Apostila Gestao de Cardapios
Apostila Gestao de Cardapios
Apostila Gestao de Cardapios
FACULDADE SO LUCAS
CURSO DE NUTRIO
GESTO DE CARDPIOS NA
PRODUO DE REFEIES
INTRODUO
O Planejamento de Refeies uma atividade tcnica, que est diretamente relacionada com
outras atividades tcnicas, dentro de uma UAN (previso de gneros, compras, controle da
confeco, verificao da aceitao, controle e racionalizao dos trabalhos, etc.). Para que
obtenhamos sucesso, necessrio um total entrosamento entre atividades tcnicas e
administrativas.
o passo mais importante na previso e no controle de custos numa UAN. Quando elaborados
para unidades que atendam a usurios de mesmo nvel socioeconmico e de mesmo nvel de
atividade, os cardpios em srie (mapas) facilitam o controle. Os procedimentos padronizados
poupam gastos com mo-de-obra e determinam melhor aproveitamento dos alimentos.
Em instituies com atendimento diferenciado aos diversos usurios, uma forma de facilitar o
controle dos custos utilizar um mesmo alimento para todos os cardpios, variando, porm a sua
forma de preparo e de apresentao.
A quantidade de alimentos ingeridos (lei da quantidade) deve fornecer todos os nutrientes (lei da
qualidade), que devem guardar uma proporo entre si (lei da harmonia) e, alm disso, devem
adequar-se aos hbitos individuais, situao econmico-social e aos aspectos de necessidades
individuais (lei da adequao).
LEI DA QUANTIDADE: A alimentao deve fornecer ao indivduo a quantidade de alimentos necessria
para o funcionamento do organismo, preservao da espcie e preservao da sade.
LEI DA QUALIDADE: A alimentao de fornecer diariamente ao indivduo a quantidade de nutrientes
necessrias ao organismo. Deve tambm levar em considerao o grau de maturao,
conservao, bem como as condies de consumo dos alimentos.
LEI DA HARMONIA : Os alimentos devem fornecer todos os nutrientes de acordo com a necessidade
do indivduo. Deve haver ainda harmonia entre cores, sabores, odores e textura dos alimentos que
compem o cardpio.
LEI DA ADEQUAO: A alimentao deve ser adequada ao indivduo considerando o peso, a altura, a
idade, a disponibilidade de alimentos, o poder aquisitivo, gasto energtico, estado fisiolgico do
indivduo (gestante, nutriz, criana, etc.), a existncia (ou no) de doenas e coletividade.
para
preveno
de
doenas
como
saber
mais
sobre
Guia
alimentar
da
Populao
Brasileira
acesse:
www.saude.gov.br/nutricao).
Para uma alimentao ser considerada saudvel, ela deve ser varia, colorida e saborosa. Deve
incluir todos os grupos de alimentos e ter harmonia.
A grande variedade de pratos apresentados no self-service, pode trazer algumas conseqncias. A
escolha do cliente pode ser totalmente inadequada, com refeies muito calricas, apesar do
pequeno volume de alimentos, ou seja, a custa de gorduras. Tambm no so raras s vezes em
que os clientes reclamam de monotonia alimentar, embora o cardpio apresente grande
quantidade de preparaes. No devemos esquecer que em geral as pessoas tendem a manter
certa rotina, inclusive na alimentao, ou seja, elas comem todos os dias mais ou menos os
mesmos alimentos. Como a seleo feita entre as mesmas preparaes, as pessoas acabam se
queixando de no haver variedade. Por esse motivo, prefervel ter um menor nmero de opes
e uma maior variedade de preparaes ao longo da semana.
CARDPIO OU MENU?
FUNO DO CARDPIO
O xito do funcionamento dos servios de alimentao est na dependncia da definio dos seus
objetivos, que manter a sade da clientela atravs da alimentao adequada, que atenda aos
requisitos:
REFEIO PREPARAES ALIMENTOS NUTRIENTES
O cardpio tem como funo de oferecer os alimentos de maneira adequada s pessoas que vo
consumi-los, de acordo com as necessidades de cada clientela. O cardpio deve objetivar a sade
do cliente. O cardpio elaborado pelo nutricionista, um profissional da sade, valoriza as pessoas
atravs da alimentao oferecida, podendo ser utilizado como uma forma de educao
nutricional, prevenir o aparecimento de doenas, melhorando, mantendo ou recuperando a
sade. Por outro lado, se no for elaborado com o cuidado necessrio, considerando os aspectos
que precisam ser atribudos a essa tarefa, pode contribuir para fragilizar o estado de sade das
pessoas.
No planejamento de alimentao saudvel deve-se considerar que a refeio seja ao mesmo
tempo:
NUTRITIVA:
Contendo todos os nutrientes na quantidade
necessria ao crescimento e manuteno da
sade e das atividades da populao em questo.
AGRADVEL:
Que esteja de acordo com os padres
alimentares da populao (hbitos, costumes) e
que possua as caractersticas organolpticas
preferenciais do grupo.
ACESSVEL:
Cujo custo seja permissivo ao usurio.
TIPOS DE CARDPIO
OU SIMPLES OU TRIVIAL
esto presentes frutas da poca (laranja, banana, tangerina e melancia), doces como
gelatinas, flan e mariolas. Apresenta pequena variedade de hortalias sendo utilizadas as
mais comuns e baratas como: alface crespa, repolho branco, batata, chuchu, beterraba,
tomate e pepino.
