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LNGUA PORTUGUESA
7 ANO
2 BIMESTRE / 2011
Coordenadoria
de Educao
LNGUA PORTUGUESA
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2 BIMESTRE / 2011
CLAUDIA COSTIN
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO
Coordenadoria
de Educao
EDUARDO PAES
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
ludy-quadrinhosdisney.blogspot.com
crfaster.com.br
A arte de contar histrias vem do tempo das cavernas, quando os primeiros humanos se reuniam
em torno do fogo, balbuciando seus primeiros sons, para narrar suas primeiras aventuras. ,
portanto, uma das artes mais antigas das quais se tem registro.
Essa arte tem, na oralidade, uma forma de permanncia e de constante renovao. Mesmo em
nossa poca, marcada pelo crescente aparecimento de novas tecnologias de informao, uma
tradio. So os costumes e lendas do povo de cada lugar, de cada instante, passando de gerao a
gerao, preservando e formando nossa identidade.
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Coordenadoria
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Coordenadoria
de Educao
O primeiro texto, que voc vai ler, uma crnica, cujo tema confirma a tradio, o costume
e o prazer dos seres humanos, de todas as pocas, de contar e de ouvir histrias.
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alinereiss.blogspot.com
flickr.com
etinfimaprosunt.blogspot.com
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E que ela aos poucos se espalhasse pelo mundo e fosse contada de mil
maneiras, e fosse atribuda a um persa, na Nigria, a um australiano, em
Dublin, a um japons, em Chicago mas que em todas as lnguas ela
guardasse a sua frescura, a sua pureza, o seu encanto surpreendente; e que
no fundo de uma aldeia da China, um chins muito pobre, muito sbio e muito
velho dissesse: "Nunca ouvi uma histria assim to engraada e to boa em
toda a minha vida; valeu a pena ter vivido at hoje para ouvi-la; essa histria
no pode ter sido inventada por nenhum homem, foi com certeza algum anjo
tagarela que a contou aos ouvidos de um santo que dormia, e que ele pensou
que j estivesse morto; sim, deve ser uma histria do cu que se filtrou por
acaso at nosso conhecimento; divina.
E quando todos me perguntassem "mas de onde que voc tirou essa
histria?" eu responderia que ela no minha, que eu a ouvi por acaso na
rua, de um desconhecido que a contava a outro desconhecido, e que por sinal
comeara a contar assim: Ontem ouvi um sujeito contar uma histria...
E eu esconderia completamente a humilde verdade: que eu inventei toda
a minha histria em um s segundo, quando pensei na tristeza daquela moa
que est doente, que sempre est doente e sempre est de luto e sozinha
naquela pequena casa cinzenta de meu bairro.
BRAGA, Rubem. A traio das elegantes. Editora Sabi : Rio de Janeiro, 1967.
agageaquiraz.wordpress.com
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meiotom.art.br
Rubem Braga
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de Educao
1 - Que acontecimento, que fato do cotidiano levou o cronista a escrever sua crnica?
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perfeio. Resumindo, como o cronista queria que fosse sua histria ideal e que funo ela teria?
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3 - Localize e identifique o pargrafo ou pargrafos em que o cronista expressa o desejo de que sua histria
a) fizesse com que pessoas se tratassem melhor, se tornassem melhores no convvio social. __________
b) ajudasse duas pessoas que vivem juntas a recuperarem o bom e um
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c) perdesse a autoria e fosse contada e recontada no mundo inteiro, passando oralmente de pessoa para
pessoa, seguindo a tradio, o costume de contar histrias. __________________
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2 - J no ttulo, ficamos sabendo que o cronista vai expor seu ideal, ou seja, o desejo de realizar sua ideia de
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crnica.
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5 - Em que trecho fica claro que o tema da crnica uma histria que passou pela cabea do cronista
em um curto espao de tempo?
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6 - Observe, no ttulo da crnica e no final do 5 pargrafo, o uso das reticncias. Com que inteno
foram usadas?
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4 - Retire do texto o trecho em que o leitor fica sabendo que a histria seria publicada como uma
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palavrapintada.blogspot.com
7- Em vrios momentos da crnica o cronista faz uso das aspas, para destacar um trecho. Com que
funes as aspas foram usadas nesses trechos?
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Abordagem - Com muita frequncia, o cronista comenta o cotidiano, imaginando uma histria, uma fico
que tenha relao com fatos que observa no dia a dia (uma cena, um acontecimento ou uma personalidade
pblica, tipos curiosos, sentimentos individuais ou coletivos...). So crnicas com uma estrutura muito
parecida com a do gnero conto. O cronista pode optar por uma abordagem mais reflexiva, descritiva ou
argumentativa, mas, em geral, ele conta uma histria, num texto que pode ter sequncias descritivas e/ou
argumentativas, por exemplo, mas em que predomina a funo narrativa.
Linguagem - As crnicas apresentam linguagem simples, espontnea, como se fossem uma conversa, o
que contribui para que o leitor se identifique com o cronista. A forma de contar busca envolver, emocionar o
leitor, diverti-lo, faz-lo refletir. O lirismo e o humor so caractersticas bastante presentes nas crnicas.
Suporte (onde aparece a crnica) - publicada em jornal ou revista, em blogs ou jornais online da internet, a
crnica destina-se leitura diria ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos de forma diferente da
notcia jornalstica, por no buscar dar a informao com exatido. O lugar da crnica, no espao do jornal
ou da revista, deve ser de fcil localizao pelo leitor.
Finalidade - agradar aos leitores, falando de assuntos significativos para eles, em uma linguagem que lhes
seja prxima e, assim, criar uma familiaridade entre o cronista e aqueles que o leem.
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Assunto/tema - a crnica um comentrio leve e breve sobre algum fato do cotidiano. Na crnica, o
cronista expe a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que o cercam e sua referncia so
os assuntos comuns, os fatos do dia a dia, os problemas cotidianos das pessoas, da vida da cidade, do pas
e mesmo do mundo.
blog.aarca.com
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O nascimento da crnica
um meio certo de comear a crnica por uma trivialidade. dizer: Que
calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do leno,
bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvalase do calor aos fenmenos atmosfricos, fazem-se algumas conjeturas
acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a
Petrpolis, e la glace est rompue* est comeada a crnica. (...)
Machado de Assis. Crnicas Escolhidas. So Paulo: Editora tica, 1994.
*Expresso em lngua francesa significando que quebrou-se o gelo, a barreira est rompida,
superou-se a dificuldade.
Agora, responda:
1 Chamamos um assunto de trivial, uma trivialidade, quando se trata de algo comum, banal, corriqueiro,
que acontece sempre. Volte s caractersticas do gnero crnica, na pgina anterior e busque, entre elas, a
que Machado de Assis faz referncia, quando prope uma trivialidade.
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2 Que trivialidade, que assunto do cotidiano, Machado de Assis prope como exemplo, para iniciar uma
crnica?
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Como vimos, as crnicas apresentam diferenas no modo de abordagem e na linguagem. H
crnicas mais narrativas ou mais descritivas, mais lricas ou mais humorsticas, mais reflexivas ou mais
emocionais. Voc vai perceber melhor isso, lendo as prximas crnicas e comparando-as.
baoobaa.com
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Leia, a seguir, o trecho de uma crnica de Machado de Assis, nosso grande escritor, um dos nossos
maiores cronistas, em que resume como se faz para escrever uma crnica.
