Dom. Pernety - Maçonaria - Ritual Alquimico Secreto
Dom. Pernety - Maçonaria - Ritual Alquimico Secreto
Dom. Pernety - Maçonaria - Ritual Alquimico Secreto
Dom Pernety
Composto em 1770
DECORAO DA LOJA:
(DEUS CRIA)
N P
(NATUREZA PRODUZ)
A M
(ARTE MULTIPLICA)
SINAL:
O primeiro trazer a mo direita em esquadro sobre a boca; a resposta
fazer o mesmo com a esquerda, deixando cair sobre o ventre as duas mos
cruzadas e olhar o cu e a terra.
TOQUE:
O toque pegando as duas mos e beijando as duas faces e a fronte.
PALAVRA SAGRADA:
J E H O V A, que se pronuncia j.e.h.o.v.a.
1Faltam
PALAVRA DE PASSE:
METRATON (inteligncia que preside os metais).
O NOME:
O nome AMATORE, que significa a inteligncia que preside os metais.
A MARCHA:
Partir-se- do ocidente tendo a mo esquerda em esquadro sobre a boca e
empunhando com a direita a baqueta; avanando em direo ao oriente dar-se-
um passo de aprendiz, um de companheiro, e um de mestre; colocar-se- os ps
em esquadro, cruzar-se- as mos sobre o ventre e saudar-se- o Sapientssimo
e todos os acadmicos esquerda e direita.
A ORDEM:
A ordem de cruzar as mos sobre o ventre, havendo a baqueta na direita.
A BATERIA:
Se batem dez golpes deste modo: 1.2.4.3.
(0, 00, 0000, 000)
ESTATUTO:
ART. 1
A Academia poder conter um mximo de quinze (irmos); ter suas
sesses pelo menos uma vez por ms.
ART. 2
Nenhum maom ser admitido se no passou por qualquer grau filosfico,
como o da guia negra, do sol e da ROSA+CRUZ e se no for cristo
discretamente sapiente.
ART. 3
Cada acadmico ser obrigado, por turno, a fazer uma dissertao sobre
um argumento proposto pela Academia, e as dissertaes, como as
deliberaes, os discursos e recepes sero registradas e escritas nos caracteres
maons adotados pela Academia, os quais se encontram no final deste grau.
ART. 4
Cada acadmico ser obrigado sempre a levar consigo a pequena jia da
Academia e a apresentar-se pontualmente s sesses, a menos que afazeres
indispensveis o impeam, e neste caso sero obrigados a dizer as razes que
tiveram para ausentar-se, sob pena de trs liras de ressarcimento em favor dos
pobres.
ART.5
Haver um tronco destinado para os ressarcimentos e uma caixa onde
cada co-irmo ser obrigado a colocar todos os anos um "Luigi de 24K, para
as manipulaes, e onde os escritos da ordem sero fechados; este tronco e esta
caixa tero 3 fechaduras, das quais uma chave estar nas mos do
Sapientssimo, a outra com o primeiro Sbio e a terceira com o Segundo Sbio,
e no podero abrir-se seno quando a Academia estiver reunida.
ART.6
Se qualquer acadmico adoece, todos os outros sero obrigados a visit-lo
uma vez por dia e a prestar todo o socorro espiritual do qual poderia ter
necessidade.
ART.7
Um dos acadmicos, vindo a falecer, cuidar-se- de retirar-lhe as jias, o
avental, as luvas e os escritos, e em sinal da dor que ser sentida se colocar no
anel da jia, de cada um dos acadmicos, uma pequena rosa negra durante trs
meses; se observar de nunca cancelar do registro o nome do irmo defunto.
ART.8
Cerca de quatro dias depois do bito de um acadmico, todos os irmos se
apresentaro na Academia a fim de se indicar uma pessoa que dever substituir
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ART.9
Aps a eleio, o Sapientssimo encarregar um acadmico de advertir o
candidato sobre a escolha que a Academia fez dele, dir-lhe- tambm para
preparar um agradecimento a Academia pelo favor que esta lhe concedeu e
fazer, ao mesmo tempo, o elogio do defunto do qual ele ocupar o posto.
