É DA MERDA QUE NASCE A EPOPEIA.
Visto na cinemateca brasileira.
A jornada do louco, o esoterismo em meio ao purgatório Paulista. É o burguês que vende a alma e cai de cabeça no povo, surrealismo caótico, e muito massa como a aparência (não apenas ela) do Mefisto foi parar de inspiração pro Lost highway.
A relação parassocial extrema, os stalkers, groupies e até o medo após o assassinato de Lennon em 1980 em NY. Definitivamente ver isso na época teria um tom bem diferente.
De Niro vai da vergonha alheia engraçadíssima a uma loucura, ingenuidade e fantasia com uma facilidade. Fica aquela dúvida na primeira fala em um estudo de personagem não confiável: 'That’s not my whole life'. Será que não?
Uma visão do Drácula muito mais intíma e existencialista. Apresentando um cansaço da imortalidade, de viver o mundano dia-após-dia e uma carência por conexões. Novamente o desejo se faz salvação desse ceticismo, uma noite seria suficiente para experimentar a la petite mort.
Amo Cronenberg, não exatamente do estilo dele mas tem muitas referências legais de filmes de horror. Gosto muito da crítica do male gaze junto com o etarismo e pressão estética na indústria, definitivamente entrega no body horror. Aprecio também o "exagero" estilístico que existe, algumas montagens lembram bastante "Réquiem para um Sonho" trazendo essa relação com a tecnologia estética de forma vil, dialogando muito com os procedimentos estéticos duvidosos atuais.
Porém, a exposição e os temas são tão esfregados na…