MDIO
OU
TRIVIAL
FINO
OU DE
distribuio dos alimentos e tambm na arrumao das mesas. Oferecido para clientes de
maior poder aquisitivo. Distribuio por servio francesa, la carte, self-service, buf de
casamentos, bailes ou cerimnias especiais. Os acompanhamentos de arroz e feijo so
optativos. Sempre apresenta opes. Saladas sem preocupao de custos com misturas
de hortalias e frutos do mar, endivias, tomate cereja, alcaparras. Preparaes como fil
mignon, picanha, pato, lagosta, camares, peixes sofisticados com salmo, trutas e
bacalhau, sufls e massas. E sobremesas com frutas mais sofisticadas com kiwi, pssego,
uvas, cerejas. Alm de tortas e trufas, cheese cake, creme de papaia com cassis entre
outros.
MISTO Apresenta caractersticas dos trs tipos de padres. tpico de self-sevice a quilo
ou preo nico. O balco apresenta preparaes simples, mdias e formais para atender
a todo o tipo de clientela diversificada e exigente. Na maioria das vezes apresenta
preparaes mdias e algumas triviais muito consumidas e algumas mais triviais para
baratear e equilibrar o custo do cardpio.
atrativas,
probabilidade
de
uma
seleo
mais
adequada
aumenta
Pelas recomendaes nutricionais atuais, h ingredientes que devem ter seu uso reduzido no
preparo de alimentos, como acares simples, sal e gorduras. Estes desempenham importante
papel na definio das caractersticas sensoriais dos alimentos. Tcnicas culinrias desenvolvendo
preparaes atraentes esttica e sensorialmente, aliadas ao prazer proporcionado pelos rgos
dos sentidos, desde visualizar at saborear uma preparao, podem assegurar que as
recomendaes nutricionais sejam seguidas. Os lipdeos devem ser controlados, principalmente
pelas conseqncias do seu consumo excessivo e ocultos nos alimentos. Conferem muito sabor s
preparaes, mas no se pode esquecer do seu valor calrico. No precisam ser evitados, mas
pode ser consumida com moderao coma quantidade moderada. Em excesso, comprometem os
aspectos nutricionais e sensoriais, pois a apresentao da preparao torna-se gordurosa e pouco
atraente.
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ESTRUTURAO DO CARDPIO
Em qualquer tipo de cardpio, a estrutura permite organizar as partes ou elementos, isto , as
preparaes em um todo, que a refeio. A seqncia mais comum apresentada nos
restaurantes brasileiros inclui:
cardpios mais formais h opes: carne branca e carne vermelha (a primeira precedendo
segunda na apresentao).
3. GUARNIES: Preparaes com hortifrutigranjeiros, massas e farinceos, normalmente
passando por algum processo de coco e servidas com molhos, cremes, coberturas ou
similares.
4. ACOMPANHAMENTOS: base de cereais, leguminosas e preparaes comuns populao,
como pes e farinceos. So optativos em alguns tipos de cardpios, principalmente
naqueles mais formais.
5. SOBREMESAS: Frutas e/ou preparaes doces servidas ao final das refeies. Em caso de
opes, serve-se por ltimo a fruta, pois algumas delas so consideradas "digestivas".
6. BEBIDAS: Sucos, gua, refrigerantes, refrescos, chs, etc. No se serve bebida alcolica,
exceto vinhos em cardpios formais.
7. CAF E LICOR: Para fechar refeies mais formais.
10
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que este no seja repetitivo. O tempo do cardpio deve ser estabelecido, independente do tipo de
contrato ou licitaes. Um perodo considerado razovel o planejamento mensal, principalmente
para os clientes cativos que consumiro a refeio diariamente. A comida, repetindo-se
semanalmente pode desagradar o comensal antes dele provar, independente do sabor, pois ele j
sabe as preparaes e imagina os seus sabores antes mesmo de entrar no restaurante.
TIPOS DE PLANEJAMENTO
A CURTO PRAZO: Para atendimento mximo em torno de um ms. bastante minucioso e
apresenta a vantagem de poder ser levado a efeito em todos os seus aspectos e detalhes.
A
MDIO PRAZO:
Trimestral ou semestral.
modificaes.
A LONGO PRAZO: mnimo de um semestre. bastante genrico e provavelmente ir passar
por inmeras modificaes
Devido a oscilaes tanto na disponibilidade financeira das empresas quanto no mercado
abastecedor, normalmente se faz um planejamento que comporte certa margem de segurana,
determinada principalmente por estimativas de inflao no perodo em que ele for vigorar. por
esse motivo que a maioria das UPR's vem trabalhando com planejamentos em curto prazo, como
forma de garantir segurana na previso e facilidade para implementao de mudanas em caso
de necessidade. Outra forma eficiente de planejamento aliar planejamento em curto prazo com
um de mdio ou longo prazo.
O planejamento o passo mais importante na previso e no controle de custos numa UPR.
Quando elaborados para unidades que atendam a usurios de mesmo nvel socioeconmico e de
mesmo nvel de atividade, os cardpios em srie (mapas) facilitam o controle. Os procedimentos
padronizados poupam gastos com mo-de-obra e determinam melhor aproveitamento dos
alimentos.
Em instituies com atendimento diferenciado aos diversos usurios, uma forma de facilitar o
controle dos custos utilizar um mesmo alimento para todos os cardpios, variando, porm a sua
forma de preparo e de apresentao.