ART.10
Neste grau no existem mais que trs oficiais, isto , o Sapientssimo, o
Primeiro Sbio e o Segundo Sbio, todos os outros acadmicos ocupam, por
turno, e de acordo com a vontade do Sapientssimo, os outros cargos.
ART.11
A eleio dos oficiais realizar-se- todos os anos, com maioria de votos,
no dia de So Joo Evangelista, patrono da Academia. Estes no podero ser
confirmados nunca.
ART.12
Neste grau no se admite irmo servente; os dois ltimos recebidos faro
a funo.
PRIVILGIO
Os acadmicos, sendo nicos e verdadeiros Maons, gozaro de todos os
privilgios acordados para todos os outros diferentes graus da Maonaria.
ABERTURA DA LOJA
Estando os acadmicos ornados com seus aventais, com suas luvas, e
com suas jias e tendo em mos suas baquetas, o Sapientssimo bater com a
sua um golpe, que ser repetido pelos dois Sbios, e dir:
ORDEM, SBIOS ACADMICOS !
Estes tendo-a executado, o Sapientssimo perguntar ao Primeiro Sbio:
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RECEPO:
O consenso tendo sido dado, o Sapientssimo incumbe um dos acadmicos
para preparar o candidato; este, tendo saudado o Sapientssimo e os acadmicos,
sai da Academia, e vai ao encontro do candidato e lhe diz:
Filsofo, ests vs sempre com a disposio de alcanar o grau
de verdadeiro Maom?
Se aquele responde sim, lhe ordenado despojar-se de todos os metais,
deixar o seu palet, a sua capa, seus sapatos e de dobrar as mangas da camisa
sobre o brao, as mos so atadas atrs das costas, os olhos vendados,
conduzido pelo brao porta da Academia e bate como verdadeiro Maom.
O primeiro Sbio diz ao Sapientssimo:
Bate-se porta como verdadeiro Maom.
O Sapientssimo diz ao Primeiro Sbio para solicitar a um Acadmico
para ver o que .
Este, tendo batido na porta os golpes, e depois de haver repetido, abre e
diz:
O que desejam? Deixem-nos operar!
O preparador responde:
Vos conduzo o candidato que foi admitido na Academia, tenham
a bondade de anunci-lo ao Sapientssimo e aos acadmicos.
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OBRIGAO:
Prometo, com palavra de honra e sob pena de ter os lbios
trancados e o ventre aberto, de nunca revelar direta ou indiretamente, a quem
quer que seja, os mistrios que esto para me serem revelados. O grande Jehova
me tenha na sua santa e potente custdia.
Todos os acadmicos respondero. Amm.
Quando o candidato presta a sua obrigao todos os acadmicos devem
posicionar-se em trno dele e colocar as baquetas sobre sua cabea. Quando da
obrigao prestada, todos os Acadmicos retornam aos seus lugares; e o
Sapientssimo desamarra as mos do candidato dizendo-lhe:
Pelos poderes que recebi e pelo consenso da Academia, vos
constituo verdadeiro Maom e vos permito de gozar de todos os privilgios
acordados neste augusto grau.
