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Universidade do Estado de Santa Catarina

Centro de Ciências Tecnológicas


Departamento de Física
Licenciatura Plena em Física
Instrumentação para o Ensino de Física

Manual do

Aluno

Acadêmico: Mateus Schwarz Vedana

Joinville, 2007
Índice

1. O que é Física Moderna 3


1.1 Transformações galileanas 3
1.2 Relatividade de Newton 5
2. A Relatividade Restrita 7
2.1 A necessidade de uma nova teoria 7
2.2 Simultaneidade 8
3. A Dilatação do Tempo 9
3.1 Exercícios 11
4. A Contração do Comprimento 11
5. Relatividade Geral e Cosmologia 13
5.1 A busca pela resposta definitiva 13
5.1.1 O universo em expansão 14
5.1.2 O Big- bang 14
6. O Efeito Fotoelétrico 15
7. Roteiro para experiência sobre efeito fotoelétrico 17
8. Dualidade Onda- Partícula 18
9. Modelos Nucleares 20
10. Exercícios 22
11. Referências 24

2
1. O que é Física Moderna?

A Física no final do século XIX e início do século XX encontrava-se em uma


situação curiosa:
A mecânica newtoniana e o eletromagnetismo de Maxwell explicavam
razoavelmente bem os fenômenos físicos observados pelo homem. No entanto,
estas duas teorias apresentavam incompatibilidade quando tratadas
simultaneamente.
Desta forma sabia-se que havia a necessidade de alguma nova explicação
para a natureza que possibilitasse a relação entre o eletromagnetismo e os
fenômenos mecânicos.
Além disso, os estudos sobre a estrutura atômica continuavam sendo
desenvolvidos em busca de respostas sobre os componentes fundamentais da
matéria.
Neste contexto nasce uma nova época para a Física, que a partir desta
época passa a se denominar Física Moderna, mas que continua na busca da
descrição mais aproximada o possível para a natureza.

1.1Transformações galileanas

Galileu foi um dos primeiros cientistas a enxergar a Física da mesma forma


como os atuais pesquisadores: uma ciência empírica. Segundo ele, o melhor
caminho para o conhecimento é a experimentação e a observação direta,
rompendo com a Física aristotélica que havia sido fortemente influenciada pelos
dogmas de fé.
Galiieu introduziu o conceito de referencial inercial, em relação aos quais
os corpos livres de ação de forças estão em repouso ou em movimento retilíneo
com velocidade constante (MRU). Qualquer referencial que se mova com
velocidade constante e retilínea em relação a um referencial inercial também será
considerado como referencial inercial. Isto significa que as leis físicas devem ser
as mesmas para qualquer referencial inercial. Este é o Princípio da relatividade
de Galileu.
Consideremos dois referenciais inerciais:
Um S, com coordenadas espaciais x, y, z, e coordenada temporal t, e outro
S´, com coordenadas x´, y´, z´, t´. Consideremos ainda que os eixos dos dois
sistemas são paralelos e que S´ se movimenta com velocidade v paralela aos
eixos x e x´. ( Fig. 1)

3
Fig. 1.1

Para fins práticos podemos


considerar que S está em repouso
em relação a Terra e S´move-se para
a direita com velocidade v, ou S´está
em repouso em relação a Terra e S
move-se para a esquerda com
velocidade –v, relativamente a S´.
Considere um evento que
ocorra num ponto P do espaço. Este
ponto é identificado por um conjunto
de quatro coordenadas espaço-
temporais ( x, y, z, t)
em S e, ( x´, y´, z´, t´) em S´, sendo que as três primeiras localizam o ponto e a
quarta indica o instante que o evento ocorre. Supondo que inicialmente O e O´
coincidam, temos t = t´ = 0 e x0 = x´0, y0 = y´0 , z0 = z´0 . Num instante posterior, S´
terá se deslocado uma distância v . t em relação a S. ( Fig. 2)

As relações entre as
coordenadas do sistema S e S´
consistem nas transformações de
Galileu.
Vamos relacionar as
coordenadas espaciais:

x = x´ + v . t
Fig.1.2 y = y´ (1)
z=z

Resta determinar a relação entre as coordenadas temporais. Como inicialmente os


relógios estão sincronizados, isto é t0 = t´0 = 0, nosso senso comum indica que
devemos ter sempre:

t = t´ (2)

Isto significa que tempo transcorre igualmente nos dois referenciais não
dependendo de onde é medido. Na relatividade de Galileu o conceito de tempo é
absoluto.
Embora seja um postulado de Galileu, a igualdade entre as coordenadas
temporais está bem fundamentada em nossa experiência cotidiana que não nos
oferece qualquer evidência em contrário.
Portanto as relações acima consistem nas Transformações galileanas de
coordenadas.
Uma conseqüência direta da invariância do tempo, nas equações de
Galileu, é a invariância do comprimento. Veja no exemplo abaixo:

4
Sejam A e B dois pontos do espaço com coordenadas ( xA, yA, O), ( xB, yB,O)
em S e (x´A,y´A, O), (x´B,y´B, O) em S´ com yA = yB = y´A = y´B. Vamos medir a
distância entre os pontos A e B (fig, num certo instante t, nos dois referenciais.
Para isso, devemos determinar a diferença das coordenadas desses pontos.
Assim, em S temos:

L = xB - xA e em S´:

L´ = x´B - x´A

Como x´A = xA – v.t e x´B = xB – v.t, temos:

L´ = xB – v.t – ( xA – v.t )

L´ = xB - xA

L´= L (3)

Fig.1.3

Pelas equações de Galileu (que consistem as transformações galileanas)


concluímos que o tempo e o comprimento são invariantes, isto é, que não
dependem do referencial onde são medidos.

1.2 A Relatividade de Newton

A relatividade de Newton procura explicar qual é a relação entre a


descrição de um evento referencial para sua descrição em outro referencial que
seja inercial em relação ao primeiro.
Como estamos considerando a velocidade v constante podemos relacionar
a velocidades e as acelerações do ponto P em relação a S e S´ como:

V´x = Vx – v a´x = ax

5
V´y = Vy a´y = ay (4)
V´z = Vz a´z = az
A primeira das equações das velocidades, formulada por Galileu, é
denominada Teorema da adição de velocidades.
Na relatividade newtoniana, a massa e a aceleração da partícula
independem do sistema de referência inercial adotado. Logo, a força resultante
( F = ma) também será independente do referencial em que é medida. Portanto as
leis de Newton são as mesmas para qualquer referencial inercial. Não há sistema
privilegiado ou absoluto. Pode-se concluir que:

Qualquer experiência mecânica, realizada em algum referencial inercial,


conserva os mesmos princípios e leis físicas que conservaria se fosse realizada
em qualquer outro.

1.3 Exemplos:

1- Um objeto é lançado verticalmente por um observador O parado no solo.


Outro objeto idêntico é lançado por outro observador O´ dentro de um
veículo em movimento uniforme de translação retilínea relativamente à
Terra.(Fi.1.4)
Ambos os observadores medirão para o objeto, a mesma altura máxima
atingida e a mesma duração do evento, concordando também quanto a
forma da trajetória observada nos seus respectivos referenciais.
Concordarão, ainda, quanto ao valor da velocidade vertical do objeto ao
chegar de volta à mão, quanto à aceleração e a força resultante sobre o
objeto durante o movimento. Portanto, os dois referenciais são equivalentes
para a descrição deste evento. Para este evento os referenciais solo e
veículo são equivalentes; é impossível distinguir um do outro.

Fig.1.4

6
2. A Relatividade Restrita

A Teoria da Relatividade Restrita é um dos melhores exemplos do sucesso


da física para explicar o que ocorre na natureza. Proposta por Albert Einstein, em
1905, não foi inicialmente bem aceita pela comunidade científica, visto a pouca
facilidade em comprová-la experimentalmente. Contudo hoje esta teoria é um dos
expoentes da Física Moderna ( quem nunca viu a equação E = mc2? ) e Einstein
tornou-se a figura mais conhecida da Física de todos os tempos.

2.1A necessidade de uma nova teoria

O Trabalho de Einstein ( fig. 2.1) procurava explicar uma inconsistência que


preocupava os físicos desde os trabalhos de Maxwell, em 1850. As equações de
Maxwell que descrevem os fenômenos eletromagnéticos, haviam obtido grande
comprovação experimental e levado a muitas aplicações práticas, como foi
estudado nas unidades anteriores. Entretanto as leis do eletromagnetismo e as
leis que regem a mecânica clássica são inconsistentes entre si, e foi este
problema que Einstein quis resolver quando publicou a Teoria da Relatividade
Restrita, ou Teoria especial da Relatividade. A teoria leva o nome de restrita por
apenas tratar de referenciais inerciais (a teoria que trata de referenciais
acelerados é a Teoria da Relatividade Geral, também proposta por Einstein e que
será abordada nas próximas lições).
A Relatividade Restrita baseia-se em dois postulados:

1. Princípio da relatividade: as leis da Física são as mesmas em todos os


referenciais inerciais;
2. Princípio da constância da velocidade da luz: a velocidade da luz, no vácuo,
é a mesma para todos os referenciais inerciais ( c = 300 000 Km/s ).