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INSTALAES
MO-DE-OBRA
ORGANIZAO
OU DISPONIBILIDADE FINANCEIRA:
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Para a elaborao criteriosa do cardpio, tornam-se necessrias algumas anlises para a escolha
dos alimentos que vo compor as preparaes. Ao analisar a composio dos alimentos, a seleo
torna-se mais abrangente e completa.
Algumas tcnicas bsicas de preparo para carnes, em geral: fritar em pouco leo (saltear), sob
imerso, chapear, refogar, cozinhar lentamente (assando na panela ou ensopando) grelhar e assar
torna-os mais saudveis e devem ser valorizadas. Pois, independemente da escolha do alimento,
as tcnicas de pr-preparo e preparo contribuem e interferem decisivamente na qualidade
nutricional e sensorial do alimento. O cuidado com o pr-preparo fundamental, mas, depois
desta etapa, o preparo decisivo na qualidade do alimento e no acrscimo ou na reduo das
caractersticas nutricionais do alimento.
Para o preparo de frutas, hortalias e derivados devem ser exploradas pelo seu valor nutricional,
caractersticas sensoriais que agregam e o reduzido teor calrico. A preocupao e o cuidado de
manter esses alimentos como saudveis e pouco calricos devem existir, selecionando os
ingredientes e as preparaes, alm de us-los para incrementar demais pratos. Esses alimentos
tm a versatilidade de serem utilizados como saladas, complementos crus e/ou cozidos,
juntamente com as guarnies, podendo valorizar bastante o prato apresentado, ou seja, como
ingrediente principal, seja secundrio ou decorativo. Outra opo que pode ser explorada no
grupo das hortalias e verduras so os cortes e combinaes, como:
Julienne ( Juliana): como a maioria das razes so carnudas e firmes, podem ser
cortadas em tiras longas e finas. Cozinham em pouco tempo, na fervura, no vapor ou
no refogado. Dando timas guarnies.
Cubos: esta tcnica resulta em cubos uniformes, que cozinham rapidamente e tm uma
bonita apresentao. Legumes em cubos geralmente so usados como base para sopas
e cozidos. Mirepoix: uma mistura de cubos desigualmente cortados de cenoura,
cebola e aipo, o alho-por tambm muito utilizado. Brunoise: so cubos bem
pequenos podendo ser feito com cenoura, pimento, aipo alho-por ou berinjela.
Usam-se separados ou misturados (clssica guarnio do consom).
Tiras de legumes: so lminas feitas com o descascador de legumes. Tcnica perfeita
para razes alongadas, principalmente cenouras, por sua textura firme e fibrosa, e
tambm para berinjelas ou pepinos (principalmente japoneses). Pode ser utilizadas as
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As
quantidades
qualidades
dos
ingredientes
sejam
estejam
estabelecidas
Controle de custos;
Conforme o tipo de clientela que ser atendida que se decide o cardpio e elaboram-se as
fichas tcnicas de preparao. O cardpio como ferramenta de planejamento estratgico deve ser
elaborado com base em fatores intervenientes que podem ser divididos em: clientes; fatores
internos e fatores externos.
FATORES RELACIONADOS AO CLIENTE
DISPONIBILIDADE FINANCEIRA: deve-se examinar se o cliente tem condies financeiras de pagar pelos
servios e pelo padro de cardpio definido pelo estabelecimento.
HETEROGENEIDADE
DA CLIENTELA:
NUTRICIONIAS:
disponveis para o uso do corpo humano nos alimentos que o individuo deve consumir para
satisfazer todas as suas necessidades.
PREFERNCIAS
REGIONAIS:
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FATORES INTERNOS
NMERO DE PREPARAES: para uma mesma quantidade de calorias podemos oferecer um cardpio
com quatro tipos de preparaes. Muitas vezes restaurante self-service oferece at dez tipos de
pratos principais e uma enorme variedade de acompanhamentos, guarnies e entradas. Esse fato
interfere no tipo, tamanho e quantidade dos equipamentos e utenslios e vai, definir,
consequentemente, o tamanho e diviso interna da UPR.
SISTEMA
DE DISTRIBUIO:
NUTRICIONAL:
nutricional da clientela. Produzir para adultos ou para crianas implicar compras e volumes
diferentes e cardpios diferentes.
NICHO DE MERCADO: Pode-se escolher um tipo especifico de clientela para se trabalhar. Por exemplo,
um estabelecimento para alimentao mediterrnea, ou japonesa ou nordestina. Essa escolha
uma deciso interna da empresa.
TIPO
DE NEGCIO:
DO PROFISSIONAL:
habilidades especificas de alguns colaboradores. Um exemplo disso pode ser usar as habilidades
do sushi man.
SISTEMA DE INFORMAO: a capacidade de o negcio produzir dados e transform-lo em informaes
para tomada de decises (informaes sobre a quantidade mdia de clientes, a variao durante a
semana ou nas diversas estaes do ano).
PADRO DO CARDPIO: o cardpio pode ser popular, mdio ou formal; quanto mais for sofisticado,
maior ser o espao fsico necessrio (cardpio mais sofisticado exige mais equipamentos em
quantidade e qualidades mais diversificadas).
RECURSOS HUMANOS: deve-se verificar a necessidade de profissionais especializados no mercado e a
disponibilidade financeira da empresa pra contratao.