D-lhe, portanto, o sinal, a palavra e o toque, a idade, o nome,
condecora-o com as jias, com o avental, com as luvas, com a baqueta e lhe
ordena a fazer-se reconhecer por todos os acadmicos. Isto feito se estende o
Quadro (da loja) sobre o pavimento e pe-se trs candelabros em tringulo;
faz-lhe dar os trs passos, e tendo tomado lugar a direita do Sapientssimo,
pronuncia o seu discurso, ao qual o Sapientssimo responde com o seguinte
discurso:
DISCURSO DO SAPIENTSSIMO:
Sbio acadmico, a cincia na qual vos ora iniciado,
confiando-vos o grau de verdadeiro Maom, a mais antiga das cincias. Deus
a criou ordenando o caos; esta a mais universal, todas as outras recebem desta
os seus princpios; esta a mais necessria; sem esta o homem no nada mais
do que trevas, doenas e misrias; esta emanada da natureza, ou melhor, esta
a natureza mesma aperfeioada mediante a arte; esta fundamentada sobre a
experincia. Esta teve os seus adeptos em todos os sculos, e tambm nos
nossos dias uma multido de artistas sacrificam em vo os seus bens, os seus
trabalhos e o seu tempo, isto porque, longe de imitar a nobre simplicidade que a
caracteriza e de seguir as vias retas que esta lhes traa, estes a oneram com um
fardo que esta no pode suportar e se perdem no labirinto para onde uma louca
imaginao lhes arrasta; as brincadeiras picantes as quais os profanos que, sem
respeito a Deus, sem ateno pela natureza, sem estima pela arte, dirigem aos
nossos mais srios mistrios; as stiras grosseiras destes ignorantes muito
pesados pelos prprios sentidos para elevarem-se sublimidade dos nossos
conheci-mentos, blasfemam sobre tudo aquilo que no podem compreender;
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EXPLICAO DO QUADRO:
Vs vedes antes de tudo, Sbio Acadmico, no alto do quadro
um tringulo luminoso com um grande J no meio; o tringulo representa um
Deus em trs pessoas e o grande J a letra inicial do nome inefvel do Grande
Arquiteto do Universo; o crculo tenebroso significa o caos que Deus criou no
incio; a Cruz que se encontra dentro significa a luz por meio da qual se
desenvolve; o quadrado significa os quatro elementos que resultam; o tringulo,
os trs princpios que a mistura dos elementos produz.
O que circunda o crculo estrelado designa o firmamento; o crculo
estrelado so as guas que Deus colocou sob o Firmamento e o crculo estrelado
designa o firmamento ou o cu que vemos; o outro grande crculo com os
signos e os planetas, denota o Zodaco; o crculo do centro, a gua e a terra; a
cruz que lhe est acima significa que o mesmo Deus que criou o Universo com
a sua onipotncia resgatou-o com a sua bondade; as quatro figuras que lhe esto
acima so emblemas do ar e dos quatro ventos.
O homem, o sol e a planta que se v sobre a face da terra so a
imagem dos trs reinos da natureza, isto , o animal, o mineral e o vegetal, que
por meio do fogo elementar e do fogo central o orvalho coloca em agitao
contnua, atingindo a sua perfeio; as duas letras mais altas significam que
Deus Cria; aquelas que esto abaixo, que a Natureza Produz; e as mais
inferiores, que a Arte Multiplica.
O altar dos perfumes nos indica o fogo que precisa dar matria; as
duas torres, os dois fornilhos, o mido e seco com os quais precisa operar; o
tubo no qual se deve procurar o grau do fogo que se deve dar; a "Boule", o oco
de Carvalho que deve circundar o ovo filosfico; aquilo que est sob a baqueta
serve para remover os materiais; e as duas figuras dos crisis com uma Cruz
sobre montada, no so outra coisa que o vaso da natureza e aquele da arte no
qual se deve fazer o duplo matrimnio da Fmea branca com o seu servidor
vermelho, e deste duplo matrimnio nascer um Rei assaz poderoso.
Nota: o Primeiro Sbio deve ainda fazer a explicao filosfica do
grau de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maom.
INSTRUO:
P - Quem sois?
R - Sou verdadeiro Maom.
P - Di-me provas?
R - Faz-se o sinal, se d a palavra e o toque.
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de cada
espcie.
P - Qual o seu ligame?
R - O esprito universal cido.
P - Sabeis trabalhar a matria universal?
R - Sim, Sapientssimo.
P - Do que vos servis para isto?
R - Do fogo interno e externo.
P - O que resulta?
R - Os quatro elementos que so ditos princpios imediantes.
