GA - Apostila de Coordenadas Polares
GA - Apostila de Coordenadas Polares
GA - Apostila de Coordenadas Polares
CURSOS DE ENGENHARIA
ndice
2
6
8
10
11
16
17
19
23
25
29
33
OA = eixo polar.
r = raio polar ou raio vetorial do ponto P.
= ngulo polar ou ngulo vetorial do ponto P.
r e = so as coordenadas polares do ponto P e indicados pelo par ordenado P r , .
90
P r,
r
O
A reta que passa pelo plo e perpendicular ao eixo polar chama-se eixo a 90 . O
ngulo o ngulo de rotao do eixo polar (semi-reta OA ) at a semi-reta OP . Se esse
movimento feito no sentido anti-horrio, consideramos positivo, se esse movimento feito no
sentido horrio, consideramos negativo (o ngulo medido como em trigonometria).
O ngulo medido em graus () ou em radianos (rad).
) (
Exemplos: P 2, 5 ; P 3, 2 .
Obs.: Quando o ngulo dado em radianos, no indicamos a unidade de medida (rad) no par
ordenado.
( )
P 2, 3
= P 2, 3 rad
3/4
90
60 420 -5/3
B
ADG
D(3, 420);
E(0, 180);
F(2, 0);
ECO
0
330
G(3, -5/3).
Observaes:
1) Um par (r, ) representa o plo se, e somente se, r = 0 e um ngulo qualquer.
2) Existe uma infinidade de pares de coordenadas polares associados ao mesmo ponto. o caso dos
seguintes pontos coincidentes:
A(3, 60) D(3, 420) G(3, -5/3).
Todos estes pontos coincidem com o par (3, /3 + 2k) ou (3, 60 + k.360), k Z.
Isto , qualquer que seja o par P(r, ), este ir coincidir com o par P(r, + 2k), k Z.
90
P(2, 30)
30
P(-2, 30)
Obs.: Se tomarmos R(2, 390) e R(-2, 210), observamos que tanto R como R so coincidentes
com P (R R P). Perceba que 390 = 30 + (2)180 e que 210 = 30 + (1)180.
90
R R P(2, 30)
30
R(-2, 30 + (1)180).
De uma forma geral, P(2, 30) coincide com qualquer
ponto de coordenadas (-2, 30 + n.180), n mpar.
Resumindo, P(2, 30) coincide com qualquer ponto de coordenadas ( (-1)n .2, 30 + n.180 ), n Z.
Dados dois pontos P(r p , p ) e Q(rq , q ) , dizemos que P Q se, e somente se, existe n Z tal que:
rq = (1) n r p
q = p + n
Observaes:
1) O par ordenado (r, ) de um ponto P dito par principal de P se, e somente se, r 0 e 0 < 2.
2) Convencionamos que o par principal do plo O (r, ) com r e nulos, isto , O(0, 0).
Exerccio:
+ n ), n Z }.
2
3 = ( 1 ) n 3
11
10
n = 5
n =
= + n
2
2
2
CONJUNTO ABRANGENTE
{(
Seja
f (r , ) = 0
A = f ( 1) r , + n = 0
n
uma
equao
polar
de
uma
curva
C.
conjunto
n o conjunto abrangente de C.
( 1)n r 3 2sen( + n) = 0 .
Se n par, ento:
( 1)n r 3 2sen( + n) = 0
Se n mpar, ento:
( 1)n r 3 2sen( + n) = 0
r 3 + 2 sen() = 0
uma equao diferente para a curva C.
r + 3 2 sen() = 0 .
Encontramos
r 3 2 sen() = 0 .
5
-3
-1
-3
-1
Em detalhes...
Sabemos que uma circunferncia de centro na origem e raio 5 tem equao cartesiana dada por:
x 2 + y 2 = 25 .
r 2 = 25
Observao:
P(r, ) P(x, y)
y
r
y
x
e sen() = .
r
r
x = r cos()
Considere x 0:
y rsen() sen()
y
=
=
= tg () tg () =
= arctg y .
x
x r cos() cos()
x
Da, r 2 = x 2 + y 2 r = x 2 + y 2 .