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Leia a crnica seguinte e observe como se trata de uma outra abordagem, com uma linguagem diferente com
relao do texto de Rubem Braga.
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goodnight-daisy.blogspot.com
O nibus um automvel que ou a gente pega ele ou ele pega a gente. Se a gente est dentro
dele muito engraado ver como ele vai passando bem justo nos buracos que ficam entre um carro e outro,
mas agora se a gente est na rua d sempre a impresso de que ele vem em cima da gente, e, s vezes,
vem mesmo.
Como nibus d muita trombada eu acho que as fbricas j fazem eles velhos, pois eu nunca
vi nenhum novo.
Os carros gr-finos parecem que tm muito medo dos nibus assim como os meninos gr-finos
tm medo de brincar com os moleques pra no se sujar, e vo logo se afastando. Eu acho que o nibus o
animal feroz das cidades.
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O nibus
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Leia as crnicas abaixo atentamente. Depois, v pgina seguinte e resolva as atividades propostas.
Futebol
brasileiro
sem
futebol
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Crnica Esportiva
brasileiro
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Visite o site da
Educopdia.
Selecione a aula de
n 10. Discurso oral e
escrito o tema de
um texto.
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Assunto X Tema
Em um texto, fcil distinguir o que seja assunto e o que seja tema.
Vejamos:
Assunto - o aspecto mais geral do que tratado, o que se desdobra em
temas.
Tema - o foco, a especificao de um assunto.
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3- Compare as trs crnicas e comente a opinio comum expressa pelos trs cronistas.
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4 - Qual a sua opinio sobre isso?
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vocesa.abril.com.br
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flopes22.com.br
santastico.net
5 Indique o personagem que aparece nas trs crnicas. A seguir, diga como aparece em cada uma
delas.
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6 - Observe, na crnica Futebol & literatura, o trecho E h algo que liga as regras do futebol s
regras da literatura. A que se refere a palavra em destaque? (Antes de responder, procure
entender melhor, pesquisando no dicionrio, se for preciso, o sentido no texto da palavra
impondervel).
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7 - Faa uma pesquisa e escreva pequenos textos biogrficos sobre o jogador que aparece nas
trs crnicas e sobre um dos trs nomes da literatura brasileira da terceira crnica (Futebol
& Literatura), sua escolha.
portalsaofrancisco.com.br
educacao.uol.com.br
odeliriodabruxa.blogspot.com
ex-vermelho2.blogspot.com
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worldstopbrands.com
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elgoogbrasil.blogspot.com
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agapo.com.br
blogdabe.blogger.com.br
quando a crnica mostra semelhana com a estrutura de um conto. Como o conto, a crnica narrativa
tem ttulo, personagens, sendo que o desenvolvimento mais gil, com um enredo que se organiza e se
desenvolve em torno de um s ncleo, de uma nica situao, de um nico problema, o conflito gerador,
apresentando um clmax (o ponto mximo, o momento chave da histria) e um desfecho (concluso).
A crnica que voc vai ler a seguir tem essa caracterstica.
Antes de ler, pense naquela situao em que voc sabe que precisa dizer uma coisa a algum, sabe o que
tem a dizer, mas no sabe como dizer ou como chegar e dizer. O texto que voc vai ler, uma crnica, tem isso
como tema e estamos propondo, aqui, uma forma diferente de ler.
Em determinados trechos, voc vai se antecipar ao cronista e imaginar o que vai acontecer, levantando
hipteses sobre como o enredo vai se desenvolver. Depois, volte ao texto original e confira se o cronista
confirma ou no a sua hiptese. Vamos l?
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Muito frequentemente, o cronista, para se referir a acontecimentos cotidianos, conta uma histria. Uma
notcia de jornal, por exemplo, pode dar origem a uma bela fico.
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blogbrasil.com.br
3 - Imagine-se no lugar do personagem, tendo escolhido, para romper o namoro, em vez de lhe entregar uma carta,
conversar com a namorada. Pense no que voc lhe diria e expresse, por escrito, como voc diria.
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micheletorres.flogbrasil.terra.com.br
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Ser que sua hiptese se confirma? Ser que o cronista imaginou para o personagem algo muito diferente?
Continue lendo a crnica.
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naraneko.net
4 - E agora? Ela tambm entregou um envelope com uma carta para ele. O que ter escrito em sua carta? Imagine o
que ela escreveu e continue o pargrafo seguinte.
Ele entrou no bar, abriu o envelope, e leu:
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Foi mais fcil do que ele esperava, muito mais fcil. Disse que algo tinha acontecido,
algo que uma carta explicaria, e entregou-lhe o envelope fechado. Ela replicou que tambm
tinha uma carta para ele. Despediram-se, numa boa.
Ele entrou no bar, abriu o envelope e leu.
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5 - Como o rapaz ter reagido ao ler essa carta que voc imaginou? Imagine a reao dele e escreva um pargrafo
final que contenha, tambm, o desfecho da crnica.
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Leia a seguir a carta da namorada, como o cronista imaginou, e a concluso a que chegou o rapaz, que
finaliza a crnica.
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isatkm-lovers.blogspot.com
Ele entrou num bar, abriu o envelope, e leu: Durante muitos anos convivemos com afeto
e alegria. Durante muitos anos nossa existncia foi iluminada pela lmpada do amor. Mas
seja por falta de energia, seja por outra razo qualquer, a lmpada do amor est se
apagando. Antes que fiquemos totalmente no escuro, melhor que terminemos nossa
relao como amigos. melhor que busquemos a luz em outros amores. Guardaremos, um
do outro, uma terna lembrana; isso o que importa.
Com o que ele concluiu: grandes amores so para poucos. Mas sites na internet esto
ao alcance de todos.
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SCLIAR, Moacyr. Histrias que os jornais no contam. Rio de Janeiro: Agir, 2009
Mas a ele conheceu outra garota. Encontro casual, num supermercado. Ela estava atrapalhada com o
carrinho, ele a ajudou, comearam a conversar, saram para tomar alguma coisa, marcaram um encontro e
quando deu por si, ele estava, a sim, apaixonado.
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Imprimiu a carta, assinou-a e telefonou para a namorada marcando um encontro naquela mesma
noite. Era uma segunda-feira, e ela no gostava de sair nas segundas-feiras, mas, para surpresa dele,
aceitou o convite de imediato: eu tambm precisava falar com voc, muita coincidncia.
Foi mais fcil do que ele esperava, muito mais fcil. Disse que algo tinha acontecido, algo que
uma carta explicaria, e entregou-lhe o envelope fechado. Ela replicou que tambm tinha uma carta para
ele. Despediram-se, numa boa.
Ele entrou num bar, abriu o envelope, e leu: Durante muitos anos convivemos com afeto e
alegria. Durante muitos anos nossa existncia foi iluminada pela lmpada do amor. Mas seja por falta
de energia, seja por outra razo qualquer, a lmpada do amor est se apagando. Antes que fiquemos
totalmente no escuro, melhor que terminemos nossa relao como amigos. melhor que busquemos
a luz em outros amores. Guardaremos, um do outro, uma terna lembrana; isso o que importa.
Com o que ele concluiu: grandes amores so para poucos. Mas sites na internet esto ao alcance
de todos.
