Rafael Rabello Improviso
Rafael Rabello Improviso
Rafael Rabello Improviso
Resumo: Estudo comparativo entre os procedimentos composicionais de Ernesto Nazareth (1863-1934) no original de
Odeon para piano de 1910 (NAZARETH e MAURCIO, 1968) e as prticas de performance e de arranjo pelo violonista de
choro Raphael Rabello (1962-1995) no seu arranjo gravado em udio comercial (NAZARETH e RABELLO, 1991) e em seu
improviso gravado em vdeo no-comercial (RABELLO e NAZARETH, 1991). As anlises das transcries dessas gravaes
(NAZARETH e RABELLO, 2014; RABELLO e NAZARETH, 2014) revelam um tratamento livre da forma, alteraes rtmicas,
meldicas e harmnicas, e uma influncia da linguagem idiomtica do violo erudito e flamenco na performance de
Raphael Rabello.
Palavras-chave: interpretao de Raphael Rabello; Odeon de Ernesto Nazareth, arranjo musical e improvisao; choro
na msica popular brasileira.
... O melhor violonista que ouvi em muitos anos. Superou as limitaes tcnicas do instrumento e sua
msica chega livre de sua alma direto para os coraes de quem o admira... (Paco de LUCIA, 2013).
... Raphael conseguiu libertar o choro de sua seriedade com seu estilo extrovertido de tocar... foi
simplesmente um dos maiores violonistas que j viveu... (Pat METHENY, 2013).
... Nasceu para tocar o violo ... (Radams GNATTALI, 2013).
. . . No tinha limites tcnica, velocidade, bom gosto harmnico, um artista completo... (Horondino Silva,
o Dino SETE CORDAS, 2013).
... atingiu uma qualidade universal... (Paulo MOURA, 2013).
... Apesar de sua tcnica, sonoridade e performances virtuossticas, ele ainda era como um talento jovem
aprendendo e assimilando toda a msica que o rodeava... (Oscar CASTRO-NEVES, 2013)
PER MUSI Revista Acadmica de Msica n.30, 200 p., jul. - dez., 2014
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Ex.1a, b, c, d - Motivos bsicos (M1, M2, M3, M4 e M5) do Odeon-original para piano solo de Ernesto Nazareth
(NAZARETH e MAURCIO, 1968) e seus contornos meldicos.
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Ex.3a, b Desenvolvimento motvico na Introduo do Odeon-arranjo de Raphael Rabello: (Ex.3a): Pedal em torno da
dominante Si (Motivos M2, M3 e M5); (Ex.3b): prolongamento da anacruse original de Odeon por meio de aumentao
rtmica, fermata e efeito de campanella (Motivos M1 e M2).
ABA. Sua primeira e terceira partes (c.107-121; c.127135) so muito similares Introduo, mas dessa vez,
ele recorre s quilteras de trs semicolcheias em longas
sequncias (Ex.6a) e mtrica ternria (Ex.6b) que em
nada lembram o universo predominantemente binrio do
choro, mas do repertrio flamenco. Na parte central dessa
cadenza (c.122-126), outra tcnica sofisticada chama a
ateno: o tremolo, no qual ele superpe o motivo M5 a
uma combinao dos motivos M2 e M3 (Ex.6c).
No Odeon-original, a relao motvica entre as Sees
A e B se d apenas pela reutilizao do motivo M4
(com sua sncope brasileira). Essa relao se torna mais
sofisticada no Odeon-arranjo de Raphael, pois, na sua
Seo B, ele superpe esse motivo a um pedal R no
baixo, derivado do motivo M5 (com suas notas repetidas)
e a uma voz intermediria que desce cromaticamente,
como a anacruse do motivo M1 (Ex.7).
