1) O documento discute os efeitos específicos da condenação criminal previstos no artigo 92 do Código Penal brasileiro, como a perda de cargo público.
2) Argumenta que a cassação da aposentadoria não está prevista no artigo 92 e não pode ser considerada um efeito da condenação, já que a aposentadoria é um direito adquirido após anos de contribuição.
3) Defende que só podem ser aplicados os efeitos expressamente previstos em lei, de acordo com o princípio da legalidade.
1) O documento discute os efeitos específicos da condenação criminal previstos no artigo 92 do Código Penal brasileiro, como a perda de cargo público.
2) Argumenta que a cassação da aposentadoria não está prevista no artigo 92 e não pode ser considerada um efeito da condenação, já que a aposentadoria é um direito adquirido após anos de contribuição.
3) Defende que só podem ser aplicados os efeitos expressamente previstos em lei, de acordo com o princípio da legalidade.
1) O documento discute os efeitos específicos da condenação criminal previstos no artigo 92 do Código Penal brasileiro, como a perda de cargo público.
2) Argumenta que a cassação da aposentadoria não está prevista no artigo 92 e não pode ser considerada um efeito da condenação, já que a aposentadoria é um direito adquirido após anos de contribuição.
3) Defende que só podem ser aplicados os efeitos expressamente previstos em lei, de acordo com o princípio da legalidade.
1) O documento discute os efeitos específicos da condenação criminal previstos no artigo 92 do Código Penal brasileiro, como a perda de cargo público.
2) Argumenta que a cassação da aposentadoria não está prevista no artigo 92 e não pode ser considerada um efeito da condenação, já que a aposentadoria é um direito adquirido após anos de contribuição.
3) Defende que só podem ser aplicados os efeitos expressamente previstos em lei, de acordo com o princípio da legalidade.
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A INTERPRETAO DO ARTIGO 92 DO CDIGO
PENAL. EFEITOS ESPECFICOS DA
CONDENAO.PERDA DE CARGO-CASSAO DE APOSENTADORIA. ELIANE ALFRADIQUE Juza de Direito no Rio de Janeiro Mestre em Direito Constitucional Doutorada em Direito Penal e Processual Penal UGF/RJ O artigo 92 do Cdigo Penal indica quais os efeitos da condenao criminal que dependem de declarao judicial: a perda de cargo, funo pblica ou mandado eletivo; a incapacidade para o exerccio do ptrio poder, tutela ou curatela; e a inabilitao para dirigir veculo. Tais efeitos eram considerados antes da Reforma Penal de 1984, como "penas acessrias. A lei exige taxativamente que os efeitos, caso aplicados, constem da sentena ou acrdo, fundamentadamente.Quer dizer que no bastam os requisitos objetivos previstos (crime funcional e pena superior a quatro anos; crime contra filho; tutelado ou curatelado, punvel com recluso; utilizao de veculo como meio para prtica de crime doloso); cumpre examinar a convenincia no caso concreto, j que estas sanes jurdicas "no guardam cunho (ndole) retributivo e esto presididas pela finalidade de preveno, medida que inviabilizam a manuteno de situaes que propiciam a prtica de fatos delituosos. Quanto perda de cargo ou funo pblica efeito de natureza administrativa da condenao criminal. A perda do mandado eletivo tem natureza poltica. Em ambos os casos cabvel a declarao judicial desses efeitos. A aplicao com resultado prtico desses efeitos da condenao no automtico, nem depende to somente desses elementos objetivos. Ao motivar obrigatoriamente a imposio de perda de cargo, funo ou mandato eletivo, o juiz tem que fundamentar na sentena ou acrdo, para fazer valer to grave sano, sob pena de nulidade da decretao de qualquer das penalidades elencadas no art. 92. Realamos que os efeitos do art. 92 do CP so de natureza administrativa, portanto prescritveis (Lei n 7209/84). Quando esses efeitos eram considerados penas acessrias at a reforma legislativa de 1984, os efeitos da condenao eram imprescritveis. Impende ressaltar que tais sanes so numerus clausus, taxativas, no se permitindo ampliao, como, alis, querem dar ao art. 92. Por exemplo, cito a cassao de aposentadoria. No efeito da condenao. Impossvel acrescer ao art. 92 pena no prevista pelo legislador. Se assim o fosse, estaria a Administrao Pblica legislando, indo alm dos saltos. A aposentao direito conquistado a cada dia de servio prestado durante anos de contribuio Instituto de Previdncia. A cada dia de trabalho na fase adulta do homem, adiciona-se mais um desconto em folha de pagamento, at completar tempo para chegar aposentao. Cassar a 1 aposentadoria j constitui ato de extrema crueldade com o cidado. A aposentadoria no pertence Administrao, a ela pertence o direito de decretar a perda de cargo, funo, mandado eletivo, o mais direito conquistado duramente depois de 30 ou 35 anos de servio. Ademais, h que a Administrao se ater lei pertinente. Dela no poder se eximir. Citamos, v.g, a LOMAN (Lei Orgnica da Magistratura) que no prev em seu art. 42, a cassao de aposentadoria. Como a Lei que rege o Ministrio Pblico, que admite textualmente a prescrio dessa cassao. A Lei que rege os Procuradores do Estado outro exemplo. A Lei Federal n 8.11!"#, a que se su$ordinam os %uncion&rios p'$licos em geral, que pre() a cassao da aposentadoria, sem dispor so$re a prescrio do e%eito da cassao, entendo*a inconstitucional e nosso entendimento se $aseia em %atos l+gicos. A uma, por se tratar de desconto mensal realizado pelo beneficirio, cumulativo, de contribuies a uma instituio durante certo e longo tempo. A duas, porque no tem a Administrao interveno nesta esfera, ultrapassa sua atribuio ou competncia, ingerindo-se numa rea que no lhe pertence por direito; no lhe cabe, no lhe toca. A Administrao pode decretar a perda de cargo (sempre fundamentadamente na sentena ou acrdo), funo pblica, mandato eletivo, mas ir alm negar todo arcabouo jurdico, toda a lgica jurdica, cujo relevo est pr-figurado na Constituio da Repblica, que tenta ser protetora dos direitos e garantias individuais. Alm disso, o Cdigo Penal Brasileiro tutor das penalidades e especificamente no artigo 92, no prev essa expiao. Urge uma Reforma Legislativa em relao ao assunto, o que sugerimos por absoluta propriedade, de perdido o cargo, a funo, o mandado eletivo, resta a quem contribuiu para um Instituto Previdencirio durante uma vida inteira, que mantenha a sua remunerao a ttulo de inatividade. Cumpre observar que os efeitos da condenao criminal decorrem de lei. Embora se produzam na esfera das relaes extrapenais, tratam-se de efeitos penais, porque previstos na lei penal. Inegvel sua natureza constrangedora, acarretando restrio ou perda de direitos. Por isso mesmo que o rol o arti!o 92 ta"ativo# sendo vedado ao Juiz da condenao estender o significado da lei penal, que tem, na taxatividade e certeza, corolrios do princpio da legalidade. Afronta o princpio da reserva legal, de histrica previso em nosso ordenamento constitucional e infraconstitucional, haja vista a regra do artigo 1 do Cdigo Penal, que assim estabelece: No h crime sem lei anterior que o defina. No h pena sem prvia cominao legal. (grifamos) O jurista Dalmo Dallari 1 , considera que " s podem ser aplicadas as penas previstas na lei penal, como priso e multa, e, que a cassao da aposentadoria no pena prevista na lei penal.E, nem se diga que sucedneo da perda de cargo, pois no admitida a interpretao extensiva com o fim de gerar prejuzo para a parte. 1 DALMO DALLARI, Previdncia e Dignidade Humana", In: Previdncia ou Imprevidncia, Porto Alegre: AJURIS, 2001. 2 No destoam as opinies de MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO 2 , DIGENES GASPARINI 3 e LUS ROBERTO BARROSO, 4 respectivamente: `Ficamos com a posio dos que, como Hely Lopes Meirelles (1996/589), entendem que, no silncio da lei, a prescrio administrativa ocorre em cinco anos, nos termos do Decreto-lei 20.910 (Direito Administrativo, p. 487). 5 $o revs# teria a $ministra%&o P'(lica o poer a(soluto so(re os aministraos# constituino)se no veraeiro *+,umma -us# summa in-uria+ . Na lio lapidar do rof. !almo !allari a aposentadoria o "u#$o final do servidor p%&lico. O brocardo latino ".iat /ustitia# Pereat 0unus1 (faa justia, ainda que o mundo perea) no uma mxima entre ns. Usando as palavras do Exmo. Carlos Maximiliano, 6 ", excesso de -uridicidade contraproducente. a%asta*se do o$-eti(o superior das leis. des(ia os pret+rios dos %ins ele(ados para que %oram institu/dos. %aa*se -ustia, porm do modo mais 0umano poss/(el, de sorte que o mundo progrida, e -amais perea1. - Aps decorridos 05 (cinco) anos no pode mais a Administrao Pblica anular ato administrativo gerador de efeitos no campo de interesses individuais, por isso que se opera a decadncia. 'egurana (oncedida.