FATORES EXTERNOS
LOCALIZAO GEOGRFICA: os restaurantes localizados em cidades de difcil abastecimento devero
dar prioridades aos pratos regionais, o que evita a falta de gneros alimentcios. Outro aspecto a
considerar o fato de existirem em cada cidade zonas com clientelas bem definidas. A parte
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central normalmente tem transito mais difcil, estacionamento limitado, mas onde se localiza a
maior parte ds escritrios, bancos e consequentemente, tem maior numero de clientes.
ESTRUTURA
FSICA:
cdigo de postura dos municpios. O limite da estrutura fsica tambm um fator que determina
seu numero de clientes e o tipo de servio prestado.
EQUIPAMENTOS E
UTENSLIOS:
TURSTCO:
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ser calculados com base em valores dirios de referencia para macro e micronutrientes conforme
o quadro
Nutrientes
Valor energtico Total
Carboidratos
Protena
Gordura Total
Gordura saturada
Fibra
Sdio
Valores Dirios
2.000 cal
55-75%
10-15%
15-30%
<10%
>25 g
< 2.400 mg
I - as refeies principais (almoo, jantar e ceia) devero conter de seiscentas a oitocentas calorias,
admitindo-se um acrscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em relao ao Valor
Energtico Total VET de duas mil calorias por dia e devero corresponder a faixa de 30- 40%
(trinta a quarenta por cento) do VET dirio;
II - as refeies menores (desjejum e lanche) devero conter de trezentas a quatrocentas calorias,
admitindo-se um acrscimo de vinte por cento (quatrocentas calorias) em relao ao Valor
Energtico Total de duas mil calorias por dia e devero corresponder a faixa de 15 - 20 % (quinze a
vinte por cento) do VET dirio;
III - as refeies principais e menores devero seguir a seguinte distribuio de macronutrientes,
fibra e sdio:
Refeies
Carboidratos
(%)
Protenas
(%)
Gorduras
Totais (%)
Desjejum/lanche
Almoo/jantar/ceia
60
60
15
15
25
25
Gorduras
Saturadas
(%)
< 10
<10
Fibras
(%)
Sdio
(%)
4-5
7-10
360-480
720-960
IV - o percentual protico - calrico (Ndpcal) das refeies dever ser de no mnimo 6% (seis por
cento) e no mximo 10 % (dez por cento).
Esta legislao ainda enfatiza que o clculo do VET ser alterado, em cumprimento s exigncias
laborais, em benefcio da sade do trabalhador, desde que baseado em estudos de diagnstico
nutricional.
As empresas beneficirias devero fornecer aos trabalhadores portadores de doenas
relacionadas alimentao e nutrio, devidamente diagnosticadas, refeies adequadas e
condies amoldadas ao PAT, para tratamento de suas patologias, devendo ser realizada avaliao
nutricional peridica destes trabalhadores.
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Os cardpios devero oferecer, pelo menos, uma poro de frutas e uma poro de legumes ou
verduras, nas refeies principais (almoo, jantar e ceia) e pelo menos uma poro de frutas nas
refeies menores (desjejum e lanche).
As empresas fornecedoras e prestadoras de servios de alimentao coletiva do PAT, bem como as
pessoas jurdicas beneficirias na modalidade autogesto devero possuir responsvel tcnico
pela execuo do programa.
De acordo com esta portaria, O responsvel tcnico do PAT o profissional legalmente habilitado
em Nutrio, que tem por compromisso a correta execuo das atividades nutricionais do
programa, visando promoo da alimentao saudvel ao trabalhador.
x 0,7
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Protena de leguminosas
x 0,6
x 0,5
Ideal
Carncia de protena
Esses fatores foram estabelecidos com base em estudos experimentais com animais
(publicados nas dcadas de 70-80). No Brasil, este indicador utilizado no Programa de
Alimentao do Trabalhador (PAT) que recomenda refeies com valores de NdpCal entre 6 e
10%.
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http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BD96D6A012BE3C81BC67E66/in_20100528_83.pdf
(PAT)
http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/39_01rdc.htm (Pores de Alimentos)
Cliente: toda pessoa que recebe um produto ou utiliza o servio, podendo ser interno ou
externo;
Fornecedor: toda pessoa que desenvolve ou realiza uma atividade para algum;
Especificaes dos requisitos: definio clara do que e como se deseja receber o servio de seu
fornecedor;
Ao se avaliar um processo de produo de UAN, algumas questes podem surgir ao avaliador, tais
como:
H planejamento de cardpio?
Controle de estoque manual ou informatizado?
Controle de custos Est sendo feito? Est atingindo as metas?
Requisio de materiais e alimentos H um planejamento? realizada? Qual a periodicidade?
Interna ou externa?
Fornecedores So cadastrados? Existe vistoria tcnica? H parcerias?
Ergonomia e salubridade dos empregados H controle? So avaliadas as condies de trabalho?
H avaliao da sade dos empregados? H utilizao de EPIs?
Garantia da qualidade sanitria H critrios para controles e monitoramento?
A seguir apresentada uma proposta de avaliao de processos. Trata-se de um instrumento
genrico que pode ser adaptado s UANs. Cabe ao nutricionista estabelecer a periodicidade de
avaliao.
Iniciado o processo de avaliao, deve-se estabelecer um programa de aes corretivas para curto,
mdio e longo prazo, evitando que o instrumento seja apenas mais uma atividade burocrtica,
sem aplicao na melhoria contnua da qualidade.
Padronizao
A padronizao condio primordial para a avaliao de todo o processo.
