RDC 9-2015 Pesquisa Clinica
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Art. 5 A Anvisa poder emitir orientaes sobre a aplicabilidade desta Resoluo para casos
no previstos de ensaios clnicos com medicamentos.
Seo III
Das Definies
Art. 6 Para efeito desta Resoluo so adotadas as seguintes definies:
I- Auditoria - anlise sistemtica e independente das atividades e documentos relativos
ao estudo para determinar se as atividades avaliadas foram desempenhadas e os dados
registrados, analisados e relatados com preciso ao cumprir o protocolo, os procedimentos
operacionais padro definidos pelo patrocinador, as Boas Prticas Clnicas (BPC) e as
exigncias regulatrias aplicveis;
II- Boas Prticas Clnicas (BPC) - padro para o planejamento, a conduo, a realizao,
o monitoramento, a auditoria, o registro, a anlise e o relato de ensaios clnicos que fornece a
garantia de que os dados e os resultados relatados tm credibilidade e preciso, e que os
direitos, a integridade e o sigilo dos participantes do ensaio clnico esto protegidos, de acordo
com as diretrizes de BPC dispostas no Documento das Amricas e Manual de Boas Prticas
Clnicas da Conferncia Internacional de Harmonizao (Documento E6);
III- Boas Prticas de Fabricao (BPF) - parte da Garantia da Qualidade que assegura que
os produtos so consistentemente produzidos e controlados, com padres de qualidade
apropriados para o uso pretendido e requerido pelo registro;
IV- Boas Prticas de Laboratrio (BPL) - sistema de qualidade que abrange o processo
organizacional e as condies nas quais estudos no clnicos relacionados sade e
segurana ao meio ambiente so planejados, desenvolvidos, monitorados, registrados,
arquivados e relatados;
V- Brochura do Investigador - compilado de dados clnicos e no clnicos sobre o(s)
medicamento(s) experimental (ais), que tenham relevncia para o seu estudo em seres
humanos;
VI- Centro de Ensaios Clnicos - organizao pblica ou privada, legitimamente
constituda, devidamente cadastrada no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Sade
(CNES), na qual so realizados ensaios clnicos;
VII- Comit de tica em Pesquisa (CEP) - colegiado interdisciplinar e independente, de
relevncia pblica, de carter consultivo, deliberativo e educativo, criado para defender os
interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no
desenvolvimento da pesquisa dentro de padres ticos;
VIII- Comit Independente de Monitoramento de Segurana - comit independente,
constitudo para o monitoramento de dados especficos de segurana coletados de um ou mais
ensaios clnicos em intervalos definidos. Recomenda ao patrocinador se um estudo deve ser
continuado, modificado ou interrompido;
IX- Comunicado Especial (CE) - documento de carter autorizador, emitido pela Anvisa,
aps anlise e aprovao do DDCM, podendo ser utilizado nas solicitaes de importao ou
exportao para um ensaio clnico;
X- Comunicado Especial Especfico (CEE) - documento, emitido pela Anvisa, necessrio
para a solicitao de importao ou exportao para um ensaio clnico sujeito ao regime de
notificao ou para um ensaio clnico sujeito ao descrito no Captulo X (Das Disposies
Transitrias) dessa norma;
XI- Conhecimento de carga - documento emitido, na data de embarque do bem ou
produto, pelo transportador ou consolidador, constitutivo do contrato de transporte
internacional e prova da disposio do bem ou produto para o importador;
XII- Data de Incio do Ensaio Clnico - corresponde data da incluso do primeiro
participante de ensaio clnico no mundo;
XIII- Data de Incio do Ensaio Clnico no Brasil - corresponde data da incluso do
primeiro participante de ensaio clnico no Brasil;
XIV- Data de Trmino do Ensaio Clnico - corresponde data da ltima visita do ltimo
participante de ensaio clnico no mundo ou outra definio do patrocinador, determinada
expressamente, no protocolo especfico de ensaio clnico;
XV- Data de Trmino do Ensaio Clnico no Brasil - corresponde data da ltima visita do
ltimo participante de ensaio clnico no Brasil ou outra definio do patrocinador, determinada
expressamente, no protocolo especfico de ensaio clnico;
XVI- Desvio de protocolo de ensaio clnico - qualquer no cumprimento dos
procedimentos ou requisitos definidos na verso do protocolo de ensaio clnico aprovada, sem
implicaes maiores na integridade do ensaio, na qualidade dos dados ou nos direitos e
segurana dos participantes do ensaio clnico;
Art. 13. O patrocinador deve assegurar que os dados obtidos sobre segurana e eficcia do
medicamento experimental so suficientes para apoiar a exposio humana pela via de
administrao proposta, pela dosagem escolhida, pela durao do tratamento proposto e na
populao a ser estudada.