P - Como se chamam?
R - Fogo, ar, gua e terra.
P - Quais so as suas qualidades?
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FECHAMENTO DA ACADEMIA:
P - Primeiro e Segundo Sbios, perguntem a todos os Acadmicos
se no tm mais nada a dizer pelo bem da Academia e se esto satisfeitos.
O Primeiro e Segundo Sbio havendo executado a vontade do
Sapientssimo e todos os acadmicos havendo batido suas baquetas sobre o
pavimento para sinalizar que no tm mais nada dizer e que esto satisfeitos,
ento, o Sapientssimo, dirigindo-se ao primeiro Sbio, diz:
P - Primeiro Sbio, o trabalho est ordenado?
R - Sim, Sapientssimo.
P - A que horas termina o trabalho?
R - No instante que segue os sete e os dez.
P - Que horas so?
R - o instante que segue os sete e os dez.
O Sapientssimo diz:
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FRMULA DA PATENTE:
Do Oriente do Sol que nunca perdemos de vista nos trabalhos; no ano da
Maonaria... no dia... ao meio dia.
P. P. PACE
Ns chefe da Augusta Academia erigida sob a proteo de S. Joo
Evangelista, atestamos pelo nmero dez, do qual conhecemos a perfeio e a
extenso, de haver condecorado em um lugar santo, com o ttulo de Verdadeiro
Maom, o irmo N. N. pela potncia hermtica da qual estamos investidos,
mandamos a todos os irmos Maons dispersos sobre a superfcie da Terra e da
"Onda", de reconhec-lo como tal e de deix-lo gozar em paz de todos os
privilgios ligados e devidos ao seu grau.
Dando f, de que assinamos todos e assinado pelo nosso secretrio a
presente Patente, que timbramos com o selo do nosso braso e que no lhe foi
entregue seno somente depois de hav-lo contrafirmado de prprio punho.
Que o grande Jehova d sade a todos aqueles que lhe da-ro boa
acolhida, e que estes recebam de mim em nome da nossa augusta Academia a
grande bno que Isaac a deu a seu filho Jacob.
Firma do Sapientssimo f.. NN V.M.
Pelo mandato da augusta Academia
F NN V.M. Secretrio
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BACHETTE:
A mesa deve ser redonda e deve ser iluminada por quatro candelabros
colocados em quadrado; est ser servida sobriamente.
O Sapientssimo e o Primeiro e Segundo Sbio colocaram-se de modo a
formar um tringulo.
No haver outros brindes obrigatrios do que aqueles pelo Rei, pelo
Sapientssimo, pela Academia e por todos os Adeptos e amadores e pelo recmrecebido.
O brinde se far deste modo:
O Sapientssimo bater um golpe com a sua baqueta: ento todos os
acadmicos encheram seus copos. Ao segundo golpe, levaram a mo ao copo;
ao terceiro golpe levaram a altura da boca; ao quarto beberam; ao quinto o
recolocaro a altura da boca; ao sexto faro um crculo; ao stimo um quadrado;
ao oitavo um tringulo; ao nono o recolocaro altura da boca e ao dcimo o
colocaro todos juntos sobre a mesa.
Se observar um profundo silncio durante os trs primeiros brindes;
depois se poder falar mas com decncia. A garrafa chama-se recipiente; o copo
crisol; o po o trabalho; o vinho, o elixir vermelho ou branco de acordo com a
cor; a gua, o mercrio; o azeite, o enxofre; o sal, o sal; o vinagre, o
dissolvente; a pimenta, absorvente; a colher, esptula; o garfo, o tridente; a faca,
o viscador; o guardanapo, o avental; os pratos fundos, grande terrinas; os pratos
rasos, pequenas terrinas; a sopa o cimento; os crustceos, os materiais; o assado,
o reino animal; o acompanhamento, o reino mineral; a sobremesa, o reino
vegetal.
Nota: O brinde ao Rei se pronuncia em p diferentemente dos outros.
FIM
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