Na UAN so passveis de serem padronizados:
Os procedimentos.
Em relao aos produtos que podemos padronizar:
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3. AVALIAO DE RESULTADOS
Os trs grandes pilares do servio de alimentao so:
Ambiente: no s aspectos decorativos, mas o ambiente gerado por todo o conjunto humano e
fsico. So cores, os cheiros, as pessoas, a decorao, enfim todos os aspectos ligados com a
percepo do lugar;
Servio: Deve ser eficiente e organizado e ser adequado ao conceito (proposta) do restaurante;
Cardpio: Deve corresponder proposta do restaurante e deve atender as expectativas do
pblico-alvo.
A avaliao de resultados se baseia em padres e permite medir a efetividade das aes e/ou
atividades e a repercusso do servio junto ao cliente. Est direcionada para a tomada de deciso
de prosseguimento ou no da interveno realizada, ou seja, permite decidir por alternativas que
produzam os melhores resultados.
Eficincia de produo
Boa maneira de medir a eficincia de produo pela utilizao do indicador que relaciona o
nmero de refeies previstas com o nmero de refeies servidas mais a margem de segurana
(calculada a partir da mdia de variao dos picos mximo e mnimo de usurios do restaurante).
Desperdcio
Em uma UAN o desperdcio sinnimo de falta de qualidade. A preocupao como desperdcio
no se restringe apenas ao alimento, mas tambm gua, energia, e muitos outros fatores tais
como materiais de escritrio, materiais descartveis, telefone, tempo, excesso de mo-de-obra,
entre outros.
Em relao aos alimentos existem trs fatores de desperdcio predominantes:
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Fator de correo: a perda em relao ao peso inicial, representada pela remoo de partes
no comestveis do alimento;
Avaliao do fator de correo: servir para medir a qualidade dos gneros adquiridos, eficincia
e treinamento da mo-de-obra, qualidade dos utenslios e equipamentos utilizados.
No somente a sobra total, como tambm a individualizada por alimento, permitindo observar
possveis alteraes a serem feitas no cardpio ou no per capita.
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Margem de segurana: deve ser estabelecida quando a Unidade apresentar variaes dirias do
nmero de clientes que fazem as refeies. Ser estimada levando-se em considerao a diferena
entre o pico mximo e o nmero mdio de clientes.
Pico mximo: Dado pelos dias de maior movimento.
Pico mnimo: nmero de clientes nos dias de menor movimento.
Avaliao de restos: o resto deve ser avaliado no somente do ponto de vista econmico, como
tambm, da falta de integrao com o cliente. Deve-se partir do princpio de que se os alimentos
estiverem bem preparados, o resto dever ser algo muito prximo ao zero, j que em restaurantes
com refeies pagas pelo peso no h restos, indicando que o cliente sabe a quantidade que
consegue comer. Se no restaurante self-service, no pago pelo peso, houver uma quantidade
significativa de restos, ser necessrio um trabalho junto ao cliente e posterior reavaliao destas
quantidades. Esta avaliao s faz sentido se houver disposio de encontrar os pontos
problemticos a serem corrigidos e no para comparar com percentuais estipulados teoricamente.
A reduo deve ser sempre comparativa dentro da prpria unidade.
Para determinao da quantidade de restos, dever ser utilizada a frmula:
x 100
Observar que o tamanho do prato ou a quantidade e tamanho das vasilhas utilizadas, podem
induzir os clientes a se servirem de uma quantidade maior que a possibilidade de consumo e,
conseqentemente, gerar restos.
Talheres e pegadores podem interferir na quantidade que a pessoa se serve dependendo do
tamanho e maior ou menor funcionalidade. Exemplo: um pegador de saladas inadequado, pode
fazer com que o cliente se sirva numa quantidade no desejada ou prevista pelo restaurante.
Em relao aos outros desperdcios dentro da UAN, devemos considerar:
gua:
Energia:
Custos
Devem ser planejados e controlados de acordo com o oramento da unidade. Deve-se,
diariamente, calcular os custos e compar-los ao oramento de modo a no ultrapassar os gastos
previstos e tambm no deix-los muito abaixo, para evitar perdas na qualidade.
Lucro
um dos principais quesitos na avaliao dos resultados, pois o que permite manter o servio
em funcionamento e a perpetuao da empresa. um item muito varivel entre as empresas e at
mesmo entre unidades. Para que uma UAN possa operar com autonomia financeira deveria
apresentar uma rentabilidade de, pelo menos, 8% do faturamento lquido.
Recursos Humanos
Fazer uma avaliao de desempenho informal e continuada, permite avaliar o resultado da mode-obra e dimensionar treinamento sempre que necessrio.
Satisfao do Cliente
Esse um dos quesitos mais importantes na avaliao dos resultados da UAN.
2. responsabilidade;
3. competncia;
4. acessibilidade o servio deve criar mecanismos que permitam facilmente as pessoas
contactarem e chegarem. Ex; colocando linhas telefnicas disposio;
5. cortesia polidez, considerao e respeito em conjunto com um tratamento agradvel;
6. comunicao informar o consumidor com termos compreensveis;
7. credibilidade bom nome da organizao e qualificao dos funcionrios;
8. segurana servio livre de perigos, riscos ou dvidas;
9. entendimento do consumidor;
10. facilidades uso de cartes de crdito, estacionamento.
Um mtodo prtico para avaliar a satisfao dos clientes no momento do consumo
alimentar estabelecer uma pesquisa contnua, por meio de um instrumento de votao em que
o cliente, na sada do restaurante, conceitua a refeio como boa, regular ou ruim.