(EDRESP 120229) 7 A Lei n. ".283!"" re(oluciona a %orma de relacionamento da Administrao P'$lica com os administrados no 4m$ito da 5nio. 6edigida em linguagem simples, a Lei detal0a os princ/pios aplicados ao processo administrati(o 7Art. 8, os direitos e de(eres dos administrados 7Art. 9 e 38, pro/$e a recusa sem moti(ao de documentos ou solicita:es dos particulares 7Art. ;, < 'nico8, imp:e o de(er da Administrao de decidir as pretens:es dos administrados de %orma expressa 7Art. 388, adota a gratuidade como regra do processo administrati(o 7Art. , < 'nico, =>8, esta(elece o pra2o e cinco anos como marco 3atal para o ecaimento o ireito a $ministra%&o e anular os atos aministrativos e que ecorram e3eitos 3avor4veis para os estinat4rios ($rt5 64)# disciplinando ainda a instruo, os pra?os, a %orma e lugar dos atos do processo ordin&rio, inclusi(e as 0ip+teses de suspenso e impedimento dos agentes p'$licos e as %ormas de recurso e re(iso das decis:es administrati(as. @as se a respeito desse assunto pudesse 0a(er alguma d'(ida, o parecer do ilustre @inistro Ari da Bil(eira, 8 Presidente do BCF, quando exercia o cargo de Donsultor* 2 MARIA S!"IA #A$%!!A DI PI%&R'( Direito Administrati)o* %d* Atlas+ S,o Paulo( 2--1( .* /012* 3 DIGENES GASPARINI, Direito Administrativo, 5 ed., Saraiva, 2000. 4 LUIS ROBERTO BARROSO, / Hely Lopes Meirelles( Direito Administrativo Brasileiro, p. 487. 1 Carlos Maximiliano, 5 EDRESP 120229. 6 @inistro Ari da Bil(eira, Presidente do BCF, quando exercia o cargo de Donsultor* Eeral do Estado do 6B 7Parecer nF 2, pu$licado no G.,. Estado do 6B em 3 Eeral do Estado do 6B 7Parecer nF 2, pu$licado no G.,. Estado do 6B em 3!#"!1";H8, seria su%iciente para a%ast&*la de %orma incontest&(el. Aquele parecer examina as pens:es que, mesmo sem $ase legal, %oram perce$idas por (i'(as e %il0os de @inistros, de Auditores e de Procuradores do Egrgio Cri$unal de Dontas do Estado do 6B. , art. 9 do ento D+digo de ,rgani?ao Iudici&ria no autori?a(a a concesso das pens:es, mas elas assim mesmo %oram outorgadas. Examinando em pro%undidade o pro$lema, o ilustre -urista conclui, com respaldo na mel0or doutrina do Gireito Administrati(o, pela manuteno das pens:es, apesar de no terem suporte legal, atento ao princ/pio da $oa*% e da segurana -ur/dica. , caso muito signi%icati(o porque demonstra que, muitas (e?es, nem a Administrao, nem qualquer outro +rgo p'$lico de(em (oltar atr&s para decretar o anulamento de atos que -& produ?iram os seus e%eitos. Ao caso o$-eto do parecer, apesar da ilegalidade, pois inexistia suporte legal J concesso das pens:es, os atos %oram mantidos. , que di?er, ento * como na 0ip+tese dos autos * de ato praticado com transpar)ncia, em ateno Js necessidades extraordin&rias do ser(io p'$licoK Cudo indica que no o caso de decretar qualquer nulidade, at porque ela inexistiu.1 A Lei Federal n. ".283!""
esta$elece o pra?o decadencial de cinco anos para a in(alidao administrati(a dos pro(imentos ampliati(os que no este-am pre-udicados pela m&*% do $ene%iciado. , pra?o contado da data de expedio do ato ou, no caso de e%eitos patrimoniais cont/nuos, da percepo do primeiro pagamento. Bo$ outro giro (er$al, arremata o eminente @inistro do Bupremo Cri$unal Federal, @oreira Al(es, " na ocasio em que relata o @B n. #.#;"!1"2;, no seu (oto (encedor, de%endendo a tese da prescriti$ilidade das pretens:es, in (er$isL M, que implica di?er que, para 0a(er exceo a esse princ/pio, necess&rio que (en0a ela expressa em texto legal. E isso no ocorre com a %alta de que se trata nos autos. Por outro lado, em se tratando de interpretao extensi(a, como se trata, ela se aplica at Js normas que integram o denominado Nius singulareO uma (e? que, a partir de Pel%ert 1# , em 1832, a doutrina (em acentuando que, no terreno dessas normas, s+ no se pode utili?ar da analogia. 7...8 em matria de prescrio em nosso ordenamento -ur/dico, inclusi(e no terreno do direito disciplinar, no 0& que se %alar em Mius singulare, uma (e? que a regra da Mprescriti$ilidadeQ. (originais sem grifo) MEm %ace do que se apontou so$re a di%erena entre prescrio e decad)ncia, (eri%ica* se %acilmente que a perda da possi$ilidade de a administrao pro(er so$re dada matria em decorr)ncia do transcurso do pra?o dentro do qual poderia se mani%estar 3!#"!1";H8. 0 Ministro Moreira Alves( @B n. #.#;"!1"2; 1- HELFERT, 1847. 4 no se assemel0a J prescrio. Dom e%eito, no se trata, como nesta, do no exerc/cio tempesti(o de um meio, de uma (ia, pre(isto para de%esa de um direito que se entenda ameaado ou (iolado. MCrata*se pura e simplesmente, da omisso do tempesti(o exerc/cio da pr+pria pretenso su$stanti(a 7ad-eti(a8 da Administrao, isto , de seu de(er*poder. logo, o que estar& em pauta, in casu, o no*exerc/cio, a $om tempo, do que corresponderia, do Gireito Pri(ado, ao pr+prio exerc/cio do direitoQ. (Celso Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, 13 ed. Editora Malheiros, 2001). 11 Domo o instituto da decad)ncia administrati(a designa Mde um lado, a perda do pra?o para recorrer de deciso administrati(a. de outro, signi%ica a perda do pra?o para que a Administrao re(e-a os pr+prios atos. %inalmente, indica a perda do pra?o para aplicao de penalidades administrati(asQ. 7G> P>EC6,, @aria BRl(ia Sanella. Gireito Administrati(o. Ed. AtlasL Bo Paulo, ##1, p. H";8. 1
Tambm no se ignora, todavia, que h muito a doutrina e a jurisprudncia vm sustentando a existncia de limitaes temporais a este poder-dever da Administrao Pblica. Tais limitaes resultam impostas pela necessidade de compati$ili?ao entre o princ/pio da legalidade e o princ/pio da segurana -ur/dica. Equivale, nos ensinamentos de HELY LOPES MEIRELLES 13 dizer que a anulao "de(e situar*se dentro de certos limites temporais, (encidos os quais a Administrao perde a disponi$ilidade de sua compet)ncia anulat+ria. Crata*se de uma imposio do principio da esta$ilidade das rela:es -ur/dicas, presentes em todos os ramos do Gireito e que no Gireito P'$lico assume particular rele(4ncia" (Estudos e Pareceres de Gireito P'$lico. vol. IX, So Paulo, Revista dos Tribunais, 1986). Nesse mesmo sentido, escreve com muito acerto MIGUEL REALE: 14 1Tuando a inrcia da Administrao -& permitiu se constitu/ssem situa:es de %ato re(estidas de %orte apar)ncia de legalidade, a ponto de %a?er gerar nos esp/ritos a con(ico de sua legitimidade, seria de(eras a$surdo que, a pretexto da emin)ncia do Estado, se concedesse Js autoridades um poder*de(er inde%inido de autotutela1. 76e(ogao e Anulamento do Ato Administrati(o, a ed., 6io de Ianeiro, Forense, 1"8#, p. 218. 11 Celso Bandeira de Mello, Curso de Direito Administrativo, 13 ed. Editora Malheiros, 2001. 12 @aria BRl(ia Sanella Gi Pietro, Gireito Administrati(o. Ed. AtlasL Bo Paulo, ##1, p. H";. 13 7%! !'P%S M%IR%!!%S( Estudos e Pareceres de Gireito P'$lico, vol. IX, So Paulo, Revista dos Tribunais, 1986. 14 MIGU%! R%A!%( 6e(ogao e Anulamento do Ato Administrati(o, a ed., 6io de Ianeiro, Forense, 1"8#, p. 21. / Alis, o Supremo Tribunal Federal, no exame de casos em que focaliza o desfazimento tardio de ato administrativo, tem seguido orientao de JOS FREDERICO MARQUES, acolhida tambm por MIGUEL REALE, nestes precisos termos: 1a su$ordinao do e"erccio o poer anulat+rio a um pra?o ra?o&(el pode ser considerado requisito implicito no princ/pio do ue process o3 la75 Cal princ/pio, em (erdade. no (&lido apenas no sistema do direito norte*americano, do qual uma das peas $asilares, mas extens/(el a todos os ordenamentos -ur/dicos, (isto como corresponde a uma tripla exig)ncia, de regularidade normati(a, de economia de meios e %ormas e de adequao J tipicidade Utica. Ao o$stante a %alta de termo que em nossa linguagem (igorosamente l0e corresponda, poder/amos tradu?ir ue process o3 la7 por de(ida atuali?ao do direito, %icando entendido que 0a(er& in%rao desse ditame %undamental toda (e? que, na pr&tica do ato administrati(o, %or preterido algum dos momentos essenciais J sua ocorr)ncia. %oram destruidas sem moti(o plaus/(el, situa:es de %ato, cu-a continuidade se-a economicamente aconsel0&(el, ou se a deciso no corresponder ao complexo de notas distintas da realidade social tipicamente con%igurada em lei.Q MAssim sendo, se a decretao de nulidade %eita tardiamente, quando a inrcia da Administrao -& permitiu se constitu/ssem situa:es de %ato re(estidas de %orte apar)ncia de legalidade, a ponto de %a?er gerar nos esp/ritos a con(ico de sua legitimidade, seria de(eras a$surdo que, a pretexto da emin)ncia do Estado, se concedesse Js autoridades um poder*de(er inde%inido de autotutela1. 7Revista Trimestral de Jurisprudencia, (ol. 89VVV, maro!1"28, p. "98
