, para o acolhimento do dito ‘atípico’. Com uma solução simplória, o Estado esmaga um futuro imaginado em liberdade, aprisionando sonhos e amores pouco mastigados, mas intensamente vividos.
O ponto de vista literalmente se abre…