Vias de Sinalização
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- Proteíno-quinases ativadas por
mitógenos) é uma subfamília de proteínas-quinase específicas de serina/treonina que
respondem a estímulos extracelulares (mitógenos) e regulam várias atividades celulares,
como expressão gênica, mitose, diferenciação, sobrevivência celular e apoptose (morte
celular).
Estímulos extracelulares levam à ativação de uma MAP quinase via uma
(cascata de MAP quinase), composta por uma MAP quinase, MAP quinase-
quinase (MKK ou MAP2K) e MAP quinase-quinase-quinase (MKKK ou MAP3K).
Uma MAP3K, ao ser ativada por estímulos extracelulares, fosforila a MAP2K em seu
resíduo de serina e treonina, e então a MAP2K ativa a MAPK através de fosforilação
em seu resíduo de serina e tirosina. Essa cascata de sinas por MAP quinase tem sido
evolutivamente bem conservada desde leveduras até mamíferos.
Via cálcio-calcineurina
O TCR é um dímero formado por cadeias a e ß que interagem com o peptídeo associado ao
MHC. Na interação do TCR, a cadeia a do TCR liga-se à região N-terminal do peptídeo e o
TCR-ß liga-se à região C-terminal. O evento mais inicial consiste na remoção de grupos fosfato
inibitórios pela fosfatase tirosina CD45. Isto resulta no desencadeamento da ativação de
tirosina-quinases da família Src (Lck e Fyn associadas, respectivamente, ao co-receptor
CD4/CD8 e ao complexo TCR-CD3) e subseqüente ativação da ZAP-70 (zeta associated
protein -70).
A calcineurina é uma fosfatase serina (que consiste numa cadeia enzimática de 61 kD)
associada com a calmodulina. Na ativação, a calcineurina separa-se da calmodulina agindo em
diferentes substratos, que são proteínas conhecidas como fatores nucleares de células T
ativadas (NFAT - nuclear factor of activated T cells).
Quando o sinal do cálcio é retirado, a calcineurina não é mais ativada e assim a ligação nos
locais do DNA são retirados.
Via DAG
O DAG, na presença do aumento do cálcio livre citosólico, une-se e ativa a proteína quinase C
(PKC), que por sua vez, ativa o fator de transcrição NF-kB (nuclear factor--kB).
O sinal do TCR também ativa várias quinases MAP incluindo Ras e ERK (extracellular signal
receptor regulated kinase) Estas quinases levam à ativação de Fos, um componente do fator
de transcrição AP-1.
A interação CD28-B7 recruta PI3K (phosphatidyl inositol 3 hydroxy kinase) para a zona de
ativação do linfócito T. Os eventos de ativação desta via ainda não foram totalmente
esclarecidos. Aparentemente, ocorre aumento da sinalização via JNK (c-Jun N-terminal
kinase), que por sua vez, fosforila proteinas da família Jun (c-Jun) aumentando a atividade
promotora de transcrição da AP-1 (composto pelas proteínas Jun-Fos). Por outro lado, a
ativação de PI3K pode induzir, via Ras, a ativação de ERK.
Para o TCR ( receptor do linfócito T) ficar exposto na superfície da célula, é necessário a presença do CD3, que é formado por um
conjunto de 5 polipeptídeos. Quando o TCR unido ao CD3 se combina com o antígeno, o CD3 envia sinais de ativação para o
citoplasma. Esse sinal é feito através da ativação da fosforilação pelo GTP (guanosina trifosfato). O complexo TCR:CD3 ativado faz com
que o GTP transfira um radical fosfato para os aminoácidos tirosina dos polipeptídeos do CD3, que estando fosforilado vai ati var a
enzima fosfolipase C. Essa enzima hidroliza o PIP2 (4,5-bifosfato de fostatidil-inositol) em IP3 (trifosfato de inositol) e DAG (diacil
glicerol). O IP3 estimula a liberação do cálcio das reservas intracitoplasmaticas para o citoplasma. O Ca+2 agora livre no ci toplasma vai
ativar várias enzimas quinases, que retiram um fosfato do ATP e põem em proteínas. As proteínas fosforiladas vão o núcleo do linfócito
e ativam a transcrição do RNA mensageiro para a síntese de interleucinas, como a IL -2 p. exemplo. O DAG ativa proteína fosfoquinase
C, que em presença de cálcio livre, fica ativada. A enzima fosfoquinase C (PKC) faz fosforilação de proteínas igual ao IP3. E ssas
fosfoproteínas vão ao núcleo e estimulam transcrição de genes. Oncogenes (genes de cresimento celular e mi tose) são também
estimulados à transcrição (como na expansão clonal). A PKC faz também a fosforilação de proteínas de liberação das vesículas, que
vão liberar as interleucinas para o meio externo. Essas interleucinas vão estimular a RIC ou a RIH (resposta imune humoral).Todo esse
mecanismo que causa ativação de genes vindo da interação TCR -CD3-epítopo é chamado de 1º sinal.