As equaes que relacionam coordenadas polares para coordenadas retangulares so:
= arctg y
x
r = x 2 + y 2
P(y, 90)
P(-y, 90)
Exemplos:
3
= 30 e r = 9 + 3 = 2 3 . Como P 1 quadrante, ento r = 2 3 .
= arctg
3
Logo, P( 2 3 , 30) a representao em coordenadas polares.
2) Determinar as coordenadas polares, par principal, de P(0, -5) dado em coordenadas retangulares.
Como P pertence ao semi-eixo y negativo ento = 270 e r = 5.
principal.
SIMETRIAS DE PONTOS
-
r
0
P(r, -)
270
2) Simetria em relao ao eixo a 90.
90
P(r, - )
P(r, )
r
180
( - )
270
3) Simetria em relao ao plo:
( + )
180
P(r, )
r
P(r, + )
270
10
EQUAO DA RETA
1 caso: Reta que passa pelo plo.
A caracterstica deste tipo de reta que o ngulo polar , de qualquer ponto desta reta, ser sempre
o mesmo, para todo raio polar r .
= , onde constante.
90
y = tg ( )x
y
y
= tg ( ) = arctg .
x
x
90
s
45
A reta s conhecida como 1 bissetriz ou bissetriz dos quadrantes mpares, ela tem uma equao
polar do tipo = 4 .
Obs.: = 4 + n, n , tambm serve como equao polar para esta reta. De fato, todos os
Segue ento que = + n, n , tambm uma equao para reta que passa pelo plo.
11
Vamos determinar uma equao para uma reta s, que no passa pelo plo. Observe a figura abaixo:
90
P(r, )
r
-
180
N(p, )
270
Considere P(r, ) um ponto sobre s. Seja n a reta normal (ou perpendicular) a reta s que passa
pelo plo O. Seja N(p, ) o ponto de interseco entre s e n.
Usando razo trigonomtrica (cosseno) no tringulo retngulo, chegamos na equao polar da reta s:
r cos( ) = p
Exemplo:
90
N(2, 30)
O
30
12
(1)
1 1
3
= cos() +
sen() .
r 4
4
cos( )
=
( )
1
4
3
4
p
4
cos( ) 1
= , tem-se:
p
4
90
N(2, 60)
60
O
s
0
13
1
2
2
=
cos()
sen() .
r
2
2
p
2
. Assim, tg ( ) = 1 , ou seja, = arctg ( 1) = 45 .
(
)
sen
=
p
2
Substituindo = 45 em
cos( )
2
=
p
2
cos( )
2
=
, tem-se:
p
2
2
cos( 45)
2
=
p
2
2
p = 1 . Logo, N (1, - 45) .
2
2 =
90
t
- 45
N(1, -45)
1
2
2
=
cos()
sen() em coordenadas
r
2
2
cartesianas.
1
2
2
2
2
2
2
=
cos()
sen() 1 =
r cos()
rsen() 1 =
x
y
r
2
2
2
2
2
2
Logo, t:
2 x 2 y = 2.
14
90
90
N ( p,0), p > 0 .
N ( p,0), p < 0 .
O
p
rcos()= p, p > 0 .
rcos() = p, p < 0 .
90
N ( p,90), p > 0 .
p
O
0
N ( p,90), p < 0 .
rsen()= p, p > 0 .
rsen() = p, p < 0 .
rsen() = 2 e s:
rsen() = -3.
-r = 4cossec().
15
Vamos usar as lei dos cossenos para determinar a distncia entre dois pontos.
a 2 = b 2 + c 2 2bc cos()
a
Seja d a distncia entre os pontos P (rp , p ) e Q (rq , q ) na figura abaixo.
90
P (rP , P )
d
rP
P Q
180
rQ
Q (rQ , Q )
0
O
270
d=
(r ) + (r )
2
2rp rq cos ( p q )
Exerccio 2: Um quadrado com centro na origem tem como um dos vrtices o pontos A 3, 60 .
Determine:
16
Considere uma circunferncia de centro T (c , ) com raio a > 0. Seja P (r , ) um ponto qualquer
desta circunferncia, como na figura:
90
P
a
r
c
180
T
0
O
270
(1)
(2)
17
90
a
P(r, )
T(a, 0)
Raio: a
T(a, 90)
Raio: a
18
Limaon
Esta curva, tambm conhecida como Caracol, possui equao polar do tipo:
r = a + b cos( ) ou r = a + bsen() ,
a = b (cardiide)
r = 2 2 cos ( )
r = 3 2 sen ( )
Exemplos:
r = 1 + 2sen()
-1
-3
-4
-1
-5
19
Roscea
Possui equao polar do tipo:
r = a cos(n) ou r = asen(n) ,
onde a 0 e n Z * , com n 1 .