Ao final da votao h a gerao de um total de clientes que optaram pelos trs conceitos,
que podem ser aplicados seguinte frmula:
ISC = 10 x B + 5 x RE + 1 x RU
B + RE + RU)
Onde:
B = Bom (7 a 10)
RE = Regular (3 a 7)
RU = Ruim (0 a 3)
Exemplo:
B = 120 clientes
RE = 30 clientes
RU = 2 clientes
ISC = 10 x 120 + 5 x 30 + 1 x 2
152
ISC = 8,9
30
Avaliao:
ISC = 10 - Satisfao total;
ISC = 8 Satisfao boa, significando que o cliente no consegue identificar defeitos reais;
ISC = 6 Satisfao regular, quando o cliente sente que h problemas, mesmo que no sejam
particularmente tangveis;
ISC = 4 Satisfao comprometida, algumas deficincias podem ser detectadas pelos clientes;
ISC = 2 Satisfao ruim, clientes insatisfeitos com o resultado;
ISC = 0 No aplicvel, pois a frmula do indicador no permite resultado igual a zero, uma vez
que considerou-se que tal ndice representaria ausncia do servio.
2. A AQUISIO DE MATRIA-PRIMA
O que adquirir: tem relao direta com o planejamento de cardpios e por ele determinado.
Onde adquirir: de fornecedores que garantam qualidade, satisfatrias condies higinicosanitrias, melhores preos e condies de pagamento.
Quanto adquirir: relacionam-se com o nmero de usurios previsto, as perdas (fator de correo e
de coco), a periodicidade do alimento no cardpio, a capacidade de estocagem da UAN e a
freqncia de aquisio.
31
3. O TIPO DE SERVIO
Cafeteria simples - exigncia de menos mo-de-obra, menor especializao do funcionrio,
padronizao das pores, planejamento mais facilitado, melhor controle e menos imprevistos.
Cafeteria mista.
Refeio a quilo.
"Self-service".
francesa - exige mo-de-obra mais especializada, tem maior custo (uso de alimentos mais
"nobres"), menor controle do porcionamento, servio mais sofisticado (portanto mais oneroso).
4. A SUPERVISO
Nos processos de recepo, conferncia e estocagem dos alimentos,
Na execuo do servio: higiene, pr-preparo e preparos corretos (contribuindo para diminuir
os fatores de correo e de coco);
Na distribuio: padronizao do servio, com menores perdas;
No aproveitamento das sobras;
Na higienizao da matria-prima, das instalaes, dos equipamentos e, principalmente, da
higiene dos manipuladores: utilizao correta das tcnicas, dos produtos sanitizantes e dos demais
materiais de limpeza;
No consumo de energia e de combustveis: utilizao racional e correta dos equipamentos.
32
O PLANEJAMENTO
1 CONCEITUAO
Planejar distribuir no tempo e no espao, de maneira organizada e hierrquica, os recursos
necessrios consecuo de um propsito pr-determinado.
a mais bsica das funes administrativas, na medida em que estabelece a ponte entre onde
estamos e onde desejamos estar.
O planejamento deve envolver a totalidade de passos, fases ou etapas do trabalho em questo,
os recursos necessrios e a distribuio desses fatores no tempo disponvel para sua realizao.
2 PRESSUPOSTOS DO PLANEJAMENTO
Acompanhamento da execuo;
OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO
33
O planejamento proporciona um FORMATO para o que se previu, pois lana as BASES DA FUTURA
ESTRUTURA
FUNCIONAMENTO
se processe de
SISTMICO.
4 IMPORTNCIA DO PLANEJAMENTO
Imprimem orientao, sistematizao e mtodo ao trabalho,
Possibilita aplicao mais racional dos recursos necessrios ao trabalho,
Contribui para aliviar a carga de trabalho e a responsabilidade das chefias,
fator limitador do conflito e da arbitrariedade das chefias e contribui para evitar que os
objetivos da organizao venham a ser distorcidos.
O QU?
PARA QU / PARA QUEM?
QUANTO?
COMO?
ONDE?
QUANDO?
POR QU?
POR QUEM?
PROCEDIMENTOS
ou
PLANOS
OPERACIONAIS;
34
2.
PROGRAMAES.
Aos planos DE CURTO PRAZO convencionou-se chamar de PROGRAMAO. Uma soma de programaes,
simultneas ou no, compe o planejamento.
A) Planos relacionados com finanas, ou ORAMENTOS;
B) Planos relacionados com atitudes e comportamentos, os REGULAMENTOS ou NORMAS.
1. um mtodo,
2. Est ligado tomada de decises, proporcionando-lhe um sentido de objetividade e
racionalidade,
3. Tem um sentido de antecipao de coisas a fazer e do tempo necessrio a tanto,
4. Torna mais visvel o futuro;
5. pr-requisito para as demais funes que constituem o processo administrativo e com
elas interage continuamente;
6. Capacita antecipao de mudanas e percepo de oportunidades,
7. Confere maior coerncia s operaes, contribuindo para reduzir custos;
8. Traduz um esforo conjunto, contnuo, dirigido e equilibrado;
9. A partir de um esforo inicial, possibilita a continuidade do trabalho;
10. Quando cclico, reduz a carga de trabalho na medida em que se baseia em
experincias e em estudos anteriores;
11. Antecipa erros, conflitos e desvios dos objetivos;
12. um processo de grande complexidade, pois envolve inmeras variveis cuja
combinao e cuja participao necessitam ser sistmicas e dinmicas.