Partindo apenas destes dois postulados, a Teoria da Relatividade Restrita


conseguiu prever teoricamente uma série de fenômenos, como a dilatação
temporal, a contração espacial, a conversão da massa em energia, a criação e a
destruição da matéria, a mudança no tempo de vida das partículas, dos quais
estudaremos alguns que são mais relevantes e de fácil compreensão.
O primeiro postulado, referente às leis da Mecânica, da Termodinâmica, da
Óptica, da Eletricidade e do Magnetismo, é uma generalização do principio da
relatividade de Galileu – Newton, que se aplicava somente às leis da Mecânica.
Essa generalização foi possível devido a modificação dos conceitos de espaço e
tempo. Este princípio explica que os valores das grandezas medidas em cada
referencial podem mudar, mas as relações entre elas – em cada referencial – são
as mesmas. Por exemplo, o valor da quantidade de movimento medida em um
referencial pode ser p = 100 Kg . m/s, enquanto que em outro pode ser
p´= 0 Kg . m/s. Entretanto, a lei da conservação da quantidade de movimento
continua sendo válida em ambos os casos.

7
O segundo postulado ( a luz
Atenção tem uma velocidade finita e todas as
Cuidado com a afirmação: “Segundo interações entre partículas ocorrem
Einstein tudo é relativo”. no máximo com a velocidade da luz)
O primeiro postulado diz que as leis da tem implicações diretas sobre o
Física não são relativas, isto é, não nosso modo de descrever a natureza.
dependem do referencial onde está o O segundo postulado está em
observador. perfeito equilíbrio com o primeiro
estabelecendo que a

velocidade da luz seja a mesma em todos os referenciais.


Esses dois princípios levam a certas conseqüências que contrariam o senso
comum, dentre elas estudaremos a contração do espaço e dilatação do tempo.

2.2 Simultaneidade

Uma das implicações da velocidade finita da luz é o conceito de


simultaneidade e medida do tempo. Dois observadores, em referenciais inerciais
diferentes, não necessariamente concordam com o instante em que ocorreu um
mesmo fenômeno.
Podemos analisar duas situações diferentes: dois observadores em
posições diferentes e dois observadores com velocidades diferentes. Vamos
imaginar duas lâmpadas, separadas por uma distância d = 1000 Km, comandadas
por um circuito eletrônico que faz com que elas pisquem ao mesmo tempo para o
observador 1, como mostra a fig. 2.1

Fig.2.1

8
O observador 1, parado exatamente na metade da distância entre elas, vai
observar que ambas piscam ao mesmo tempo. O observador 2, parado ao lado da
lâmpada A, vai perceber que esta pisca antes de B, pois a luz da lâmpada B leva
um tempo t = d/c para chegar a este observador.
O observador 3, que se encontra na mesma posição que o observador 1
quando as lâmpadas piscam, se desloca com velocidade constante e alta em
relação a lâmpada B. Neste caso, enquanto a luz das lâmpadas viaja na direção
do observador 3, este se desloca um pouco na direção da lâmpada B. A luz da
lâmpada B chega um pouco antes ao observador 3, e ele percebe que a lâmpada
B acendeu antes da A. Neste exemplo abordamos a relatividade da
simultaneidade, pois cada observador tem uma opinião diferente a respeito dos
eventos e, no entanto, todos eles estão corretos.

3.A Dilatação do Tempo

A velocidade finita da luz tem implicações na medida do tempo realizada


por observadores diferentes, que se movem com velocidade constante
(referenciais inerciais). Acompanhe a dedução abaixo:

9
Fig3.1

Consideramos um veículo movendo-se com velocidade constante v em


relação ao solo. Dentro do veículo (fig. 3.1), uma fonte F emite um feixe vertical de
luz, que é registrado num sensor S, fixo no teto do veículo, após percorrer a
distância d em um tempo ∆tv. sendo c a velocidade da luz no vácuo temos:

∆tv = d
c

Para um observador situado no solo, o fenômeno é visto como na fig. 3.1b.


De acordo com o segundo postulado, a luz percorre a distância FS, com a mesma
velocidade c, em um intervalo de tempo ∆ts, totalizando uma distância v . ∆ts, pelo
teorema de Pitágoras (fig.3.2), temos:

Fig.3.2

( c . ∆ts)2= ( v . ∆ts)2 + ( c . ∆tv) 2

c2. ∆ts 2 = v2 . ∆ts 2+ c2 . ∆tv 2

( c2 - v2 ) . ∆ts 2 = c2 . ∆tv 2

10
(1)

Assim para quem está dentro do veículo o intervalo de tempo é menor,


isto é, o tempo passa mais devagar! O tempo dilata.
O intervalo de tempo ∆t costuma ser chamado de intervalo de tempo
próprio.
Intervalo de tempo próprio é aquele medido pelo observador para o qual os
eventos ocorrem num mesmo ponto em seu referencial.

Você sabia...

Na teoria da relatividade cada observador tem sue própria medida do tempo. Isso
pode levar ao denominado Paradoxo dos gêmeos.
Um dos gêmeos (a) parte em uma viagem espacial durante a qual ele viaja
próximo a velocidade da luz (c), enquanto seu irmão (b) permanece na Terra.
Por causa do movimento dele, o tempo flui mais devagar na espaçonave,
conforme visto pelo irmão na Terra. Assim ao retornar do espaço o viajante (a2)
descobrirá que se irmão (b2) envelheceu mais do que ele. Embora isso pareça contrariar
o senso comum, várias experiências indicaram que, nesse cenário, o gêmeo viajante
realmente voltaria mais jovem.