A Lei Complementar n 75/93 - ESTATUTO DO MINISTRIO PBLICO DA UNIO, dispe em seu artigo 244 sobre a prescrio da cassao da aposentadoria em 04 (quatro) anos (inciso III) e se a falta for prevista como crime, prescrever juntamente com este, comeando a correr a prescrio do dia em que a falta for cometida, ou seja, da data dos fatos. )ei (omplementar n* +,-.//0. 1'232425 !5 67N7'28975 :;)7(5 !3 4N7<5 3rt. =>> ? Prescrever: I - em um ano, a falta punvel com advertncia ou censura; II - em dois anos, a falta punvel com suspenso; III - em quatro anos, a falta punvel com demisso e cassao de aposentadoria ou de disponibilidade. Pargrafo nico - 3 falta@ prevista na lei penal como crime@ prescrever "untamente com este. 1 Do mesmo modo, a Lei Complementar n 106 de 03 de janeiro de 2003___Lei Orgnica do Ministrio Pblico do Rio de Janeiro,_____ dispe no art. 137 e incisos e art. 138, que extinguir-se-, por prescrio, a punibilidade administrativa da falta, em cinco anos, quando cabveis a cassao de aposentadoria. A prescrio comea a correr do dia em que a falta for praticada, ou seja, bis in eadem, da Lei Complementar n 75/93, que regula o Ministrio Pblico da Unio. Em ambos os casos, a prescrio tem o seu incio do dia em que o fato for praticado. )ei (omplementar n* .AB de A0 de "aneiro de =AA0. )17 59CDN7(3 !5 67N7'28975 :;)7(5 !5 975 !1 E3N1795. 3rt. .0+ ? Extinguir-se-, por prescrio, a punibilidade administrativa da falta: I - em 2 (dois) anos, quando aplicveis as penas de advertncia ou censura; II - em 3 (trs) anos, quando aplicvel a pena de suspenso; III - em , (cinco) anos@ quando ca&#veis a disponi&ilidade@ a demisso ou a cassao de aposentadoria. Pargrafo nico - A falta, prevista na lei penal como crime, ter sua punibilidade extinta no mesmo prazo de prescrio deste, tomando-se sempre por base a pena cominada. $rt5 898 ) $ prescri%&o come%a a correr o ia em que a 3alta 3or praticaa ou# nas 3altas continuaas ou permanentes# o ia em que ten:a cessao a continua%&o ou perman;ncia5 (!5n) Ao mais das (e?es, uma ao penal tem a durao de #3 anos ou mais, sendo qual %or a deciso nessa ao, ao promotor de -ustia 7os @em$ros do Parquet8 -& no podem ter essa penalidade aplicada. Be assim , correta a Lei que rege o @inistrio P'$lico, incorreta so as decis:es que tol0em o contri$uinte de sua de(ida aposentao. W um plus no existente para tantas classes e alm do de(ido para outras. No 1'232425 !5' F4N(75NG975' (7H7' !5 1'23!5 !5 975 !1 E3N1795@ !1(9125?)17 N* ==A-+, 1 91C4)361N25 !5 1'232425 N* =>+/-+/@ 91HI6J Art. 202 - Operar-se- a decadncia do direito de requerer nos seguintes prazos: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demisso e cassao de aposentadoria ou de disponibilidade, ou que afetem interesses 5 patrimoniais e crditos resultantes das relaes de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro for o prazo previsto em lei. 1 - O prazo decadencial ser contado da data da publicao do !ato impu"nado# ou da data da ci$ncia pelo interessado, quando o ato no for publicado.(".n) )eia?se no K .* do art. =A= do estatuto dos Funcionrios (ivis do 1stado do 9io de EaneiroLLLL325 764CN3!5LLLL significando o momento quando foi concedida a aposentadoria ao funcionrio p%&lico. Na lio de Hely Lopes Meirelles 15 (Direito Administrativo Brasileiro, pp. 431/432, 28 edio, Malheiros), define a aposentadoria como " a garantia de inatividade remunerada reconhecida aos servidores que j prestaram longos anos de servio, ou se tornaram incapacitados para suas funes. Continua o mestre s fls. 434: "Cassao da aposentadoria penalidade assemelhada demisso, por acarretar a excluso do infrator do quadro dos inativos e, conseqentemente, a cessao do pagamento de seus proventos. Por ser penalidade , deve observar observar a garantia da ampla defesa e do contraditrio. Ousamos discordar veementemente do emrito Professor, pelo que a cassao de aposentadoria jamais pode ser considerada assemelhada demisso (que j consta irregularmente das leis que regem os trabalhadores), e ainda, por ser somente competncia do Cdigo Penal a imposio de penas e restries de direito. No existe no Cdigo Penal tal "penalidade, portanto irregular e ilegal a cassao de aposentadoria. Valemos- nos do fillogo Aurlio Buarque de Holanda 16 para interpretar literalmente o que significam os termos cassao e demisso. A cassao significa: tornar nulo ou sem efeito (licena, autorizao, direitos polticos, etc.), fazer cessar, tornar nulos ou sem efeito, os direitos polticos ou de cidado; e demisso quer dizer: tirar cargo, funo ou dignidade de; destituir, exonerar. Assemelhar ou ser semelhante traduz- se como: parecer, semelhar. No tema em testilha, assemelhar os dessemelhantes tornou-se legal. A demisso nem de longe pode ser assemelhada cassao, a no ser na rima pobre, mas em no se tratando de verso ou prosa, so palavras com razes diferentes e significados divergentes. A contagem do tempo direito do servidor pblico. Por tempo de contribuio deve ser entendido aquele em que o servidor esteve ligado a qualquer das entidades que integram a Unio, os Estados-Membros, Distrito Federal e os Municpios, durante o qual contribuiu para o sistema previdencirio. Este direito incorporou-se ao patrimnio do servidor e nesse diapaso no pode dele ser retirado, sob pena de se legalizar locupletamento ilcito do Estado. 1/ Hely Lopes Meirelles in Direito Administrativo Brasileiro, 28 edio, SP, Malheiros, pp.431/432. 11 Dicionrio Aurlio Buarque de Holanda, sculo XXI. 6 H que se trazer baila a Ementa no Parecer n 03/03-CRTS 17 , por necessria ao conhecimento do tema e suas implicaes. 161N23J (assao de 3posentadoria. .. rocesso. 3 pena de cassao de aposentadoria somente poder ser aplicada se comprovada@ em processo administrativo disciplinar@ a prtica@ pelo servidor aposentado@ de qualquer dos atos previstos no art. .M= do 1statuto dos 'ervidores. =. 91'(97N<5. =... 3 falta su"eita O cassao de aposentadoria prescreve em , (cinco) anos a contar do evento pun#vel (art. .M>@ 77@ P&Q@ do 1statuto). =.=. 'e a falta tam&m configurar crime@ ela prescrever "unto com ele (art. .M>@ K =*). 'ervidor aposentado em =.-A,-.//A. (rime prescrit#vel em .= (do$e) anos. rescrio de qualquer falta ocorrida no eRerc#cio em =A-A,-=AA=. 0. arecer pela invia&ilidade da responsa&ili$ao administrativa do servidor@ O vista da prescrio configurada. (rocuradoria Ceral da (Smara 6unicipal do 9io de Eaneiro). Em relao Magistratura, a Lei Complementar n 35 de 14 de maro de 1979 no prev a cassao de aposentadoria. O art. 42 enumera as penalidades a que esto sujeitos os magistrados, dispondo: Art. 42 - So penas disciplinares: I - advertncia; II - censura; III - remoo compulsria; IV -disponibilidade com vencimentos proporcionais ao tempo de servio; V - aposentadoria compulsria com vencimentos proporcionais ao tempo de servio; VI - demisso. (g.n) <omo leciona o =mrito >es5 >cio <retton 88 (in =statuto a 0a!istratura ?rasileira# p5 8@6 A 8@@) B$ mel:or interpreta%&o essa aposentaoria (compulsria) os ma!istraos :4 e ser 3eita por meio as suas !arantias constitucionais e inepen;ncia# vitalicieae e irreuti(iliae e vencimentos5 C&o se trata e 3uncion4rio comum# su-eitos a outro =statuto prprio e i3erente 15 A0-A0?(92'. 16 Des* Dcio Cretton, Estatuto da Magistratura Brasileira, p. 165/166, ed. Saraiva, 1980. 0 aquele aplic4vel aos -u2es+5 BD -ui2 aposentao n&o poe ser esvestio em 24 :oras o seu ttulo e !arantias constitucionais e lan%ao o seu estatuto prprio para entro o estatuto o 3uncion4rio comum o Poer ="ecutivo5+ (=5 ,araiva# e5 8980)5 Ao existe, na L,@AA, qualquer aluso expressa ou t&cita J suspenso ou cassao da aposentadoria, como penalidade a ser imposta ao magistrado. Para tanto, de(e* se o$ser(ar que a L,@AA pre() um con-unto de de(eres e um aparato puniti(o compat/(el com as %un:es -urisdicionais 7%uno t/pica8. Acordo Origem: '2E ? '419759 297;4N3) !1 E4'27N3 Classe: 91' ? 91(49'5 1'1(73) ? =AA=>= Processo: .///AAA.0>=, UF: !F rgo Julgador: T47N23 24963. Data da deciso: .B-A>-=AA= Documento: '2EAAA>0,MA=@ !E !323JA0-AB-=AA= GC7N3J=0>@ C7)'5N !7 ./ . ..? Vistos, relatados e discutidos os autos em que so partes as acima indicadas, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justia, A Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso e, nessa parte, deu-lhe provimento, nos termos do voto do Ministro Relator.Os Srs. Ministros Jorge Scartezzini, Jos Arnaldo da Fonseca e Felix Fischer votaram com o Sr. Ministro Relator. Ementa:- CRIMINAL. RECURSO ESPECIAL. LESO CORPORAL SEGUIDA DE MORTE. DOSIMETRIA, AUSNCIA DE FUNDAMENTAO. INOCNCIA, BIS IN IDEM. QUESTES PREJUDICADAS PELA CONCESSO DE INDULTO. POLICIAIS CIVIS. PERDA DA FUNO PBLICA. EFEITO DA CONDENAO. DEC. 3.226/99. INDULTO PARCIAL. IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS GRAVOSA. RECURSO PROVIDO NA PARTE CONHECIDA. 1.- As questes referentes a dosimetria da pena, ausncia de fundamentao na condenao, inocncia e bis in idem restam prejudicadas pela concesso de indulto em favor dos recorrentes. 2.