SCLIAR, Moacyr. Histrias que os jornais no contam. Rio de Janeiro: Agir, 2009
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nososcachorros.blogspot.com
Foi ento que ouviu falar do site que dava dicas para romper. De imediato entrou ali. Havia
numerosos modelos de cartas, desde as cartas brutais (Estou cheio de sua cara, desaparea) at as
mais sofisticadas e elegantes. Destas, escolheu uma que lhe pareceu particularmente satisfatria.
Durante muitos anos convivemos com afeto e alegria. Durante muitos anos nossa existncia foi
iluminada pela lmpada do amor. Mas seja por falta de energia, seja por outra razo qualquer, a
lmpada do amor est se apagando. Antes que fiquemos totalmente no escuro, melhor que
terminemos nossa relao como amigos. melhor que busquemos a luz em outros amores.
Guardaremos, um do outro, uma terna lembrana; isso o que importa.
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dsaia.com.br
downloads.open4group.com
6 - O que levou o rapaz a consultar o site, de onde retirou a carta, conforme se l no 5/6 pargrafos?
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7 - a) Por que o cronista, no 7 pargrafo, diz que foi mais fcil do que o rapaz esperava?
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b) Com que expresso ele refora a ideia de facilidade?
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golddicas.blogspot.com
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Propomos que voc releia a crnica, em sua sequncia original, para realizar as atividades seguintes.
doispontostravessao.wordpress.com
A crnica J li isso em algum lugar faz parte de uma srie de outras que Moacyr Scliar publicou,
semanalmente, no jornal Folha de So Paulo. A partir de uma notcia de jornal, ele cria uma narrativa
para expressar sua viso de mundo, geralmente associada a alguma crtica, que ele faz, sempre com
leveza e graa.
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9 - O que, na crnica, nos permite concluir que a namorada tambm no sentia um grande amor pelo rapaz?
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10 - Com base na crnica lida, complete o quadro com os elementos solicitados e os pargrafos onde esto
localizados os elementos solicitados.
Na crnica lida
Pargrafo
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8 - Num determinado trecho, o cronista diz que os personagens Despediram-se numa boa. Com que sentido ele
usou essa expresso em destaque?
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Conflito gerador
Clmax
Desfecho
O texto que voc vai ler a seguir uma das mais belas
crnicas brasileiras,
sendo, por muitos, considerada um
exemplo de crnica perfeita. Trata-se de uma crnica assinada
por Fernando Sabino, um dos maiores cronistas brasileiros de
todos os tempos, ao lado de nomes como Machado de Assis,
Joo do Rio, Rubem Braga, Paulo Mendes Campos, Clarice
Lispector, Moacyr Scliar e muitos outros. A crnica foi publicada
em 1965, no livro A companheira de viagem, Editora do Autor, e
encontra-se tambm na coletnea As cem melhores crnicas
brasileiras, organizada por Joaquim Ferreira dos Santos, para a
Editora Objetiva.
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A caminho de casa, entro num botequim da Gvea para tomar um caf junto ao balco. Na
realidade, estou adiando o momento de escrever.
A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com xito mais um ano nesta
busca do pitoresco ou do irrisrio no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diria
algo de seu disperso contedo humano, fruto da convivncia, que a faz mais digna de ser vivida. Visava
ao circunstancial, ao episdico. Nesta perseguio do acidental, quer num flagrante de esquina, quer
nas palavras de uma criana ou num acidente domstico, torno-me simples espectador e perco a noo
do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabea e tomo meu caf, enquanto o verso do poeta
se repete na lembrana: "assim eu quereria o meu ltimo poema". No sou poeta e estou sem
assunto. Lano ento um ltimo olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crnica.
Ao fundo do botequim, um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das ltimas mesas de
mrmore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na conteno de gestos e
palavras, deixa-se acrescentar pela presena de uma negrinha de seus trs anos, lao na cabea, toda
arrumadinha no vestido pobre, que se instalou tambm mesa: mal ousa balanar as perninhas curtas
ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Trs seres esquivos que compem em torno mesa
a instituio tradicional da famlia, clula da sociedade. Vejo, porm, que se preparam para algo mais
que matar a fome.
Que algo mais ser esse? Tente imaginar, antes de virar a pgina e ler o desenrolar da crnica!
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Fernando Sabino
pimentanamuqueca.com.br
A ltima crnica
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Voc, gosta de comemorar seu aniversrio? Como? Gosta de que pessoas se lembrem da data de seu
aniversrio? Gosta de organizar sua festa de aniversrio, de convidar os amigos? Prefere uma festa surpresa?
Seria preciso gastar muito dinheiro para organizar uma festa de aniversrio para voc? O que voc considera
ser uma grande festa de aniversrio? A falta de recursos impediria que a comemorao de seu aniversrio se
transformasse numa grande festa?
Leia a crnica a seguir e veja como o olhar do cronista captou uma festa de aniversrio.
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colunas.epoca.globo.com
10emtudo.com.br
picasaweb.google.com
Assim eu quereria minha ltima crnica: que fosse pura como esse sorriso."
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releituras.com
jajaclara.blogspot.com
vaniagenerala.blogspot.com
Passo a observ-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso,
aborda o garom, inclinando-se para trs na cadeira, e aponta no balco um pedao de bolo
sob a redoma. A me limita-se a ficar olhando imvel, vagamente ansiosa, como se
aguardasse a aprovao do garom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se
afasta para atend-lo. A meu lado o garom encaminha a ordem do fregus. O homem atrs
do balco apanha a poro do bolo com a mo, larga-o no pratinho um bolo simples,
amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular.
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2 - No segundo pargrafo, percebe-se que o cronista expe o que ele chama de os assuntos que merecem uma
crnica e que seriam caractersticas do gnero Crnica, j vistas neste Caderno. Quais so, de acordo com o 2
pargrafo?
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3 -Sentado, tomando seu caf, o que faz o cronista, ao perceber que est sem assunto para a crnica que
precisa comear a escrever?
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4 - Onde se passa toda a cena retratada na crnica?
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5 - Por que o homem conta discretamente o dinheiro, antes de fazer seu pedido ao garom?
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6 - Em determinado momento, o cronista olha para a menina com o bolo a sua frente e se pergunta por que
ela no comea a comer. Percebe, ento, que ela cumpre, com o pai e a me, um discreto ritual. De que ritual
se trata?
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1 - O cronista inicia a crnica, informando ao leitor que est adiando o momento de comear a escrever,
declarando-se assustado por se tratar de um momento especial em sua vida de cronista. Transcreva o trecho
que contm a expresso de tempo que revela o motivo de ser aquele um momento especial para ele.
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ribeirobr.blogspot.com
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7 - Transcreva o trecho em que o leitor fica sabendo que o cronista o nico frequentador do botequim a prestar
ateno na famlia.
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8 - O momento mximo de uma festa de aniversrio o contagiante momento de bater palmas e cantar a msica em
homenagem ao aniversariante. Como ele ocorre na festa da menina?
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9 Que motivo levaria a famlia a agir com tanta discrio, dentro do botequim.
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11 - E como caracterizaria o olhar do cronista para a famlia e para a cena da comemorao do aniversrio?
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12 - Que reao tem o pai, ao perceber, no final de celebrao, o olhar do cronista a observ-los?
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tobeornotestar.blogspot.com
13 - Que sinais marcam incio e fim da citao do verso de um poeta, no 2 pargrafo, e a parfrase desse
verso, no desfecho da crnica?