Se n par a roscea tem 2n ptalas e se n mpar a roscea tem n ptalas.
O espaamento entre os eixos das ptalas dado por 360 0 p , onde p o nmero de ptalas.
Exemplos:
r = 2 cos(2)
r = 2 sen(2)
r = 2 cos(3 )
r = 2 sen(3)
r = 2 sen(5)
r = 2 cos(4)
20
Lemniscata
Possui equao polar do tipo:
r 2 = a cos(2) ou
r 2 = asen(2) ,
onde a 0 .
Observe a variao de :
Exemplos:
r 2 = 9 cos(2)
r 2 = 9sen(2)
r 2 = 4 cos(2)
r 2 = 4sen(2)
21
Espiral de Arquimedes
Possui equao polar do tipo:
r = k ,
onde k 0 .
Se 0 a espiral se desenvolve no sentido anti-horrio e se 0 a espiral se desenvolve no
sentido horrio. Diferentemente das outras curvas clssicas, a espiral tem extenso ilimitada, isto ,
se , ento r . Desta forma, o seu grfico no se encontra contido numa circunferncia
de raio finito.
Exemplos:
r = , 0 2
r = , 2 0
r = , 2 2
22
II)
= 0 r = 0 P(0, 0).
r = -1 P(-1, )
2
2
= r = -2 P(-2, ).
3
3
r = -1 P(-1,
)
2
2
II) Simetrias:
Eixo polar: Substitua por - e verifique se h alterao na equao da curva:
23
III) Extenso:
Como a curva simtrica em relao ao eixo polar, basta atribuir valores conhecidos de entre 0 e
180. Faa a reflexo desta parte da curva obtida em relao ao eixo polar.
=
r = -1 + cos
P(r, )
0
30
45
60
90
120
135
150
180
-1 + cos(0) = 0
-1 + cos(30) -0,13
-1 + cos(45) -0,29
-1 + cos(60) = -0,5
-1 + cos(90) = -1
-1 + cos(120) = -1,5
-1 + cos(135) -1,71
-1 + cos(150) -1,87
-1 + cos(180) = -2
A(0, 0)
B(-0,13, 30)
C(-0,29, 45)
D(-0,5, 60)
E(-1, 90)
F(-1,5, 120)
G(-1,71, 135)
G(-1,87, 150)
I(-2, 180)
V) Esboo grfico:
90
120
60
135
45
150
180
30
A
C
D
I
E
F
24
Este procedimento somente vlido quando identificamos rapidamente a curva pela forma da sua
equao polar.
Limaon
Equao polar:
r = a + bcos() ou r = a + bsen() ; a * e b *.
A primeira equao de uma curva simtrica em relao ao eixo polar (cos) e a segunda, uma curva
simtrica em relao ao eixo a 90 (sen).
Para o traado rpido da Limaon suficiente o primeiro item do roteiro de traado de curvas
(interseco com os eixos e com o plo).
1 caso Limaon com lao (|a| < |b|).
Exemplo: r = 1 2cos().
Exemplo: r = 2 2cos().
Exemplo: r = 4 + 3cos().
25
Roscea
Equao polar:
26
Lemniscata
Neste caso, a = 9 > 0. Ento: cos(2) > 0 90 < 2 < 90 45 < < 45 .
27
Espiral de Arquimedes
28
Vamos recordar, inicialmente, como determinar intersees entre duas curvas em coordenadas
cartesianas.
Exemplo 1: Determine os pontos de interseo entre as curvas C1 : y x 1 = 0
C2 : y x + 1 = 0 .
2
y x 1 = 0
Queremos encontrar a(s) soluo(es) do sistema S :
.
2
y x +1 = 0
S :
S
:
2
2
y x +1 = 0
y = x 1
( x + 1) = x 2 1
x + 1 x2 + 1 = 0 x2 + x + 2 = 0 .