- A aplicao dos dispositivos acerca da perda do cargo pblico deve obedecer ao princpio da irretroatividade. In casu, como o crime foi cometido em 1994, no se pode aplicar as disposies da Lei n.9.268/96, mais gravosa aos recorrentes. 10 91' ? 91(49'5 1'1(73) U =AA=>=@ ,V 24963@ 6in. Cilson !ipp. 1- PROCESSO CIVIL - MANDADO DE SEGURANA - EMBARGOS DE DECLARAO - ART. 535, DO CPC - SERVIDORA PBLICA - PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR - 35'1N23!5973 (3''3!3 - IMPOSSIBILIDADE - DECADNCIA ADMINISTRATIVA - 392. ,>@ 39GC. .*@ !3 )17 /.+M>-// - AUSNCIA DE OMISSO, OBSCURIDADE OU CONTRADIO - NTIDO CARTER INFRINGENTE - REJEIO. 1.- Tendo o acrdo embargado reconhecido a ilegalidade da cassao da aposentadoria da impetrante face a ocorrWncia de decadWncia administrativa, revestem- se de carter infringente os embargos interpostos a pretexto de omisso, uma vez que pretendem reabrir os debates meritrios acerca do tema. 2.- Por prerrogativa do dispositivo processual aventado, os Embargos de Declarao consubstanciam instrumento processual adequado para excluir do julgado qualquer obscuridade ou contradio ou, ainda, suprir omisso, cujo pronunciamento sobre a matria se impunha ao Colegiado, integralizando-o, no se adequando, todavia, para promover o efeito modificativo do mesmo. Inteligncia do art. 535 e incisos, do Cdigo de Processo Civil. 3.- Precedentes (EDREsp ns 120.229/PE e 202.292/DF). >.- Embargos conhecidos, porm, rejeitados. Origem: '2E ? SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA Classe: 6' ? MANDADO DE SEGURANA ? 8595. Processo: 200201087299 UF: DF rgo Julgador: TERCEIRA SEO Data da deciso: 26/02/2003 Documento: STJ- 000479211, FELIX FISCHER. 20 A consagrao da dignidade da pessoa humana, como visto, implica em considerar- se o homem, com excluso dos demais seres, como o centro do universo jurdico. Esse reconhecimento, que no se dirige a determinados indivduos, abrange todos os seres humanos e cada um destes individualmente considerados, de sorte que a projeo dos efeitos irradiados pela ordem jurdica no h de se manifestar, a princpio, de modo diverso ante a duas pessoas. Da seguem-se duas importantes conseqncias. De logo, a de que a igualdade entre os homens representa obrigao imposta aos poderes pblicos, tanto no que concerne elaborao da regra de direito (igualdade na lei) quanto em relao sua aplicao (igualdade perante a lei). Necessria, porm, a advertncia de que o reclamo de tratamento isonmico no exclui a possibilidade de discriminao, mas 2- MANDADO DE SEGURANA ? 8595. Processo: 200201087299 UF: DF rgo Julgador: TERCEIRA SEO Data da deciso: 26/02/2003 Documento: STJ-000479211, FELIX FISCHER. 11 sim a de que esta se processe de maneira injustificada e desarrazoada. Assim bem explanou (1)'5 3N2XN75 ;3N!1793 !1 61))5 =. , em excelente monografia, corroborado pela ensinana de (3961N ):(73 3N24N1' 95(Y3 == . Em segundo lugar, emerge a considerao da pessoa humana como um conceito dotado de universalidade. Invivel, portanto, qualquer distino de direitos entre os nacionais e estrangeiros, salvo quanto queles vinculados ao exerccio da cidadania. Assim que deve ser entendido o caput do art. 5 da Lei Maior, de maneira que a titularidade dos direitos que enuncia se volte a todos aqueles que se encontrem vinculados ordem jurdica brasileira, deles no se podendo privar o estrangeiro s pelo fato de no residir em solo ptrio. Seria, (er$i gratia, inadmissvel o no conhecimento pela jurisdio de 0a$eas corpus, impetrado em favor de aliengena que esteja de passagem pelo territrio nacional, em virtude de neste no manter residncia. Sem razo E5'8 3F5N'5 !3 '7)H3 =0 quando prope que a limitao dos destinatrios dos direitos individuais pelo Constituinte de 1988, a exemplo das clusulas constantes nas constituies pretritas, h de acarretar conseqncias normativas. Melhor se nos afigura a postura assumida por 5N21' !1 6793N!3 => , ainda quando vigente o art. 153, caput, da Constituio de 1969, e, nos dias atuais, por (1)'5 97;1795 ;3'25' =, e N3C7; ')37;7 F7)Y5 =B . A esse respeito, importante salientar o relato de E53T4ZN 39(1 [ F)\91] U H3)!8' 27 , mencionando que o Tribunal Constitucional Espanhol, atravs de deciso prolatada em 30 de setembro de 1995, entendeu que os direitos pertencentes pessoa, enquanto tal, no abrangem somente os espanhis, mas, igualmente, os estrangeiros e que tais direitos, como frisado na anterior deliberao de 23 de novembro de 1984, so aqueles imprescindveis garantia da dignidade da pessoa humana.
3 impossi&ilidade de a&"eo do ser humano. Outra vertente de relevo pela qual se irradia a dignidade da pessoa humana est na premissa de no ser possvel a reduo do homem condio de mero objeto do Estado e de terceiros. Veda-se a coisificao da pessoa. A abordagem do tema passa pela considerao de trplice cenrio, concernente s prerrogativas de direito 21 (1)'5 3N2XN75 ;3N!1793 !1 61))5@ (urso de !ireito 3dministrativo. 22 (3961N ):(73 3N24N1' 95(Y3@ O Direito Constitucional Jurisdio - As Garantias do Cidado na Justia - Saraiva - So Paulo/1993. 23 E5'8 3F5N'5 !3 '7)H3@ Curso de Direito Constitucional Positivo", RT, 6 ed., 1990, p.412. 24 5N21' !1 6793N!3@ (omentrios O (onstituio. 2/ Nagi& 'lai&i Filho@ !ireito (onstitucional. 21 C%!S' RI8%IR' 8AS&'S( Curso de Direito Constitucional", Saraiva, 89, 11 ed., p.278. 25 E53T4ZN 39(1 [ F)\91] U H3)!8'. 12 e processo penal, limitao da autonomia da vontade e venerao dos direitos da personalidade.
!ignidade da pessoa humana. Aqui se est a garantir que o Estado, ao manejar o -us puniendi em benefcio da restaurao da paz social, atue de modo a no se distanciar das balizas impostas pela condio humana do acusado da prtica de crime. Por mais abjeta e reprochvel que tenha sido a ao delituosa, no h como se justificar seja o seu autor privado de tratamento digno. Abordando o tema luz do arts. 1.1 e 103.1, ambos da Constituio alem, 19N1'25 ;1N!3 =M afirma que a dignidade da pessoa humana, no campo penal, traduz ao acusado o direito de poder defender-se mediante ativa participao no processo, como tambm a no ser forado a falar contra a sua vontade, excluindo-se a utilizao de meios psicolgicos ou tcnicos (narcoanlise ou detector de mentiras), a fim de se averiguar a veracidade das declaraes daquele. Linhas adiante aduz que o art. 1.1 da Lei Fundamental de 1949 probe penas desproporcionais e cruis, tendo em vista a necessidade de se respeitar os pressupostos bsicos de uma existncia individual e social do condenado, estando a licitude da priso perptua a depender de se reservar quele a possibilidade de liberdade, uma vez cumprida parte considervel da pena. Quanto sano capital, sustenta que a sua imposio, atravs da reforma do art. 102 da Constituio, enfrentaria os limites do poder constituinte derivado, impostos pelo art. 1.2, em virtude de pressupor que o Estado se subtrairia misso de ressocializar o delinqente. A esse respeito, no restou omisso o direito constitucional brasileiro. A Constituio de 1988, no rol de direitos individuais do seu art. 5, trouxe a lume importantes exigncias que o Estado, no desenrolar de sua funo punitiva, h de observar, sob pena de desrespeitar a dignidade da pessoa humana. Assim sendo, podemos descortinar, no referido dispositivo, garantias inerentes : a) vedao em submeter qualquer pessoa a tratamento desumano ou degradante (inciso III), assegurando-se ao preso o respeito integridade fsica e moral (inciso XLIX); b) observncia do devido processo legal (inciso LIV) com todos os seus consectrios, entre os quais o contraditrio e a ampla defesa (inciso LV), o julgamento por autoridade competente (inciso LIII), a no admissibilidade de provas obtidas por meio ilcito (inciso LVI), a proscrio de juzos ou tribunais de exceo (inciso XXXVII) e a considerao de que ningum ser reputado culpado seno antes do trnsito em julgado de sentena condenatria (inciso LVII), importando esta ltima em pressupor que a segregao do acusado, antes da sentena irrecorrvel, somente se legitima em situaes proporcionais previstas em lei; c) legitimidade material do direito de punir, tais como a reserva legal da definio de crimes e cominao de penas (inciso XXXIX), a individualizao destas na medida da culpabilidade do infrator (incisos XLV e XLVI), a 26 19N1'25 ;1N!3@ Manual de derecho constitucional, Madri. 13 interdio de determinadas sanes, tais como a pena capital, a priso perptua, os trabalhos forados, o banimento e as penas cruis (inciso XLVII); d) movimentao da competncia prisional (incisos LXI a LXVI e LXVIII); e) execuo da pena (incisos XLVIII e L). Os preceptivos citados servem para ilustrar a grande preocupao dispensada ao princpio da dignidade da pessoa humana, a fim de impedir que a atividade punitiva do Estado, manifestada sob o interesse de velar pela segurana da coletividade, resulte como justificativa depreciao do indivduo.