Raphael Rabello conviveu muito com os deslocamentos
rtmicos tpicos do choro. Um dos mais comuns a
repetio de estruturas ternrias aninhadas dentro da
mtrica binria do choro o que, momentaneamente,
sugere outros tipos de compasso. Isso ocorre, por
exemplo, em Lamentos do Morro (Ex.8a) de Garoto (Anbal
Augusto Sardinha), pea que fez parte do repertrio de
Raphael desde criana (BELLINATI, 1991). Aqui, a colcheia
pontuada ocorre ora fora do tempo, ora no tempo,
sugerindo a mtrica 7/4 (sensao que corrigida a cada
dois compassos). J na Seo C do seu Odeon-arranjo,
Raphael recorre a procedimento semelhante, mas cuja
repetio de quatro dessas clulas rtmicas d a sensao
da mtrica 3/8, gerando uma hemola cadencial antes da
nova recorrncia do motivo M5 (Ex.8b).
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Ex.4 Abafamento das cordas do violo para valorizar a anacruse cromtica (motivo M1) que articula a Seo A.
Ex.5a, b Baixarias no Odeon-arranjo de Raphael Rabello com os recursos do ligado na m.e. e articulao do polegar na m.d.
Ex.6a, b, c Utilizao virtuosstica dos motivos M2, M3 e M5 na Cadenza do Odeon-arranjo de Raphael Rabello:
(Ex.6a) arpejos com melodia polifnica; (Ex.6b) registro amplo; (Ex.6c) tcnica de tremolo.
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Ex.8a, b Sugesto de mtrica ternria dentro da mtrica binria do choro: (Ex.8a) o modelo de Garoto em Lamentos
do Morro de Garoto; (Ex.8b) e o Odeon-arranjo (c.83-84) de Raphael Rabello.
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Ex.10 Acordes diminutos em descida idiomtica pela 5 corda (L) no brao do violo no Odeon-arranjo de Raphael Rabello.
Ex.11 Movimentao da mo esquerda no Odeon-arranjo de Raphael Rabello, para manter a linha meldica com as
tenses e resolues do Odeon-original de Ernesto Nazareth.
Ex.12 Trecho de natureza improvisatria no final da Seo C do Odeon-arranjo de Raphael Rabello, mostrando
variedade de registros, ritmos e articulaes.
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Ex.13 Combinao de caractersticas dos motivos M1, M2 e M3 e acordes invertidos no incio do Odeon-improviso de
Raphael Rabello.
Ex.14 Virtuosismo meldico de Raphael Rabello no Odeon-improviso, cobrindo quase trs oitavas melodicamente, do
F#2 ao R5.
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Ex.15 Raphael Rabello improvisando sobre Odeon na residncia de Pascoal Guimares em Belo Horizonte, quando seu
acompanhador (no identificado) pra para ouvi-lo tocar uma sequncia de arpejos rpidos no estilo flamenco.
Ex.16 Arpejos de fusas descendentes no Odeon-improviso (c.30-31) com sua referncia ao motivo M2 - revelam a
influncia do violo flamenco de Raphael Rabello, que creditado por t-lo introduzido no choro.
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Ex.19 Utilizao temtica da sncope de semicolcheias (derivada do motivo M4), evitando a articulao rtmica nos
tempos fortes no Odeon-improviso de Raphael Rabello.
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Ex.20 Clmax meldico virtuosstico aps accelerando escrito (semicolcheias quilteras fusas) no Odeonimproviso de Raphael Rabello.
5 Concluso
A presente anlise de Odeon-original para piano solo
de Ernesto Nazareth, um dos mais conhecidos clssicos
do repertrio do choro, mostrou grande unidade e
coerncia composicional. Suas sees seguem a forma
rond caracterstica do gnero o refro (Seo A) e as
sees contrastantes (Sees B e C) -, seguem tambm a
quadratura de 16 compassos, e so construdas com base
na utilizao de poucos elementos temticos cinco
motivos que esto inter-relacionados entre si, quatro
dos quais so apresentados logo no incio da msica (c.1,
4 e 13). Ao abordar o Odeon-original, Raphael Rabello
imprimiu sua marca como violonista, arranjador e
improvisador, e o fez com base nos elementos estruturais
da obra: os motivos e as progresses harmnicas.