35
Um correto sistema de anlise e de informao de custos, uma das mais importantes tarefas
dentro das empresas.
1.1 MATRIA-PRIMA:
Gneros estocveis (cereais, leguminosas, enlatados, farinceos, leos e gorduras,
temperos, ervas e especiarias, bebidas engarrafadas, etc.),
Carnes e derivados,
Leite e derivados,
Pes e similares,
Hortifrutigranjeiros (frutas, legumes, tubrculos, folhosos, ovos).
1.3 INSTALAES:
Aluguel,
Manuteno das instalaes,
Manuteno dos equipamentos,
Depreciao,
gua,
Servios de telefonia,
Esgotamento,
Iluminao,
Ventilao,
Exausto,
Refrigerao.
1.4. COMBUSTVEIS / ENERGIA:
Eletricidade,
Gs liquefeito de petrleo,
36
leo combustvel.
1.5. MATERIAL DE CONSUMO (guardanapos, palitos, toalhas de papel, produtos de higienizao).
1.6. MATERIAL DE EXPEDIENTE (impressos, material de escritrio, etc.).
1.7. EQUIPAMENTOS
1.8. INSTRUMENTOS, UTENSLIOS FERRAMENTAS E VASILHAME.
1.9. MOBILIRIO
2. CUSTOS:
O que Custo?
Custo: soma dos valores de bens e servios consumidos para a obteno de novos bens ou
servios.
Orientar a diretoria
Informar para decidir
Calcular o preo do produto
Ampliar a faixa de lucro
Reduzir o prprio custo
As decises sobre fixao de preos de venda envolvem tcnicas de anlise do mercado (lei da
oferta e da procura) e comparao com preo e produtos concorrentes. necessrio, assim,
que sejam analisados os componentes do custo para se definir o lucro.
Emotiva os responsveis por cada setor de atividade, fornecendo uma medida de sua eficincia
e produtividade;
Riscos de burocratizao;
Alto investimento.
Tomada de deciso;
Determinao de lucro.
Encargos Sociais:
So as quotas de obrigaes constantes das leis trabalhistas e varia de acordo com a poltica
administrativa da empresa.
Ex.: FGTS, 13 SALRIO, SEGURO CONTRA ACIDENTES, AUXLIO DOENA, AVISO PRVIO, SALRIO
EDUCAO E FRIAS.
Material de Limpeza:
38
CUSTOS DIRETOS:
So aqueles que podem ser debitados diretamente ao produto de servio, ou seja, so
aqueles que podemos levantar por via direta: gneros alimentcios, mo-de-obra + encargos.
Material de limpeza
CUSTOS INDIRETOS:
So aqueles custos, cargos, despesas que so contabilizados atravs de rateio, ou seja, so
aquelas despesas que so rateadas tambm por outros setores da empresa, cabendo um
percentual da UAN, conforme previso de consumo em relao ao total consumido na
empresa.
Ex.: energia, manuteno, transporte, telefone, impostos, aluguel, gua etc.
Obs.: se forem despesas com controle prprio na UAN cai no custo direto.
CUSTOS FIXOS:
CUSTOS VARIVEIS:
CUSTO DE PRODUO:
40
CUSTOS COMERCIAIS:
Compreendem todos os gastos para colocao do produto na praa. Este tipo de custo
inexiste nas UANs com servio prprio. J as concessionrias, que visam o lucro financeiro,
registram esse tipo de custo.
CUSTO ADMINISTRATIVO:
CUSTOS UNITRIO:
o custo necessrio para obteno de uma unidade de produto. obtido pela diviso entre o
custo total da produo pela quantidade de unidade produzida.
CU = CT/Q
CUSTO MDIO:
CUSTOS TOTAL:
CUSTO ESTIMADO:
custo calculado por estimativa. E computado base de informaes anteriores produo e
a compra.
Tipo de cardpio/freqncia;
Porcionamento;
3. PREVISO ORAMENTRIA:
P O = (CMR. U. R. P) + M S
ONDE:
4. CUSTOS DE PRODUO:
(rateio do custo de todos os elementos envolvidos na produo)
Principais fatores a considerar no estabelecimento de padres de qualidade para os produtos de
uma unidade de alimentao e nutrio.
VEICULAO DE NUTRIENTES (QUANTIDADES E TIPOS)
ESPECIFICAES PARA A MATRIA-PRIMA
ESPECIFICAES PARA OS INSUMOS
CONDIES FSICAS DE PRODUO
CONDIES DE SADE DOS MANIPULADORES
HIGIENE DOS MANIPULADORES
EQUIPAMENTOS DISPONVEIS
FORMAS DE ARMAZENAMENTO
FORMAS DE TRANSPORTE
FORMAS DE PRODUO
42
Tipo de servio;
Horas de servio;
Padro da refeio;
Planta fsica;
43
Nmero de fornecedores;
Mtodo de compra
Qualidade
Planta fsica
Diluies
Valor dos servios (trabalho) prestado por pessoas fsicas (operrios ou funcionrios) mode-obra;
Valor dos servios prestados por outras empresas como sejam: empresas de transportes,
empresas fornecedoras de luz, de gua, de gs, de seguros, bancos, etc gastos gerais.
44
45
OPERACIONALIZAO:
Previso de coxo mole em bifes para as dietas normais do hospital.
