Cartilha Informativa Orientacao para Pais e Maes
Cartilha Informativa Orientacao para Pais e Maes
Cartilha Informativa Orientacao para Pais e Maes
Autores ALESSANDRA TURINI BOLSONI SILVA EDNA MARIA MARTURANO FABIANE FERRAZ SILVEIRA
Introduo
O presente trabalho desenvolvido a partir do referencial da Anlise do Comportamento, enquanto cincia, e da sua filosofia, Behaviorista Radical (Skinner, 1953/1993, Silvares, 1991). H tambm a influncia do campo terico-prtico do Treinamento de Habilidades Sociais (THS) no que diz respeito a habilidades sociais aplicveis s prticas educativas parentais (Del Prette & Del Prette, 1999, Del Prette & Del Prette, 2001).
Pais e mes procuram atendimento especialmente para resolver problemas de comportamento, em geral birras e agressividades dos filhos, os quais tm sido foco de muitos estudos de interveno (Brestan, & cols., 1999, Dishion, & Andrews, 1995, Gomide, 2001, Jouriles, & cols., 2001, Marinho, 1999, McMahon, 1996, Rocha, & Brando, 1997, Ruma, & cols., 1996, Sanders, & cols., 2000,Webster-Stratton, 1994). Problemas de comportamento parecem ser multideterminados, isto , dificilmente ocorrem devido a uma nica varivel e parecem ocorrer com maior freqncia quanto mais fatores de risco estiverem combinados e/ou acumulados (de Oliveira, 1998, Kinard, 1995, Patterson, Reid, & Dishion, 2002). Dentre os fatores que poderiam favorecer o surgimento e/ou a manuteno destas dificuldades encontram-se as prticas educativas parentais (Conte, 1997, Kaiser, & Hester, 1997, Loeber, & Hay, 1997; Patterson, DeBaryshe, & Ramsey, 1989; Patterson, & cols., 2002, Webster-Stratton, 1997).
Patterson e cols. (2002) apontam como crucial que os pais e as mes ensinem a seus filhos a obedecer, pois encontraram problemas de comportamento mais freqentemente em filhos que no eram capazes de obedecer. Pacheco, Teixeira e Gomes (1999) tambm sugerem que a exigncia parental e a responsividade s necessidades dos filhos parecem evitar o surgimento e a manuteno de tais dificuldades. Assim, pode-se concluir que a habilidade de estabelecer limites muito importante; por outro lado, no se deve esquecer que, como apontam Pacheco e cols. (1999), os pais e as mes precisam ser responsivos s necessidades de seus filhos, isto , devem garantir tambm o afeto, a ateno e o carinho, bem como procurarem formas no agressivas de estabelecer limites.
O presente material refere-se primeira verso de uma cartilha que foi elaborada, a partir de estudos previamente conduzidos (Bolsoni-Silva, 2003, BolsoniSilva, Del Prette & Oishi, 2003, Bolsoni-Silva & Del Prette, 2002, Bolsoni-Silva & Marturano, 2002, Silva, 2000, Silva, Del Prette & Del Prette, 2000) e a partir da literatura da rea (Del Prette & Del Prette, 1999, Del Prette & Del Prette, 2001). Tem por objetivo ser utilizada nas sesses de intervenes junto a pais e a mes interessados em discutir questes relacionadas interao pais-filhos. Est organizada por um conjunto de temas seguindo a seqncia cronolgica com que trabalhado na interveno. Busca ser ao mesmo tempo informativa, didtica e ilustrativa, ainda que apenas sirva de apoio para o terapeuta discutir questes relacionadas s dificuldades encontradas pelos participantes, a partir de seus relatos.
Eu estou em dvida sobre qual vestido colocar, qual deles eu deveria usar para ir festa?
Bom dia filho! Gostei muito da ajuda que voc me deu hoje.
Oferecer algo
sempre necessrio olhar para o filho enquanto estiver falando com ele, mostrando-se interessado e agradvel. Vamos imaginar: nossos filhos se aproximam e a gente fica olhando para cima, como ficaria a interao? A postura tambm importante (mais prxima, mais distante), bem como o tom de voz. Sempre sorria.