Art. 14. O patrocinador deve assegurar que o medicamento experimental, medicamento
comparador modificado e placebo, quando utilizados, sejam fabricados de acordo com BPF e
sejam codificados e rotulados de forma a proteger o mascaramento, se aplicvel, e os
caracterize como produtos sob investigao clnica.
Pargrafo nico. Em estudos que utilizam comparadores ativos, o patrocinador deve
utilizar aqueles fabricados de acordo com as BPF.
Art. 15. O patrocinador responsvel por importar o quantitativo necessrio para execuo do
ensaio clnico.
Art. 16. O patrocinador responsvel por distribuir o(s) produto(s) sob investigao apenas s
instituies informadas no formulrio de apresentao de Ensaio Clnico contido no Dossi
Especfico para cada Ensaio Clnico e autorizadas pelos Comits de tica em Pesquisa.
Art. 17. O patrocinador responsvel pela destinao final dos medicamentos e produtos que
no foram utilizados no ensaio clnico.
Art. 18. O patrocinador deve garantir a monitoria e a auditoria adequadas dos ensaios clnicos.
Art. 19. O patrocinador deve informar imediatamente os envolvidos no ensaio, quando este for
finalizado prematuramente ou suspenso por qualquer motivo.
Art. 20. O patrocinador pode transferir suas funes para uma ORPC.
1 A transferncia de que trata o caput no afasta a responsabilidade definitiva do
patrocinador pela qualidade e integridade dos dados do ensaio clnico.
2 Quaisquer funes relacionadas ao ensaio clnico que sejam transferidas a uma
ORPC e assumidas por esta devem ser especificadas por escrito em documento assinado pelo
patrocinador e ORPC.
Seo II
Das Responsabilidades do Investigador
Art. 21. O investigador deve conduzir o ensaio clnico de acordo com o protocolo acordado com
patrocinador, com as BPC, com as exigncias regulatrias e ticas aplicveis e vigentes.
Art. 22. O investigador deve supervisionar pessoalmente o ensaio clnico, podendo apenas
delegar tarefas, mas no responsabilidades.
Art. 23. O investigador deve permitir a realizao de monitorias, auditorias e inspees.
Art. 24. O investigador deve assegurar a assistncia mdica adequada aos participantes do
ensaio clnico quanto a quaisquer eventos adversos relativos ao ensaio clnico, incluindo
valores laboratoriais clinicamente significativos, sem qualquer nus para o participante.
Art. 25. O investigador deve informar prontamente os participantes do ensaio clnico quando
este for finalizado prematuramente ou suspenso por qualquer motivo, alm de assegurar
terapia apropriada e acompanhamento aos participantes.
Art. 26. O investigador responsvel por utilizar os produtos sob investigao somente no
mbito do ensaio clnico e armazen-los conforme especificao do patrocinador e em
consonncia com as exigncias regulatrias aplicveis.
Seo III
Das Responsabilidades do Investigador-Patrocinador
Art. 27. No caso de ensaio clnico desenvolvido por investigador-patrocinador, a instituio com
a qual ele tenha vnculo ser o patrocinador primrio.
