Bauman apresenta o conceito de "Sociedade de risco" de Ulrich Beck, na qual os riscos globais como mudanças nucleares, químicas e genéticas afetam a todos, ao contrário dos riscos sociais do passado. A globalização traz contradições econômicas e sociais que podem levar a riscos futuros, como crescimento desigual e nacionalismos. Uma característica é a extraterritorialidade do poder global versus local.
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Bauman apresenta o conceito de "Sociedade de risco" de Ulrich Beck, na qual os riscos globais como mudanças nucleares, químicas e genéticas afetam a todos, ao contrário dos riscos sociais do passado. A globalização traz contradições econômicas e sociais que podem levar a riscos futuros, como crescimento desigual e nacionalismos. Uma característica é a extraterritorialidade do poder global versus local.
Bauman apresenta o conceito de "Sociedade de risco" de Ulrich Beck, na qual os riscos globais como mudanças nucleares, químicas e genéticas afetam a todos, ao contrário dos riscos sociais do passado. A globalização traz contradições econômicas e sociais que podem levar a riscos futuros, como crescimento desigual e nacionalismos. Uma característica é a extraterritorialidade do poder global versus local.
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SOCIEDADE DE RISCO
Bauman apresenta o conceito de “Sociedade de risco” segundo
as ideias propostas por Ulrich Beck1. Podemos simplificar a análise se considerarmos algumas implicações de fatores que se cruzam diretamente com o conceito.
A sociedade de risco, segundo Beck, deslocou a sociedade
industrial. Se antes os riscos distribuídos eram relacionados às diferenças econômicas, sociais ou geográficas, hoje a distribuição democrática dos riscos – afeta o mundo todo ainda que em diferentes níveis – dizem respeito aos assuntos nucleares, químicos e genéticos, por exemplo. A interface com a Globalização é feita na medida em que a dinâmica do seu processo traz contradições econômicas e sociais que podem ser traduzidas em futuros riscos, tais como: crescimento da riqueza econômica ao lado do aumento da pobreza em massa; crescimento dos nacionalismos e dos fundamentalismos religiosos, que podem conduzir a conflitos com utilização de armas nucleares ou químicas; catástrofes ecológicas e tecnológicas, como resultante de uma dinâmica econômica, que só visa ao lucro imediato e desconsidera os riscos ambientais, e, por fim, a exarcebada tecnificação dos processos produtivos, que tem resultado no aumento significativo do desemprego estrutural em todo o mundo. A ambivalência entre as expectativas do desenvolvimento tecnológico confrontam-se com a incerteza dos resultados deste desenvolvimento. Nessa sociedade globalizada e rapidamente desregulada, as formas de controle e intervenção entram em colapso. Em contrapartida, Bauman cita Karl Otto-Apel, que afirma que a globalização constitui também oportunidade e sugere o ideário de uma ética global da responsabilidade. Uma característica da Sociedade de risco é a extraterritorialidade dos poderes, há um confronto entre o ser global e o local, existe uma elite global e uma população localizada no território, espacialmente segregadas.
O novo paradigma de sociedade traz o debate sobre os limites
científico-técnicos de segurança alimentar, de desenvolvimento nuclear e químico: as implicações da difusão dos riscos relacionados pelo especialistas e o auto grau de incerteza - de não sabermos até onde irão os resultados e o preço a ser pago por eles no futuro.
O intuito do autor ao apresentar esse conceito parece ser
pensar sociologicamente a partir da nova dinâmica a que essa sociedade se propõe, o que modifica o modo de vida e as relações em termos de Comunidade e também individualmente.
1 Beck, U. Risk society. Towards a new modernity. Londres: Sage Publications, 1992
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