ATENO
TODOS ESSES COMPONENTES NO-VERBAIS SO IMPORTANTES PARA GARANTIR UMA BOA COMUNICAO!!!
DIFERENTES FUNES
pedido
sugesto
Voc poderia arrumar seu quarto como combinamos?
ordem
A forma mais competente de fazer e responder as perguntas depender dos objetivos, da leitura do contexto e das demandas presentes importante: considerar o tipo de resposta que se est esperando adequar a pergunta ao contexto adequar o vocabulrio da pergunta s caractersticas do vocabulrio do(a) filho(a) fazer uma pergunta de cada vez dar tempo para que o(a) filho(a) tenha chance de responder Ouvir a resposta atentamente
ATENO
Vimos no encontro anterior a importncia de criar um ambiente agradvel e de confiana em casa, para que as crianas se sintam acolhidas e possam aumentar a probabilidade de contato e comunicao entre pais e filhos. Muitas vezes difcil criar este ambiente agradvel, pois h momentos de brigas e de desobedincias em que sentimos raiva do que nossos filhos fazem, e este sentimento natural porque o que sentimos est relacionado ao que ocorre no ambiente e s mudanas que ocorrem nele. Contudo, possvel construir tal ambiente favorvel, atravs da expresso de amor e afeto. Os pais e as mes podem comear esta tarefa e dar modelos para as crianas, uma vez que elas aprendem tambm vendo os adultos se comportarem.
s vezes, h dificuldade em dizer que sentimos amor ou agrado por algum. Por exemplo, quando as pessoas nos tratam mal, nos castigam, diminui a probabilidade da expresso de amor e acaba havendo um distanciamento; difcil sentir amor ou agrado por algum que no gostamos. Sendo assim, tratando bem os nossos filhos, eles vo se sentir vontade para dizer que gostam dos pais, porque realmente vo gostar deles. Para muitas pessoas o ouvir ou receber expresses positivas sinceras como um elogio ou um agradecimento, alm de possibilitar uma interao muito agradvel e significativa, tambm fortalece e torna profunda a relao entre as pessoas.
ESTRAGAMOS AS CRIANAS?
Qualquer comentrio positivo em direo a uma pessoa ou a alguma coisa feita por ela.
ELOGIAR
Precisa ser sincero. CUIDADO!! Precisa saber muito bem sobre o que, a quem, como e quando elogiar
Hoje voc terminou sua tarefa como combinamos e fez direito, prestando ateno s pontuaes.
Voc lavou direito a loua hoje; os copos ficaram bem limpos porque voc usou detergente.
FEEDBACK POSITIVO
O feedback permite que a pessoa que est sendo ensinada perceba como se comporta e como esse comportamento afeta seu interlocutor
Os Direitos Humanos constituem-se por 30 artigos, sendo que vrios deles esto relacionados, direta ou indiretamente s relaes interpessoais. Tais artigos tem como pressuposto o fato de todos serem iguais em dignidade e direitos. Ns temos direitos bsicos que devemos fazer com que sejam respeitados pelos nossos filhos, da mesma forma eles tambm possuem esses direitos e devemos respeit-los. Nas relaes sociais com nossos filhos, nem os pais nem os filhos, devem possuir privilgios exclusivos, porque as necessidades e os objetivos de cada pessoa tem de ser valorizados de forma igual.
PROVOCAO:
Para exemplificar importante nos atentarmos para a questo da obedincia. Ser que importante fazer com que a criana sempre obedea, sem colocar a sua opinio, sem ser ouvido?