3.1 Exercícios

1) Se o evento A ocorre antes do evento B, em um dado referencial, existe um


referencial onde B ocorre antes de A? Explique.

2) Dois eventos são simultâneos em um referencial para o qual eles ocorrem num
mesmo ponto do espaço. São eles simultâneos para qualquer outro
referencial?

3) Você está parado numa rua e vê seu amigo passar de carro. Consultando seus
respectivos cronômetros, ambos anotam os instantes em que o carro passa
por dois cruzamentos sucessivos, determinando assim os intervalos de tempo
entre os eventos. Qual de vocês marcou o tempo próprio? Justifique.

4) Por que ainda utilizamos as equações de Newton mesmo sabendo que elas
estão incorretas?

4.Contração do Comprimento

11
Se um observador mede o comprimento de um objeto que está em
movimento relativamente a ele, o valor obtido é diferente daquele que seria
encontrado se a medição fosse feita num referencial onde o objeto estivesse em
repouso. Esse efeito é conseqüência direta da dilatação do tempo. Analisemos
uma situação hipotética simples. Isso é o que Einstein chamava de experiência
mental.
Imagine um trem de comprimento 2.400.000 Km a uma velocidade de 0,8c,
isto é 240.000 Km/s, passando pela plataforma de uma estação que tem o mesmo
comprimento do trem. Portanto no referencial da plataforma, o trem levará 10
segundos para percorrê-la totalmente ( fig.4.1). Entretanto pela equação (1) do
item anterior, um passageiro no trem registrará apenas 6 segundos para que a
plataforma “passe” por ele em sentido oposto, já que nessa velocidade.

Fig.4.1

∆t´ = 10 . ( 1 – 0,82 )1/2 = 6 s

Portanto, dentro do trem o passageiro mede apenas 1440.000 Km


(2440.000 Km/s . 6s) para o comprimento da plataforma. Evidentemente a
plataforma não encolheu; essa aparente contração no seu comprimento é
conseqüência do movimento relativo entre o observador e o objeto medido
(fig.4.2). Pode-se escrever:

A distância entre dois pontos quaisquer é maior quando medida pelo


observador para o qual estes pontos estão em repouso.

12
Fig.4.2

Aplicação tecnológica

Na navegação moderna de longa distância, a localização e a velocidade de uma


aeronave são continuamente monitoradas e atualizadas. Um sistema de satélites de
navegação denominado NAVSTAR permite determinar a posição de uma aeronave com
um desvio máximo de 16m e a sua velocidade com desvio máximo de 2 cm/s.
Cada satélite NAVSTAR emite continuamente sinais de rádio com uma
freqüência controlada por relógios atômicos. O sinal reflete na aeronave e é captado de
volta pelo satélite com a freqüência alterada. A partir de vários sinais emitidos por
vários satélites e refletidos pela aeronave, o sistema determina sua posição. Pela
alteração na freqüência dos sinais o sistema determina sua velocidade. Se os efeitos da
relatividade não fossem levados em conta mesmo em baixas velocidades, o erro, após
uma hora de vôo, seria de aproximadamente 750m na posição e 21 cm/s na velocidade!

Tópico Especial
5. Relatividade Geral e Cosmologia

Em 1916, Albert Einstein apresentou à comunidade científica


uma generalização da sua teoria de 1905, à qual chamou de Teoria
Geral da Relatividade. Essa teoria tratava dos fenômenos físicos
observados a partir de referenciais não inerciais, isto é, acelerados.
Devido ao seu tratamento matemático extremamente complexo, durante algumas

13
décadas ela foi considerada apenas um conjunto de equações sem muita
aplicação prática e, portanto, relegada a um plano secundário na pesquisa
científica na época.
Logo após a publicação dessa teoria o eminente astrônomo e astro-físico
britânico Arthur S. Eddington ( 1882 – 1944) tratou de se especializar nelas e
aplicá-las a termodinâmica estelar, obtendo resultados relevantes sobre a vida e a
morte das estrelas, tornando-se assim. O primeiro astro-físico relativista.
Sempre houve quem colocasse em dúvida as previsões e conclusões de
Einstein. Ao longo do século XX, muitos testes foram realizados para verificar seus
cálculos. Todos comprovaram brilhantemente as previsões desta teoria.
A teoria geral da relatividade tem como ponto de partida o princípio da
equivalência, de acordo com o qual um referencial uniformemente acelerado em
linha reta equivale a um campo gravitacional uniforme, cuja intensidade seja igual
à aceleração do referencial.
Uma conseqüência imediata deste princípio é o desvio da luz pela
gravidade. Se dispararmos um feixe de luz dentro de um elevador que sobe com
aceleração uniforme, para um observador ali presente, o feixe descreverá uma
trajetória curva.
Desta forma foi estabelecido, e posteriormente comprovado, que campos
gravitacionais ( matéria e energia) deformam o espaço.