1 O patrocinador primrio pode delegar responsabilidades ao investigador, que ser
responsvel pela conduo do ensaio clnico na instituio, e, nesse caso, o investigadorpatrocinador ser o patrocinador secundrio.
Art. 47. As emendas substanciais a protocolos de ensaios clnicos devem ser protocolizadas e
aguardar manifestao da Anvisa antes de sua implementao, respeitando os prazos
estabelecidos no Art. 36.
1 As emendas substanciais devem ser submetidas Anvisa na forma de petio
secundria anexada ao processo do respectivo protocolo de ensaio clnico ao qual est
vinculada.
2 A petio das emendas substanciais deve conter o novo protocolo e o Parecer
Consubstanciado do Comit de tica em Pesquisa (CEP) emitido para o primeiro centro de
ensaio clnico a encaminhar o protocolo para anlise pelo CEP.
3 Excetuam-se do disposto no caput as emendas que visam eliminar riscos imediatos
segurana dos participantes do ensaio clnico. Estas podero ser implementadas e
notificadas Anvisa imediatamente.
Art. 48. Para efeito desta Resoluo, uma emenda ser considerada substancial quando pelo
menos um dos critrios a seguir for atendido:
I- alterao no protocolo de ensaio clnico que interfira na segurana ou na integridade
fsica ou mental dos participantes;
II- alterao no valor cientfico do protocolo de ensaio clnico.
Art. 49. As emendas ao protocolo de ensaio clnico no consideradas substanciais devem ser
apresentadas Anvisa como parte do relatrio anual de acompanhamento de protocolo de
ensaio clnico.
Captulo VI
DAS SUSPENSES E CANCELAMENTOS
Art. 50. O patrocinador pode cancelar ou suspender um DDCM ou ensaio clnico a qualquer
momento, desde que encaminhadas as devidas justificativas tcnico-cientficas, bem como um
plano de acompanhamento dos participantes do(s) ensaio(s) clnico(s) j iniciado(s).
1 Uma vez cancelado um DDCM, nenhum ensaio clnico, relacionado a ele, poder ser
continuado no Pas.
2 Caso um DDCM ou ensaio clnico seja cancelado por motivos de segurana, o
patrocinador deve justificar tcnica e cientificamente as razes para o cancelamento e
apresentar as medidas para minimizao/mitigao de risco aos participantes do(s) ensaio(s)
clnico(s).
3 As suspenses e cancelamentos de ensaio clnico ou de DDCM devem ser
submetidas Anvisa na forma de petio secundria anexada ao respectivo processo.
Art. 51. O patrocinador deve notificar Anvisa sobre a deciso de suspender ou cancelar um
ensaio clnico ou DDCM. Aps deciso de suspenso ou cancelamento, o patrocinador deve
notificar Anvisa no prazo mximo de 15 (quinze) dias corridos.
Art. 52. Nos casos de suspenso temporria do ensaio clnico ou DDCM como medida imediata
de segurana, o patrocinador deve notificar Anvisa no prazo de 7 (sete) dias corridos a contar
da data de suspenso, justificando os motivos.
Pargrafo nico. As razes, a abrangncia, a interrupo do tratamento e a suspenso
do recrutamento de participantes devem estar explicadas com clareza na notificao de
suspenso temporria.
Art. 53. As solicitaes de reativao de protocolos de ensaios clnicos ou DDCM suspensos
devem ser encaminhadas Anvisa acompanhadas das devidas justificativas para que o(s)
ensaio(s) possa(m) ser reiniciado(s).
Pargrafo nico. O(s) ensaio(s) clnico(s) ou DDCM poder(o) ser reiniciado(s) somente
aps aprovao pela Anvisa.
Art. 54. A Anvisa poder, a qualquer momento, cancelar ou suspender o DDCM ou qualquer
ensaio clnico vinculado, se julgar que as condies de aprovao no foram atendidas ou se
houver relatos de segurana ou eficcia que afetem significativamente os participantes do
ensaio clnico ou afetem a validade cientfica de dados obtidos, informando os motivos ao
patrocinador.