!ignidade da pessoa humana como limite O autonomia da vontade. Valor que, amparado na igualdade formal das partes, granjeou enorme prestgio com o Estado Liberal foi o da autonomia da vontade, de modo que o art. 1.134 do Cdigo Civil de Napoleo, promulgado em 1804, solenizava o preponderante papel da fora geratriz do consentimento, afirmando fazer o contrato lei entre as partes. Essa concepo sofrera forte mitigao com o triunfar do Estado prestacionista, calcado na constatao de que substancialmente as pessoas apresentam desigualdades, e, por isso, a manifestao volitiva h de encontrar pontos de conteno. Nesta abordagem, no nos deteremos na carga limitativa que os mandamentos legais, no intuito de compensar a qualidade de hipossuficiente de alguns contratantes, encetam para delimitar as faculdades jurdicas decorrentes da vontade. A nossa ateno ser dispensada quelas situaes em que um dos contratantes reduzido condio de mero objeto da pretenso contratual, com o desrespeito sua condio de pessoa, tal como se verifica nas hipteses de risco de vida, ou em que a execuo da prestao importe para o pactuante em sua exposio ao ridculo.
!ireito a uma eRistWncia material m#nima. Alm das facetas apontadas, a consagrao constitucional da dignidade da pessoa humana resulta na obrigao do Estado em garantir pessoa humana um patamar mnimo de recursos, capaz de prover-lhe a subsistncia. Na Alemanha, informa-nos 19N1'25 ;1N!3, passou-se a entender, aps a superao da anterior orientao do Tribunal Constitucional (X(er%EE 1,97 (104), que o art. 1.1 da Lei Fundamental de 1949 impunha, alm da perspectiva do indivduo no ser arbitrariamente tratado, um respeito cada vez maior pela sua sobrevivncia. Assim, de acordo com tal preceito, afigura-se inadmissvel que o administrado seja despojado de seus recursos indispensveis sua existncia digna, de sorte que a interveno estatal na propriedade, pela via fiscal ou no, no dever alcanar patamares capazes de priv-lo dos meios mais elementares de subsistncia. De modo 14 igual, o citado art. 1.1 traduz, em detrimento dos poderes pblicos, a obrigao adicional de prover ao cidado um mnimo existencial.
Concedendo a ordem, a Excelsa Corte ressaltou a posio de antagonismo constitucional que se encontrava no dispositivo legal, cuja execuo o remdio herico buscava evitar, contrariando o direito vida, enunciado no art. 150, caput, da Constituio de 1967. O voto do eminente relator, Min. 2Y16Z'25()1' ;93N!<5 (3H3)(3N27 =/ , no que foi acompanhado pelos seus pares, forte salientou: "que o ato de tornar-se impossvel o desempenho de uma atividade profissional, que permita ao indivduo obter os meios de subsistncia, o mesmo que lhe tirar um pouco de sua vida, porque esta no prescinde dos meios materiais para a sua proteo. Embora no concluindo pelo dever do Estado em proporcionar recursos ao indivduo, sustentou que aquele no pode, sem que haja uma deciso judicial legtima, privar algum do exerccio de atividade lcita, com a qual garanta a sua mantena, partindo da premissa de que a vida no constitui apenas um conjunto de funes resistentes morte, mas, numa perspectiva mais ampla, a afirmao positiva das condies voltadas a assegurar ao ser humano, bem como sua famlia, os recursos indispensveis sua subsistncia.
Somente ficou inclume eiva de incompatibilidade vertical a previso de suspenso do exerccio de cargo ou funo pblica, tendo em vista que a legislao de regncia assegurava, em casos tais, a percepo pelo servidor de uma parte de seus vencimentos. $ !arantia E via# eri!ia como 3unamento (asilar a concess&o o amparo constitucional# tem como ra2&o e ser a enorme estima que# Equela poca# o nosso orenamento tri(utava E pessoa :umana como tal5 5 art. /= prescreve taRativamente os efeitos da condenao@ assim mencionadosJ - So tambm efeitos da condenao: 7 - a perda de cargo@ funo p%&lica ou mandato eletivo: a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violao de dever para com a Administrao Pblica; 20 2Y16Z'25()1' ;93N!<5 (3H3)(3N27@ '2F@ Pleno( m)( rel* DJU de 159-1916( .* -2226* 1/ &) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. 77 - a incapacidade para o eRerc#cio do ptrio poder@ tutela ou curatela@ nos crimes dolosos@ su"eitos O pena de recluso@ cometidos contra filho@ tutelado ou curatelado; 777 - a ina&ilitao para dirigir ve#culo@ quando utili$ado como meio para a prtica de crime doloso. argrafo %nico - Ds e3eitos e que trata este arti!o n&o s&o autom4ticos# eveno ser motivaamente eclaraos na senten%a5 (F5C) Iniciamos nosso estudo pelo pargrafo nico do artigo 92 do Cdigo Penal. o alicerce onde deve ser pautada a aplicao dos efeitos da condenao. A redao do pargrafo nos d a noo da importncia da obedincia de forma para a decretao de qualquer das penalidades do mencionado art. 92. Por erro hierrquico, este pargrafo vem aps as penalidades, quando na verdade, pelo seu jaez, deveria vir emblematicamente abrindo o captulo dos efeitos especficos da condenao. Talvez, porisso, raras vezes cumprido. Aqui, o "devido processo legal a palavra de ordem. O direito penal constitucional vem estampado no art. 5, incisos LIV e LV da Constituio da Repblica. "O procedimento administrativo recebeu novo enfoque na Constituio da Repblica de 1988, onde, pela primeira vez, veio a trazer expressamente a garantia do devido processo legal, tanto nos processos judiciais (tal como acontecera com as anteriores) quanto nos administrativos, incluindo-o lado a lado com o judicial. (Odete Medauar, A processualidade no direito administrativo, SP, tese de titular, 1993, p. 73 e segs.) 30 . "Da se segue que no podem os outros ramos do poder pblico exercer, sem contraste, o seu imperium, aguardando eventual interveno posterior do Judicirio, para corrigir ou anular os atos que atinjam ou causem leso a direito individual. injusto e antagnico Constituio que a atividade administrativa fique com inteira liberdade de atuar, quando, em sua funo externa, entre em contato com os administrados, ainda mais quando lemos no inciso LV, do art. 5 da Magna Carta que "aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so assegurados o contraditrio e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. 3- Odete Medauar, A processualidade no direito administrativo, SP, tese de titular, 1993, p. 73 e segs. 11 (Eliane Alfradique, Uma Viso geral do artigo 5 da Constituio da Repblica - 2 parte, in www.tex.pro.br) 31 . "Originariamente como requisito de validade da jurisdio penal, o devido processo legal estendeu-se jurisdio civil e, mais recentemente, tambm aos procedimentos administrativos, nestes visando assegurar sobretudo o direito de defesa e estrita observncia do princpio da legalidade. (Augusto do Amaral Dergint, Aspecto Material do Devido Processo Legal, in RT 709/249) 32 . MANDAMENTO GERAL PARA A ADMINISTRAO PBLICA: A Constituio de 1988 veio trazer contornos e preceitos para salvaguarda dos direitos do cidado, respeitando a dignidade da pessoa humana em todos os aspectos. Gizou a Norma pice seus preceito imperativos, de forma a sofrear os desmandos da Administrao Pblica que detm sem competncia para tal, um poder absoluto, quase de vida ou morte em face de seus administrados. Negam a Constituio, esta postergada a todo momento, sempre detratando os cidados brasileiros. Neste trabalho, procuraremos mostrar as incoerncias das leis que regem a perda de cargo. A nova Parte Geral do Cdigo Penal aboliu as penas acessrias. A execuo da pena acessria de perda de funo pblica, na forma do art. 691 do Cdigo de Processo Penal, efetivava-se pela simples comunicao, instruda pela sentena ou acrdo que a decretou, com certido de seu trnsito em julgado, autoridade a que subordinado o condenado. Mas, sendo hoje efeito administrativo da deciso de condenao, necessrio se torna a motivao pelo juiz ou tribunal dos motivos que levam a decretar tal penalidade na sentena ou acrdo. Assim se expressam os julgados de nossos Tribunais: "No sendo automtica, e, sim, facultativa, a imposio de perda do cargo e inabilitao para exerccio de funo pblica, mister se torna a motivao na prpria sentena dos motivos que levam o julgador a aplic-la. (RT 556/347) 33 . "A pena de perda de funo pblica deve ser devidamente fundamentada pelo prolator da sentena, que domonstrar os motivos pelos quais chegou a essa concluso e justificar o seu entendimento. (RT 566/372) 34 . 