Notícias

Foi através da observação de um eclipse, acontecido em 1919, na cidade de Sobral que


ficou comprovada a deformação do espaço devido a presença de matéria!

5.1 A busca pela resposta definitiva

A cosmologia utiliza a teoria da relatividade geral para responder a


pergunta: “ Como tudo começou?”. Na busca por essa resposta o estudo do
universo parece ser o caminho mais óbvio, e são alguns dados deste estudo que
são apresentados a seguir.

5.1.1 O universo em expansão

Em 1923, Edwin P. Hubble realizou medições provando que existiam outras


galáxias, além da nossa, povoando o universo.
Pouco tempo depois verificou que essas galáxias se afastavam de nós, com
uma velocidade diretamente proporcional a distância estimada. Imagine as

14
galáxias se afastando como se estivessem na superfície de um balão que estamos
inflando.
Se as galáxias estão se afastando umas das outras agora, significa, que em
algum momento do passado, elas deveriam ter estado muito próximas, da mesma
forma que um balão totalmente vazio. Uma regressão no tempo entre 10 e 15
bilhões de anos atrás, colocaria toda a matéria que hoje compõe o universo em
um único ponto. Vários cientistas do mundo inteiro investiram seus esforços para
delinear o que ficaria conhecido como teoria do Big-bang.

5.1.2 O Big-bang

Um ponto diminuto, supostamente com toda a matéria do universo, passaria


por um evento expansivo de dimensões avassaladoras. O universo teria inflado,
em uma fração de segundo, do tamanho de uma pequena semente de laranja
para, aproximadamente, o seu tamanho atual.
Quando o universo atingiu a idade de 1 microssegundo, era composto tão
somente por radiação a altíssimas temperaturas e algumas partículas
elementares, os quarks e os antiquarks. Com o passar do tempo ( ainda estamos
falando de minúsculas frações de segundo) estas partículas se aniquilaram,e os
poucos quarks que não se desintegraram foram se unindo em prótons e nêutrons,
originando, provavelmente, toda a matéria formadora dos corpos do universo. Aos
poucos o universo começou a esfriar, à medida que se expandia, a matéria
começou a surgir.
Num intervalo de tempo que foi, provavelmente, de 0,1 s até 3 minutos,
núcleos leves como os de hidrogênio e de hélio, começaram a se fundir a partir
dos prótons e nêutrons.
Durante os 300 mil anos que se seguiram a formação dos primeiros
núcleos, o universo poderia ser definido como um calmo mar de núcleos de
hidrogênio, hélio, elétrons livres e fótons. Durante essa fase, o universo continuou
em expansão, com sua temperatura baixando gradativamente. Quando o universo
atingiu a temperatura de cerca de 3000 K, os núcleos e os elétrons se
combinaram para formar átomos comuns, quase todos de hidrogênio. A
temperaturas cada vez mais baixas, e somente então, a tração gravitacional
começa a se tornar dominante e foi possível aos átomos iniciarem um processo de
aglutinação. É desse processo que se originaram as nuvens interestelares de gás
e poeira, os planetas, as estrelas e as galáxias que povoam, atualmente o nosso
universo.

6. Efeito Fotoelétrico

15
Nos últimos anos do século
XIX, experimentos demonstraram que
uma luz incidindo em determinadas
superfícies metálicas causava
emissão de elétrons por essa
superfície. Esse fenômeno é
conhecido como Efeito Fotoelétrico,
e os elétrons emitidos são chamados
fotoelétrons.
Fig. 6.1

As primeiras evidencias do efeito fotoelétrico foram obtidas por Heinrich


Hertz em 1887. Atualmente as células fotoelétricas ou fotocélulas (fig. 6.1) são
largamente usadas em diversos dispositivos eletrônicos, como fotômetro,
controles remotos, circuitos de segurança, etc.
Temos uma montagem típica para estudar este fenômeno (fig.6.1). Um tubo
de vidro, a vácuo, encerra um eletrodo negativo, o emissor (E), e um eletrodo
positivo, o coletor (C). Quando o conjunto fotocélula é colocado no escuro, o
amperímetro indica zero; não há corrente no circuito. Entretanto, quando uma
radiação monocromática de determinado comprimento de onda ilumina a placa E,
o amperímetro registra corrente, indicando um fluxo de cargas entre E e C. Esse
fluxo deve-se aos elétrons emitidos pela placa negativa E, que são coletados pela
placa positiva C.
O comportamento da corrente entre E e C depende da ddp aplicada à
fotocélula e da intensidade da luz usada, com mostra o gráfico abaixo. (fig.6.2)

Fig.6.2

A curva (1) representa a variação da corrente para luz com grande intensidade e a
curva (2), a variação da corrente para luz de pequena intensidade.
Para valores de UCE (ddp entre emissor E e o coletor C) suficientemente elevados,
a corrente atinge sua máxima intensidade e se estabiliza neste valor. Porém,
invertendo-se a polaridade da bateria, a intensidade da corrente entre E e C