Captulo VII
Seo I
Art. 55. O patrocinador deve monitorar todos os eventos adversos, inclusive os eventos
adversos no graves, durante o desenvolvimento do medicamento experimental.
Art. 56. O patrocinador ou Comit Independente de Monitoramento de Segurana deve coletar
e avaliar sistematicamente dados agregados de eventos adversos ocorridos no ensaio clnico,
submetendo os resultados desta avaliao Anvisa no relatrio de atualizao de segurana
do desenvolvimento do medicamento experimental.
Art. 57. O patrocinador deve estabelecer um plano de monitoramento para deteco de
eventos adversos tardios, justificando o perodo proposto.
Pargrafo nico. No caso de gravidez, o investigador e o patrocinador devem
acompanhar a me e o filho.
Subseo I
Das Medidas Imediatas
Art. 58. No caso de evento adverso grave ocorrido durante a conduo do ensaio clnico em
qualquer fase de desenvolvimento do medicamento, o patrocinador e o investigador devem
adotar medidas imediatas de segurana para proteger os participantes do ensaio clnico contra
qualquer risco iminente.
Pargrafo nico. No caso de evento adverso grave a ser notificado, ser necessrio
informar quais medidas foram adotadas, o plano de ao na ocorrncia de novos eventos de
mesma natureza, dados do local onde houve o atendimento, juntamente com outros dados
requisitados no formulrio para notificao, especialmente aqueles que possibilitem a
rastreabilidade do evento e do participante acometido.
Art. 59. A notificao de eventos adversos graves inesperados, cuja causalidade seja possvel,
provvel ou definida, independe da submisso de Brochura do Investigador, emendas,
relatrios ou trmino precoce do ensaio clnico.
Art. 60. O desenvolvimento de ensaio clnico fase III deve ser acompanhado por Comits
Independentes de Monitoramento de Segurana e suas recomendaes devem ser reportadas
Anvisa pelo patrocinador.
Pargrafo nico. Nos casos em que no haja constituio de Comits Independentes de
Monitoramento de Segurana devem ser apresentadas justificativas.
Subseo II Da Comunicao de Eventos Adversos pelo Investigador
Art. 61. O investigador deve comunicar a ocorrncia de todos os eventos adversos ao
patrocinador, devendo fornecer qualquer informao requisitada e manifestar sua opinio em
relao causalidade entre o evento adverso e o produto sob investigao.
Pargrafo nico. Os eventos adversos ou anormalidades em resultados de exames
laboratoriais que afetem a segurana dos participantes devem ser relatados ao patrocinador de
acordo com as BPC e o protocolo.
Art. 62. Todos os eventos adversos devem ser tratados e os participantes acometidos
acompanhados pelo investigador principal e sua equipe at sua resoluo ou estabilizao.
Subseo III Da Notificao de Eventos Adversos pelo Patrocinador
Art. 63. O patrocinador deve notificar Anvisa, por meio de formulrio eletrnico especfico, os
eventos adversos graves inesperados ocorridos no territrio nacional, cuja causalidade seja
possvel, provvel ou definida em relao ao produto sob investigao.
Pargrafo nico. O patrocinador deve manter todos os registros detalhados dos eventos
adversos relatados pelos investigadores. A Anvisa poder solicitar tais registros a qualquer
momento.
Art. 64. O patrocinador deve informar aos investigadores envolvidos no ensaio clnico sobre os
eventos adversos graves inesperados, cuja causalidade seja possvel, provvel ou definida, e
adotar os procedimentos para atualizao da brochura do investigador, alm de reavaliar os
riscos e benefcios para os participantes.
Subseo IV Dos Prazos
Art. 65. O investigador deve informar ao patrocinador sobre os eventos adversos graves no
prazo de at 24 (vinte e quatro) horas a contar da data de conhecimento do evento.