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Libertinagem foi publicado em 1930 e contm trinta e oito poemas escritos entre 1924 e 1930. Na
maioria deles, podemos observar a inteno do poeta de romper com as formas tradicionais.. Esta
tem sido considerada a obra mais ousada e de vanguarda de Manuel Bandeira, aquela em ele
praticou mais livremente a liberdade formal, valendo-se de versos e estrofao irregulares e
abandonando a rima.
V sala de leitura, pea livros de Manuel Bandeira. Leia
sua obra potica. Vale a pena! Ler sempre vale a pena.
Coordenadoria
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O ltimo poema
Manuel Bandeira
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educacao.uol.com.br
O verso assim eu quereria o meu ltimo poema, citado pelo cronista, no 2 pargrafo da crnica, est no
poema O ltimo poema, do livro Libertinagem, de autoria do nosso grande poeta Manuel Bandeira. Leia o
poema.
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Parfrase
Sempre que um texto fizer referncia
a outro, ocorre intertextualidade, um
dilogo entre textos. A parfrase uma
forma de intertextualidade.
Na parfrase, as palavras so
mudadas, porm a ideia do texto
confirmada pelo novo texto, ou seja,
dizer com outras palavras o que j foi
dito.
No texto de Fernando Sabino, a
parfrase ocorre no desfecho da crnica
para reafirmar o sentido do verso, que
aparece numa citao logo no incio da
crnica. Observe.
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Reler as crnicas apresentadas neste caderno, observando forma, abordagem e linguagem usadas,
assim como os elementos caractersticos de uma crnica, pode ajud-lo nesta atividade.
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Produo de texto
Aqui, voc vai ser o cronista. Escolha um assunto, algo presente no seu dia a
dia ou um desses acontecimentos da vida cotidiana e, a partir dele, escreva uma
crnica, expondo seu modo de ver, de compreender o mundo.
No se esquea de usar um rascunho para planejar seu texto, escrev-lo,
revis-lo, reescrev-lo, at chegar forma final.
No se esquea de dar um ttulo sua crnica.
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Carta a um desconhecido
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(publicado tambm na revista Crnicas Cariocas)
Tenho pensado seriamente em ir a uma agncia dos Correios, pegar um daqueles enormes livros de endereo,
escolher a pgina de uma cidade bem distante, fechar os olhos e correr o dedo pela folha, parando repentinamente
em algum nome. Feito isto, tomarei nota dos dados postais da pessoa e voltarei para casa, para ento, comear a
escrever uma carta a algum desconhecido.
Escrever para algum que voc desconhece por completo, um verdadeiro estranho, tem l suas vantagens. Por
exemplo: essa pessoa pode servir como uma espcie de psiclogo, afinal pode-se revelar a ela as coisas mais
absurdas (...) Porm, meu objetivo ser outro, o de to somente me corresponder com algum que jamais pensou
em receber uma carta de um completo desconhecido.
Ainda mais em tempos de quase total extino das correspondncias tradicionais. Aposto que, se ao invs de uma
carta, eu fosse at meu computador e digitasse aleatoriamente um e-mail qualquer, o destinatrio no o abriria, com
receio de ser um vrus que iria pr todo o seu HD em risco. Ento, excluindo-se a total possibilidade de ser uma
carta bomba, certamente quem a receber, ter muita curiosidade de abri-la e ler seu contedo at a ltima linha.
Ficarei na expectativa de saber se minha correspondncia ir cair nas mos de algum jovem ou idoso, alegre ou
baixo-astral, pessimista ou otimista. Ser essa pessoa um administrador ou um artista? Ser algum de esprito
criativo que ir ler minha carta e se dar ao trabalho de responder? Ou ser uma pessoa fechada para tudo que no
estiver programado na sua rotina cotidiana, e, por conta disso, pensar que sou um louco e desocupado que tem
tempo de sobra para perder com bobagens e futilidades, como tentar fazer contato com pessoas estranhas?
Seja l como for, por um determinado perodo, ser como se eu tivesse voltado no tempo. Tempo em que se
esperava o carteiro ansiosamente, todos os dias, na esperana de receber notcias de um amigo, amor ou parente
distante.
Quem sabe, a pessoa que receber minha carta comentar com outras a respeito do acontecido e uma dessas dir:
Ah, eu j ouvi falar da cidade desse cara e tenho conhecidos l. Ou ento: Que coincidncia, tenho parentes que
vivem no lugar de onde veio essa carta. Afinal, no raramente, esse nosso mundo to grande, parece ser pequeno
demais.
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carta a um desconhecido.
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2 - Na consulta ao livro de endereos da agncia dos Correios, de que dados postais o cronista precisaria
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1- Transcreva do texto o trecho em que o cronista revela o motivo pessoal que o leva a querer enviar uma
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5 - Que trao de personalidade de algumas pessoas leva o cronista a pensar que, ao receber uma carta de um
meios tradicionais.
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7 - Que funo tem as aspas, abrindo e fechando dois trechos do ltimo pargrafo?
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8 - No trecho Quem sabe, a pessoa que receber minha carta comentar com outras a respeito do acontecido e
uma dessas dir: Ah, eu j ouvi falar da cidade desse cara e tenho conhecidos l, as palavras em
destaque se referem, respectivamente,
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a) dessas _____________________________________________________________________________
b) desse ______________________________________________________________________________
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Voc consegue imaginar o carteiro chegando, de repente, sua casa para lhe entregar uma carta? De
quem voc gostaria de receber uma carta? O que voc gostaria de ler na carta?
Veja o envelope onde est a sua carta!
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Mensagem
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A seguir, voc vai ler trs textos, duas letras de msica e um poema, que tematizam o assunto
cartas de amor, a emoo de receber uma carta de amor, nosso costume de escrever cartas de
amor.
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2 - Como o eu potico da letra do samba cano descobre quem o remetente da carta que o carteiro lhe entregou ?
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3 - A incerteza, quanto ao contedo da carta, teve que consequncia para o eu potico?
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5 - Na letra da cano, o eu potico relata fatos que decorreram do recebimento de uma carta. Busque, na letra, e
transcreva os versos em que o eu potico
a) Expressa uma dvida.
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b) Expressa uma opinio.
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_______________________________________________________________________________________
6 - Relacionando a dvida, com a opinio do eu potico, complete a afirmao abaixo.
Para o eu potico, se a carta for de alegria, ser ____________; se for de tristeza, ser_______________
7 - No final, o eu potico acaba decidindo no ler a carta. O que fez e por qu?
_______________________________________________________________________________________
8 - Dois versos da letra da cano esto entre aspas. Observe-os e diga com que funo essa pontuao foi usada.
_______________________________________________________________________________________
9 Volte ao texto de Moacyr Scliar e transcreva, do seu 5 pargrafo, o trecho que se pode relacionar com o verso 8,
Estou farto de ti, da letra da cano que voc acabou de ler.
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Mas, afinal,
S as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
que so
Ridculas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridculas.
A verdade que hoje
As minhas memrias
Dessas cartas de amor
que so
Ridculas.
(Todas as palavras esdrxulas,
Como os sentimentos esdrxulos,
So naturalmente
Ridculas.)
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Cartas de amor
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O texto anterior falava sobre a emoo de algum ao receber uma carta de amor. O que voc vai ler, a seguir,
aborda o sentimento de algum que escrevia cartas de amor.
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4 - Por que se poderia afirmar que a 4 estrofe do poema apresenta uma negao das anteriores.