A lista de direitos humanos bsicos resumida, abaixo, vem para auxiliar e servir como recurso para reflexo deste assunto. 1. O direito de ser tratado com respeito e dignidade. 2. O direito de recusar pedidos (abusivos ou no) quando achar conveniente. 3. O direito de mudar de opinio. 4. O direito de pedir informaes. 5. O direito de cometer erros por ignorncia buscar reparar as faltas cometidas. 6. O direito de ter suas prprias necessidades e consider-las to importantes quanto as necessidades dos demais. 7. O direito de ter opinies e express-las. 8. O direito de ser ouvido e levar a srio. 9. O direito de estar s quando desejar. 10. O direito de fazer qualquer coisa desde que no viole os direitos de alguma outra pessoa. 11. O direito de defender aquele que teve o prprio direito violado. 12. O direito de respeitar e defender a vida e a natureza. Obs.: Uma primeira habilidade para se tornar socialmente habilidoso aprender a definir e identificar os direitos humanos bsicos. Lista retirada de Del Prette e Del Prette (1999)
DISCORDNCIA
Temos dificuldades?
Expressar opinies uma habilidade muito importante, pois, atravs dela construmos relaes de confiana, honestas e saudveis; Ns temos autoridades em relao aos nossos filhos e como ser que estamos nos comportando em relao a isso? Uma forma de pensar tentar identificar se nossos filhos sentem-se vontade para expressarem as suas opinies e, nestes casos, o que fazemos.
DISCORDNCIA
Valores
Fatos da vida
Filosofia de vida
Quando discordamos de alguns valores, crenas, vises de mundo, deve ficar bem claro o que que se est falando, de forma a evitar longas discusses que no levaro a nada. Por exemplo, se estamos discutindo com um amigo sobre religio, sendo que cada um tem uma concepo diferente, provvel que cada um v defender a religio que segue para argumentar. No h verdade absoluta. Por exemplo, o que estamos dizendo hoje para vocs, enquanto cincia e psicologia, amanh pode no ser mais verdade, pois a cincia dinmica e a todo tempo estamos descobrindo coisas novas. Por isso no h problemas em mudar de opinio, no estaremos nos ferindo, pois as verdades so de fato relativas e construdas na nossa histria. Em outras palavras, algumas coisas podem ser verdades para mim e no ser para outras pessoas.
O QUE FAZER? OUVIR A OPINIO DO OUTRO ATENTAR PARA O CONTEDO DA FALA DIZER NO COM EXPLICAO
necessrio lidar com as divergncias sem deixar de lado os princpios do direito liberdade de expresso e do respeito s diferentes opinies. No se trata de convencer o outro ou desqualific-lo, mas de apresentar as idias sustentando-as, sempre que possvel, com fatos, acontecimentos e referncias, dando a ele a oportunidade de fazer o mesmo.
COMPORTAMENTO HABILIDOSO
Expresso de sentimentos Expresso de pensamentos Saber falar e saber ouvir Garantir tom de voz baixo e palavras no ofensivas
CONSEGUE RESOLVER PROBLEMAS CONSEGUE EVITAR PROBLEMAS FUTUROS CONSEGUE, EM GERAL, PREVERVAR BONS RELACIONAMENTOS
Eu no gostei da forma como voc falou comigo Gostaria que voc me ajudasse com as tarefas
Evita expressar sentimentos Evita expressar pensamentos No nos defendemos por temermos prejudicar o relacionamento Fazemos algo contra nossa vontade
PODE SER EXPLORADO NO CONSEGUE RESOLVER PROBLEMAS DE FORMA DURADOURA PODE SOMATIZAR
Ah, tudo bem, vou fazer, vou reorganizar minha agenda No tenho nada a dizer a respeito
PODE ATINGIR SEUS OBJETIVOS IMEDIATOS NO CONSEGUE RESOLVER PROBLEMAS DE FORMA DURADOURA PREJUDICA O RELACIONAMENTO
Eu estou mandando, faa desta forma Se voc no fizer o que eu quero, no gosto mais de voc
Conduta no verbal Olhos para baixo, voz baixa, vacilaes, gestos desvalidos, negando importncia situao, postura inadequada, pode evitar totalmente a situao, retorce as mos, to vacilante ou de queixa, risinhos falsos. Conduta verbal Suponho, Me pergunto se poderamos, Te importaria muito, Somente, No crs que, Ehh, Bom, Realmente no importante, No fique chateado. Efeitos Conflitos interpessoais Depresso Desamparo Imagem pobre de si mesmo Perda de oportunidades Tenso Se sente sem controle Solitrio No gosta de si mesmo, nem dos demais Se sente aborrecido
Conduta no verbal Contato o cular direto, nvel de voz conversacional, fala fluida, gestos firmes, postura ereta, mensagens na primeira pessoa, verbalizaes positivas, respostas diretas situao, mos soltas.