Art. 66. O patrocinador deve garantir que todas as informaes relevantes sobre eventos
adversos citados no Art. 63 que sejam fatais ou que ameacem a vida sejam documentados e
notificados Anvisa, por meio de formulrio eletrnico, em no mximo 7 (sete) dias corridos a
contar da data de conhecimento do caso pelo patrocinador.
Pargrafo nico. As informaes complementares sobre o acompanhamento dos
eventos adversos mencionados no caput devem ser includas no formulrio em at 8 (oito) dias
corridos a contar da data de notificao.
Art. 67. Todos os outros eventos adversos que sejam graves inesperados, cuja causalidade seja
possvel, provvel ou definida em relao aos produtos sob investigao devem ser notificados
Anvisa em at 15 (quinze) dias corridos a contar do conhecimento do caso pelo patrocinador.
Seo II
Dos Relatrios de Acompanhamento
Subseo I
Dos Relatrios de Acompanhamento de Protocolos de Ensaios Clnicos
Art. 68. O patrocinador deve enviar Anvisa relatrios anuais de acompanhamento contendo
as seguintes informaes, exclusivamente de centros brasileiros, de forma tabulada, para cada
protocolo de ensaio clnico:
I- ttulo do ensaio clnico;
II- cdigo do protocolo;
III- status de recrutamento de participantes do ensaio clnico;
IV- discriminao do nmero de participantes recrutados por centro;
V- nmero e descrio dos desvios e das violaes de protocolo por centro; e
VI- descrio de todos os eventos adversos ocorridos por centro no perodo avaliado,
identificando os participantes do ensaio clnico com os cdigos utilizados no Formulrio
de Relato de Caso adotado no protocolo de ensaio clnico.
1 O relatrio anual de acompanhamento de protocolo de ensaio clnico deve ser
submetido Anvisa na forma de petio secundria anexada ao processo do respectivo
protocolo ao qual est vinculado.
2 O relatrio anual deve ser protocolizado no prazo mximo de 60 (sessenta) dias
corridos tendo como referncia de anualidade a data de incio do ensaio clnico no Brasil.
Art. 69. Aps a concluso das atividades de um ensaio clnico em todos os pases participantes,
por quaisquer razes, o patrocinador dever submeter Anvisa um relatrio final contendo,
minimamente, as seguintes informaes:
I- ttulo do ensaio clnico;
II- cdigo do protocolo;
III- discriminao do nmero de participantes recrutados e retirados do ensaio clnico;
IV- descrio de pacientes includos em cada anlise estatstica e daqueles que foram
excludos da anlise de eficcia;
V- descrio demogrfica de participantes recrutados no ensaio clnico;
VI- anlise estatstica;
VII- nmero e descrio dos desvios e violaes ao protocolo;
VIII- relao de todos os eventos adversos e anormalidades laboratoriais com avaliao
de causalidade ocorridas por participantes;
IX- os resultados obtidos na mensurao dos desfechos para cada participante do ensaio
clnico; e
X- racional para o trmino prematuro do desenvolvimento no Brasil ou no mundo, quando
aplicvel.
1 O relatrio final de protocolo de ensaio clnico deve ser submetido Anvisa na forma
de petio secundria anexada ao processo do respectivo protocolo ao qual est vinculado.
2 O relatrio final deve ser protocolizado em at 12 (doze) meses da data de trmino
do ensaio clnico.
Subseo II Do Relatrio de atualizao de segurana do desenvolvimento do medicamento
experimental
Art. 70. O patrocinador deve enviar anualmente Anvisa relatrios de atualizao de
segurana do desenvolvimento do medicamento experimental.
Pargrafo nico. Os relatrios anuais devem ser protocolizados no prazo mximo de 60
(sessenta) dias corridos tendo como referncia de anualidade a data de aprovao do DDCM
pela Anvisa ou a data determinada no desenvolvimento internacional.