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5 Na ltima estrofe, o eu potico qualifica como naturalmente ridculas, tanto as palavras, como os
sentimentos esdrxulos. O que quis dizer com sentimentos e palavras esdrxulas?
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6. Ao qualificar assim as cartas, as criaturas, suas memrias, as palavras e os sentimentos esdrxulos, o eu
potico est expressando um fato ou uma opinio? Explique sua resposta.
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2 - Tanto na 1 estrofe, como na 3 estrofe, o eu potico expressa uma condio. Observe-as e complete:
a) Para as cartas serem de amor preciso que ____________________.
b) Para as cartas serem ridculas preciso que ____________________.
c) Nos dois casos, a palavra que indica a condio ______________.
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1 - Observe que todas as estrofes do poema terminam em verso de uma s palavra, o adjetivo ridculas. Que
significado tem a palavra?
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Talvez tu no a leias
Mas quem sabe at dars
Resposta imediata
Me chamando de "Meu bem"
Porm o que me importa
confessar-te uma vez mais
No sei amar na vida
Mais ningum...
0001coisas.blogspot.com
brasilwiki.com.br
Escrevo-te
Estas mal traadas linhas
Meu amor!
Porque veio a saudade
Visitar meu corao
Espero que desculpes
Os meus errinhos por favor
Nas frases desta carta
Que uma prova de afeio...
essa?
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A carta
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A seguir, uma carta de amor musicada, escrita em forma de letra de cano. Gravada por Erasmo Carlos
e, depois, por Renato Russo, sempre com muito sucesso, a letra contm uma carta de amor, uma confisso
romntica do eu potico, uma declarao de amor pessoa amada. Leia.
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tecidovivo.blogspot.com
Capa da 1 edio
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Mas nem s de cartas de amor so feitas as correspondncias pessoais. H tambm as cartas que
escrevemos aos nossos familiares, aos amigos distantes... As cartas podem vencer todo tipo de distncia que
nos separe das pessoas de que gostamos. Um bom exemplo so as cartas que trocaram dois grandes escritores
brasileiros: Clarice Lispector e Fernando Sabino. As cartas acabaram reunidas em um livro. Vamos ler?
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Leia, a seguir, alguns exemplos, retirados do livro Cartas perto do corao, da correspondncia que
Clarice Lispector enviou a Fernando Sabino , no tempo em que ela vivia em Washington.
Exemplo I
Fernando,
Eu ia responder logo que recebi sua carta. Mas me deu uma crise de desnimo em relao ao livro, que se tornou
geral, ento no quis escrever enquanto no passasse sabendo que, com a graa de Deus, ou o desnimo
passaria ou eu passaria por cima dele.
Passei por cima dele. [...]
Fernando, como seria bom conversar com voc. No li ainda o livro do Guimares Rosa, mas vou pedir l em
casa que me mandem. Hoje eu escreveria para voc uma carta de 15 pginas ou um bilhete. Vai o bilhete. (...) Me
escreva, sem adiar muito, se possvel.
Grande abrao da
Clarice
Exemplo II
Fernando,
Estou lendo o livro de Guimares Rosa, e no posso deixar de escrever a voc. Nunca vi coisa
assim! a coisa mais linda dos ltimos tempos. No sei at onde vai o poder inventivo dele,
ultrapassa o limite do imaginvel. Estou at tola. A linguagem dele, to perfeita de entonao,
diretamente entendida pela linguagem ntima da gente e nesse sentido ele mais que inventou,
ele descobriu, ou mesmo inventou a verdade. Que mais se pode querer. Fico at aflita de tanto
gostar. Agora entendo o seu entusiasmo, Fernando. (...) O livro est me dando uma reconciliao
com tudo , me explicando coisas adivinhadas, enriquecendo tudo.Como tudo vale a pena! A
menor tentativa vale a pena. Sei que estou meio confusa, mas vai assim mesmo, misturado. Acho
a mesma coisa que voc: genial. Que outro nome dar? Esse mesmo.
Me escreva, diga coisas que voc acha dele. Assim eu ainda leio melhor.
Um abrao da amiga
Clarice
Feliz Natal!
produto.mercadolivre.com.br
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Capa da 1 edio,
em 1956, do livro
Grande serto:
veredas, de
Guimares Rosa.
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Cartas perto do corao/Fernando Sabino, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Record, 2003.
Nos trs exemplos da correspondncia, que Clarice enviou ao seu amigo, Fernando Sabino, voc pode
observar alguns elementos do gnero discursivo Carta.
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Fernando,
Este um bilhete apenas, sem outra inteno seno a de dizer
al! Porque passou-se muito tempo desde o dia em que recebi seu
livro, e quase tarde para dizer obrigada!
No houve nenhum motivo para no lhe escrever ento apenas
o de muita confuso de vida. Mas a amizade a mesma, talvez
muito maior. De modo que me faa um favor: escreva-me um bilhete,
menor ainda que este, tambm s para dizer al. Dou at a frmula
para voc copiar para no ter o menor trabalho.
Escreva assim: Al, Clarice!
Fernando.
Um abrao,
Clarice
clariceando.blogspot.com
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Exemplo III
Conclui-se a carta com uma saudao final, uma despedida, e o nome de quem escreveu a carta (remetente).
O contedo, como se pode ver nos exemplos, sempre pessoal, assuntos entre amigos. Geralmente, conta-se
algum acontecimento, uma novidade, ou simplesmente escreve para saber e/ou dar notcias.
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3 - Pelo que se l no primeiro exemplo, e que se confirma no terceiro, que diferena Clarice faz entre carta e bilhete?
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4 - Em que cidade residia Clarice Lispector, no perodo em que enviou as correspondncias que voc leu nos
exemplos? Em que pas fica essa cidade?
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corujando.com.br
clariceando.blogspot.com
5 - Transcreva, do terceiro exemplo, o trecho em que a remetente revela que seu nico objetivo, ao escrever, foi dizer
al!
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2 - Na carta do segundo exemplo, Clarice j leu o romance e expressa sua opinio sobre ele. Transcreva do texto da
carta qualidades que ela viu no livro de Guimares.
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de Educao
1 - Na primeira carta, um dos assuntos tratados o que vai ser o principal assunto na segunda. Que assunto esse?
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No filme brasileiro Central do Brasil, de Walter Salles, a personagem se aluga para escrever cartas.
Veja alguns links para vdeos bem interessantes sobre o tema
http://www.youtube.com/watch?v=JNLgR6MiLPM
http://www.youtube.com/watch?v=KsyPrW8jD_Q
http://www.youtube.com/watch?v=_6-WzafcaWk
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Aqui, voc vai escrever uma carta a uma pessoa querida, que esteja distante e com quem voc gostaria
de conversar, dar e receber notcias, falar sobre um assunto pessoal, contar as novidades ou somente falar da
sua saudade... Quem sabe voc, depois, vai pr sua carta em um envelope, endere-la e envi-la pelos Correios?
No se esquea dos elementos de uma carta coloquial, vistos anteriormente.
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Senhora Diretora,
Vimos por meio desta apresentar nossos agradecimentos
pela ateno que foi dispensada aos alunos desta Escola,
na oportunidade de nossa visita ao Museu.
O tempo que passamos visitando o Museu e conhecendo
a beleza do seu acervo muito contribuiu para nosso
enriquecimento cultural e pessoal. Parte disso deveu-se ao
tratamento que recebemos das pessoas que a nos
receberam e nos acompanharam na visita.
