Apostila de Tcografos
Apostila de Tcografos
Apostila de Tcografos
ndice
Pg. O que tacgrafo/ Utilidade __________________________________________________ Como instalar _______________________________________________________________ Instrues para o uso do tacgrafos 24 horas_____________________________________ Instrues para o uso do tacgrafos 7 dias _______________________________________ Alarme luminoso de excesso de velocidade _______________________________________ Manuteno de tacgrafos _____________________________________________________ Disco Diagrama ____________________________________________________________ Como preencher os discos diagrama __________________________________________ Leitura e Interpretao das gravaes ___________________________________________ Equipamentos de leitura _______________________________________________________ Como utilizar ________________________________________________________________ Mapa de controle/ Clculo complementares ______________________________________ Anormalidades _______________________________________________________________ Consideraes finais ___________________________________________________________
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Para obter controle total sobre a frota de veculos, o empresrio precisa ter a mo o maior nmero de dados possveis. O TACGRAFO KIENZLE um aparelho de grande preciso que, por meio de um mecanismo especial e estilete com pontas de safira, marca graficamente sobre discos diagrama de papel especial, tudo o que ocorre com o veculo. Os tacgrafos so distribudos em dois tipos diferentes e as informaes registradas nos discos diagrama, so, basicamente as seguintes: hora de partida; hora de chegada; tempo gasto na viagem; se parou e quantas vezes durante a viagem; tempo exato do percurso; quilmetros percorridos por trechos e no total da viagem; velocidade atingidas a cada instante do percurso.
Alm das marcaes no disco diagrama, o TACGRAFOS KIENZLE adverte o motorista, por meio de um sinal luminoso, quando o limite de velocidade determinado pela empresa atingido. O grfico impresso no disco diagrama , portanto o meio mais racional e exato de administrao do frotista, servindo tambm como comprovante de trabalho honesto dos motoristas conscientes, permitindo ao empresrio estabelecer sistemas de avaliao objetivos, selecionando seu pessoal de acordo com as convenincias da empresa. Os TACGRAFOS KIENZLE so distribudos pela NEVA desde 1950, contando com a garantia e assistncia tcnica em todo Brasil.
Onde Colocar
Quando colocado no espao do velocmetro, no painel , o TACGRAFO utiliza um cabo flexvel, um adaptador ( caixa de engrenagens ), diretamente ligados caixa de cmbio, e uma conexo eltrica. No caso de fixar se o TACGRAFO em lugar no facilmente visvel pelo motorista, o velocmetro original do veculo continua funcionando, utilizando se um cabo flexvel que o mantm ligado outra sada do adaptador.
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NA INSTALAO OU REPOSIO, O CABO E O ADPTADOR ORIGINAIS SO INDISPENSVEIS: TAIS PESSAS POSSUEM ESPECIFICAES PRPRIAS QUE GARANTEM O MELHOR FUNCIONAMENTO DO APARELHO.
Registro de tempo
O relgio do TACGRAFOS eletrnico. A ligao deve ser feita diretamente na rede eltrica do veculo.
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1 Abra a tampa do TACGRAFO com a chave e retire o anel de fixao dos , girando o no sentido anta horrio; 2 Empurre a margem do jogo de disco, por baixo da lmina de separao( faca de picote ), prxima fechadura, de forma que a hora real ( indicada pelos ponteiros ) gravada no primeiro disco ( N. 1 ) fique alinhada com a rachadura na tampa ( lado direito da faca ), na direo da fechadura, no centro do aparelho. 3 Posicione o jogo de discos no centro do TACGRAFO, empurrando com cuidado a bucha plstica para baixo, junto com os discos. 4 Coloque o anel de fixao, girando o no sentido horrio com uma pequena toro. O relgio deve ser previamente acertado, se necessrio, atravs da roda serrilhada localizada do lado esquerdo da tampa. Neste modelo de TACGRAFO, ao acertarmos os ponteiros utilizando a roda serrilhada, os discos no giram. Para esta operao necessrio retirar o jogo de disco. O JOGO DE DISCO SEMPRE DEVE SER SUBISTITUIDO AT, NO MXIMO, 7 DIAS APS A COLOCAO.
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Para o perfeito funcionamento e um a vida til prolongada do TACGRAFO, de extrema importncia que sua manuteno seja feita periodicamente. Os principais pontos a serem verificados so os seguintes: troca dos adaptadores no caso de substituio da transmisso do veculo; violao nos lacres; tores, quebra ou outros tipos de problemas com os cabos de transmisso;
Se houver algum sinal de violao , necessrio um exame detalhado. EM CASO DE DVIDA, CONSULTE A NEVA OU O CONCESSIONRIO AUTORIZADO MAIS PRXIMO.