Podemos observar suas habilidades criativas tanto no
Odeon-arranjo quanto no Odeon-improviso, ambos
para violo solo (transcritos a partir de suas fontes
primrias: um udio de CD comercial e um vdeo nocomercial, respectivamente) e apresentados aqui em
forma de partitura (s p.114-121 e p.122-128). Ecltico,
Raphael construiu uma linguagem musical hbrida, na
qual combinou princpios tradicionais do gnero com
referncias de outros universos, tanto populares quanto
erudito. Essa mescla, amadurecida no perodo de sua
breve vida (menos de 33 anos), o inscreveu na histria
do choro como um msico respeitado por expoentes da
msica erudita como Radams Gnattali e Turibio Santos,
da bossa-nova como Tom Jobim e Oscar Castro-Neves, da
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Ex.22a, b, c Trs substituies do acorde C#o no Odeon-improviso de Raphael Rabello para gerar diferentes linhas no
baixo: pelo acorde Ebo (Ex.23a); pelo acorde Sibo (Ex.23b); pelo acorde Cm/Eb (Ex.22c).
Ex.23 Sequncia harmnica no Odeon-improviso de Raphael Rabello, com formas de mo esquerda em torno da stima
casa no brao do violo, permitindo duas linhas descendentes (soprano e baixo) baseadas nos motivos M1 e M2.
Ex.24 Trecho do improviso baseado no acorde de A7o (c.16-17) no Odeon-improviso de Raphael Rabello.
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Ex.25 Alternncia do polegar para realizar duas vozes (baixo + voz intermediria) no
Odeon-improviso de Raphael Rabello.
Referncias de texto
ALMEIDA, Alexandre Zamith. Verde e amarelo em preto e branco: as impresses do choro no piano brasileiro. Campinas:
UNICAMP, 1999 (Dissertao de Mestrado).
BELLINATI, Paulo. The Guitar works of Garoto. v.1. San Francisco: Guitar solo publications, 1991. p.18-21.
BEVAN, Michael. Aspects of interpretation and improvisation in the performance of Brazilian guitar music. Adelaide,
Austrlia: The University of Adelaide, Elder Conservatorium of Music, 2008 (Dissertao de Mestrado).
BORGES, Lus Fabiano Farias. Trajetria estilstica do choro: o idiomatismo do violo de sete cordas, da consolidao a
Raphael Rabello. Braslia: UnB, 2008 (Dissertao de Mestrado).
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(Acesso em 9 de julho de 2013).
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1997.
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do Salvador 2010. (Monografia de Licenciatura em Msica).
THOMPSON, Daniella. The corporate lyricist: Mangione stands in for Vinicius de Moraes; why? In: Daniella Thompson on
Brazil. Disponvel em www.daniellathompson.com/Texts/Investigations/Ubaldo_Mangione.htm. Publicado em 29 de
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Referncias de partitura
NAZARETH, Ernesto; MAURCIO, Hubaldo. Odeon, tango brasileiro. Composio de Ernesto Nazareth e letra de Hubaldo
Maurcio. So Paulo: Editora Mangione & Filhos, 1968. (Partitura para piano solo).
NAZARETH, Ernesto; RABELLO, Raphael. Odeon, arranjo para para violo solo. Composio de Ernesto Nazareth em arranjo
de Raphael Rabello. Transcrio de Alvimar Liberato e Fausto Borm. In: Per Musi. n.29. Belo Horizonte: UFMG, 2014.
p.114-121 (Partitura para violo solo).
RABELLO, Raphael; NAZARETH, Ernesto. Improviso de Raphael Rabello sobre Odeon de Ernesto Nazareth. Transcrio de Alvimar
Liberato Nunes e Fausto Borm. In: Per Musi. n.29. Belo Horizonte: UFMG, 2014. p.122-128 (Partitura para violo solo).
Referncia de udio
NAZARETH, Ernesto; RABELLO, Raphael. Odeon, para para violo solo. In: Raphael Rabello & Dino 7 Cordas. Rio de Janeiro:
Caju Music, 1991 (CD de udio, 8493211; reditado pela Kuarup com o nmero KCD113).
RABELLO, Raphael; RABELLO, Amlia. Todas as canes. Composies de Raphael Rabello (msica), Paulo Csar Pinheiro
(letra) e Aldir Blanc (letra). Rio de Janeiro; Acari Records, 2002 (CD de udio).