Desejamos a todos muita felicidade e o sucesso de
sempre!
Atenciosamente,
________________________________
Grmio Estudantil Riobaldo
da E.M. Guimares Rosa
flickr.com
Ao
Museu Nacional de Belas Artes
Rio de Janeiro - RJ
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Carta formal - Diferentes das cartas coloquiais, mais pessoais, e com todas as caractersticas da
informalidade, existem cartas que exigem uma outra linguagem, uma linguagem mais formal. O que determina a
abordagem, a linguagem e os aspectos formais de uma carta o fim para o qual escrita e aquele a quem se
destina (destinatrio). Em uma carta formal, o destinatrio e o remetente podem ser uma empresa, uma
instituio... Uma carta que voc manda a uma empresa ou a uma outra instituio qualquer, para solicitar alguma
coisa ou para se apresentar como candidato a um emprego, por exemplo, uma carta mais formal. Leia e
observe elementos das cartas desse tipo, nos exemplos que se seguem.
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a) Remetente ______________________
b) Destinatrio -________________________
_____________________________________
c) A quem se dirige ____________________
______________________________________
Senhor Gerente,
Eu, Joo da Silva, brasileiro, estudante, solteiro, residente
Rua do Joo, n 25, Bairro dos Silva, nesta Cidade, venho por
meio desta apresentar minha candidatura vaga de operador de
sistema de informtica, anexando, nesta oportunidade, meu
Curriculum Vitae.
.
Sou uma pessoa responsvel, com formao em Informtica
Bsica e conhecimento de lngua inglesa.
Como possvel verificar em meu Currculo, possuo
experincia profissional em estgio na empresa Dilogo Ltda.,
onde trabalhei por um perodo de 6 meses, sempre prezando
meu bom desempenho profissional, em funo do sucesso do
trabalho da equipe na realizao do objetivo da empresa.
Coloco-me disposio para qualquer contato e solicitao
para entrevista. Os meios de contato seguem abaixo informados.
Atenciosamente,
Joo da Silva
Rua do Joo, 25 - Bairro dos Silva
CEP 22222-022 Rio de Janeiro RJ
E-mail js.silvas@uau.com.br
Tel.: (21) 09090909
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d) Finalidade _________________________
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Como voc
costuma
enviar suas
cartas?
correios.com.br
sistemabrasil.com.br
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maedecachorro.com.br
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josedomingos.com.br
Voc sabe que pode mandar cartas aos jornais e revistas comentando as notcias, dando sua
opinio, elogiando, criticando, sugerindo, no sabe? Para isso as publicaes mantm uma seo
de carta dos leitores, inclusive com o endereo eletrnico caso voc queira utilizar a internet.
Cartas do leitor, em geral, so textos de opinio. Leia a carta da leitora...
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Senhor
Posto que o Capito-mor desta vossa frota, e assim os outros capites escrevam a Vossa
Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que nesta navegao agora se achou,
no deixarei tambm de dar minha conta disso a Vossa Alteza, o melhor que eu puder,
ainda que - para o bem contar e falar -, o saiba fazer pior que todos. [...]
Quarta-feira, 22 de abril: Neste dia, a horas de vsperas, houvemos vista de terra!
Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul
dele: e de terra ch, com grandes arvoredos: ao monte alto o capito ps nome: O MONTE
PASCOAL e terra: a TERRA DA VERA CRUZ.
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brasilzinho.com.br
Quinta-feira, 23 de abril: Mandou lanar o prumo. Acharam vinte e cinco braas: e, ao sol
posto, obra de seis lguas da terra, surgimos ncoras, em dezenove braas - ancoragem
limpa. Ali permanecemos toda aquela noite. E quinta-feira, pela manh, fizemos vela e
seguimos direitos terra, indo os navios pequenos diante, por dezessete, dezesseis,
quinze, quatorze, treze, doze, dez e nove braas, at meia lgua da terra, onde todos
lanamos ncoras em frente boca de um rio. E chegaramos a esta ancoragem s dez
horas pouco mais ou menos.
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito, segundo disseram os
navios pequenos, por chegarem primeiro.
Ento lanamos fora os batis e esquifes; e vieram logo todos os capites das naus a esta
nau do capito-mor, onde falaram entre si. E o capito-mor mandou em terra no batel a
Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele comeou de ir para l, acudiram pela
praia homens, quando aos dois, quando aos trs, de maneira que, ao chegar o batel boca
do rio, j ali havia dezoito ou vinte homens.
Continua...
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Continuao
Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas
mos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijamente sobre o batel; e Nicolau
Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram.
E pois que, Senhor, certo que, assim neste cargo que levo, com em outra qualquer
coisa que de vosso servio for, Vossa Alteza h de ser de mim muito bem servida, a Ela
peo que, por me fazer graa especial, mande vir da ilha de So Tome a Jorge de
Osrio, meu genro - o que d' Ela receberei em muita mer.
A Carta de Pero
Vaz de
Caminha
considerada o
primeiro
documento
oficial da
Histria do
Brasil, sendo
dirigida ao rei de
Portugal, D.
Manuel, para
comunicar-lhe o
"descobrimento"
das novas
terras.
infoescola.com
Ali no pde deles haver fala, nem entendimento de proveito, por o mar quebrar na
costa. Deu-lhes somente um barrete vermelho e uma carapua de linha que levava na
cabea e um sombreiro preto. Um deles deu-lhe um sombreiro de penas de ave,
compridas, com uma copazinha pequena de penas vermelhas e pardas como de
papagaio; e outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, midas, que querem
parecer de aljaveira, as quais peas creio que o Capito manda a Vossa Alteza, e com
isto se volveu s naus por ser tarde e no poder haver deles mais fala, por causa do
mar. Na noite seguinte ventou tanto sueste com chuvaceiros que fez caar as naus, e
especialmente a capitania.
Carta de achamento do Brasil (Pero Vaz de Caminha)
[...]
E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta terra vi. E, se
algum pouco me alonguei, Ela me perdoe, pois o desejo que tinha de tudo vos dizer, mo
fez pr assim pelo mido.
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7- O que, no texto lido, mostra que a carta tinha a finalidade de ser tambm um dirio de viagem, um relato dos dias
que a tripulao esteve na nova terra?
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Pgina do
original
manuscrito
da Carta
educacao.uol.com.br/historia-brasil
6 - Quanto tempo decorreu entre a chegada da frota nova terra e a concluso da carta por Pero Vaz de Caminha?
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2 - A carta considerada nosso primeiro documento histrico, mas Pero Vaz de Caminha no foi o nico a escrever
ao rei sobre o descobrimento do Brasil. Transcreva da carta o trecho em que ficamos sabendo disso.
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O dirio um gnero de texto do tipo narrativo, em que se faz um registro dos acontecimentos do dia a dia.
Pode ser pessoal, ntimo, como cartas que escrevemos a ns mesmos. Existem tambm os dirios mais
objetivos, que se escrevem numa linguagem mais formal, com a finalidade de registrar o dia a dia de uma ao
de trabalho, de uma viagem de trabalho, por exemplo.
Em um dirio pessoal, ao registrarem-se fatos ocorridos no dia a dia, expressam-se ideias, emoes, desejos,
desabafos... Veja, a seguir, a pgina de um dirio pessoal.