Conduta no verbal Olhar fixo, voz alta, fala fluida/rpida, enfrentam ento, gestos de ameaa, postura intimidatria, mensagens impessoais.
Conduta verbal Conduta verbal Penso, Sinto, Quero, Faamos, Como Faria melhor em, Faa, Tem pode resolver isso?, O que pensas, O que cuidado, Deve estar querendo me enganar, No sabe, te parece?. Deveria, Mal. Efeitos Resolve os problemas Se sente a vontade com as pessoas Se sente satisfeito Sesente a vontade consigo mesmo Relaxado Se sente com controle Cria e fabrica a maioria das oportunidades Gosta de si e dos demais bom para si e para os demais Efeitos Conflitos interpessoais Culpa Frustrao Imagem pobre de si mesmo Causa danos nos demais Perde oportunidades Tenso Se sente sem controle Solitrio No gosta dos demais Se sente aborrecido
Imagine que seu filho quebrou um vaso que voc gosta muito. provvel
e natural que voc sinta raiva, tristeza, entre outros SENTIMENTOS NEGATIVOS. No entanto, a forma de express-los pode ocorrer de vrios modos, atravs de brigas, agresses ou dizer que no gostou do que ele fez e o porqu.
comportou de maneira inadequada que no gostamos, mas sim, da MANEIRA COMO ELA AGIU. Devemos tambm identificar quais os SENTIMENTOS NEGATIVOS que esse comportamento nos gerou. Quando esses dois aspectos so identificados (o comportamento inadequado e os sentimentos negativos), aumentam as chances de que haja menos descontrole emocional e que consigamos expressar nossos sentimentos atravs de CONVERSAS ADEQUADAS e no brigando ou batendo.
Passo
Passo
3. Especificar de forma concreta, que comportamento voc quer que seu filho mude. Pea um ou dois comportamentos que no sejam muito difceis. importante perguntar se ele concorda com a sua opinio e tentar chegar a um acordo.
Passo
Passo 1: Quando voc baguna o seu quarto... Passo 2: Me sinto mal, fico triste porque estava tudo arrumado... Passo 3: Eu gostaria que a gente chegasse a um acordo bom para ns dois. Se voc quer brincar no quarto, tudo bem, mas eu gostaria que voc, ao terminar de brincar, guardasse seus brinquedos e deixasse o quarto em ordem. Passo 4: Desta forma eu no tenho que arrumar muitas vezes por dia, assim no fico nervosa e por outro lado, voc tambm fica contente porque pode brincar quanto quiser e fica com o quarto arrumadinho.
Fazer
pedidos inclui o pedir favores, pedir ajuda e pedir aos filhos que mudem seu comportamento. O pedido deve ser feito de maneira habilidosa e em um momento apropriado, para aumentar as chances do filho atend-lo.
Devemos pedir FAVORES NECESSRIOS, evitando pedir os desnecessrios , pois podemos ofender nosso filho e demonstrar pouco interesse pelos seus direitos. s vezes achamos que nossos filhos sabem o que queremos deles sem precisar dizer, mas isso no verdade, ns precisamos DIZER A ELES o que queremos. Pode acontecer do filho no entender o pedido que voc fez, neste caso, preciso REPETIR O PEDIDO uma ou mais vezes, de forma clara, para que ele possa entender. Obs.: no se esquea de agradecer quando ele te obedecer.
Nesta situao, um nico pedido para que ele reconsidere sua posio adequado, mais que isso, no.
RECUSE O PEDIDO, apropriado no fazer novos pedidos, porque assim voc respeita o direito dele DIZER NO.