16
diminui gradativamente, chegando a zero para UCE = - Uf. O valor Uf é denominado
potencial de freamento ou de corte.
Para valores negativos de UCE , isto é, no intervalo - Uf. < UCE < 0, os fotoelétrons
são repelidos pela placa C, que agora está negativa, diminuído assim o fluxo de
cargas entre E e C. Somente os elétrons ( craga elétrica de módulo e) que são
emitidos com energia cinética superior a e . UCE conseguem chegar a placa C.
Porém, o máximo valor possível para a energia cinética dos fotoelétrons é e . UCE,
uma vez que, quando UCE = - Uf. , os elétrons são totalmente freados. O valor de
Uf. é independente da intensidade da radiação iluminante usada.
A explicação correta para o efeito fotoelétrico foi dada por Albert Einstein
(1879- 1955), em 1905, mesmo ano da publicação da teoria da relatividade
especial. Como parte de uma publicação sobre a radiação eletromagnética, que
lhe valeu o prêmio Nobel em 1921. Einstein entendeu o conceito de quantização
para as ondas eletromagnéticas proposto por Planck. Admitiu que a luz e as
demais radiações eletromagnéticas deveriam ser consideradas coomo um feixe de
pacotes de energia, aos quais chamou fótons, cada um transportando uma
quantidade de energia E igual a h . f.
Na visão de Einstein, cada fóton cede toda sua energia h . f a um único
elétron do metal. Parte desta energia é usada para “desligar” o elétron do seu
átomo – energia de ligação. A essa parcela de energia ele denominou função de
trabalho do material, que representaremos por W. o restante da energia do fóton
incidente estará na forma de energia cinética do fotoelétron. Assim,

Ec = h . f – W

Lembrando que Ec = e . Uf

e . Uf = h . f – W (2)

Esta fórmula constitui a equação de Einstein para o efeito fotoelétrico.


Como h e e são constantes universais e W uma constante específica do material
usado como emissor, vemos que Uf é uma função do primeiro grau da freqüência
f da radiação iluminante. (fig 6.3)

O trecho pontilhado no gráfico


significa o trecho no qual não ocorre
fotoemissão. O valor f0 denominado
freqüência de corte, mostra que, para
que haja emissão de elétrons, os
fótons devem ter no mínimo energia h
. f0. O valor h . f0 é exatamente a
função de trabalho W do material
Fig.6.3 usado como emissor.
Veja alguns valores de W na tabela abaixo:

17
7. Roteiro para experiência sobre Efeito Fotoelétrico

Utilize o applet para responder às


seguintes perguntas:

• Qual a influência da variação da intensidade da luz incidente, sobre a placa,


para o efeito fotoelétrico?

• Qual a influência da variação da freqüência da luz incidente, sobre a placa,


para o efeito fotoelétrico?

• O material de que é feita a placa que recebe a luz incidente influencia na


energia dos fotoelétrons?

• Como é possível obter-se a energia desses fotoelétrons?

• Como é feita a detecção dos elétrons que são emitidos pela placa?

• Qual é a importância do conhecimento do efeito fotoelétrico para a


sociedade atual?

• Descreva o efeito fotoelétrico utilizando um vocabulário específico.

8. Dualidade Onda- Partícula

18
A teoria de Einstein para o efeito fotoelétrico nos dá uma forte evidência em
favor dos fótons ou partículas de luz. Estes fenômenos nos mostram que uma luz
de freqüência f, quando interage com a matéria, o faz como se fosse constituída
por partículas com energia h . f.
Entretanto, os fenômenos de difração e interferência só podem ser
explicados considerando a luz como uma onda. Essa aparente confusão levanta
uma questão crucial: “ Afinal, a luz é onda ou partícula?”
Se por um lado somente o modelo de fótons explica adequadamente o
efeito fotoelétrico, por outro, somente o modelo ondulatório explica a difração e a
interferência. Então, qual modelo é correto? A resposta é simples mas incômoda.
Devemos aceitar ambos os modelos! A verdadeira natureza da luz e das demais
radiações eletromagnéticas, não deve ser descrita apenas por um único modelo
teórico. As duas teorias completam-se mutuamente.
A luz tem uma natureza dual, isto é, ora apresenta características de onda
ora de partícula.
O enunciado a seguir é o do denominado princípio da complementaridade
de Bohr.

No nível quântico, ambos os aspectos, o corpuscular e o ondulatório, são


necessários para a descrição completa do sistema estudado.