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O dirio
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elo7.com
notamilhao.wordpress.com
americanas.com.br
mundoagni.blogspot.com
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Um dos dirios mais conhecidos em todo o mundo o dirio de Anne Frank, escrito
em alguns momentos na forma de carta, sendo um relato da vida cotidiana e registro
dos pensamentos e reflexes da menina Anne, dos 13 aos 14 anos. A situao da
menina e de sua famlia era absurda. Por serem judeus, perseguidos pelas foras
nazistas, durante a II Guerra Mundial, tentavam sobreviver ao Holocausto. Anne
comeou a escrever seu dirio, num livro de autgrafos, que ganhou do pai no dia de
seu aniversrio, 12 de junho de 1942, e que manteve durante todo o perodo em que
permaneceu escondida num anexo de quartos, atrs do prdio do escritrio do pai dela,
no centro de Amsterdam, entre 6 julho de 1942 e 1 de agosto de 1944. Seu dirio a
reflexo e o desabafo de uma adolescente que acreditava que um dia voltaria a viver em
liberdade e feliz, o que infelizmente no aconteceu.
Publicado em forma de livro, em 1947, hoje um dos mais traduzidos em todo o
mundo.
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Anne Frank
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12 DE JUNHO DE 1942
Espero poder contar tudo a voc, como nunca pude contar a ningum, e espero que voc seja uma grande fonte
de conforto e sade.
COMENTRIO ACRESCENTADO POR ANNE, EM 28 DE SETEMBRO DE 1942:
At agora voc tem sido uma grande fonte de conforto para mim, como tambm tem sido Kitty, para quem tenho
escrito regularmente. Este modo de manter um dirio muito melhor, e agora mal posso esperar pelos momentos
em que posso escrever em voc.
Ah, fico to feliz por ter trazido voc!
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Leia o primeiro registro que Anne fez, em seu dirio, seguido de um comentrio que escreveu meses depois.
1 - Pelo que escreveu, em seu primeiro registro, o que Anne buscava, ao decidir escrever um dirio?
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2 - A quem ela se refere quando usa a palavra voc, em seu primeiro registro e no comentrio posterior?
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3 - Ao final de seu comentrio, Anne revela estar feliz por ter trazido seu dirio. De acordo com a situao em que
vivia naquele momento, a que lugar diz ter trazido o dirio?
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4 - No trecho em que ela diz Este modo de manter um dirio muito melhor... a que modo est se referindo?
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Escrever um dirio uma experincia realmente muito estranha para algum como eu. No somente
porque nunca escrevi nada antes, mas tambm porque acho que mais tarde ningum se interessar, nem
mesmo eu, pelos pensamentos de uma garota de treze anos. Bom, no importa. Tenho vontade de
escrever, e tenho uma necessidade ainda maior de tirar todo tipo de coisas de dentro do meu peito.
O papel tem mais pacincia que as pessoas. Pensei nesse ditado num daqueles dias em que me
sentia meio deprimida e estava em casa, sentada com o queixo apoiado nas mos, chateada e inquieta,
pensando se ficaria ou se sairia. Finalmente fiquei onde estava, matutando. , o papel tem mais pacincia,
e como no estou planejando deixar que ningum mais leia esse caderno de capa dura que geralmente
chamamos de dirio, a no ser que algum dia encontre um verdadeiro amigo, isso provavelmente no vai
fazer a menor diferena.
Agora estou de volta ao ponto que me levou a escrever um dirio: no tenho um amigo.
Vou colocar de um modo mais claro, j que ningum acreditar que uma garota de treze anos seja
completamente sozinha no mundo. E no sou. Tenho pais amorosos e uma irm de dezesseis anos, e h
umas trinta pessoas que posso chamar de amigas. Tenho um monte de admiradores(...) Tenho uma
famlia, tias amorosas e uma casa boa. No; na superfcie parece que tenho tudo, a no ser um nico
amigo de verdade. Quando estou com amigas s penso em me divertir. No consigo me obrigar a falar
nada que no sejam coisas comuns do cotidiano. Parece que no conseguimos nos aproximar mais, e este
o problema, Talvez seja minha culpa no confiarmos umas nas outras. De qualquer modo, assim que
as coisas so, e infelizmente no devem mudar. Foi por isso que comecei o dirio.
Para melhorar a imagem do amigo, h muito tempo esperado em minha imaginao, no quero jogar os
fatos neste dirio do jeito que a maioria das pessoas faria; quero que o dirio seja como uma amiga, e vou
chamar esta amiga de Kitty.
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Leia, em mais uma pgina do dirio de Anne Frank, a importncia, para ela, de escrever um dirio.
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3 - Na concluso a que chegou, depois de matutar sobre o ditado, por que a palavra tem
aparece destacada daquela maneira?
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4 - No final do segundo pargrafo, no trecho em que diz que isso provavelmente no vai fazer a
menor diferena., a que est se referindo?
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5 - De acordo com as reflexes, que registrou nesse dia, o que levou Anne a escrever um dirio?
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6 -O que a faz pensar que, apesar de no ser sozinha no mundo, no tem um nico amigo de
verdade?
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7 Transcreva, do incio do ltimo pargrafo, a expresso de tempo que indica que Anne j passara
um longo tempo a imaginar um amigo para ela.
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2- Observe a palavra destacada no trecho Finalmente fiquei onde estava, matutando. , significando
que Anne ficou em casa ______________________________________________________________
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1 - Por que o trecho O papel tem mais pacincia que as pessoas. aparece entre aspas?
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8 - Quem Kitty?
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9 - Observe o trecho (...) acho que mais tarde ningum se interessar, nem mesmo eu, pelos
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Recebemos da biblioteca um livro com o ttulo desafiador: O que voc acha da jovem moderna? Gostaria de
discutir esse assunto hoje.
A escritora critica a juventude atual, da cabea aos ps, ainda que no condene todos como casos sem
esperana. Pelo contrrio, ela acredita que os jovens tm o poder de construir um mundo maior, melhor e mais belo,
mas que se ocupam de coisas superficiais, sem pensar na beleza verdadeira.
Em algumas passagens tive a sensao de que ela dirigia sua desaprovao a mim, e por isso que finalmente
quero desnudar minha alma para voc e me defender desse ataque. [...]
Sua Anne M. Frank
FRANK, Anne. Os dirios de Anne Frank. Rio de Janeiro: Record, 2005.
1 - Tendo ido para o Anexo secreto, em 6 de julho de 1942, h quanto tempo Anne j se encontrava no esconderijo
quando escreveu a carta acima?
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2 - Com que sentido foi utilizada a expresso da cabea aos ps, no incio do segundo pargrafo?
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3 - Qual a opinio da autora do livro recebido por Anne sobre os jovens daquela poca?
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4 - Por que Anne sente necessidade de se defender, de discutir o assunto com Kitty e revelar-lhe o que pensa?
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Anne vai escrever seu dirio, muitas vezes, em forma de cartas a sua amiga imaginria, Kitty. Nessas cartas,
vai revelar detalhes da localizao de seu esconderijo, que chama de Anexo secreto. Vai falar, tambm, da
convivncia das pessoas que l estiveram juntas. Alm de Anne e sua famlia (pai, me e irm), l estavam
escondidas pessoas da famlia van Pels (pai, me e o filho, Peter, por quem Anne se encantou) e um outro amigo
que trabalhava com seu pai. O dia a dia de Anne, com essa nova famlia, vai sendo, assim, revelado, com seus
receios, seus sustos, suas alegrias, suas esperanas e desesperanas.