No devemos fazer
estaria atendendo o pedido de boa vontade e sim porque se sentiu obrigado a fazer, o que pode prejudicar a interao entre pais e filhos.
a) ser direto; b) no se desculpar e sim justificar; c) tem que estar preparado para ouvir tanto um no como um sim, e respeitar o direito da outra pessoa em diz-lo.
RECUSAR OS PEDIDOS dos nossos filhos significa dizer no quando necessrio, de forma a no se sentir mal por diz-lo. importante dizer no por vrias razes: a) evita que a gente entre em situaes que no gostaramos de entrar, b) nos ajuda a evitar situaes em que queiram se aproveitar de ns, ou que queiram nos manipular para fazermos o que no queremos, e c) nos permite tomar nossas prprias decises. As recusas apropriadas devem ser acompanhadas de razes e nunca de desculpas. Sempre DIGA A VERDADE, pois assim ele compreender melhor a recusa e no ficar com raiva de voc!
RAZES: No posso ir ao circo com voc porque ainda no recebi meu pagamento e assim no tenho dinheiro. Quando eu receber, eu vou ao circo com voc com prazer.
DESCULPAS:
desabafo, da ofensa e da acusao. Trata-se de uma habilidade que requer alguns cuidados, tais como: dirigir-se diretamente pessoa, excluindo aqueles que no esto diretamente envolvidas com a situao; referir-se ao comportamento e no pessoa em si; controlar a desabafo; emoo excessiva, evitando o tom de
Uma estratgia para fazer crticas, conhecida comoTcnica do Sanduche, que consiste em: iniciar a crtica descrevendo ALGUMA COISA POSITIVA DO COMPORTAMENTO do outro para, em seguida, referir-se a ALGO NEGATIVO e encerrar com NOVA REFERNCIA POSITIVA.
la, rejeit-la ou, simplesmente, ignor-la. Se a crtica atende a todos os critrios acima, ela DEVE SER ACEITA como uma tentativa de ajuda por parte da outra pessoa. Se ela NO FOR VERDADEIRA, ela deve ser rejeitada. Se ela for verdadeira, mas no for adequada quanto FORMA, OCASIO OU OBJETIVO, pode-se aceitar seu contedo, esclarecendo pessoa que a fez, quanto sua inadequao nos demais aspectos.
Exemplos: Peo-lhe desculpas pelo que fiz, ou espero que voc me desculpe pelo que disse. No preciso incluir justificativas do tipo: Eu falei dessa forma porque voc tambm havia....
aos filhos quais comportamentos so considerados ADEQUADOS e quais so considerados INADEQUADOS. Pais e mes podem servir de MODELOS aos filhos, incentivando os comportamentos adequados. Entretanto, muitos comportamentos dos pais tambm podem estimular, inadvertidamente, comportamentos INDESEJVEIS dos filhos.
ao estabelecerem limites.
Insistncia Filho vai tomar banho, filho vai tomar banho, filho vai tomar banho....
Agresso
de
Fazer nada
Quando os pais continuam lendo seu jornal enquanto a criana sobe em cima do sof ou da mesa, por exemplo, fornecem um modelo de abandono.
Exagero
Explicaes Exageradas: voc precisa escovar os dentes porque seno viro umas bactrias, comero o resduo alimentar, formaro uma placa bacteriana, fazendo um buraco que a crie. Voc sentir dor e teremos que ir a um dentista que ir obturar o dente. As explicaes so importantes, mas devem ser dadas com simplicidade e objetividade, na medida da curiosidade da criana.
Zanga Prolongada: periodicamente os pais voltam ao assunto, mesmo que ele no esteja no contexto, fazendo uso da situao para que a criana se sinta culpada pelo que fez, vitimando a autoridade.
Zanga
Entidades
Nomear Entidades: comum os pais utilizarem-se de situaes que provoquem medo para frear a criana ou para passarem sua responsabilidade a outro: O homem do saco vai te pegar; Quando seu pai chegar voc vai ver.