Referncias de vdeo
RABELLO, Raphael; NAZARETH, Ernesto. Raphael Rabello brincando de Odeon. Raphael Rabello, violo; (msico no
identificado), violo. 1991. Vdeo de Jos Pascoal Guimares realizado em Belo Horizonte em 1991 (Vdeo no comercial
com durao de 04 minutos e 19 segundos, postado no Youtube por questchema em 02 de junho de 2007).
RABELLO, Raphael. Raphael Rabello fala sobre sua performance. Vdeo de Jos Pascoal Guimares realizado em Belo
Horizonte em 1991 (Vdeo no comercial com durao de 01 47 minutos e 05 segundos em posse de Alvimar Liberato
Nunes).
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Notas
1 Daniela THOMPSON (2010) discute a questo da autoria da primeira letra de Odeon, chamando a ateno para o fato do suposto autor, Hubaldo
Maurcio, no ser citado em nenhum lugar alm dessa edio da msica e o fato de Ubaldo [sem H] Sciangula Mangione, presidente da editora
Mangione, Filhos & Cia Ltda tambm ter recebido esse crdito em algumas fontes.
2 Este artigo derivou dos resultados apresentados na Dissertao de Mestrado de Alvimar Liberato Odeon de Ernesto Nazareth: Interpretao, arranjo
e improvisao de Raphael Rabello (Belo Horizonte: UFMG, 2007) sob orientao de Fausto Borm.
3 A indicao de timing se refere localizao temporal de eventos em um arquivo de vdeo ou udio. Assim, um evento em [03:58] significa que est
localizado a 3 minutos e 58 segundo do incio do documento udio-visual em questo.
4 Para saber mais sobre a utilizao da supertnica com stima precedendo um acorde dominante (ii7 cadencial), veja DENYER, (1982, p.269).
Alvimar Liberato Nunes Professor da UEMG desde 1999, onde ensina violo erudito, co-repetio, acompanhamento,
improvisao musical e tpicos em msica popular. Bacharel e Mestre em Msica pela UFMG, apresentou palestras na
UFSJ e, com apoio da Lei de Incentivo Cultura de Minas Gerais, em diversas cidades. Estudou harmonia e improvisao
com Hlio Delmiro. Como violonista e guitarrista, tem tocado em grupos musicais como Phenix, Jazz Quintet, Znit,
Cordas e Batuques. Nos 10 anos que fez parte do Quinteto Tempos, gravou os CDs Toda Msica e Balada para un loco.
Como free lancer, tem se apresentado ou gravado com Raphael Rabello, Toninho Horta, Hlio Delmiro, Baby Do Brasil,
Elba Ramalho, Vadim Brodisky, Fernando Sodr, Grupo Quarteto Vida, Nico Assumpo, Enias Xavier, Kiko Continentino,
Jorge Continentino, Nenem (Esdras), Lincon Cheib, Gabriel Grossi, Andr Queirs (Limo), Fausto Borm, Irio Junior e
Nen. Participou de mster classes de Leo Brouwer, Manuel Barrueco, Ivan Rijos, Fabio Zannon e Silvian Luc.
Fausto Borm Professor Titular da Escola de Msica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde criou o
Mestrado e a Revista Per Musi e organizou diversos eventos nacionais e internacionais. pesquisador do CNPq desde
1994 e seus resultados de pesquisa incluem dois livros, trs captulos de livro, dezenas de artigos sobre prticas de
performance e suas interfaces (composio, anlise, musicologia, etnomusicologia e educao musical) em peridicos
nacionais e internacionais, dezenas de edies de partituras e recitais nos principais eventos nacionais e internacionais de
contrabaixo. Recebeu diversos prmios no Brasil e no exterior como solista, terico, compositor e professor. Acompanhou
msicos eruditos como Yo-Yo Ma, Midori, Menahen Pressler, Yoel Levi, Fbio Mechetti, Arnaldo Cohen e msicos populares
como Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Henry Mancini, Bill Mays, Kristin Korb, Grupo UAKTI, Toninho Horta, Juarez
Moreira, Tavinho Moura, Roberto Corra e Tlio Mouro. Editou os nmeros 22, 23, 28, 29 e 30 da Revista Per Musi,
conjunto com mais de 1.000 pginas de trabalhos acadmicos dedicados pesquisa sobre msica popular.
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