Captulo VIII
DAS INSPEES
Seo I
Das Inspees para Verificar o Cumprimento de Boas Prticas Clnicas
Art. 71. Com o objetivo de garantir a proteo dos direitos, segurana e bem-estar dos
participantes do ensaio clnico, bem como a preciso e confiabilidade dos dados a serem
obtidos ou submetidos para o registro sanitrio, a Anvisa poder realizar inspees em BPC nos
centros de ensaios clnicos, patrocinador, ORPC, laboratrios e em outras instituies
envolvidas no desenvolvimento do medicamento experimental para verificar o grau de adeso
legislao brasileira vigente e o cumprimento das BPC, alm de assegurar os direitos e
deveres que dizem respeito comunidade cientfica e ao Estado.
1 As inspees em BPC seguiro as diretrizes harmonizadas no Documento das
Amricas, Manual de Boas Prticas Clnicas da Conferncia Internacional de Harmonizao
(Documento E6) e em normas especficas de inspeo em BPC publicadas pela Anvisa.
2 Dependendo do resultado da inspeo em BPC a Anvisa poder determinar:
I- a interrupo temporria do ensaio clnico;
II- o cancelamento definitivo do ensaio clnico no centro em questo;
III- o cancelamento definitivo do ensaio clnico em todos os centros no Brasil; ou
IV- a invalidao dos dados provenientes dos centros e ensaios clnicos que no esto em
conformidade com as BPC.
Seo II
Das Inspees para Verificar o Cumprimento de Boas Prticas De Fabricao de
Produtos sob Investigao
Art. 72. A Anvisa poder realizar inspees em BPF do medicamento experimental ou produto
sob investigao produzido ou modificado pelo patrocinador a fim de verificar as informaes
qumicas, de produo e de controle de qualidade informados no DDCM e se o medicamento
suficientemente seguro para permitir a administrao aos participantes do ensaio clnico.
Captulo IX
DA IMPORTAO
Art. 73. A importao dos produtos sob investigao para uso exclusivo em ensaio clnico deve
submeter-se somente fiscalizao pela autoridade sanitria em exerccio no local do
desembarao.
Pargrafo nico. Excetuam-se dessa situao os produtos sob investigao sujeitos ao
controle especial que alm da fiscalizao no local de desembarao devem ter autorizao
prvia de embarque pela rea tcnica responsvel na Anvisa.
Art. 74. Os seguintes documentos devem ser apresentados aps a chegada do produto sob
investigao no territrio nacional:
I - cpia do Comunicado Especial (CE), Comunicado Especial Especfico (CEE) ou
Documento para Importao de Produto(s) sob investigao do Dossi de
Desenvolvimento Clnico de Medicamento (DDCM) emitido pela rea tcnica competente
da Anvisa em sua sede;
II - nos casos de importaes realizadas por outros que no o detentor do DDCM, deve ser
apresentada cpia do documento de delegao de responsabilidades de importao;
III - termo de responsabilidade para importao destinada pesquisa clnica disposto em
regulamento sanitrio de bens e produtos importados;
IV - cpia do conhecimento de carga embarcada; e
V - cpia da fatura comercial.
Art. 75. A autoridade sanitria competente em exerccio no local de desembarao do produto
sob investigao verificar o cumprimento do atendimento s indicaes de embalagem,
transporte e armazenamento, de acordo com informaes especficas no CE, CEE, ou
Documento para Importao de Produto(s) sob investigao do Dossi de Desenvolvimento
Clnico de Medicamento (DDCM) subsidiariamente quelas fornecidas pelo fabricante ou
patrocinador.
Pargrafo nico. Nas embalagens externas ou de transporte, utilizadas para a
movimentao dos produtos de que trata este Captulo deve constar:
a) nmero do CE, CEE ou Documento para Importao de Produto(s) sob investigao do
Dossi de Desenvolvimento Clnico de Medicamento (DDCM) ao qual o produto sob
investigao est submetido;
b) quantidade de material importado;
c) informaes sobre cuidados especiais para armazenamento, como temperatura,
umidade e luminosidade;
d) informaes sobre forma fsica ou forma farmacutica referente apresentao do
medicamento;