31 Eliane Alfradique, Uma Viso geral do artigo 5 da Constituio da Repblica - 2 parte, in www.tex.pro.br. 32 Augusto do Amaral Dergint, Aspecto Material do Devido Processo Legal, in RT 709/249. 33 RT 556/347. 34 RT 566/372. 15 Este no apenas o entendimento da doutrina mas tambm o da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal; assim, na ADIN 1063, relator o Ministro Celso de Mello 35 , ac. De 18.V.94, ficou expresso que: " SUBSTANTIVE DUE PROCESS OF LAW E FUNO LEGISLATIVA: A clusula do devido processo legal objeto de expressa proclamao pelo artigo 5, LIV, da Constituio deve ser entendida na abrangncia de sua noo conceitual, no s sob o aspecto meramente formal, que impe restries de carter ritual atuao do Poder Pblico, mas sobretudo, em sua dimenso material, que atua como decisivo obstculo edio de atos legislativos de contedo arbitrrio. A essncia do substantive due process of law reside na necessidade de proteger os direitos e as liberdades das pessoas contra qualquer modalidade de legislao que se revele opressiva ou destituda do necessrio coeficiente de razoabilidade. Isso significa, dentro da perspectiva da extenso da teoria do desvio de poder ao plano de atividade legislativa do Estado, que este no dispe da competncia para legislar ilimitadamente, de forma imoderada e irresponsvel, gerando, com o seu comportamento institucional situaes normativas de absoluta distoro e, at mesmo, de subverso dos fins que regem o desempenho da funo estatal". No mesmo sentido, por revelar-se " absolutamente destituda de causa " foi a deciso do Supremo Tribunal Federal na ADIN 1158, ac. De 19.12.94, relator o Ministro Celso de Mello. 36 Se isto vale em relao aos atos de natureza legislativa, com maior razo h de valer em relao a atos administrativos, imotivados, destitudos de causa, irrazoveis e discriminatrios. %& &posentadoria um daqueles atos administrati'os que, por constituir, declarar ou reconhecer direito, 'incula ( &)*+,+-./&01O, portanto, sustentam que tais atos so imut'eis por contrrios da &dministrao.()ireito &dministrati'o, 2/&,3+-3O 3&*4O-, 5olume ++, p. 67) 78 . 3/ ADIN 1063, relator Ministro Celso de Mello, ac. De 18.V.94 31 Supremo Tribunal Federal na ADIN 1158, ac. De 19.12.94, relator Ministro Celso de Mello. 35 )ireito &dministrati'o, 2/&,3+-3O 3&*4O-, 5olume ++, p. 67. 16 O insigne Desembargador do Tribunal de Justia do Estado de So Paulo, !9. 1)63N5 (94] 0M , em voto lapidar in Apelao Cvel, esclarece o assunto com propriedade: 1J se decidiu, sem embargo do princpio de que a aposentadoria se rege pela Lei vigente ao tempo de sua concesso, que uma vez decretada, "de tal ato resulta a irretratabilidade de seus efeitos percepo de dada penso ou estipndio." (Supremo Tribunal Federal in Ap.. Civ. n. 6547, de 15.12.38 ARC Jud Vol. II, pg.. 96), no se podendo reduzi-la ou limit-la, nem mesmo em razo de leis posteriores. 9 se decidiu certa feita, na &o intentada por )O*+,:O- ); O<+5;+/& 4O<=.+3O, contra a >,+1O 2;);/&<, que uma 'ez concedida a aposentadoria sob certa forma, no pode o :o'erno modific?la, pois o direito dela decorrente se incorpora ao patrim@nio do funcionrio. *inha decisoA foi confirmada pelo ->4/;*O. *eu 'oto pois este.% O ilustrado Ministro J. E. 3;914 !1 5)7H1793 0/ @ na sua monumental obra ^35'1N23!5973 N5 '19H7(5 :;)7(5^@ editada com a colaborao do 297;4N3) !1 (5N23' !3 4N7<5 ? 2(4@ compilou uma srie de Jurisprudncias sobre a matria, valendo transcrev-las, pois estas servem para elucidar o caso em questo: a) %& situao dos funcionrios aposentados B /;:><&)& 4O/ <;+ ;* 5+:O/ &O .;*4O )& &4O-;,.&)O/+& e no pode ser alterada em seu desfa'or por leis posteriores que tambm no podem por eles se in'ocadas , de mais , fa'or'eis, & -+.>&01O )O- 2>,3+O,C/+O- &4O-;,.&)O- B +,.+,:=5;<, -D *O)+2+3C5;< 4&/& *;<EO/ (->4/;*O ./+F>,&< 2;);/&< ? in &4O-;,.&)O/+& ,O -;/5+0O 4GF<+3O, &utor 9. ;. &F/;> ); O<+5;+/&). b) %O 4/O5;,.O da inati'idade +//;)>.=5;<, porque, consistindo numa remunerao por -;/5+0O- 4&--&)O-, 4O/ 2&.O- 9C 3O,->*&)O-, constitui &.O 9>/=)+3O 4;/2;+.O, isto , >* 3/B)+.O 3O,./& O ;-.&)O, ;-.+4><&)O ; /;3O,E;3+)O H -O*F/& )& <;+ 5+:;,.; ,& )&.& )& &4O-;,.&)O/+&.% (-upremo .ribunal 2ederal, idem). c) 4/O5;,.O +//;)>.=5;< ? & re"ra de /;)>.+F+<+)&); )O- 5;,3+*;,.O- no atin"em as %penses% ou os %pro'entos de aposentadoria%. O funcionrio, ;* &.+5+)&);, tem sua situao IurJdica re"ida 4O/ >*& /;<&01O ); -;/5+0O de natureza impessoal, 36 !9. 1)63N5 (94]@ Ac. do Tribunal de Justia - 5. Paulo in Arq. Jud. Vol. LIV,p. 170. 30 Ministro J. E. 3;914 !1 5)7H1793@ ^35'1N23!5973 N5 '19H7(5 :;)7(5^ 10 obIeti'a; &4O-;,.&)O, coloca?se em situao IurJdica subIeti'a. >ma 'ez concedida, & &4O-;,.&)O/+& 2&K ,&-3;/ >*, )+/;+.O &)L>+/+)O +,.&,:=5;<% (,idem, idem, idem). d) %+ncorpora?se no patrim@nioM dos funcionrios 4/O5;,.O- &--+* 2+N&)O-, so irre'o"'eis, isto , ,&O 4O);* -;/ *O)+2+3&)O- seno em beneficio do &4O-;,.&)O.% (Farros 9Onior). e) %O 9uiz, depois de aposentado, estar prote"ido, ,1O 4;<& +//;)>.+F+<+)&); de 'encimentos que ampara os ma"istrados em ati'idade, mas pelo preceito constitucional que manda respeitar o )+/;+.O &)L>+/+)O e que uma "arantia comum a todos funcionrios aposentados.% (-upremo .ribunal 2ederal ? *inistro <>+- :&<<O.+, in /e'ista de )ireito &dministrati'o, 'ol. ++ 5P, p. Q86). f) ,1O pode ha'er /;)>31O )O 4/O5;,.O +,+3+&<*;,.; 2+N&)O, mansa e pacJfica a 9>/+-4/>);,3+& do ./+F>,&< ); 3O,.&- )& >,+1O ? .3>.% (in &4O-;,.&)O/+& ,O -;/5+0O 4GF<+3O ? &utor 9. ;. &breu de Oli'eira). Como se verifica, o desfazimento do ato de concesso da penso , ou suspenso do pagamento dos PROVENTOS s pode ocorrer, por suspeita de vcio ou outro motivo, 1se os fatos determinantes foram apurados em processo administrativo regular, com a observncia dos princpios da legalidade objetiva, da oficialidade, do informalismo, da verdade material, da garantia da ampla defesa e do julgamento objetivo."(Juiz Jos Delgado in AC n. 29169-AL - TRF 5 . Regio) 40 . O Ministro do Superior Tribunal de Justia, S.T.J., na sua lio lapidar acrescenta: "A homenagem ao devido processo legal um comportamento da Administrao Pblica que se insere no cultivo democracia e respeito ao direito do cidado." (idem, idem, idem). H um vnculo nascido do exame feito pela administrao dos pressupostos necessrios para o deferimento do pedido, que cria uma situao concreta e um direito subjetivo para a pensionista , cujo desfazimento, sem processo regular de reviso para apurar irregularidades talvez existentes, determina violao de direito sujeito ao controle do Poder Judicirio. Por conseguinte, tal ilegalidade do 325 administrativo que concedeu a penso da Impetrante, no se verificou de forma clara e transparente, eis que inexiste o !1H7!5 95(1''5 )1C3)@ portanto improcede o ato de des%a?imento desta penso. ^161N23J 91H7!1N(73975.(3N(1)361N25 !1 35'1N23!5973. 34'IN(73 !1 !1H7!5 95(1''5 )1C3). '1N21N(3 63N27!3. 1. O cancelamento de aposentadoria previdenciria s pode ocorrer, por suspeita de fraude ou qualquer outro motivo, se os fatos determinantes foram 4- Juiz Jos Delgado in AC n. 29169-AL - TRF 5 . Regio. 2- apurados em processo administrativo regular, com a observncia dos princpios da legalidade objetiva, da oficialidade, do informalismo, da verdade material, da garantia da ampla defesa e do julgamento objetivo. 2. A homenagem ao devido processo legal um comportamento da administrao pblica que se insere no cultivo democracia e respeito ao direito do cidado. 