1 + 3
x = 2 = 1
b 1 3
.
x=
=
1
3
2
2a
x =
=2
2
Substituindo o valor de x = 1 em qualquer das equaes de S, obtemos: y = 0 .
Substituindo o valor de x = 2 em qualquer das equaes de S, obtemos: y = 3 .
As solues (intersees) encontradas so P = ( x, y ) = ( 1, 0 )
P = ( x, y ) = ( 2, 3) ,
29
r 3 = 0
Queremos encontrar a(s) soluo(es) do sistema S :
.
r 6sen ( 2 ) = 0
Resolvendo este sistema por substituio (semelhante ao exemplo anterior)...
r 3 = 0
r = 3
S :
S :
r = 6sen ( 2 )
r 6 sen ( 2 ) = 0
Substitua o valor de r = 3 na equao r = 6sen ( 2 ) :
3 = 6sen ( 2 ) sen ( 2 ) =
2 = 30 = 15 ou
3
1
sen ( 2 ) =
.
6
2
2 = 150 = 75
30
{C1A : r = 3,
C1B : r = 3} .
{C
2A
: r = 6 sen ( 2 ) , C2 B : r = 6sen ( 2 )} .
Agora vamos calcular as intersees, duas a duas, entre as equaes dos conjuntos abrangentes:
Intersees de C1 A : r = 3 com C2 A : r = 6 sen ( 2 )
r = 3
. J calculamos esta interseo anteriormente e encontramos P1 ( 3, 15 ) e
r = 6sen ( 2 )
P2 ( 3, 75 ) .
Intersees de C1 A : r = 3 com C2 B : r = 6sen ( 2 )
r = 3
.
r = 6sen ( 2 )
3 = 6sen ( 2 ) sen ( 2 ) =
2 = 210 = 105
3
1
sen ( 2 ) =
.
6
2
2 = 330 = 165
r = 6sen ( 2 )
31
3 = 6sen ( 2 ) sen ( 2 ) =
2 = 210 = 105
3
1
sen ( 2 ) =
.
6
2
2 = 330 = 165
r = 6sen ( 2 )
3 = 6sen ( 2 ) sen ( 2 ) =
2 = 30 = 15
3
1
sen ( 2 ) =
.
6
2
2 = 150 = 75
32
FRMULAS DA TRIGONOMETRIA
Razes trigonomtricas num tringulo retngulo:
( )
1) sen(B ) = b .
a
4) cossec B =
2) cos(B ) = c .
a
5) sec B =
( )
( ) =b.
3) tg ( B ) =
c
cos ( B )
sen B
( )
( )
sen B
1
( )
cos B
6) cotg B =
a.
b
a.
c
c
= .
b
( )
tg B
b
A
Conseqncias da (R.T.F.):
sen 2 ( x ) + cos 2 ( x ) = 1,
a) 1 + tg 2 ( x ) = sec 2 ( x ) .
x .
b) 1 + cotg 2 ( x ) = cossec2 ( x ) .
30
45
60
seno
12
2 2
3 2
cosseno
3 2
2 2
tangente
3 3
Frmulas de adio/subtrao.
12
Frmulas de multiplicao.
Frmulas de diviso.
2tg (a ) .
1 tg 2 (a )
Transformao em produto.
1) sen a = 1 cos( x ) .
2
2
a
1 cos( x )
3) tg =
=
1 + cos(x )
a b
a +b.
cos
2
2
a +b
a +b.
2) cos (a ) cos (b ) = 2 sen
sen
2
2
3) tg (a ) tg (b ) = sen(a b ) .
cos(a ) cos (b )
1) sen(a ) sen(b ) = 2 sen
2) cos a = 1 + cos( x ) .
2
2
90
sen( x )
1 cos( x ) .
=
1 + cos(x )
sen( x )
Do 3 para o 1:
Do 4 para o 1:
sen( x ) = sen( x ) .
sen( + x ) = sen(x ) .
cos( + x ) = cos( x ) .
tg ( + x ) = tg ( x ) .
sen(2 x ) = sen( x ) .
cos(2 x ) = cos(x ) .
tg (2 x ) = tg ( x ) .
cos( x ) = cos( x ) .
tg ( x ) = tg ( x ) .
C
a
( )
sen A
( )
sen B
( )
sen C
b
a 2 = b 2 + c 2 2bc cos() .
33