Chantagem
Se voc arrumar a cama, ganha um doce. Assim os pais fortalecem a insegurana da criana e acabam demonstrando que aquilo a que ela ir se submeter to insuportvel, que precisa ser aliviada para conseguir suportar. Alm disso, abre caminho para que a criana utilize a chantagem para obter aquilo que deseja. A criana pode ser confortada e sentir que o outro est junto dela, mas no precisa ser subestimada nem super valorizada, mas sim, cuidada. Ameaar o filho com a perda do amor ou abandono: Vou embora e vou deixar voc a, vai ficar sozinho. Nada mais cruel e danoso para a criana que faz de tudo para obter o amor dos pais e sentir-se valorizada. Comparaes ou comentrios negativos na presena de outros: O filho do fulano no est chorando... Refora a insegurana da criana, no contribui com a sua auto-estima, faz com que se sinta desconsiderada e sem condies de se defender. Ser claro no comentrio, tira a culpa da criana e ajuda no estabelecimento de limites.
Abandono
Comparaes
Como lidar com os comportamentos que incomodam, que so indesejados?... Ns temos trs possveis sadas: puni-los, ignor-los ou pedir mudana de comportamento.
A punio funciona. Mas e no outro dia? Ser que a criana nunca mais far o comportamento que voc puniu?
comportamento quando a punio INTENSA, mas muitas vezes POR POUCO TEMPO, o que faz com que os pais voltem a punir cada vez com mais INTENSIDADE. Alm de correr o risco de aps um tempo a criana voltar a emitir o comportamento punido, podem ocorrer PREJUZOS AFETIVOS para o RELACIONAMENTO ENTRE PAIS E FILHOS.
A criana pode
DEIXAR
DE
EMITIR
o for
Alguns comportamentos de menor importncia podem ser IGNORADOS. Claro que s vezes a gente tem dificuldade de ignorar os comportamentos perturbadores, mas devemos sempre manter a calma e dizer s crianas, de forma HABILIDOSA, que queremos que elas MUDEM DE COMPORTAMENTO.
O comportamento inadequado quando ignorado, tende a se ENFRAQUECER e SUMIR, caso o objetivo seja chamar a ateno. No entanto, importante DAR ATENO para BONS COMPORTAMENTOS, o que evita que a criana volte a fazer coisas INDESEJADAS.
Os pais devem sempre incentivar seus filhos cada vez que eles agem de maneira desejada, atravs de elogios, ateno e expresso de afeto, pois assim faro com que estes comportamentos adequados ocorram novamente.
Mas ser que dizer ao seu filho que determinado comportamento dele indesejado suficiente para que ele saiba o que deve fazer em situaes semelhantes?
que os filhos passem a se comportar de maneira desejada, os pais podem pedir mudana de comportamento, seguindo os seguintes passos:
Para
1) 2)
Descrever INADEQUADO;
para
criana
comportamento que os
3) Propor para ela uma ALTERNATIVA de como se 4) Descrever as CONSEQNCIAS POSITIVAS que o filho
ter caso se comporte da forma como voc props.
Podemos
EX: se estamos fazendo uma tarefa e nosso filho no nos d sossego, podemos dizer a ele que v brincar em seu quarto que depois ns vamos brincar com ele. Mas, se no cumprirmos nossa promessa, possvel que da prxima vez que a gente fizer esse pedido, ele no cumpra.
Consideraes Finais
As informaes contidas nesta cartilha podem ser utilizadas na interao com os filhos, mas tambm podem ser aplicadas, com alguma adaptao, a outras interaes, tais como: famlia de origem, relacionamento conjugal, trabalho e amigos. Por vezes torna-se difcil aplicar todos estes conceitos nas interaes sociais, mas persistindo e os adaptando sua prpria vida que resultados podero ser atingidos e mantidos ao longo do tempo. Lembre-se: reveja sempre que necessrio os temas e no desista, ainda que seja difcil aplicar e ainda que voc no consiga todos os seus objetivos na primeira tentativa.
Referncias bibliogrficas