3. H entre o ato de concesso de beneficio de aposentadoria omitido pela autarquia previdenciria e o segurado um vnculo nascido do exame feito pela administrao dos pressupostos necessrios para o deferimento do pedido, que cria unia situao concreta e um direito subjetivo para o beneficirio, cujo desfazimento, sem processo regular de reviso para apurar irregularidades ditas existentes, determina violao de direito sujeito ao controle do Poder Judicirio. 4. Tema sumulado (Smula n 160) pelo ento e egrgio Tribunal Federal de Recursos. 5. A simples investigao sumria feita por um s Inspetor, sem forma de juzo administrativo, no satisfaz s exigncias do devido processo legal 6. Sentena Mantida. (AC. N 29169-AL (RE 93.05.20884-3), Rel. Juiz JOS DELGADO, TRF 5 REGIO, 2 T. DJ. S. II. DE 29.04.94, PG. 19461). "EMENTA:MANDADO DE SEGURANA. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA. INVALIDEZ. REDUO. AMPLITUDE DE DEFESA. 1. - 3 ausWncia do devido processo legal onde se garanta@ inclusive@ o direito a amplitude de defesa@ &ice ao &loqueio@ cancelamento ou reduo de &enef#cio previdencirio. recedentes "urisprudenciais. (F-MM@ art. ,V.@ )7H e )H. 2. - Apelao improvida." (AMS n. 50.231-PB, (95.05.21583-5), TRF 5. Regio, 28. Turma, Rei. Juiz PETRUCIO FERREIRA, Julgado em 19.12.95, DOU de 15 de maro de 1996 41 ). Constitucional E PREVIDENCIRIO. SUSPENSO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. BENEFCIO CONCEDIDO H MAIS DE 5 ANOS. DECISO UNILATERAL DO I.N.S.S. FERIMENTO AO ART. 5 LIV DA CF/88. SMULAS NS. 217/STF E 160/TFR. 1. - A Constituiao Federal de 1988 (art. 5., LIV), estabelece que "ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal". 2. - Qualquer que seja a aposentadoria que foi requerida e deferida (por invalidez, por idade, por tempo de servio), para vingar a sua suspenso, cancelamento ou cassao, deve-se sempre observar o devido processo legal e o contraditrio, seja no mbito administrativo ou judicial, assegurada ao beneficirio a ampla defesa. 41 AMS n. 50.231-PB, (95.05.21583-5), TRF 5. Regio, 28. Turma, Rel. Juiz PETRUCIO FERREIRA, Julgado em 19.12.95, DOU de 15 de maro de 1996. 21 3. - "Tem direito de retornar ao emprego, ou ser indenizado em caso de recusa do empregador, o aposentado que recupera a capacidade de trabalho dentro de cinco anos, a contar da aposentadoria, que se torna definitiva aps esse prazo". (Smula n. 217 do STF) 42 4. - Precedentes jurisprudenciais (STJ, TRFs da 2., 3. e 5. Regies e do extinto TFR). Inteligncia da Smula n. 160, do Egrgio TFR. 5. - Apelao e remessa oficial imprvidas." AMS n. 45.768-PB, (94.05.30863-7), ReI. Juiz GERALDO APOLIANO, TRF 5. Regio, 3. Turma, v.u., DJU de 17.05.96, Julg. em 25.04.96 43 ). ^161N23J 91H7!1N(7G975. (3''3N<5 !1 35'1N23!5973. !1H7!5 95(1''5 )1C3). . ? !esprovido de validade "ur#dica o ato que cassa aposentadoria@ sem assegurar a o&servSncia do devido processo legal. =. ? 3pelao e remessa imprvidas. (AMS n. 51.860/PB, 95.05.29826-9, Rei. Juiz ARAKEN MARIZ, 2. Turma, TRF 5. Regio, v.u., Seo II, DJU de 10.05.96, pg. 29.960) 44 ^161N23J 3!67N7'29327H5. 95(1''43) (7H7) 1 91H7!1N(7G975. 7N!1F19761N25 !3 7N7(73). 7N(3;761N25 !5 63N!3!5 !1 '1C493N(3. '4'1N'<5 !1 35'1N23!5973 59 7NH3)7!1] '16 5 !1H7!5 95(1''5 )1C3). ':64)3 N*. .BA !5 1_27N25 2F9. O ato da autoridade administrativa que suspendeu o pagamento da aposentadoria por invalidez do segurado, sem o devido processo legal, d ensejo a impetrao de mandado de segurana. No se trata de questionar a validez ou invalidez do beneficirio como entendeu o Douto Magistrado para justificar o indeferimento da inicial, alegando impropriedade da via eleita. A ningum poder ser suprimido direito sem a observncia do Gue process o3 la7", quer seja no mbito administrativo ou judicial, no qual no se assegure a ampla defesa ao prejudicado. Apelao provida." (AMS n. 48.841/PB, 95.05.10923-7, Rel. Juiz JOS MARIA LUCENA, 3. Turma, TRF 5. Regio, v.u., DIU de 07.06.96, Seo II, pg. 38.744) 45 ^161N23J 91H7!1N(7G975. !67N7'29327H5. (3N(1)361N25 !1 ;1N1FZ(75 !1 35'1N23!5973 59 7NH3)7!1]. !1'91'1725 35 97N(Z75 !5 (5N293!72\975. 42 Smula n. 217 do STF. 43 AMS n. 45.768-PB, (94.05.30863-7), ReI. Juiz GERALDO APOLIANO, TRF 5. Regio, 3. Turma, v.u., DJU de 17.05.96, Julg. em 25.04.96. 44 AMS n. 51.860/PB, 95.05.29826-9, Rei. Juiz ARAKEN MARIZ, 2. Turma, TRF 5. Regio, v.u., Seo II, DJU de 10.05.96, pg. 29.960. 4/ AMS n. 48.841/PB, 95.05.10923-7, Rel. Juiz JOS MARIA LUCENA, 3. Turma, TRF 5. Regio, v.u., DIU de 07.06.96, Seo II, pg. 38.744. 22 de se anular ato que suspendeu ou cancelou beneficio previdencirio, sem a observncia do devido processo legal. Remessa oficial improvida." (Remessa EX OFCIO em MS no. 53.530-PB, 96.05.05563-5, ReI. Juiz FRANCISCO FALCO, 1., Turma, TRF 5. Regio, v.u., Seo II, DJU de 17.05.963, pg. 32.121). 46 ^161N23J (5N'2724(75N3) 1 91H7!1N(7G975. (3N(1)361N25 54 '4'1N'<5 !1 35'1N23!5973. 34'IN(73 !5 !1H7!5 95(1''5 )1C3). ..? Em face do disposto no Inciso LV do art. da Constituio Federal vigente, nulo o ato que cancelou ou suspendeu o beneficio previdencirio do impetrante, sem lhe dar oportunidade para oferecimento de defesa. 2. - Improvimento da apelao e da remessa oficial" (AMS n. 48.930-PB, 95.05.11387-O, Rel. Juiz ARAKEN MARIZ, 2. Turma, TRF 5. Regio, fls. 51, v.u., Julg. em 30.11.95) 47 . Se o Poder Judicirio , em todos os seus rgos e ramificaes, a partir do Supremo Tribunal Federal, est sujeito essa regra e sob pena de nulidade deve fundamentar suas decises, mesmo as de carter administrativo, minsculas comisses do ramo administrativo do Poder Pblico dela estaro libertos, especialmente quando se proponham a regular direitos de servidores, adelgaando e mutilando de maneira discriminatria, arbitrria e imotivada vantagens assentadas em lei?. Segundo doutrina consagrada, a razoabilidade das leis se insere no conceito do devido processo legal, Couture, Estudios de Derecho Processual Civil, 1948, I, p. 56 e 57; 48 Linares, El Debido Processo Como Garantia Innominada en la Constitucion Argentina, Razonabilidade de Las Leyes, 1970 49 , passim. Siqueira Castro, O Devido Processo Legal e a razoabilidade das Leis na Nova Constituio do Brasil, 1989 50 , passim* INCAPACIDADE PARA O EXERCCIO DO PTRIO PODER, TUTELA OU CURATELA No que se refere a incapacidade para o exerccio do ptrio poder, tutela ou curatela, temos que plenitude das faculdades morais e intelectuais, o direito sentiu, em todos os tempos, em todas as partes do mundo civilizado, a necessidade de dar uma proteo especial aos que, ainda no atingiram o estgio definitivo de completa capacidade para gerir a sua pessoa e administrar os seus bens. Perquirindo as 41 MS no. 53.530-PB, 96.05.05563-5, ReI. Juiz FRANCISCO FALCO, 1., Turma, TRF 5. Regio, v.u., Seo II, DJU de 17.05.963, pg. 32.121. 45 AMS n. 48.930-PB, 95.05.11387-O, Rel. Juiz ARAKEN MARIZ, 2. Turma, TRF 5. Regio, fls. 51, v.u., Julg. em 30.11.95. 46 Couture, Estudios de Derecho Processual Civil, 1948, I, p. 56 e 57. 40 Linares, El Debido Processo Como Garantia Innominada en la Constitucion Argentina, Razonabilidade de Las Leyes, 1970. /- Siqueira Castro, O Devido Processo Legal e a razoabilidade das Leis na Nova Constituio do Brasil, 1989. 