O DISCO DIAGRAMA
O disco diagrama fabricado com um papel especial, recoberto por uma camada de cera. Nele esto impressas escalas bastante claras, permitindo fcil leitura. Durante o funcionamento do TACGRAFO o disco arranhado pelos estiletes que possuem ponta de safira ( para ter longa durabilidade ), produzindo gravaes bem definidas .
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CAMPOS DE GRAVAO
Velocidade
Neste campo podemos verificar as velocidades atingidas durante a viagem. Com esse registro possvel analisar se houver, ou no, abuso
Vibraes
O registro de vibraes informa, atravs de um a linha fina, que o veculo esteve parado. Quando a linha fica com a espessura visivelmente mais grossa, sinal que o veculo esteve em movimento.
Distncia
Essa linha registra a quilometragem percorrida pelo veculo. Cada movimento de subida ou descida do grfico , corresponde a 5 quilmetros de percurso. O movimento completo, portanto equivalente a 10 quilmetros.
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Como analisar
1 Introduzir o disco diagrama sob o transferidor e fixa lo no centro. 2 Colocar a linha de referncia sobre o 0 do disco de leitura. 3 Girar o disco diagrama at que o incio da gravao do tempo de movimento esteja sob a linha de referncia. 4 Deslocar o transferidor para a direita at que a linha de referncia se encontre sobre o fim do primeiro tempo de marcha , mantendo fixo o disco diagrama. Girar o disco diagrama para a esquerda ( linha fina = tempo de parada ) at o inicio do prximo tempo de movimento. Continuar a anlise desta maneira, at o final do ltimo registro de tempo de movimento. Encontra se ento, o tempo total de movimento na escala do disco de leitura, sob a linha de referncia. No mover o disco diagrama. 5 Girar o transferidor para a esquerda at que a linha de referncia se encontre novamente sobre o inicio do primeiro registro do tempo de movimento. O tempo total de parada aparecer sob a linha de referncia, na escala inferior do disco de leitura. A escala externa serve para anlise dos discos diagrama dirio e a interna para os semanais. Cada escala tem uma graduao superior para computao dos tempos der marcha e outra inferior para computao dos tempos de parada.
EXEMPLOS:
As figuras a seguir ajudaro a compreender melhor o sistema . FIGURA1 A linha de referncia est colocada sobre o zero do disco de leitura. O disco diagrama ser agora girado, at que o inicio do primeiro registro de tempo de movimento se encontre sob a linha de referncia . O disco diagrama seguro nessa posio e o transferidor deslocado at a linha de referncia esteja sobre o final do primeiro tempo de marcha ( a ). FIGURA2 O disco diagrama deslocado para a esquerda, por todo o trecho do tempo de parada ( b ), at que o inicio do prximo tempo de movimento se ache novamente sob a linha de referncia. FIGURA3 O disco diagrama mantido na posio, enquanto o transferidor deslocado para a direita at o final do tempo de movimento ( c ). Sob a linha de referncia, na graduao superior da escala do disco de leitura, aparece ento o tempo total de movimento dos trechos de viagem, ou seja, 5:30hs. FIGURA 4 Para obter os tempos de parada, suficiente retornar o transferidor at o incio da anlise, mantendo o disco diagrama imvel. Na graduao inferior lemos o tempo total de paradas, ou seja, 2 horas.
MAPA DE CONTROLE
A seguir apresentamos um modelo de mapa de controle para registro dos dados colhidos na anlise dos discos diagrama. Sugerimos que cada empresa desenvolva o seu formulrio prprio para esta finalidade, atendendo s suas peculiaridades.
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CLCULOS COMPLEMENTARES
A partir dos dados colhidos no disco diagrama podemos efetuar os seguintes clculos:
Velocidade Mdia
a) converter as horas trabalhadas em minutos; b) calcular a Velocidade mdia aplicando a seguinte frmula: Quilometragem percorrida X 60 VM= --------------------------------------------------Horas trabalhadas convertidas em Minutos Ex.: Quilometro percorrido : 357 km Horas trabalhadas ( ou seja, veculo em movimento ) : 6:42hs. 357 X 60 VM= ----------------------- = 53,3 km/h 402 minutos
Grau de Aproveitamento
a) verificar a velocidade mxima atingida no percurso; b) - aplicar a frmula :
Ex.: No caso anterior, suponhamos que a velocidade mxima pelo veculo tenha sido 82 km/h. Ento, teremos: 53,3 X 100 %GA= ----------------------= 65% 82
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ANORMALIDADES
Existem duas maneiras de evidenciar anormalidades no sistema de tacografia: - pelo exame do TACGRAFO e/ou das peas de adaptao; - pela anlise de disco diagrama. Na prtica, as duas formas complementam se: inicialmente a anormalidade detectada atravs de uma das formas e, quando necessrio, procura se a confirmao pela outra. As anormalidades podem ser classificadas como: Provocada: quando ocasionada pela interveno de algum fator alheio ao sistema a fim de deturp-lo; Acidental: quando ocasionada pelo funcionamento deficiente de algum componente integrante do sistema.