Entretanto, apenas um desses aspectos é revelado numa experiência


isolada. O tipo de experiência realizada é que determina qual.
Entendendo melhor: um feixe de luz, vindo de um canhão laser,
propagando-se no laboratório de vê ser considerado onda ou um feixe de
partículas?
Esta pergunta só tem resposta se, de alguma forma, interagirmos com o
feixe. Se o interceptarmos com uma grade de difração, o feixe difratará,
apresentando comportamento de onda (fig.8.1a). Se o interceptarmos com uma
placa de material fotoemissor ( silício por exemplo), fotoelétrons serão emitidos,
apresentando comportamento corpuscular. (fig.8.1.b)

Fig.8.1

19
Nenhum dos modelos deve ser usado separadamente para descrever as
propriedades da luz. Uma descrição completa e correta do comportamento da luz
só é válida quando ambos os modelos são considerados.
Se a natureza da luz é, por si só, um conceito difícil de aceitar, mais
intrigante ainda é o fato de que também a matéria apresenta natureza dual!

Em 1923, em sua tese de


doutorado, o físico francês Louis
Victor Duque de Broglie (fig.8.2), ou
Luis de Broglie ( 1892-1987), como
ficou mais conhecido, lançou uma
idéia ousada e inovadora da Física:
“Se fótons apresentam
características de onda e de
partículas [...], se elétrons são
partículas mas também apresentam
características ondulatórias, talvez
todas as formas de matéria tenham
características duais de onda e de
Fig.8.2
partícula.”
Partindo dessa idéia, de Broglie sugeriu que partículas materiais também
apresentariam propriedades ondulatórias e, consequentemente, um comprimento
de onda característico, determinado pela sua quantidade de movimento. Tal
comprimento de onda denominado comprimento de onda de De Broglie
associado a partícula é dado por:

Λ=h/Q Λ=h/m.v

Em que h é constante de Planck.


Nessa fórmula fica evidente a natureza dual da matéria. O caráter
ondulatório é representado pelo comprimento de onda Λ, e o caráter corpuscular
pela quantidade de movimento m . v.
Até a época da sua formulação nenhuma experiência confirmava a hipótese
da dualidade.
A hipótese de De Broglie foi inicialmente encarada como mera
especulação. Seus opositores argumentavam que, se realmente a matéria tivesse
caráter dual, deveríamos esperar que elétrons, em condições adequadas,
sofressem difração ao passarem por fendas, fato que, até então, não se havia
observado.
Entretanto, em 1927, três anos após De Broglie publicar seu trabalho, C. J.
Davisson e L. H. Germer, cientistas dos Laboratórios Bell, usando um alvo de
níquel como rede de difração, mediram o comprimento de onda de elétrons
acelerado. Confirmando experimentalmente a teoria do físico francês, embora a
idéia original fosse derrubar a hipótese de De Broglie.

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Computação Quântica

Por mais estranho que pareça, o computador do futuro poderá ser “construído” com o
café de uma xícara. É isso mesmo. A molécula da cafeína é exatamente um dos
componentes fundamentais do computador quântico, um novo tipo de computador que
promete tudo o que já se fez nesse campo. Devido às suas propriedades físico-químicas
ela seria usada na fabricação dos biochips, microcircuitos que utilizam macromoléculas
como unidade de armazenamento de informações.
Freqüentemente surge uma nova tecnologia que permite que os limites de desempenho
dos atuais computadores sejam ultrapassados.da eletrônica a válvula até os atuais
componentes VLSI ( Very Large Scale Itegration), a velocidade dos avanços
tecnológicos parece só aumentar. Atualmente o segredo para melhorar o desempenho de
um computador é a miniaturização de seus componentes eletrônicos, como os diodos, os
transistores, os resistores e os capacitores que estão presentes nos microprocessadores e
nos microcircuitos. Essa continua redução de tamanho está chegando a seu limite. Se
tais componentes tornarem-se muito menores do que já são, fenômenos quânticos
passarão a interferir no seu funcionamento. Em 1982 Richard P. Feymann (1918-1988),
brilhante físico americano, entre outras contribuições à Física Moderna, imaginou um
computador quântico que usaria efeitos quânticos na busca de rapidez e precisão. Ele
não pode ser montado com diodos, transistores, etc., como os clássicos. Para montá-lo é
necessária uma nova tecnologia, ainda em desenvolvimento. Modelos estão sendo
continuamente testados em todo o mundo.

9. Modelos Nucleares

Nos tempos de Newton o átomo era apenas uma “esferinha” rígida e


indestrutível. Esse modelo foi uma excelente base para o desenvolvimento da
teoria cinética dos gases. Entretanto, outros modelos foram sendo criados a
medida que certos experimentos revelavam a natureza elétrica do átomo. J. J.
Thomson (1856-1940) sugeriu um modelo no qual os elétrons com cargas
negativas estariam distribuídos uniformemente, mais ou menos como sementes
numa melancia, em um grande volume de carga positiva, tornando o átomo
eletricamente neutro. (fig.9.1)
Em 1911 o físico inglês Ernest
Rutherford (1871-1937)(fig.9.2) e
seus alunos Hans Geiger e Ernest
Marsden realizaram um experimento
que derrubou o modelo de Thomson.
Partículas alfa, emitidas por núcleos
radioativos, lançadas contra uma fina
Fig.9.1 folha de ouro, passavam em sua
maioria através desse material como
se estivessem no vazio. Algumas
eram violentamente desviadas de sua