23 diversas legislaes civis, saliente a diversidade na fixao da idade, em que cessa a menoridade (os 21 anos do nosso direito constituem, entretanto, sem dvida, o marco mais generalizado), universal a regra de que aos menores, incapazes - absolutamente enquanto impberes e, sobrevindo a puberdade, relativamente -, no facultado o livre e absoluto governo da sua vida no podendo, por si ss, dispor do que seu. Enquanto vivos os pais, permanecem sujeitos ao ptrio poder; se lhes faltam pai e me, ou quando esta convola segundas npcias, o rfo posto sob tutela. Como a tutela, a curatela um encargo; encargo pblico, que a lei confere a uma pessoa para direo de outra sem capacidade civil ou com relativa incapacidade, e para administrar os bens do curatelado. Difere da tutela em que o sujeito passivo, a pessoa que se submete curatela, no , necessariamente, um menor, como sucede com o tutelado; afora o caso especial, em que a curatela se firma para proteo de quem est por nascer, ou de menor pbere, a ela se submetem maiores. Alis, Clvis Bevilcqua d esta definio: "Curatela o encargo pblico conferido por lei, a algum, para dirigir a pessoa e administrar os bens dos maiores que por si no possam faz-lo". A curatela e ter, de outro lado, uma extenso menor do que a da tutela, no que concerne aos poderes de quem a exerce, relativamente pessoa e aos bens de quem a suporta. Muita vez, a incapacidade se reduz administrao dos bens e, no raro, ainda se limita disposio dos mesmos, sua alienao ou onerao - situao comum nos casos dos prdigos, dilapidadores das prprias fortunas. Como a tutela, a curatela instituto de proteo e amparo ao incapaz; uma diferena a assinalar se o tutor pode ser nomeado pela vontade do homem, o pai ou a me, que, interessados no futuro dos filhos, lhes escolhem quem consideram mais apto ao exerccio do encargo, o curador no pode ser, assim, escolhido; a lei estabelece o critrio para a sua nomeao pelo juiz, o que tambm ocorre com o tutor, mas em carter supletivo, isto , quando no o designou o pai, ou a me, que deixa o filho rfo. Confirmar-se a impresso, j consignada, de que a curatela se apresenta sob formas as mais variadas com maior ou menor amplido da do curatelado dependendo de situaes muito diversas e para finalidades, que se mostram bem diferentes De geral, s h a realidade de ser um instituto de proteo queles que se no acham em condies de poder tomar conta da sua pessoa e dos seus bens, ou somente destes. H, alm disso, a possibilidade de submeter curatela menor pbere, sujeito a ptrio poder, ou tutela, quando se apresente em condies tais de incapacidade que se fora maior, seria submetido curatela; o art. 447, n I, do Cdigo Civil, no deixa dvidas a respeito. A razo intuitiva: completando os dezesseis anos o menor, de absolutamente incapaz, passa a s-lo s relativamente, e poder, pessoalmente, praticar atos jurdicos, alguns, mesmo sem assistncia do representante legal; se, pois por loucura, toxicomania, surdo-mudez, ou outra 24 causa surge a convenincia de afirmar a incapacidade absoluta do menor pbere, deve ser submetido curatela de efeitos mais eficientes que o ptrio poder ou a tutela, e nos casos de crime dolosos contra filho, tutelado ou curatelado, havendo condenao criminal aplica-se o efeito da incapacidade para o exerccio do ptrio pode, tutela ou curatela. A antiga pena acessria de interdio para o exerccio do ptrio poder, tutela ou curatela foi tratada na Reforma Penal de 1984 pela Lei n 7.209, como efeito da condenao nos crimes contra filho, tutelado ou curatelado. A interdio podia ser permanente ou temporria (antigo art. 69, II, do CP/40); atualmente, o efeito da condenao permanente, s podendo ser suspenso mediante reabilitao e ainda assim vedado o retorno situao anterior. A lei exige, para o reconhecimento por sentena do efeito da condenao consistente na incapacidade para o exerccio do ptrio poder, tutela ou curatela, que se trate de crime doloso e que a vtima seja filho, tutelado ou curatelado. Quando a condenao for por crime culposo, portanto, no cabe a sano. Alguns julgados nos do conta dessa assertiva: "Me que favorece a prostituio da prpria filha claramente no tem mais condies de exercitar o ptrio-poder, que segundo novo conceito, um autntico ptrio-dever. (TJSP, REL. CAMARGO SAMPAIO, RT 519/328) 51 . "Atentando contra a liberdade sexual da prpria filha, o comportamento do agente revela insensibilidade moral e total incapacidade para o exerccio do ptrio-poder, sendo de se lhe aplicar, como efeito da condenao, a pena de desituio deste. (TJSP__Rel. Jarbas Mazzoni___RT 639/292) 52 . " manifesta a incompatibilidade existente entre o exerccio do ptrio-poder, que o ru exerce sobre a filha, e a condenao imposta pelo fato, sobremaneira gravssimo, de hav-la estuprado e sujeit-la a prtica de atos libidinosos. E nem se alegue que tal providncia encontra bice no art. 2 do CP, pois a vingar tal entendimento, deixaria de se aplicar norma que, antes de tudo, de ordem pblica. Como pena acessria ou efeito da condenao, o fato que, a toda evidncia, est o apelado manifestamente impossibilitado de exercer os direitos inerentes ao ptrio-poder, por lhe faltar aquelas condies tico-morais, que so os fundamentos impostergveis a que isso ocorra. (TJSP, Rel. Nlson Fonseca___RJT/SP 111/505) 53 . /1 &JSP( R%!* CAMARG' SAMPAI'( R& /10/326* /2 &JSP::Rel* Jar;as Mazzoni:::R& 130/202* /3 &JSP( Rel* $<lson Fonseca:::RJ&/SP 111//-/* 2/ Ressalte-se que pela Reforma Penal exige que o crime doloso seja punvel com a pena de recluso, em qualquer quantidade. Quer isso dizer que necessrio que a pena cominada abstratamente seja de recluso, pouco importando qual a pena efetivamente aplicada, ou se o agente se beneficiou com a suspenso condicional da pena (sursis) ou com com a substituio por pena de deteno, multa ou restritiva de direito. (9728975 !1 3)7(3N<5 !3 '3NN<5J A incapacidade no decorre automaticamente da condenao, como corolrio desta, pois deve ser declarada motivadamente na sentena (art. 92, nico do CP). Exige-se, assim, o exame dos requisitos objetivos e subjetivos do fato, e a declarao deve ser reservada aos casos de maior gravidade, em que resulte do crime, incompatibilidade com o exerccio do ptrio-poder, tutela ou curatela ou abuso de autoridade do seu titular. A Reforma Penal de 1984 (Lei n 7.209) converteu a antiga pena acessria de interdio para o exerccio do ptrio-poder, tutela ou curatela (art. 69, II do CP), que constitui efeito da condenao. Embora tenha havido modificao na natureza jurdica dessa interdio, o fato que na prtica ambas conduzem para o mesmo fim e tm as mesmas conseqncias no campo meramente objetivo, qual seja, a de tornar incompatvel o exerccio civil do direito e dever do ptrio-poder, diante de uma sentena condenatria. A pena acessria, com a Lei n 7.209/84, desapareceu do Cdigo Penal. E nem se argumente que, na hiptese, no persistiria a incapacidade do imputado para o exerccio do ptrio-poder sobre os filhos como efeito da condenao, semelhana do que j foi decidido em caso de interdio. A incapacidade permanente. Valem os conceitos e ditames legais para os casos de tutelados ou curatelados. 7N3;7)723N<5 393 !797C79 H1Z(4)5J Trata o art. 92, inciso III do CP do efeito da condenao, dependente de declarao judicial motivada, aplicvel quando utilizado algum veculo como meio para a prtica de crime doloso. A inabilitao tem efeito permanente, vigorando at que o condenado se reabilite. A sano tem semelhana, mas no confunde com a pena restritiva de direitos, sendo esta temporria. Esta aplicada em casos de crimes culposos de trnsito. As penas restritivas esto elencadas no art. 43, V, para o caso ora estudado e a temporariedade da restrio para dirigir veculos (em caso de crime culposo), vem estampado no art. 47, inciso III, todos do Cdigo Penal. ;7;)75C93F73J 1* ALFRADIQUE, Eliane, Uma Viso Geral sobre o artigo 5 da Constituio da Repblica in www.tex.pro.br . 21 2. BARROSO, Luis Roberto, A Prescrio Administrativa no Direito Brasileiro antes e depois da Lei n 9.873/99, Revista Dilogo Jurdico. 3. BASTOS, Celso Ribeiro, Curso de Direito Constitucional, Saraiva, 1989, 11 ed., p.278. 4. BENDA, Ernesto, Manual de Derecho Constitucional, Madri. 5. CAMPOS, Francisco, Direito Adiministrativo, vol. II, p. 93. 6. CAVALCANTI, Themstocles Brando, STF, Pleno, mv, Rel. DJU de 17/06/68, p. 02228. 7. CRETTON, Dcio, in Estatuto da Magistratura Brasileira, pp. 165/166, Saraiva, 1980. 8. COUTURE, Estdios de Derecho Processual Civil, 1948, I, pp. 56/57. 9. 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