A interleucina 1 é um co-estimulador. Ele estimula um segundo sinal mensageiro intracelular que é indispensável para a ativação dos
LThelpers. Esse sinal ainda não esclarecido quando a sua natureza resulta na ativação da transcrição de genes para citosinas (co mo
p.ex. a interleucina 2). Temos como conclusão que o linfócito necessita de 2 sinais para a sua ativação: o primeiro sinal vin do a
interação TCR:CD3-antígeno e o segundo sinal vindo do co -estimulador IL-1.
A Interleucina 2 formada é uma substância autócrina, que age sobre o próprio linfócito T helper que a produziu e quando liber ada
também age nos linfócitos T citotóxicos. É chamada de fator de proliferação, pois estimula a mitose. Quando o complexo TCR:CD3 é
ativado pelo antígeno ele estimula a transcrição do gene do receptor de interleucina 2 e a expressão desse receptor na superf ície da
célula. Quando a IL-2 se liga a esse receptor, ocorre ativação de vários mensageiros intracelulares (desconhecidos) que leva a uma
maior ativação da síntese DNA (replicação do DNA), o que propicia a mitose aumentada. Então quando os linfócitos entram em co ntato
com a IL-2, ocorre a expansão clonal ( ou seja, uma proliferação de LT específicos que vieram de um só (clone)) do LT helper que a
produziu, e expansão do LT citotóxico para a RIC. O gene para IL -2 é ativado para transcrição sob o estímulo de proteínas fosforiladas
no citoplasma como foi descrito antes. A ciclosporina é um imunossupressor que inibe essa ativação da transcrição, inibindo a produção
de IL-2, o que indiretamente inibe a proliferação dos linfócitos T helper e principalmente os LTcitotóxicos, inibindo a RIC.
Os linfócitos T citotóxicos (LTc) são as células que são capazes de lisar células estranhas, ou infectadas por vírus e também destróem
os vírus diretamente. As células estranhas podem ser células tumorais, células de outro indivíduo (aloenxerto), células que e xpõe na
sua superfície o antígeno capsular de vírus, ou fungos...
O reconhecimento das células rejeitadas num enxerto pelos linfócitos T citotóxicos se faz pelo reconhecimento do MHC -classe I. O
MHC-classe I é o antígeno de histocompatibilidade principal e está presente na membrana celular de quase todas as células do
organismo, exceto em hemácias e plaquetas. É uma glicoproteína que possui duas cadeias , uma cadeia alfa e uma beta. A parte lateral
do MHC-classe-1 possui uma estrutura espacial que se encaixa com o CD8 presente nos linfócitos T citotóxicos. O MHC possui uma
seqüência de aminoácidos própria para cada indivíduo e se apresenta semelhante para todas as células do organismo. O MHC -1 da
células de um indivíduo só é igual ao outro se eles forem gêmeos univitelinos.
A seqüência de aminoácidos presente nas cadeias do MHC estando alteradas na superfície da célula é reconhecida pelo linfócito T
citotóxico através da interação com o receptor TCR e CD8. Peptídeo de proteínas endógenas virais produzidas por uma célula in fectada
será unida em cima da cadeia de aminoácidos de MHC-1 no citoplasma e será levada à superfície da célula. Então o MHC-1 terá na sua
ponta uma seqüência de aminoácidos estranha (inválida). Esse MHC -1 alterado é, então, reconhecido pelo LTc. (Veja fig.1. 4).
O MHC-I possui um nível de expressão leve, e provém da tradução de RNA -m que foram transcritos por genes HLA -A, HLA-B e HLA-C
(cromossoma 6). A expressão desse gene é levada a um nível alto se for estimulada por IFN -gama liberada pelos LT-helper-1 ativados
numa infecção.