PL = 100g
FC = 1,2
PB = 120g
N ref./ dia = 600
Margem de segurana: 5%
Estoque = zero
IPGO = [(120 x 600 x 4) + 5%]
[288.000 + 5%] = 302.400 g
46
Para efeito de facilidade de controle optamos sempre que possvel em arrendodar os valores da
preciso. Ex: 302.400g = 300 kg
Devemos ainda observar quando estamos planejando refeies, o padro utilizado na rea para
embalagem dos produtos e tambm fazer funcionar o planejamento em funo desta
padronizao.
PACIENTES
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DIMENSIONAMENTO DE ESTOQUE
CONTROLE DE ESTOQUE
Objetivo:
Estoque mnimo:
Tambm chamado de estoque de segurana, proteo ou reserva, a menor quantidade de
material que dever existir no estoque para prevenir eventualidades.
Estoque mdio:
o nvel mdio de estoque, em torno do qual as operaes de suprimento de consumo se
realizam. Considera-se 50% da quantidade a pedir, mais o estoque mnimo.
Estoque mximo:
a maior quantidade de material que dever existir na organizao, para garantir o consumo at o
tempo de recebimento do prximo lote de reposio. o nvel mximo que a UAN pretende
operar, sob pena de desperdcio de recursos investido em materiais.
Decorrncia
O estoque mnimo e mximo funcionam sempre como nveis de alerta. So componentes de maior
importncia dentro da poltica de estoques, por agirem como elementos de controle da situao.
Os nveis no podem ser to altos que sobrem materiais e nem to baixos que provoquem
ruptura de estoque.
1 Gneros perecveis
So gneros que se deterioram com facilidade;
Impossibilita perodos de estocagem prolongados;
Dependendo do porte da cozinha industrial ou do hospital e da demanda do servio, os gneros
perecveis devero ser submetidos ao processo de entrega diria ou, quando muito, em dias
alternados.
Os gneros perecveis so armazenados em cmaras frigorficas e devem ser rigorosamente
controlados, quanto temperatura e umidade relativa.
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Temperaturas de armazenamento:
Gneros
Temp. (C)
UR (%)
Carnes
70
Laticnios e ovos
50
10
80
2 Gneros no perecveis
So os gneros que no se deterioram com tanta facilidade, suportando processos mais
prolongados de estocagem.
So armazenados na despensa ou almoxarifado, so representados pelas sacarias e
enlatados.
3 Gneros semi-perecveis
So gneros intermedirios entre os perecveis e no perecveis em termos de estocagem.
So representados por uma minoria de gneros. Exemplo: batata, cebola, alho, etc.
Podem ser estocados na despensa, no almoxarifado ou na cmara de verduras, legumes e
frutas.
49
Curva ABC
Neste momento pode-se estudar e discutir a viabilidade e aplicao da Curva ABC, para
controle de estoque.
O estabelecimento da curva ABC, nada mais do que o uso do bom-senso na aplicao dos
recursos financeiros da instituio.
1 Itens A
60% dos investimentos representam 20% do estoque dos gneros;
So poucos itens, porm vitais ao servio;
So geralmente os preo mais elevados.
2 Itens B
30% do investimento correspondem aproximadamente 30% do estoque de gneros;
Em termos de importncia, so gneros intermedirios entre os itens A e C;
Exigem controle razovel (no rigoroso) do seu estoque.
Os itens A e B juntos representam 50% dos gneros estocados, mas 90% do investimento
total, sendo que a eles se deve dispensar maior ateno e vigilncia.
3 Itens C
10% do investimento correspondem a 50% dos gneros estocados;
A maioria dos itens C considerada de uso trivial.
No so considerados de importncia vital para o servio, embora representem 50% do
estoque.
50
51
Ordem
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
Gneros
Arroz
Caf
Sucos
concentrados
Acar
Cebola
leo
Feijo
Batata
Margarina
Macarro
Gelatina
Alho
Ch mate
Extrato Tomate
Lentilha
Ervilha
Fub
F. Trigo
F. Mandioca
Outros itens
TOTAL
5 kg
kg
Litro
10,00
60,00
4,00
Consumo mdio
mensal
1.200
100
1.318
kg
Kg (saca 50 kg)
l (18 l)
kg
kg
kg
kg
kg
kg
kg
l (5 kg)
kg
kg
Sc (60 kg)
kg
kg
-
5,80
50,00
333,2
9,50
6,00
24,00
8,00
25,86
45,00
8,00
82,00
18,00
13,00
150,00
4,50
4,50
-
880
100
15
460
500
96
240
54
26
120
8
35
35
3
60
60
-
Unidade
Investimento mensal
%
($)
12.000,00
20,00
6.000,00
10,00
5.727,00
8,78
20,00
30,00
38,78
5.104,00
5.000,00
4.998,00
4.370,00
3.000,00
2.304,00
1.920,00
1.450,44
1.170,00
960,00
656,00
630,00
455,00
450,00
270,00
270,00
3.720,56
60.000,00
47,28
55,61
63,91
71,29
76,29
80,09
83,29
85,69
87,59
89,19
90,28
91,33
92,08
92,83
93,29
93,75
100
-
8,50
8,33
8,30
7,38
5,00
3,80
3,20
2,40
1,90
1,60
1,09
1,05
0,75
0,75
0,46
0,46
6,25
100
% Acumulada
Itens
A
60%
B
30%
C
10%
52