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No início, parecia constrastar a fantasia do imaginário e das brincadeiras infantis com a frieza e aspereza da guerra. Com o decorrer do filme, no entanto, ficou cada vez mais claro que era a guerra engolindo e esmagando todo e qualquer resquício de humanidade. ‘Come and see’ parece chegar perto de transportar os telespectadores para a segunda guerra mundial da vida real (ainda que a realidade da guerra seja irreproduzível), quando apresenta toda a destruição e genocídio junto com a desumanização dos participantes dela.
Para lembrar do filme: O filme de 1975 traz alguns debates e demandas que ainda hoje são atuais em 2023.
O filme se trata de uma inversão da estética civilizatória. O escrachado, o grotesco, o obsceno, o violento, o ignóbil saem da margem e vão para o centro. É o mictório de Duchamp, são os discos do Skylab, é o anti-processo civilizatório na contramão de Norbert Elias* e daí em diante… A questão que fica é: O Belo permitirá que o Feio se torne o Belo e que reste ao Belo o lugar do Feio?
Primeira impressão do filme é…
Interessantíssimo para quem se interessa por Direito.
Acho que um dos méritos do filme está justamente em pegar conceitos da filosofia contemporânea e condicioná-los ao contexto de Baixa Idade Média. Destaco principalmente a noção de Verdade. Em um Ocidente constituído pela moral cristã, a produção filosófica, embora heterodoxa, apontava para a ideia de haver verdades absolutas, inelutáveis e eternas. No entanto, o filme expõe o caráter narrativo da verdade quando cria os capítulos 1, 2 e 3, cada um com…