21
trajetória após passarem pela folha, e
uma pequena parcela era defletida no
sentido contrário ao de seu
movimento original.
Os resultados destas
experiências levaram Rutherford a
criar um novo modelo, formada por
uma parte positiva localizada numa
região relativamente pequena no
Fig.9.2 centro do átomo, a que chamou
núcleo, e por uma parte negativa
constituída pelos elétrons, ocupando
uma vasta região externa envolvendo
o núcleo, conhecida até hoje como eletrosfera. Para garantir a estabilidade do
átomo os elétrons em movimento ao redor do núcleo, em órbitas circulares, de
maneira semelhante a dos planetas ao redor do Sol. Esse modelo ficou conhecido
como modelo planetário do átomo.
Porém havia um sério problema com o modelo de Rutherford. Os elétrons
em órbita estão sujeitos a uma aceleração centrípeta e, de acordo com a teoria de
Maxwell, cargas aceleradas emitem radiação, perdendo energia. Nesse caso, os
átomos estariam continuamente emitindo radiação e. o que é mais grave, os
elétrons deveriam “cair” sobre o núcleo, provocando o colapso da matéria.
(Fig.9.3)

Fig.9.3

Era preciso aperfeiçoar o modelo.


Em 1913, para escapar da teoria da contínua emissão da radiação dos
átomos, Niels Bohr (1885-1962), (fig.9.4) físico dinamarquês, admitiu que a teoria
de Maxwell não se aplicaria a sistemas em escala atômica. Utilizando a idéia da

Fig.9.4

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quantização de Planck, postulou que no átomo os elétrons estão confinados
em certos níveis estáveis de energia, nos quais não há emissão de radiação.
Esses níveis de energia forma chamados de estados estacionários de
energia. Ao passar de um nível “inferior” para outro “mais elevado”, o elétron
absorve energia do meio externo, em quantidade estritamente suficiente para isso.
(Fig.9.5a) Ao retornar ao nível original, o elétrons libera esta energia na forma de
radiação (Fig.9.5b)
No modelo de Bohr o átomo é quantizado.

Fig.9.5

10. Exercícios

1 (PUC-RS) Considere as seguintes afirmações sobre o efeito fotoelétrico.

I. O efeito fotoelétrrico consiste na emissão de elétrons por uma superfície


metálica atingida por uma radiação eletromagnética.
II. O efeito fotoelétrico pode ser explicado satisfatoriamente com a adoção
de um modelo corpuscular da luz.
III. Uma superfície metálica fotossensível somente emite fotoelétrons
quando a freqüência da luz incidente nessa superfície excede um certo
valor mínimo que depende do metal.
Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

2 (UFRGS) A experiência de Rutherford, na qual uma lâmina delgada de ouro foi


bombardeada com um feixe de partículas, levou a conclusão de que:

a) a carga positiva do átomo está uniformemente distribuída no seu volume.


b) a massa do átomo está uniformemente distribuída no seu volume.

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c) a carga negativa do átomo está concentrada em um núcleo muito pequeno.
d) a carga positiva e quase toda a massa do átomo estão concentradas em
um núcleo muito pequeno.
e) Os elétrons, dentro do átomo, movem-se somente em certas órbitas,
correspondentes a valores bem definidos de energia.

3 (UFRGS) O dualismo onda-partícula refere-se a características corpusculares


presentes nas ondas luminosas e a características ondulatórias presentes no
comportamento das partículas, tais como o elétrons. A natureza nos mostra que
características corpusculares e ondulatórias não são antagônicas mas, sim,
complementares. Dentre os fenômenos listados, o único que não está relacionado
com o dualismo onda-partícula é:

a) o efeito fotoelétrico.
b) a ionização de átomos pela incidência da luz.
c) a difração de elétrons.
d) o rompimento de ligações entre átomos pela incidência da luz.
e) Propagação, no vácuo, de ondas de rádio de freqüência média.

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11. Referências

AZINARO, Carlos Magno. Física: Ciência e Tecnologia. São Paulo, v. único,


Moderna, 2001.

RAMALHO JUNIOR, Francisco. Os Fundamentos da Física / Francisco Ramalho


Junior, Nicolau Gilberto Ferraro, Paulo Antônio de Toledo Soares – 8. ed. rev. e
ampl. – São Paulo: Moderna, 2003

CABRAL, FERNANDO. Física 3 / Alexandre Lago – edição 2004. v. 3 – São


Paulo: Harbra, 2004.

Hawking, Stephen. O UNIVERSO NUMA CASCA DE NOZ / Stephen Hawking;


tradução de Ivo Korytowski – 5. ed. – São Paulo : Arx. 2002

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