- GRFICOS SOBREPOSTOS. Causa provvel: o disco permaneceu dentro do TACGRAFOS por mais tempo que o recomendado ao modelo - GRFICOS COM TRAOS CHEIOS ( DENSOS). Causas provveis: a) oscilao do ponteiro de velocidade; b) retentor da caixa de cmbio vazando; c) nvel excessivo de leo. - O REGISTRO DE VELOCIDADE EST FORA DE SEU NVEL NORMAL. Causa provvel: o estilete de velocidade foi entortado. Origem: provocada. O TACGARFO REGISTRA, NO VELOCIMETRO E NO DISCO DIAGRAMA, VELOCIDADE E QUILOMETRAGEM DIFERENTES DAS REAIS. Causa provvel: a) TACGRAFO desregulado; b) Elemento de adaptao inadequado. NO EXISTE REGISTRO DE VELOCIDADE. SOMENTE REGISTRO DE VIBRAES E QUILOMETRAGEM. Causa provvel: veculo rebocado em sentido contrrio ao deslocamento normal. - O RELGIO ATRASA. Causa provveis: a) defeito do relgio; -9-
b) montagem eltrica errada; c) desligamento do circuito eltrico. - INTERRUPO DAS GRAVAES E POSTERIOR VOLTA AO NORMAL. Causa provvel: O TACGRAFO foi aberto e fecha posteriormente. OBS.: SE HOUVER DIFERENA DE NVEL ENTRE OS TRAOS DO GRFICO DE QUILOMETRAGEM INDCIO DE QUE O VECULO DESLOCOU SE COM TACGRAFO ABERTO. O TACGRAFO REGISTRA, NO VELOCIMETRO E NO DISCO, VELOCIDADE MENOR QUE A REAL. O REGISTRO DE QUILOMETRAGEM EST CORRETO. Causa provvel: foi forada a retirada da tampa do visor frontal ( verificar indcios nas laterais ) e girado o ponteiro de velocidade uma ou mais voltas alm do normal. Origem: provocada - NO EXISTEM REGISTROS DE VELOCIDADE E QUILOMETRAGEM, S DE VIBRAES. Causas provveis: a) cabo quebrado propositadamente, se houver vestgios de entortamento e/ou foramento; b) cabo quebrado acidentalmente, se no houver vestgios de entortamento e/ou foramento; c) cabo desligado, se o mesmo estiver deslacrado. Se o cabo foi desligado para manuteno, a anormalidade pode ser considerada acidental, caso contrrio provocada. Outras causas: veculo rebocado com as rodas de trao levantadas ou sendo transportado sobre outro veculo; adaptador no funcionando ou defeito na coroa/pinho da caixa de cmbio GRFICO DE VELOCIDADE APARECE LIMITADO NA PARTE SUPERIOR MANTENDO SE , RIGOROSAMENTE CONSTANTE, SOMENTE VARIANDO PARA BAIXO. Causas provveis: a) estilete de velocidade impedindo de deslocar-se normalmente, devido colocao de corpo estranho na ranhura onde o mesmo se desloca: b) furo efetuado no visor plstico frontal, com a inteno de introduzir um corpo estranho para obstruir o ponteiro de velocidade. Origem: ambas as causas so provocadas. NOS GRFICOS DOS TRS ESTILETES APARECEM TRAOS VERTICAIS ( RADIAIS) MAIS GROSSO QUE O NORMAL. Causa provveis: a) o disco ficou preso no interior do TACGRAFO, por deficincia na colocao; b) o TACGRAFO foi aberto e o disco preso com algum elemento estranho; c) relgio parou por falta de corda ( no caso de aparelho mecanismo); d) relgio com defeitos ou desligado -
CONSIDERAO FINAIS
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A informao que pode ser obtida atravs da anlise do disco diagrama depende da habilidade e da prtica do analista. Prudncia e objetividade so fatores imprescindveis para uma anlise que deve ser feita sempre em seqncia lgica. Um fato no deve ser considerado isoladamente e sim em relao a todo o conjunto de gravao. Isso vlido tambm, para quando se faz o exame fsico do TACGRAFO ou de seus elementos de adaptao. Em caso de acidente, o critrio deve ser ainda mais rigoroso, e a considerao de campo de possibilidade deve ser feita em profundidade. Estas anlises requerem pessoal especializado e com muita pratica. Para isso, a NEVA se coloca sua inteira disposio, para esclarecer quaisquer tipos de dvidas que ainda possam restar aps a leitura desta apostila.
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