Um pouco antes de o Anexo ser descoberto e de ter sido levada por soldados nazistas, Anne escreveu, em seu
dirio, uma de suas ltimas cartas sua amiga. Leia, abaixo, um trecho dessa carta.
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5 Produo de texto
Na pgina do seu dirio, abaixo, voc vai escrever uma carta a Anne, dizendo-lhe como voc
responderia, hoje, pergunta que tema do livro a que ela se referiu em sua carta Kitty:
O que voc acha da juventude atual?
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O livro O Dirio de Anne Frank certamente encontra-se disposio para leitura, na
Sala de Leitura da sua Escola.
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1 - Que marcas de linguagem h na tirinha que nos deixam perceber que a personagem escreve um dirio.
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2 - O que faz a histria da tirinha engraada?
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Voc acabou de conhecer um pouco da histria de Anne Frank e de seu famoso dirio, que nos deixou uma
bela lio sobre a importncia de acreditarmos na beleza da vida, mesmo nas piores condies.
Agora, vai ler uma historinha engraada, que tem o dirio como tema.
Na internet, voc encontra vrios sites que permitem que voc crie seu blog-dirio
gratuitamente, inclusive com instrues para isso.
Um deles:
http://www.criarblog.com/2009/05/14/como-criar-um-blogspot-blogger-gratis/
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Um dirio sempre um
timo amigo que pode nos
ajudar, inclusive, a usar de
modo cada vez mais
competente nosso melhor
instrumento
de
comunicao: a Lngua
Portuguesa.
Sonhar, questionar, querer, experimentar, viver e construir ... meninos e meninas, adultos
e crianas todos buscam algo em comum ... A FELICIDADE. Dirio no so coisas s de
meninas, eu e tantos outros caras nesse mundo temos sentimentos ... Assim abrir esse
espao para expressar os meus sentimentos, seja literal ou no, na forma de textos,
poesias, frases, imagens e etc ... Seja Bem-Vindo pois o espao nosso!
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Em um blog-dirio, voc
pode registrar seu dia a
dia; expressar suas ideias,
suas
emoes,
seus
desejos, seus desabafos.
Publicar suas fotos, seus
poemas, suas crnicas,
bilhetes, cartas, convites.
Seus textos, enfim.
Dirio de um Adolescente
Jeff
Salvador, BA, Brazil
"Aquele que aprendeu
com os erros do
passado; que vive o
presente e quer um
futuro feliz
Visualizar meu perfil
completo
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Veja um exemplo
de pgina de um
blog-dirio na
internet.
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faq.infolink.com.br
sopravc.com
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inusitatus.blogtv.uol.com.br
Voc sabe que pode utilizar o computador para produzir e armazenar todos os seus
textos. Sabe tambm que pode utilizar a internet para se corresponder com pessoas
distantes, receber e enviar suas cartas, seus bilhetes, de forma muito mais rpida,
atravs do chamado web mail (correio eletrnico). Sabe que pode manter um blogdirio, com a crnica do seu dia a dia, suas reflexes mais ntimas. Sabe que pode fazer
contato quase imediato e conversar em tempo real com pessoas das mais diversas
partes do mundo, atravs do sites de relacionamento. Parece que o mundo ficou bem
menor, no ? Mas no. O universo da informao cresceu, ficou muito maior. O tempo
para percorrer as distncias que ficou muitssimo menor. Imagine quanto tempo uma
carta como a de Pero Vaz de Caminha demoraria para chegar at o Rei, caso fosse
enviada por um correio da poca!
Essa revoluo dos meios de informao e de comunicao o tema dos textos que
voc vai ler a seguir.
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myvideonet.net
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Pela internet
Composio: Gilberto Gil (1997 )
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2 - Duas novas palavras (neologismos) foram criadas por Gilberto Gil para
relacionar a ideia de mar e de informao. Que palavras so essas, no texto?
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3 - Que nome de lugar, citado na msica, mostra uma relao de semelhana
com o verbo conectar, muito usado no mundo da internet?
________________________________________________________________
4 - O texto cita os nomes de vrias localidades distantes que a rede da internet
pode alcanar e acessar. Transcreva os nomes dos locais citados na letra e
diga com que inteno o compositor fez isso?
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
5 - Transcreva, pesquise e d o significado das duas palavras com origem na
tradio africana, que aparecem no texto.
Oriki __________________________________________________________
Orix __________________________________________________________
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infomarnet.com.br
downloads.open4group.com
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seeklogo.com
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ibiubi.com.br
Leia, abaixo, uma notcia, que nos faz refletir sobre a importncia que tem, para ns, as
novas tecnologias da informao distncia.
22/02/2011 - 10h46
Professora manda e-mail pelo celular, e estudantes japoneses
so resgatados de escombros na Nova Zelndia
Do UOL Notcias*
Em So Paulo
salvador.olx.com.br
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oceania10.blogspot.com
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Indique a que termos se referem as formas verbais, em destaque nos dois trechos, e
explique como a concordncia se d em cada um deles.
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1 - Pelo que nos informa a notcia, de que local e para que local foi enviado o e-mail que
permitiu salvar as vidas dos estudantes?
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Voc estudou, na primeira parte deste Caderno, o gnero Crnica. Vai, agora, voltar um pouco a ela, mas
atravs de um outro gnero, a charge. Antes, conhea alguns aspectos da estrutura de uma charge, importantes
para o trabalho de leitura e de produo de charges.
Alguns aspectos e elementos caractersticos que nos ajudam a entender o gnero Charge.
A charge, como a crnica, est relacionada a tempo, a uma temporalidade, sendo um comentrio sobre assuntos
cotidianos, sobre fatos da atualidade.
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Charge
Ao levar ao riso, a charge facilita a interao entre o texto e o leitor e, assim, a reflexo crtica sobre o assunto.
Conhecer o fato que deu origem charge e suas implicaes na sociedade facilita sua leitura, o prazer que h nela e
a reflexo que quer provocar.
A charge, como a crnica, est presente no dia a dia, aparecendo publicada em jornais, revistas, blogs...
Difere da crnica pelo modo como produzida, pela linguagem que se usa para produzi-la.
Na charge, a mensagem construda com o auxlio da imagem (linguagem no verbal), que pode vir ou no
combinada com palavras (linguagem verbal).
linguagem no verbal so elementos dessa linguagem o trao, o desenho, as cores.
linguagem verbal linguagem das palavras, a lngua (oral ou escrita).
Vamos apresentar, a seguir, algumas charges bem atuais, que voc vai ler, observar aspectos da linguagem com
que a mensagem estrutura, dizer qual o assunto e o tema em cada uma e a que tipo de reflexo levam.
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a) Assunto __________________.
b) Tema _______________________
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2 - Na fala do mosquito, percebe-se o uso
de
elementos
caractersticos
da
linguagem informal. Quais so?
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reporterasolta.blogspot.com
ecmpinho.wordpress.com
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webspawner.com
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dererummundi.blogspot.com
gaucha.ning.com/group/jornadaesportiva
b) Tema __________________________________
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a) Assunto ________________________________
b) Qual o tema?
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amigosdadiplomatica.blogspot.com
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Voc pode observar que, nas trs charges, aparece um outro elemento muito caracterstico desse
gnero, que o exagero. O chargista exagera na abordagem do fato, conseguindo, com isso, um
efeito de humor e, atravs do humor, fazer uma crtica a um problema que o fato represente.
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